Crioterapia e Termoterapia 2.pptx

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Crioterapia e Termoterapia

O uso do Calor ou Frio para o Alívio da D or A aplicação do calor ou do frio são recursos valiosos na prática da fisioterapia. As terapias usando o calor (termoterapia) e usando o frio ( crioterapia ) não levam à cura de nenhuma enfermidade, porém são instrumentos importantes que auxiliam no tratamento de várias patologias ortopédicas e neurológicas. São recursos sintomáticos, que quando aplicados adequadamente, reduzem o espasmo muscular e a sintomatologia dolorosa, preparando a região afetada para a aplicação das técnicas terapeuticas . Calor = Frio Há vários tipos de distúrbios onde o calor e o frio produzem efeitos semelhantes. O espasmo muscular que acompanha a hérnia de disco, lombalgias, cervicalgias , e problemas articulares podem ser reduzida por esses dois processos.

Calor Efeitos Terapêuticos do Calor: 1. Alivia a dor. 2. Aumenta a flexibilidade dos tecidos músculo-tendíneos . 3. Diminui a rigidez das articulações. 4. Melhora o espasmo muscular. 5. Melhora a circulação. A aplicação do calor, promove alteração das propriedades físicas dos tecidos que compõem os tendões, cápsulas articulares e cicatrizes, melhorando suas respostas ao alongamento.

Contra-indicação Não aquecer regiões do corpo que estiverem anestesiadas, edemaciadas, inflamadas, feridas com sangramento, em áreas onde haja tumores, sobre os testículos, sobre o abdome de gestantes ou em áreas do corpo de pessoas inconscientes.

Técnica de Tratamento O tratamento domiciliar pelo calor deve ocorrer na freqüência de 3 vezes ao dia, durante 20 a 30 minutos, usando bolsas quentes nos locais a serem tratados.

Frio Efeitos Terapêuticos do Frio: 1. Diminui o espasmo muscular. 2. Alivia a dor. 3. Nos traumatismos (entorses, contusões, distensões musculares, etc.), previne o edema e diminui as reações inflamatórias. Para se ter um efeito mais efetivo, o resfriamento deve ser aplicado imediatamente após o trauma, antes que o edema esteja formado.

Técnica de Tratamento Técnicas de Tratamento Bolsas Frias: Michlovitz (1996) explica essa técnica de bolsas frias que podem ser compradas por preço baixo ou facilmente feitas. As marcas comerciais usualmente contêm gel de sílica e está disponível no mercado em diversos tamanhos e formatos para cobrir a área a ser tratada de forma mais adequada. As bolsas podem ser guardadas em uma unidade especial de refrigeração ou em freezer doméstico. A temperatura de armazenamento deve ser de aproximadamente -5ºC por pelo menos 2 horas antes de uso. Por razões de higiene, deve se colocar uma toalha entre a bolsa e a superfície da pele. O ar é um condutor térmico pobre, portanto, devemos molhar a toalha com água para que facilite a transferência de energia.

Bolsa T érmica Comercializada , para Realização da Crioterapia . Algumas bolsas frias são ativadas quimicamente ao bater contra uma superfície dura. Esse tipo de bolsa é bastante utilizada em primeiros socorros e são descartáveis. A reação química dentro dessas bolsas ocorre em um PH alcalino e pode causar queimaduras na pele se forem abertas e seu conteúdo vazar sobre a pele.

Bolsa térmica instantânea ativada quimicamente. As bolsas frias se mantém a uma temperatura baixa o suficiente por 15 a 20 min. Se um tratamento mais prolongado for necessário, devemos substituir por uma outra bolsa.

Compressa Fria ou Panqueca Fria A panqueca fria é utilizada com freqüência por pessoas em suas casas. Para se preparar uma panqueca fria devemos molhar uma toalha em água fria e adicionar, dentro da toalha, gelo moído e dobramos em forma de uma panqueca. Na compressa fria molhamos uma toalha em água fria e dobramos em forma de uma compressa. A panqueca fria é mais eficiente do que a compressa fria, mas, mesmo assim, o seu efeito terapêutico, para reduzir a temperatura de um tecido, é muito limitado. Pode ser indicada nos casos onde necessitamos de um resfriamento superficial. Esse método tem eficiência em torno de apenas 5 min , pois a partir desse momento a temperatura se eleva perdendo assim o objetivo do tratamento.

Massagem com Gelo Segundo Rodrigues (1995) a massagem com gelo já é bastante conhecida e utilizada, mas seus efeitos fisiológicos ainda não foram discutidos e interpretados para que a mesma possa ser indicada. A massagem com gelo é feita geralmente sobre uma área pequena, sobre um músculo, um tendão ou sobre pontos gatilhos. Essa técnica é simples e pode ser ensinada a pacientes confiáveis para aplicação doméstica. A água é congelada em copo de papel para facilitar o manuseio do gelo pelo terapeuta. Outra alternativa seria colocar um palito no copo com água e teria assim o formato de um "pirulito" e seu manuseio seria através do palito para aplicação dessa técnica.

Uma área de 10 a 15 cm pode ser coberta em 5 a 10 min. O gelo é aplicado sobre a pele em movimentos circulatórios ou no sentido de " vai-e-vem ". Durante a massagem com gelo o paciente experimentará provavelmente quatro sensações distintas incluindo frio intenso, queimadura, dor e então analgesia. Os estágios de queimadura e dor devem passar rapidamente dentro de 1 a 2 min. Uma fase mais prolongada de dor e queimação pode ocorrer se a área coberta for muito grande ou se uma resposta hipersensitiva for iminente. A temperatura da pele normalmente não cairá abaixo de 15ºC quando esta técnica for empregada e assim o risco de dano ao tecido é mínimo.

As respostas fisiológicas podem ser afetadas por dois fatores: Aplicação é fásica : conforme a área é massageado, o gelo fica em contato com uma área específica e o tecido é exposto de novo a temperatura ambiente, tomando assim o resfriamento mais lento; Ação da massagem com gelo estimula os receptores mecânicos: quando executada por movimentos curto e breve; facilita a inibição neural, quando executada por movimento lento e prolongado. Esta é uma boa técnica para a aplicação sobre áreas pequenas. Uma outra forma de massagem com gelo é a técnica de Rood , que realiza movimentos de varredura rápido e diretamente sobre os músculos tentando melhorar a contração muscular.

Banho de Imersão Essa técnica é utilizada para cobrir um seguimento corporal, utilizando água misturada com gelo. O tempo de aplicação é regulado por quanto se quer reduzir a temperatura do local a ser tratado. É importante destacar que essa técnica leva a uma diminuição da temperatura muito rápida, em comparação com as outras técnicas. Quando o objetivo for resfriar as extremidades, é mais prático o banho de imersão, a menos que seja desejável uma elevação simultânea. Essa técnica assegura contato circunferencial do agente resfriador .

Podemos utilizar essa técnica em extremidades como: cotovelo, braço, mão e tornozelo, mas também pode ser utilizada em grandes áreas como a região lombar ou membro inferior. É necessário um recipiente com tamanho suficiente para cobrir a área a ser tratada. Iremos dosar a quantidade de gelo em relação a água para obtermos a temperatura desejada para realizar a terapia.

Técnica de Imersão A perda da temperatura dessa técnica pode ocorrer à medida que o gelo derrete. Para mantermos a temperatura, devemos repor o gelo constantemente e monitorarmos a temperatura com um termômetro dentro do recipiente. Outro fator importante é o aquecimento da película da água que circunda a região tratada após 5 min. iniciais da imersão, para que isso não interfira no tratamento devemos movimentar a água constantemente. Por razões de higiene para cada terapia devemos trocar a água usada. Nunca devemos reutilizar a água mesmo sendo congelada novamente.

Turbilhão Frio Esse aparelho tem as mesmas características do turbilhão convencional, isto é, um recipiente com um reservatório de água e um aparelho que proporciona um jato de água, porém, atua com uma temperatura entre 1ºC a 5ºC para tratamento de áreas pequenas e de 10ºC a 15ºC para trabalhar em áreas grandes. O jato de água tem o objetivo de massagear a área. Não foi encontrado mais detalhe dessa técnica. Rodrigues questiona em seu trabalho que "o banho frio tem o objetivo de reduzir o metabolismo e promover a vasoconstrição, mas quando nós fazemos hidromassagem nos tecidos, não estamos promovendo estilos para um maior efeito metabólico, muito embora em proporções bem menores do que ocorre no banho quente.

Pacote de Gelo Essa técnica é a mais utilizada entre todas as outras, porém, muitos terapeutas encontram dificuldades para a modelagem da articulação ou das extremidades. Portanto, para facilitar a modelagem, devemos moer ou triturar o gelo e, após colocarmos dentro de sacos plásticos, devemos retirar o ar e fechar em seguida. O pacote poderá ser fixado ao local da aplicação por faixas, ataduras de crepe ou um peso para estabilizar o pacote quando possível. A temperatura do pacote está em torno de 1ºC a 3ºC aproximadamente.

Gelo, Compressão e Elevação Essa técnica é usada universalmente nos cuidados imediatos das lesões agudas nos esporte. Foi a única técnica que encontramos com trabalho experimental, randomizado e provou sua eficácia no tratamento de pós-operatório em artroplastia total de joelho, como já foi dito anteriormente. Além dos efeitos da crioterapia temos os efeitos da elevação e compressão. A compressão é feita por faixa elástica ou por aparelhos que possuem um recipiente de espuma com elástico e uma faixa com crepe, como o Polar Care .

A compressão atua aumentando a pressão externa da vasculatura . Dado que a pressão externa está no denominador da fórmula da pressão de filtração capilar, essa técnica pode ajudar no controle da formação do edema e, também, poderá ajudar a reduzir o inchaço, ao promover a reabsorção do fluído. A pressão externa é mais efetiva quando o edema começa a ocorrer e será efetiva enquanto houver edema.

Segundo Knight et alli , 1985 "a pressão hidrostática resulta do peso da água. Na medida em que mergulhamos, por exemplo, no mar, a pressão hidrostática capilar é menor quando o segmento corporal está em porção fluida do sangue. A pressão hidrostática capilar é maior quando o segmento corporal está em posição pendente do que quando elevado em função do maior peso da água. A elevação, assim, é benéfica durante os cuidados imediatos, por diminuir a pressão hidrostática capilar, o que faz baixar a pressão de filtração capilar. Embora a elevação também diminua a pressão hidrostática tecidual, seu valor normal é muito menor do que da pressão hidrostática capilar, de tal modo que a variação absoluta na pressão hidrostática tecidual devida a elevação será negligenciável ". Encontramos dois tipos de aparelho que fazem essas ações de crioterapia , elevação e compressão; um deles é o Polar Care e o outro é o Cryo Cuff .

Spray para o uso da crioterapia Devemos evitar a inalação do Etil-Clondo , pois pode produzir efeitos narcóticos, anestésicos gerais e anestesia profunda ou coma fatal, com parada cardíaca ou respiratória. O Etil-Clorido é inflamável e nunca deve ser usado na presença de uma chama em aberto, ou equipamento elétrico de cauterização. Quando usado para produzir congelamento dos tecidos, as regiões adjacentes da pele devem ser protegidas com aplicação de petrolato . O processo de descongelamento pode ser doloroso e o congelamento pode reduzir a resistência local da infecção e predispor uma cicatrização demorada.

Banho de Contraste Essa técnica consiste numa alternância entre o calor e o frio, onde os objetivos são vasomotores, isso é, alterações circulatórias que o agente frio e o calor promovem nos tecidos. É realizado dois recipientes, um deles contendo uma mistura de gelo e águas, e o outro com água quente numa temperatura que varia de 40ºC a 45ºC. A água quente deve ser iniciada com duração de 5 min. para promover uma vasodilatação alterando o fluxo sangüíneo de 1,6 lts para 1,71 lts . Em seguida deve ser usado o frio que provocará uma queda imediata da temperatura subcutânea e profunda. Devemos terminar a técnica utilizando o frio com duração de 3 min. com o objetivo de resfriar os tecidos e reduzir as necessidades metabólicas dos mesmos.

Banho de contraste (frio) Banho de contraste (mudança) Banho de contraste (quente) Foi encontrado na literatura um protocolo de banho de contraste elaborado pela CEFESPAR com duração total de 30 min., seguindo as informações já citadas anteriormente, em relação ao início e ao término da aplicação de cada principio físico, no caso frio e quente.

EFEITO FISIOLÓGICO Foi encontrado na literatura, diversos efeitos fisiológicos ocasionados pelo uso da crioterapia e são eles: - Anestesia - Redução da dor - Redução do espasmo muscular - Estimula o relaxamento - Permite mobilização precoce - Melhora a amplitude de movimento (ADM) - Estimula a rigidez articular - Redução do metabolismo - Redução da inflamação - Estimula a inflamação - Redução da circulação - Estimula a circulação - Redução do edema - Quebra do ciclo dor-espasmo-dor

Os efeitos fisiológicos citados são conflitantes entre os autores, por esse motivo iremos verificar quais desses efeitos tem algum trabalho experimental ou se são comprovados cientificamente com trabalhos randomizados com grupo controle. Iremos dividir esses efeitos em grupos, já que foi notado que um efeito ocasiona outro. Os grupos serão: Efeitos Circulatórios Efeitos no Processo Inflamatório Efeitos Metabólicos Efeitos na Dor Efeitos Musculares Efeitos nos Nervos Periféricos

EFEITOS CIRCULATÓRIOS Ha uma grande divergência na literatura encontrada em relação à resposta circulatória local, durante e após a aplicação da crioterapia no que se diz respeito a vasoconstrição e vasodilatação. Segundo Hocutt "Baseado no conhecimento fisiológico determinado pelo uso da crioterapia verifica-se que o frio causa vasoconstrição diminuindo o fluxo sangüíneo regional e conseqüentemente , a hemorragia na área traumatizada. A mudança da temperatura dos tecidos causa diminuição do metabolismo, das ações químicas das células e conseqüentemente da quantidade de oxigênio e de nutrientes. O decréscimo do fluxo através da lesão dos vasos limita o edema; há menor liberação de histamina e interrupção no processo de evolução da rotura do capilar, o que normalmente ocorreria após a lesão. Há melhor drenagem linfática devida menor pressão no líqüido extravascular".

Segundo Lianza . Após 10 a 15 min. da vasoconstrição inicial ocorre uma vasodilatação reflexa profunda, sem aumento da atividade metabólica local. Esta redução do metabolismo determinado pela queda da temperatura leva a uma diminuição de oxigênio e nutrientes necessários, na área afetada. Fica, portanto, evidente a indicação da crioterapia imediatamente após traumas esportivos. A vasoconstrição cutânea aumenta com a queda de temperatura da pele a 150C; abaixo disso a vasodilatação ocorre atingindo seu máximo a 00C, geralmente após 25 min. de aplicação da crioterapia .

Efeitos Inflamatórios Os efeitos fisiológicos da crioterapia no processo inflamatório existente na literatura são confusos, já que existem muitas controvérsias sobre esse assunto. Conceito de Inflamação A inflamação é a reação do tecido vivo vascularizado à lesão local. É causada por infecções bacterianas, agentes físicos, substâncias químicas, tecido necrótico e por reações imunológicas. O papel da inflamação é conter e isolar a lesão, destruir os microrganismos invasores, inativar as toxinas e atingir a cura e o reparo. Entretanto, a inflamação e o reparo são potencialmente nocivos, provocando reações de hipersensibilidade potencialmente fatais, lesão progressiva do órgão e fibrose

Sinais Clássicos Da Inflamação Aguda  - Calor  - Vermelhidão (rubor)  - Edema (tumor)  - Dor  - Perda da função

Efeitos da Inflamação Vasoconstrição inicial transitória das arteríolas A seguir, vasodilatação, provocando aumento de fluxo; responsável pelo calor e pelo rubor Menor velocidade de circulação, eventualmente devida a permeabilidade vascular aumentada, leva à êxtase. A permeabilidade aumentada é a causa do edema Com a menor velocidade, surge marginação dos leucócitos, precedendo os eventos celulares

Inflamação Crônica Inflamação crônica é a inflamação de duração prolongada, na qual a inflamação ativa, a destruição tecidual e as tentativas de cicatrização ocorrem de forma simultânea. Essas inflamações podem surgir de várias maneiras tais como: Pode ocorrer após inflamação aguda, devido à persistência do estímulo desencadeador ou devido a alguma interferência no processo normal de cicatrização; Pode ser resultado de surtos repetidos de inflamação aguda;

 Mais amiúde começa de forma insidiosa como uma resposta indolente de baixa intensidade que não segue a inflamação aguda clássica, em uma das seguintes situações: Infecção persistente por micróbios intracelulares que são de baixa toxicidade, mas que evocam uma reação imunológica; Exposição prolongada a substâncias não degradáveis, mas potencialmente tóxicas; Reações imunes, em particular aquelas perpetuadas contra os próprios tecidos do indivíduo. Os achados histológicos da inflamação crônica incluem: Infiltração por células mononucleares, principalmente macrófagos, linfócitos e plasmócitos ; Destruição tecidual ; Reposição do tecido conjuntivo da lesão por um processo envolvendo proliferação dos vasos sanguíneos e fibrose.

Efeitos Metabólicos A redução do metabolismo é o principal efeito fisiológico das aplicações da crioterapia . Essa redução metabólica juntamente com a redução da temperatura é dada o nome de hipotermia, que tem o principal objetivo de reduzir a atividade metabólica dos tecidos envolvidos, para que estes tecidos resfriados sobrevivam com menor quantidade de O2. . Nas primeiras 24 a 48 horas após o trauma é, geralmente, aplicado a crioterapia . A razão para tal uso inclui a uma diminuição no índice metabólico e assim levaria a uma diminuição da lesão hipoxica secundária. A escolha da crioterapia tem se baseado em grande parte em evidências empíricas. A diminuição da produção de metabólicos, após a crioterapia , é apresentado por vários autores. Sendo o CO2 um dos mais importantes metabólicos do organismo, este sofrerá alterações que acarretarão na diminuição da sua concentração, levando a um aumento do tônus vascular e conseqüentemente a uma diminuição do seu diâmetro, ou seja uma vasoconstrição já explicada anteriormente.

Efeito da Temperatura Corporal sobre o Metabolismo "Quanto mais elevada for a temperatura de um meio quimicamente reativo, mais rapidamente ocorrerão suas reações químicas. Esse efeito também é observado nas reações químicas que se passam no interior das células do corpo. Cada grau Celsius de aumento na temperatura aumenta a intensidade do metabolismo em cerca de 10%. Por conseguinte, em pessoa com febre muito alta, a intensidade do metabolismo pode ser o dobro da normal, como efeito da própria febre".

Dor Conceito de Dor "Quando se trata de definir a dor, é quase impossível dizer o que ela realmente é; sabemos intuitivamente como é, mas especificar, definir claramente, ou mais ainda, descrevê-la integralmente resulta praticamente uma utopia. A criança "sabe" quando tem dor e precocemente aprende a diferencia-lá , mas, por que pode dizer que é dor e não outra sensação? Além disso, a criança já pode separar bem esta sensação, como algo diferente das outras sensações, e dá a ela a maior importância" "Segundo o dicionário Webster , dor é a sensação que temos quando ficamos feridos mental ou fisicamente, com pena, sofrimento, grande ansiedade, angústia. Além disso, o Webster oferece outra definição da dor, como uma sensação de grande desconforto, prejuízo em algumas partes do corpo, causada pela injúria, doença ou transtorno funcional, que é transmitido através do sistema nervoso. Para Bard , todo o estímulo de intensidade suficiente para ameaçar o bem-estar dos tecidos, e que dá lugar à dor, é chamado noxa ou estímulo nocivo, o qual evoca movimentos reflexos característicos que são de natureza protetora e defensivos".

Tipos de Dor S egundo Rodrigues (1995) os tipos de dor são: Dor trigeminal : nevralgia do trigêmio , dor caracterizada pela sua localização bem definida e precisa; embora possa ter diferentes qualidades, é fulgurante e sua intensidade é geralmente elevada. Freqüentemente se acompanha de lacrimejamento . Pode ser considerada como uma dor epicrítica . Dor difusa: como a dor talâmica, tipo queimadura, mas de localização indefinida. Apresenta-se nas afecções do tálamo e pode ser considerada como a dor protopática . Dor referida: própria das afecções viscerais: vesícula biliar, ureter (cólicas hepática e renal), coração (dor anginosa), apêndice, etc. Esta dor é também pouco precisa, mas suas característica principal é que se apresenta afastada do sítio anatômico onde estão as vísceras comprometidas (ponto de origem); sua intensidade é geralmente elevada, com grande compromisso neurovegetativo e emocional. Dor do histérico: de localização imprecisa e variável, como também sua intensidade e qualidade efetiva. Hiperalgesia : sensação dolorosa provocada por estímulos que usualmente não produzem dor, só sensação de toque ou pressão. Dor do membro fantasma: em casos de amputações de extremidades, a sensação (dolorosa) do membro inexistente é projetada à mesma região.

Classificação da Dor Em relação a duração ela pode ser aguda e crônica, onde as agudas são breves, autolimitados, embora possam ter tendência a repetições, e as crônicas têm a característica de estabilização do quadro doloroso não deixando tendência à regressão espontânea e na maioria das vezes, persiste mesmo após ter cessado de operar a causa orgânica que o determina. Hideko et alli (1995) a dor aguda tem função de alertar sobre a ocorrência de lesões teciduais instaladas ou em via de se instalar. A dor crônica geralmente não tem essa finalidade e pode ser causa de incapacidade funcional, situação essa que justifica a absorção de medidas destinadas a seu controle. Entretanto, muitas vezes, manifesta-se mesmo na ausência de agressões teciduais vigentes.

A dor também tem uma classificação em relação a origem, podendo ser dor superficial e dor profunda, onde a dor superficial apresenta-se geralmente, em pontadas, precisamente localizadas, limitadas e de origem superficial e de duração e tempo de latência curta, produzindo respostas afetivas menos intensas; já a de dor profunda apresenta-se em forma de queimação, mal localizada e tardia. Outra origem de dor pode ser a referida, geralmente ocorre mais na dor visceral e menos nas profundas; caracteriza-se pelo aparecimento de uma área hipersensível ou dolorosa na superfície corporal, a distância da víscera, mas, em certos casos, ela localiza-se em metâmero distante. Embora o fenômeno ainda não esteja esclarecido, os autores atribuem o mesmo a convergência de somação espacial de estímulos sub-liminares a nível medular. A dor referida tem grande importância clínica, não só pelo seu valor diagnóstico, mas, também, porque em muitos casos de dor incoercível, a anestesia da área referida pode contribuir para aliviar significativamente a dor.

Dor Provocada Pela Crioterapia "A literatura mostra diversos estudos sobre as dores provocadas pelo frio. Em um desses estudos, utilizaram o seguinte protocolo: imersão no gelo e na água gelada da mão e tornozelo, massagem com gelo no músculo gastrocnêmio . A imersão no gelo e na água gelada promove a sensação imediata de frio é substituída em 5 seg a 60 seg. por uma dor do tipo profunda. Hensel descreveu a dor do frio como de caráter monótono, pobremente localizada e com irradiação intensa, nas áreas adjacentes. Já a dor, durante a massagem com gelo, não é tão intensa, pois o frio não faz contato constante em uma só área do corpo durante a aplicação, fazendo com que a massagem seja considerada fásica ". A intensidade e o início da dor parecem estar relacionados com a temperatura da água do banho; quanto mais baixa estiver a temperatura, mais rápido será o aparecimento da sensação de dor e também, mais intensa. Quando se pede ao indivíduo para anotar sensações a cada 2 min. durante 20 min. de imersão do tornozelo, o número de vezes em que a dor é mencionada estava relacionada com a temperatura Quanto maior for a diferença da temperatura do membro e a técnica utilizada maior será a dor referida.

  A crioterapia é uma das técnicas mais utilizadas pelos fisioterapeutas hoje em dia, principalmente no esporte, onde ela passa a ser a técnica prioritária em qualquer tipo de lesão ocasionada no atleta. Além de ser uma técnica de baixo custo e, teoricamente de fácil manuseio, os profissionais da área da saúde escolhem essa técnica para diversos fins, tais como: reduzir edema, dor, inflamação, etc. Seus efeitos fisiológicos e sua eficácia não são conhecidos amplamente, pois a literatura é muita controversa e não existe uma quantidade suficiente de trabalhos com metodologia científica adequada para deixar claro os benefícios dessa técnica.
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