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trabalhoso, mas traz grandes benefícios para a catalogação, evitando
ambiguidade na descrição e equívocos na escolha do software para a
gestão de bibliotecas. (SANTOS; SIMIONATO; ARAKAKI, 2014, p. 152)
Considerando que a implementação de metadados deve seguir alguns
critérios e que o propósito é tornar o acesso aos dados mais fácil e eficiente, é
importante levantar as seguintes questões:
Na implementação de metadados, deve ser realizada uma análise de
domínio, ou seja, devem ser criadas estruturas que garantam a utilização de
padrões de descrição e que favoreçam a interpretação de cada metadado.
Sendo que esses metadados atuarão como possíveis pontos de acesso
tanto ao recurso isoladamente, quanto aos seus relacionamentos com
outros recursos informacionais. Nessa perspectiva e na busca por diminuir
as anomalias no sistema, o modelo conceitual Functional Requirements for
Bibliographic Records (FRBR) é apresentado como uma orientação para a
definição de requisitos funcionais na construção de registros bibliográficos,
durante a etapa de abstração na modelagem de catálogos e bancos de
dados bibliográficos. (SANTOS; SIMIONATO; ARAKAKI, 2014, p. 151-152)
Para os profissionais da Ciência da Informação, o termo metadados está
relacionado com o tratamento da informação, mais especificamente com as formas
de representação de um recurso informacional para fins de descrição, identificação,
localização, busca e recuperação, ou seja, dados bibliográficos e catalográficos que
servem para organizar, representar e tornar a informação identificável, localizável e
acessível (GILLILAND-SWETLAND, 1999 apud CASTRO; SANTOS, 2007, p. 16).
Com os avanços tecnológicos constantes nos mais diversos campos, as
tecnologias da informação se expandem e requerem recursos que tornem capazes o
uso e recuperação de dados. Visto que a maior parte dessa produção informacional
se encontra depositada na web e em meios digitais, se torna necessário o
tratamento adequado da informação encontrada nesse meio. Para isso é importante
pensar em técnicas e métodos que sejam capazes de atender esse tipo de demanda
(SANTOS; SIMIONATO; ARAKAKI, 2014). Nesse sentido é concebida a estrutura do
AACR, “[...] com vistas na descrição de metadados para catálogos manuais, em
papel, e por isso, em algumas aplicações eletrônicas, o código pode apresentar,
naturalmente, algumas limitações.” (ASSUMPÇÃO; SANTOS, 2009 apud TABOSA;
PAES, 2012, p. 80). A AACR é um código de catalogação padrão com o objetivo de
definir a descrição de objetos de forma técnica, porém não atende o campo
eletrônico (TABOSA; PAES, 2012).
Dando continuidade a esse código, visando sanar as limitações da AACR,
surge o RDA que se baseia: