DOENÇAS FÚNGICAS QUE ATINGEM A MELANCIA Adila Ana Caroline Bárbara Nazly Estevão Cicareles Hemilly Rayanne Rodrigo Carvalho Prof ª Elvira Maria Universidade de Pernambuco - UPE Instituto de Ciências Biológicas - ICB Disciplina Micologia
INTRODUÇÃO Condições climáticas e período de exploração → doenças → cultura afetada → cultivo limitado → baixo nível tecnológico Mais de 30 doenças já foram registradas na literatura; Manejo adequado → medidas preventivas e métodos que diminuam a disseminação.
OÍDIO Uma das principais doenças foliares da melancia, cultivadas ou silvestres, no Brasil e no mundo; Ocorre praticamente em todos os locais onde esta fruta é cultivada → limitante nos locais com altas temperaturas e baixa umidade (regiões semiáridas); Redução no rendimento → diminuição do tamanho ou do número de frutos → redução do período produtivo das plantas.
OÍDIO Fungo causador= Sphaerotheca fuliginea (Schlechtend.:Fr) Pollacci → parasita obrigatório; Sintomas = toda a parte aérea da melancia, mas as folhas são as mais afetadas; X crescimento branco purulento (parte superior das folhas) Com o tempo, aumento das áreas afetadas → coalescência das manchas .
OÍDIO Início nas folhas mais antigas e plantas mais velhas (estádio de frutificação); Folhas muito atacadas secam e a planta entra em senescência mais cedo, encurtando o seu período produtivo.
OÍDIO Umidade relativa alta → infecção e sobrevivência dos conídios; Clima seco → colonização, esporulação e dispersão do fungo; Controle: escolha da variedade a ser plantada, aplicações de fungicidas de contato e pulverizações alternadas com fungicidas de diferentes grupos químicos registrados (MAPA).
MÍLDIO
MÍLDIO Causada pelo o oomiceto Pseudoperonospora cubensis; Doença bastante comum em melancia no Brasil; Maior ocorrência nas épocas úmidas e de temperatura amenas; Mais predominante nas Regiões Sul e Sudeste;
SINTOMAS DA DOENÇA São notados, na face superior das folhas na forma de pequenas manchas cloróticas ou amareladas; As folhas mais velhas são as primeiras a apresentarem a doença; Nas condições de alta umidade relativa, observa-se, na face inferior das folhas, nas áreas de lesões, a produção abundante de estruturas reprodutivas do fungo;
SINTOMAS DA DOENÇA A morte e a queda das folhas expõem os frutos à ação dos raios solares e estes podem ficar escaldados, perdendo o seu valor comercial.
SINTOMAS DA DOENÇA
SINTOMAS DA DOENÇA
CONTROLE DA DOENÇA Deve ser preventivo, baseado em monitoramento climático; Porém quando as condições climáticas se tornam favoráveis a sua ocorrência, deve-se iniciar rapidamente fungicidas.
CRESTAMENTO GOMOSO DAS HASTES
CRESTAMENTO GOMOSO Causada pelo fungo Didymella bryoniae ; Encontra-se presente em todas as regiões produtoras de melancia; O local infectado apresenta uma rachadura ou cancro, por onde escorre uma goma escura, de tonalidade marrom; Pode infectar qualquer órgão aéreo da planta em todos os estádios de seu desenvolvimento; Em plantas adultas, os sintomas variam de acordo com o órgão afetado;
Rachadura ou cancro por onde escorre a goma de tonalidade marrom.
CRESTAMENTO GOMOSO A umidade é o fator mais importante para a ocorrência da doença; Ferimentos e injúrias causados por insetos são portas de entrada comuns para o patógeno ; Quando a planta murcha, pode-se perceber a presença de pequenas pontuações pretas (picnídios) na região do caule próxima ao cancro; A disseminação da doença no interior da lavoura ocorre pela água de irrigação e práticas culturais.
Sintomas de crestamento gomoso nas hastes (fig.a) e no colo da planta (fig.b) Detalhe dos picnídios
CRESTAMENTO GOMOSO: CONTROLE Atualmente, nenhum cultivar comercial de cucurbitáceas apresenta resistência a este fungo; No controle desta doença recomenda-se inicialmente, escolher áreas livres do patógeno, eliminando da área, restos de cultura e sempre que possível fazer a rotação de culturas, utilizando-se plantas não hospedeiras do fungo; Manter o colo da planta livre de plantas daninhas ou folhas para favorecer boa insolação e aeração; Manejar adequadamente a irrigação do solo, evitando-se encharcamentos.
MURCHA DO FUSÁRIO
MURCHA DO FUSÁRIO O agente causal desta doença é o fungo Fusarium oxysporum Schlechtend O fungo penetra pelas raízes, atinge os vasos lenhosos ; As plantas estão suscetíveis em qualquer estágio de desenvolvimento; Causa engrossamento das raízes e desintegração dos tecidos .
MURCHA DO FUSÁRIO Pode permanecer viável por até 10 anos; A disseminação do fungo ocorre por meio de sementes contaminadas, água utilizada na irrigação e respingos de chuvas , máquinas e implementos agrícolas.
MURCHA DO FUSÁRIO A sua penetração no hospedeiro pelas raízes ocorre na região de crescimento, sendo facilitada por ferimentos.
TOMBAMENTO
TOMBAMENTO Introdução: Ocorre em plântulas de melancia, provocando a morte prematura; Fungos dos gêneros Fusarium , Rhizoctonia e Pythium; Apodrecimento dos caulículos de plântulas e tombamento das mesmas;
TOMBAMENTO Sintomas: A lesão em fase inicial é uma podridão úmida envolvendo os tecidos da base do caulículo; Em seguida ocorre murcha e morte da planta, ou mesmo falhas na emergência;
Fonte: sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br Sintoma de tombamento em plântulas de melancia Fonte: www.cnph.embrapa.br Tombamento em mudas de melancia, causado por Pythium spp.
TOMBAMENTO Disseminação e Controle: Alguns fatores favorecem o aparecimento da doença; Disseminação do patógeno: Curtas e longas distâncias; Métodos de controle da doença.
MANCHA AQUOSA
MANCHA AQUOSA É causada pela bactéria Acidovorax avenae subsp. C itrulli ; Foi descrita pela primeira vez nos Estados Unidos.
SINTOMAS E DANOS Inicialmente observam-se manchas escurecidas, com aspecto de encharcamento ou oleosas.
SINTOMAS E DANOS A medida que a doença progride, o local afetado apresenta rachaduras superficiais; Escurecimento da região do mesocarpo.
SINTOMAS E DANOS Nas folhas os sintomas mais comuns são manchas necróticas angulares de pequeno tamanho, com halo amarelado; A bactéria é introduzida na área de plantio por meio de sementes contamindas.
CONTROLE A obtenção de sementes com uma boa qualidade fitossanitária; Evitar o plantio em períodos chuvosos; Áreas com históricos de ocorrência da doença em plantio anteriores; Rotação de culturas, com espécies não hospedeiras.