DESCONFORTO E COMPLICAÇÕES NO PÓS-OPERATÓRIO: SINAIS, SINTOMAS ECUIDADOS DE ENFERMAGEM
ANORMALIDADES E COMPLICAÇÕES DO PÓS-OPERATÓRIO A ocorrência de complicações no pós-operatório implica na piora do quadroclínico docliente, aumento do período de recuperação cirúrgica e,em alguns casos,até mesmo oóbito. Porisso,é vital que a prevenção, identificação e imediata intervenção sejam realizadas o maisprecocemente possível. Geralmente,as complicações mais comuns são:
Alteração dos sinais vitais (TPR-PA) É importante que a temperatura corporalseja controlada com maior frequência, bemcomo atentar para a instalação de quadroconvulsivo, principalmente em crianças.
Como as alterações térmicas levam a alteraçõesnos sistemas cardiovascular e respiratório,recomenda-se a verificação dos sinais vitais – oqual possibilita a identificação precoce dochoque, que é a intercorrência mais grave ,muitas vezes fatal. Assim, estes controlesdevem ser realizados até que o clienteestabilize suas condições físicas.
Dor O estado neurológico do cliente pode serafetado pela ação do anestésico, do atocirúrgico ou de um posicionamentoinadequado na mesa cirúrgica. Por isso, aequipe de enfermagem deve observar o nívelde consciência e as funções motora e sensitiva.
MANEJO DA DOR A dor mais comum é a que ocorre na regiãoalvo da cirurgia, a qual diminui gradativamentecom o passar do tempo. Por ser a dor umaexperiência subjetiva e pessoal, ou seja, só ocliente sabe identificá-la e avaliar suaintensidade, não devemos menosprezá-la mas,sim, providenciar o medicamento prescritopara a analgesia de forma a não permitir que setorne mais intensa
A dor pode variar quanto à localização,intensidade, duração e tipo (em pontadas,compressiva, constante, intermitente) – características que podem ser obtidaspelas informações dadas pelo cliente .
SONOLÊNCIA A sonolência é uma característica muitofrequente no cliente cirúrgico. Assim, acertificação do seu nível de consciência deveser sempre verificada mediante algunsestímulos (perguntas, estímulo tátil) e asalterações comunicadas o mais rapidamentepossível, pois podem indicar complicaçõesgraves – como, por exemplo, hemorragiainterna.
Soluço Os soluços são espasmos intermitentes dodiafragma, provocados pela irritação do nervo frênico. No pós-operatório, suascausas mais comuns são a distensão abdominal e a hipotermia.
COMPLICAÇÕES PULMONARES • São as complicações mais sérias e frequentes no pós-operatório , principalmente nos clientes obesos ,fumantes, idosos e naqueles com outros agravos clínicos. • As ações da equipe de enfermagem priorizam a prevenção das complicações pulmonares pelo reconhecimento precoce dos sinais e sintomas (cianose, dispneia, tiragemintercostal , batimentos de asa de nariz, agitação), movimentação e deambulação precoce, lateralização da cabeça do cliente com vômito e não infusão de soluções endovenosas pelos membros inferiores- para evitar a formação de trombose embolia pulmonar.
COMPLICAÇÕES URINÁRIAS • As mais frequentes são a infecção urinária e a retenção urinária ( bexigoma ). • A infecção urinária é geralmente causada por falhas na técnica de sondagem vesical e refluxo da urina. • Com o sintomatologia o cliente apresenta hipertermia , disúria e alterações nas características da urina .
COMPLICAÇÕES URINÁRIAS No caso de retenção urinária ,a equipe de enfermagem deve eliminar suas prováveis causas: medicando ocliente contra ador , promovendo sua privacidade, mudando-lhe deposição(se não houver contra indicação) e avaliando a presença de dobraduras e grumos nas extensões das sondas e drenos nas proximidades da bexiga.
COMPLICAÇÕES GASTRINTESTINAIS Náuseas e vômito Os efeitos colaterais dos anestésicos e a diminuição do peristaltismoocasionam distensão abdominal, acúmulo de líquidos e restosalimentares no trato digestório; em consequência, o cliente pode apresentar náuseas e vômito.
COMPLICAÇÕES DA FERIDA OPERATÓRIA • ROTURA OU DEISCÊNCIA É uma abertura que ocorre na feridaoperatória, que ocorre devido à infecção ou grande distensãoabdominal. • RETIRADA DE PONTOS A cicatrização é um processo que ocorre dedentro para fora. Pode ocorrer sem nenhum problema (primeiraintenção), apresentar dificuldade para cicatrização imediata(segunda intenção) ou ainda necessitar de uma nova sutura(terceira intenção).
COMPLICAÇÕES • Constipação intestinal A constipação intestinal ocorre quando há diminuição do peristaltismo provocada pelo efeito colateral do anestésico , imobilidade prolongada no leito , quadroinflamatório , exposição e manipulação do intestino durante as cirurgias abdominais e o medo da dor. • Como resultado, ocorre retenção de fezes acompanhada ou não de dor, desconforto abdominal e flatulência
COMPLICAÇÕES • Sede Provocada pela ação inibidora da atropina , perdas sanguíneas e de líquidos pela cavidade exposta durante o ato operatório , sudorese e hipertermia. • A equipe de enfermagem deve observar a presença de sinais de desidratação (alteração no turgor da pele e da PA e diminuição da diurese) , manter a hidratação por via oral e ,nos clientes impossibilitados de hidratar-se por via oral , umidificar os lábios e a boca e manter hidratação endovenosa.
COMPLICAÇÕES VASCULARES •A permanência prolongada no leito, associada à imobilidade após a cirurgia ,provoca estase venosa, predispondo o aparecimento de trombose , tromboflebite embolia . Quando o cliente muda de decúbito , isto estimula sua circulação e aliviando-lhe também as áreas de pressão.