EvertonMonteiro19
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Aug 27, 2025
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About This Presentation
Cuidado de Feridas e Curativos na Enfermagem.pptx
Size: 5.06 MB
Language: pt
Added: Aug 27, 2025
Slides: 29 pages
Slide Content
Cuidado de Feridas na Enfermagem Guia completo para a prática de enfermagem em feridas e curativos.
Sumário • Introdução e Evolução do Cuidado • Anatomia da Pele e Tipos de Feridas • Avaliação Holística e Ferramentas • Princípios Essenciais da Assepsia • Seleção e Aplicação de Curativos
Enfermagem e Feridas O cuidado de feridas é um pilar essencial na enfermagem moderna. Ele impacta diretamente a recuperação do paciente, prevenindo complicações e promovendo a cicatrização. A expertise do enfermeiro é vital para otimizar resultados e reduzir custos de internação. Cuidado de feridas: essencial na enfermagem, vital para a recuperação.
Evolução do Cuidado Historicamente, o cuidado de feridas evoluiu de práticas empíricas, como o uso de mel pelos egípcios, para abordagens científicas. A compreensão da assepsia por Joseph Lister revolucionou os curativos, reduzindo infecções. Atualmente, a ciência da cicatrização guia terapias avançadas e personalizadas. Cuidado de feridas: da Roma antiga à ciência moderna.
Anatomia da Pele A pele é um órgão complexo composto por epiderme, derme e hipoderme, cada camada com funções vitais para a integridade tecidual. A epiderme, rica em queratinócitos, atua como barreira protetora, enquanto a derme, com fibroblastos e vasos sanguíneos, confere resistência e elasticidade, sendo crucial na fase proliferativa da cicatrização. A hipoderme, composta por tecido adiposo, isola e armazena energia, influenciando diretamente a capacidade de reparação após lesões como úlceras por pressão ou queimaduras. Folículo piloso: estrutura e função na pele.
Feridas Agudas Feridas Crônicas São lesões que seguem um processo de cicatrização ordenado e previsível, resultando em reparo anatômico e funcional em um período de tempo esperado, geralmente até 4 a 6 semanas. Exemplos incluem incisões cirúrgicas limpas ou lacerações traumáticas superficiais. A intervenção de enfermagem foca na otimização do ambiente para a cicatrização primária. Diferentemente das agudas, estas não progridem através das fases normais de cicatrização ou não se reparam em um período esperado, persistindo por mais de 6 semanas. Geralmente resultam de fatores intrínsecos ou extrínsecos que impedem a cura, como isquemia ou infecção persistente. Úlceras por pressão, úlceras do pé diabético e úlceras venosas são exemplos clássicos que exigem manejo complexo.
Tipos de Feridas Agudas I • Incisas: Bordas limpas e regulares. Ex: incisão cirúrgica de cesariana. • Laceradas: Bordas irregulares e rasgadas. Ex: ferida por acidente com máquina. • Contusas: Trauma rombo, lesão tecidual. Ex: hematoma pós-queda de altura.
Tipos de Feridas Agudas II • Perfurantes (Punção): Objeto pontiagudo, ex: prego, agulha. • Abrasões (Escoriações): Fricção superficial, ex: queda no asfalto. • Avulsões (Descolamento): Rasgo e separação de tecido, ex: acidentes industriais.
Lesões por Pressão (LPP) As Lesões por Pressão (LPP), antes conhecidas como úlceras de decúbito, são danos teciduais localizados causados por pressão prolongada, cisalhamento ou fricção, afetando principalmente pacientes acamados ou em cadeira de rodas. Sua etiologia complexa exige uma avaliação rigorosa dos estágios (de 1 a 4, incluindo não classificável e lesão tecidual profunda suspeita) para um manejo adequado. A prevenção, com reposicionamento e nutrição otimizada, e o tratamento, com desbridamento e curativos específicos, são cruciais para a recuperação do paciente.
Úlceras do Pé Diabético As úlceras do pé diabético resultam da interação complexa entre neuropatia periférica, que leva à perda da sensibilidade protetora, e doença arterial periférica, comprometendo a cicatrização. A classificação de Wagner, por exemplo, estratifica a gravidade da lesão, desde superficial até gangrena extensa. A complexidade advém do risco elevado de infecção, osteomielite e amputações, como visto em 70% das amputações não traumáticas realizadas globalmente. Anatomia do pé: base para entender úlceras diabéticas. Vasos sanguíneos da perna: artérias e veias principais.
Manifestações Clínicas e Etiologia Abordagem Terapêutica As úlceras venosas, ou úlceras de estase, são lesões crônicas que surgem predominantemente na região maleolar medial. Elas resultam da hipertensão venosa crônica, que leva ao extravasamento de fibrina e leucócitos para o interstício, causando inflamação e necrose tecidual. Sinais associados incluem lipodermatoesclerose, dermatite ocre e atrofia branca, indicativos de insuficiência venosa avançada. O pilar do tratamento é a terapia compressiva, utilizando meias de compressão graduada (ex: 30-40 mmHg) ou sistemas de bandagens multicamadas para reduzir o edema e a hipertensão venosa. O desbridamento do tecido necrótico e o controle da infecção são etapas cruciais para promover a cicatrização. Curativos avançados, como hidrocolóides ou alginatos, são selecionados com base no tipo de exsudato e na fase da ferida.
Úlceras Arteriais Úlceras arteriais são lesões isquêmicas dolorosas, resultantes da doença arterial periférica (DAP) grave. Comumente nos pés e dedos, apresentam bordas regulares e base pálida, como em pacientes com aterosclerose. O tratamento envolve revascularização, por exemplo, angioplastia, e manejo local da ferida.
Fundamentos da Avaliação Holística Benefícios e Aplicação Clínica A avaliação holística da ferida transcende a lesão em si, abrangendo o paciente integralmente. Ela considera fatores físicos como comorbidades e estado nutricional, além de aspectos psicossociais e ambientais. Por exemplo, em um paciente com úlcera por pressão, avaliamos também a mobilidade, o suporte familiar e o acesso a recursos de saúde. Essa abordagem integrada otimiza o plano de cuidados, promovendo cicatrização mais rápida e prevenindo complicações. Ao identificar barreiras como depressão ou falta de recursos, a enfermagem pode intervir de forma mais eficaz. Um exemplo prático é o enfermeiro que, ao notar a baixa adesão ao tratamento, investiga a condição socioeconômica do paciente para adaptar as orientações e o tipo de curativo.
Anamnese Detalhada • Diabetes Mellitus: afeta microcirculação e imunidade. • Uso de Corticosteroides: retarda cicatrização e inflamação. • Doenças Vasculares: insuficiência arterial ou venosa crônica. • Desnutrição Proteico-Calórica: essencial para reparo tecidual.
Exame Físico da Ferida I • Localização anatômica: Essencial para etiologia (ex: sacro, calcâneo). • Mensuração: Comprimento e largura com régua milimetrada. • Profundidade: Sonda estéril, técnica do relógio para túneis. • Descolamentos: Avaliar extensão e profundidade com sondagem.
Exame Físico da Ferida II • Tipo de exsudato: seroso, purulento, serossanguinolento. • Quantidade: escasso, moderado, abundante (ex: encharca curativo). • Odor: ausente ou fétido (ex: *Pseudomonas aeruginosa*). • Pele perilesional: edema, eritema, maceração (ex: umidade excessiva).
Avaliação da Dor A avaliação da dor em feridas é crucial, utilizando escalas validadas para quantificar e qualificar a experiência. Escalas como a Visual Analógica (EVA) ou Numérica de Dor (END) permitem monitorar intensidade e eficácia das intervenções. Compreender a natureza da dor é essencial para um manejo adequado, especialmente durante a troca de curativos. Avaliação da dor: cuidado essencial para pacientes.
Ferramentas de Avaliação A avaliação objetiva de feridas e do risco de lesões por pressão é crucial na prática de enfermagem. Para isso, utilizamos escalas padronizadas como a Escala de Braden, que avalia o risco de desenvolvimento de Lesões por Pressão (LPP) com base em fatores como percepção sensorial e mobilidade. Já a Escala PUSH (Pressure Ulcer Scale for Healing) permite o monitoramento da evolução da ferida ao longo do tempo, quantificando características como área, exsudato e tipo de tecido.
Documentação Essencial • Avaliação inicial: Data, hora, tipo (ex: úlcera de pressão). • Intervenções: Limpeza, desbridamento, tipo de curativo (ex: alginato). • Evolução: Dimensões, exsudato, tecido (ex: granulação, necrose). • Profissional: Nome completo, Coren, assinatura legível.
Imagens na Avaliação Fotografias digitais são cruciais para monitorar a evolução de feridas e a eficácia do tratamento ao longo do tempo.
Princípios da Assepsia Assepsia refere-se a medidas para prevenir a contaminação de feridas, visando um ambiente livre de patógenos. Seu objetivo é reduzir o risco de infecções, como as hospitalares. Isso inclui o uso rigoroso de luvas estéreis e instrumentais autoclavados, essencial no manejo de uma ferida cirúrgica.
Higienização das Mãos • Fundamental na prevenção de infecções relacionadas à assistência. • Essencial antes e após qualquer contato com a ferida. • Técnica dos 5 momentos da OMS é padrão ouro. • Usar água e sabão ou álcool 70%, conforme sujidade.
Preparo do Campo Estéril A criação de um campo estéril envolve rigorosa higienização das mãos, uso de luvas estéreis e aplicação de campos cirúrgicos estéreis ao redor da ferida. A manutenção exige atenção constante para evitar o toque em superfícies não estéreis e a contaminação por gotículas. Por exemplo, durante um curativo complexo de uma úlcera por pressão, todo o material (pinças, gazes, soluções) deve ser manuseado dentro dessa área delimitada para prevenir infecções.
Seleção de Curativos • Tipo e profundidade da ferida: Ex: úlceras por pressão, queimaduras. • Fase da cicatrização: Ex: granulação (espumas), epitelização (filmes). • Volume e característica do exsudato: Ex: alginatos (alto), hidrogéis (baixo). • Presença de infecção/colonização: Ex: curativos com prata, polihexanida.
Técnica de Aplicação A técnica de aplicação e remoção de curativos exige assepsia rigorosa para a segurança do paciente. Ao aplicar, como um curativo de espuma de poliuretano, garanta a limpeza da ferida e a secagem da pele perilesional. Na remoção, observe a ferida e o exsudato, descartando o material em lixeira de resíduos biológicos. Profissional de saúde aplica curativo com assepsia rigorosa.
Desafios na Prática de Feridas: Como Superá-los? Quais os maiores desafios que vocês enfrentam no cuidado de feridas e como a educação continuada pode ajudar a superá-los?
Enfermagem e Futuro A enfermagem impulsiona a inovação no cuidado de feridas, buscando novas terapias e tecnologias. Pesquisas em enfermagem, como estudos sobre biomateriais ou terapias avançadas, aprimoram a cicatrização e reduzem complicações. Este avanço contínuo visa melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
Conclusão • A enfermagem é crucial na recuperação do paciente com feridas. • A avaliação holística e detalhada é a base do tratamento eficaz. • Conhecer os tipos de feridas e sua etiologia otimiza o manejo. • Assepsia rigorosa e seleção correta de curativos são fundamentais. • A inovação contínua aprimora a qualidade de vida dos pacientes.