Desenvolvimento-das-Politicas-de-Saude-no-Brasil.pptx

vanessaoliveira637067 8 views 8 slides Oct 29, 2025
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políticas públicas no brasil


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Desenvolvimento das Políticas de Saúde no Brasil Das primeiras iniciativas ao Sistema Único de Saúde (SUS) Nesta apresentação, vamos analisar as principais iniciativas históricas que moldaram a assistência pública em saúde no Brasil, compreendendo sua evolução até o modelo atual.

O Início Um Modelo Excludente As primeiras iniciativas de saúde pública no Brasil, datadas do período colonial e imperial, eram marcadamente seletivas e desiguais. As políticas eram voltadas primordialmente para as elites urbanas e os militares . Populações como indígenas, negros escravizados e comunidades rurais foram historicamente marginalizadas, vivendo à margem de qualquer cuidado institucionalizado. Essa abordagem inicial carecia fundamentalmente dos princípios de universalidade e integralidade, resultando em um sistema de saúde fragmentado e de acesso restrito.

Século XIX A Era Higienista e o Combate às Epidemias Foco Urbano e Inspiração Europeia Os avanços, embora pontuais, foram inspirados em modelos europeus e concentraram-se nos grandes centros urbanos , visando proteger a economia e a população que gerava riqueza. Oswaldo Cruz e a Revolta da Vacina O sanitarista Oswaldo Cruz liderou campanhas para erradicar a febre amarela e a peste bubônica . A Revolta da Vacina (1904) evidenciou a resistência popular às medidas sanitárias impostas sem diálogo, marcando um conflito entre o controle social e a autonomia individual. Saúde como Controle Social Nesse período, a saúde era vista principalmente como uma ferramenta de controle social e econômico , fundamental para a urbanização e o desenvolvimento capitalista incipiente, em detrimento do direito universal à saúde.

1930–1950 Avanços Sanitaristas e a Criação do DNS Este período foi marcado pela atuação de sanitaristas dedicados, como Carlos Chagas e Belisário Penna , que direcionaram esforços para o combate de endemias rurais , como a doença de Chagas e a malária, alcançando populações antes desassistidas. Em 1937, foi criado o Departamento Nacional de Saúde (DNS) , que centralizou as ações sanitárias. Apesar da organização crescente, as políticas ainda eram predominantemente biologicistas e pontuais , focadas na doença e não na saúde integral, refletindo uma centralização sem uma visão sistêmica e holística.

Meados do Século XX A Previdência Social e a Fragmentação da Saúde Criação dos IAPs Na década de 1930, surgem os Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs), ligados a categorias profissionais específicas, como bancários e ferroviários. Atendimento Segmentado Esses institutos ofereciam assistência médica, mas apenas aos trabalhadores formais e seus dependentes, vinculando a saúde ao emprego. Nascimento do INPS Em 1966, os IAPs são unificados, dando origem ao Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) , centralizando a gestão, mas mantendo o modelo segmentado. Esse período consolidou a saúde como um benefício trabalhista , ampliando a cobertura para uma parcela da população, mas reforçando a exclusão de milhões de brasileiros sem vínculo formal de trabalho.

Década de 1970 PIASS, PAIS e a Interiorização da Saúde A década de 1970 testemunhou a criação de programas como o Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento (PIASS) e os Programas de Ações Integradas de Saúde (PAIS) . Essas iniciativas visavam ampliar o acesso à saúde em áreas rurais e periféricas , reconhecendo a carência de assistência nessas regiões. Começou a surgir uma crítica ao modelo hospitalocêntrico , que priorizava hospitais em detrimento da prevenção. A atenção primária ganhou força, com a proposta de que a saúde deveria começar na comunidade, com foco na prevenção e promoção . Esses programas, embora limitados, plantaram as sementes da equidade e da prevenção, pavimentando o caminho para um sistema mais abrangente e focado nas necessidades da população.

Anos 1980 A Reforma Sanitária e a VIII Conferência Nacional de Saúde Mobilização Ampla O movimento da Reforma Sanitária ganhou força, com a mobilização de profissionais de saúde, sindicatos, universidades e movimentos sociais que clamavam por um novo paradigma. Saúde como Direito A VIII Conferência Nacional de Saúde , realizada em 1986, foi um marco, consolidando a saúde como um direito fundamental de todos e dever do Estado . Proposta do SUS Dessa conferência, nasceu a proposta de um sistema público, universal, descentralizado e com participação popular: o Sistema Único de Saúde (SUS) . A Reforma Sanitária não foi apenas um movimento técnico, mas uma luta pela cidadania , reconhecendo a saúde como um pilar essencial para a dignidade e a justiça social no país.

Pós-1988 A Criação do SUS e seus Desafios Contínuos A Constituição Federal de 1988 consagrou o SUS como um sistema público, garantindo os princípios da universalidade (saúde para todos), integralidade (cuidado completo) e equidade (atendimento justo). As Leis 8.080/90 e 8.142/90 regulamentaram o SUS, detalhando sua estrutura, funcionamento e a importância do controle social através dos conselhos de saúde. Apesar de ser uma conquista cidadã histórica, o SUS enfrenta desafios persistentes: Financiamento: A subvinculação e a falta de recursos adequados comprometem sua plena efetividade. Gestão: Desafios de coordenação e eficiência em um sistema tão complexo. Desigualdades regionais: Acesso e qualidade variam significativamente entre as regiões do país. O SUS representa um legado inestimável, mas sua sustentabilidade e a garantia de seus princípios exigem engajamento contínuo da sociedade e dos governantes.
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