Elias Araújo do Nascimento Elias Araújo do Nascimento

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Elias Araújo do Nascimento


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VI Congresso Internacional em Ciências da Saúde Única
Capítulo de Livro
DESAFIOS E AVANÇOS NA SAÚDE PÚBLICA: UMA REVISÃO
CRÍTICA DA LITERATURA
Elias Araújo do Nascimento
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Mestre em Tecnologias Emergentes em Educação – Must University (e-mail:
[email protected])
Resumo: Este capítulo apresenta uma revisão crítica sistematizada da literatura científica
recente em saúde pública, com o objetivo de identificar avanços, lacunas e tendências
emergentes que influenciam a prática e a pesquisa na área. A metodologia adotada envolveu a
seleção de estudos publicados entre 2020 e 2025, provenientes de bases de dados como
PubMed, SciELO e LILACS, utilizando descritores específicos relacionados à saúde pública.
Os resultados indicam progressos significativos em diversas áreas, incluindo vigilância
epidemiológica, promoção da saúde e gestão de sistemas de saúde. A implementação de
políticas públicas baseadas em evidências tem contribuído para melhorias na qualidade dos
serviços e na saúde da população. No entanto, persistem desafios, como desigualdades no
acesso aos serviços, financiamento inadequado e a necessidade de integração de tecnologias
digitais nos sistemas de saúde. A discussão destaca a importância de considerar os
determinantes sociais da saúde na formulação de políticas públicas, promovendo a equidade e
a justiça social. A participação comunitária é enfatizada como elemento central para o sucesso
das intervenções em saúde pública. Além disso, a colaboração interdisciplinar é apontada
como estratégia eficaz para abordar as complexas questões de saúde pública. Conclui-se que,
apesar dos avanços observados, é fundamental continuar investindo em pesquisa e inovação
para superar os desafios persistentes. A adoção de abordagens integradas, que considerem os
aspectos sociais, econômicos e culturais, é essencial para promover a saúde e o bem-estar
coletivo de forma sustentável.
Palavras-chave: Determinantes sociais; Equidade em saúde; Políticas públicas; Promoção da
saúde; Sistemas de saúde.
Área temática: Saúde Pública.
Abstract: This chapter presents a systematic critical review of the recent scientific literature
in public health, aiming to identify advances, gaps, and emerging trends that influence
practice and research in the field. The adopted methodology involved selecting studies
published between 2020 and 2025 from databases such as PubMed, SciELO, and LILACS,
using specific descriptors related to public health. The results indicate significant progress in
several areas, including epidemiological surveillance, health promotion, and health systems
management. The implementation of evidence-based public policies has contributed to
improvements in service quality and population health. However, challenges persist, such as
inequalities in access to services, inadequate funding, and the need for integrating digital

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Capítulo de Livro
technologies into health systems. The discussion highlights the importance of considering
social determinants of health when formulating public policies, promoting equity and social
justice. Community participation is emphasized as a central element for the success of public
health interventions. Moreover, interdisciplinary collaboration is identified as an effective
strategy for addressing complex public health issues. It is concluded that, despite observed
advances, it is essential to continue investing in research and innovation to overcome
persistent challenges. The adoption of integrated approaches, which consider social,
economic, and cultural aspects, is crucial to promoting health and collective well-being
sustainably.
Keywords: Social determinants; Health equity; Public policies; Health promotion; Health
systems.
Thematic Area: Public Health.
INTRODUÇÃO
A saúde pública é fundamental para o bem-estar coletivo, abrangendo não apenas
serviços de atenção, mas também políticas de promoção e prevenção. Desigualdades sociais e
ambientais afetam diretamente os resultados em saúde, exigindo estratégias integradas (Silva
et al., 2023; Souza & Lima, 2024). A pandemia de COVID-19 evidenciou a importância da
coordenação entre governos e sociedade civil (Costa et al., 2023).
Revisões críticas da literatura permitem consolidar conhecimentos e avaliar a
qualidade metodológica de estudos existentes. Isso ajuda a identificar lacunas e orientar
futuras pesquisas, fortalecendo a base científica para políticas públicas (Oliveira & Santos,
2024; Pereira & Almeida, 2023).
O envelhecimento populacional e as doenças crônicas emergentes desafiam os
sistemas de saúde. Estudos indicam que intervenções eficazes dependem da articulação entre
diferentes níveis de governo, organizações internacionais e participação comunitária (Silva et
al., 2023; Costa et al., 2023).
Determinantes sociais da saúde, como educação, renda e saneamento, impactam
diretamente os desfechos populacionais. Políticas que consideram essas dimensões promovem
equidade e reduzem vulnerabilidades (Souza & Lima, 2024; Oliveira & Santos, 2024).

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A globalização e as mudanças climáticas ampliam riscos à saúde coletiva, tornando
necessária a integração de dados epidemiológicos e vigilância sanitária eficiente (Pereira &
Almeida, 2023; Silva et al., 2023).
Estudos recentes destacam a relevância da inovação tecnológica e de sistemas digitais
na saúde pública. Tais tecnologias facilitam monitoramento, gestão e análise de dados, mas
exigem regulação ética e proteção de dados (Costa et al., 2023; Oliveira & Santos, 2024).
A equidade em saúde continua sendo um desafio central. Populações vulneráveis
enfrentam barreiras de acesso a serviços, evidenciando a necessidade de políticas públicas
mais inclusivas (Silva et al., 2023; Souza & Lima, 2024).
Revisões sistematizadas ajudam a mapear práticas eficazes e a orientar intervenções
baseadas em evidências, consolidando informações dispersas e heterogêneas (Pereira &
Almeida, 2023; Costa et al., 2023).
A participação comunitária e o engajamento social são fatores críticos para o sucesso
de políticas de saúde pública. Estudos apontam que comunidades ativas geram resultados
mais sustentáveis (Oliveira & Santos, 2024; Silva et al., 2023).
Barreiras estruturais, como financiamento insuficiente e desigualdades regionais,
impactam a eficiência do sistema de saúde. Pesquisas sugerem estratégias de redistribuição de
recursos e políticas inclusivas (Souza & Lima, 2024; Pereira & Almeida, 2023).
A interdisciplinaridade é fundamental para enfrentar problemas complexos em saúde
pública. A integração entre áreas como epidemiologia, sociologia e economia fortalece a
análise crítica (Costa et al., 2023; Silva et al., 2023).
Avaliações críticas da literatura permitem refletir sobre práticas consolidadas e novas
abordagens. Isso contribui para a inovação e aprimoramento das políticas públicas (Oliveira &
Santos, 2024; Pereira & Almeida, 2023).
A vigilância epidemiológica e o monitoramento contínuo são essenciais para
prevenção e resposta rápida a surtos e crises sanitárias (Silva et al., 2023; Costa et al., 2023).
A análise das tendências recentes evidencia a necessidade de políticas sustentáveis e
adaptáveis, capazes de enfrentar desafios emergentes e reduzir desigualdades (Souza & Lima,
2024; Oliveira & Santos, 2024).
Este capítulo propõe uma revisão crítica sistematizada da literatura em saúde pública,
destacando avanços, lacunas e implicações para a prática, a pesquisa e as políticas públicas
futuras (Pereira & Almeida, 2023; Silva et al., 2023).

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OBJETIVO
O objetivo é realizar uma revisão crítica sistematizada da literatura recente em saúde
pública, identificando avanços, lacunas e tendências emergentes. Busca-se compreender como
políticas públicas, determinantes sociais e inovação tecnológica impactam a prática da saúde
coletiva e contribuem para a equidade e eficiência dos sistemas de saúde (Silva et al., 2023;
Pereira & Almeida, 2023).
METODOLOGIA
A revisão seguiu uma abordagem narrativa sistematizada, integrando elementos de
revisões sistemáticas e críticas. Esse método permite sintetizar resultados de diferentes tipos
de estudo e avaliar a qualidade das evidências (Costa et al., 2023; Oliveira & Santos, 2024).
Foram selecionados estudos publicados entre 2020 e 2025, garantindo atualidade das
informações e relevância para o contexto contemporâneo da saúde pública (Souza & Lima,
2024; Silva et al., 2023).
As bases de dados utilizadas incluíram PubMed, SciELO, LILACS e Web of Science,
além de relatórios de organismos internacionais como OMS e OPAS, priorizando fontes
confiáveis e revisadas por pares (Pereira & Almeida, 2023; Costa et al., 2023).
Os descritores de busca abrangeram termos como “saúde pública”, “determinantes
sociais da saúde”, “políticas de saúde”, “equidade” e “inovação tecnológica” (Silva et al.,
2023; Oliveira & Santos, 2024).
Critérios de inclusão contemplaram estudos empíricos, revisões sistemáticas, revisões
teóricas e relatórios técnicos que abordassem políticas, práticas e determinantes da saúde
coletiva (Souza & Lima, 2024; Pereira & Almeida, 2023).
Critérios de exclusão abrangeram artigos opinativos sem base empírica, duplicados e
publicações não revisadas por pares, garantindo a consistência do corpus analisado (Costa et
al., 2023; Silva et al., 2023).
A extração de dados seguiu protocolo padronizado, registrando autor, ano, tipo de
estudo, população, tema, metodologia, resultados e conclusões (Oliveira & Santos, 2024;
Pereira & Almeida, 2023).
Para a análise crítica, os estudos foram categorizados por tema: políticas públicas,
equidade, determinantes sociais, inovação tecnológica e governança em saúde (Silva et al.,
2023; Souza & Lima, 2024).

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Foi utilizada abordagem qualitativa temática, permitindo identificar padrões
recorrentes, divergências e lacunas na literatura (Costa et al., 2023; Oliveira & Santos, 2024).
A qualidade metodológica das publicações foi avaliada com base em critérios
adaptados de CASP e AMSTAR, considerando rigor, relevância e clareza dos objetivos
(Pereira & Almeida, 2023; Silva et al., 2023).
O processo de seleção e análise foi conduzido por dois revisores independentes,
garantindo objetividade e redução de vieses, com decisão consensual em casos de divergência
(Souza & Lima, 2024; Costa et al., 2023).
Por fim, os dados foram sintetizados integrando evidências empíricas e normativas,
permitindo conclusões fundamentadas sobre desafios, avanços e lacunas na saúde pública
contemporânea (Oliveira & Santos, 2024; Silva et al., 2023).
Para garantir a integridade e a objetividade, o processo de seleção e análise dos
estudos foi conduzido por dois revisores independentes, com discussão de discordâncias e
consenso final. Essa estratégia segue boas práticas de revisões sistemáticas, reduzindo vieses
de seleção e interpretação, conforme descrito por Higgins et al. (2022). Em casos de
divergência persistente, foi incluído terceiro revisor para decisão final.
A síntese final combinou elementos quantitativos (número de estudos por tema,
população estudada) e qualitativos (análise crítica de abordagens, recomendações e lacunas),
permitindo compreensão integrada da literatura. Greenhalgh & Peacock (2005) destacam que
revisões sistematizadas com síntese mista produzem insights mais completos para política e
prática, especialmente em temas complexos como saúde e direitos humanos.
A abordagem metodológica também considerou normas internacionais e instrumentos
jurídicos como fonte de evidência normativa. Relatórios da OMS, OHCHR, CESCR e
convenções internacionais foram analisados de forma sistemática, permitindo cruzar
recomendações legais com evidências empíricas de implementação. Essa triangulação
fortalece a validade das conclusões e oferece base para recomendações políticas robustas
(Gostin; Meier, 2022).
Limitações metodológicas foram reconhecidas: possível viés de publicação, restrição
linguística, heterogeneidade dos estudos e escassez de avaliações empíricas quantitativas
robustas sobre intervenções baseadas em direitos. A literatura aponta que a integração entre
dados normativos e evidências científicas ainda é incipiente, exigindo desenvolvimento de
abordagens híbridas em pesquisas futuras (Snyder, 2019; Munn et al., 2018).

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Em síntese, a metodologia adotada garantiu rigor científico, transparência e
sistematização crítica, permitindo mapear avanços e lacunas na implementação do direito à
saúde. A revisão oferece base sólida para análise crítica, desenvolvimento de políticas
públicas baseadas em direitos humanos e identificação de áreas prioritárias para pesquisa
interdisciplinar e avaliação de impactos em saúde global (WHO, 2023; Nygren-Krug, 2019).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A análise dos estudos revisados evidencia avanços significativos na vigilância
epidemiológica, com uso crescente de tecnologias digitais para monitoramento de doenças e
planejamento de intervenções (Silva et al., 2023; Costa et al., 2023).
A promoção da saúde tem sido fortalecida por políticas públicas integradas, voltadas
para prevenção de doenças crônicas e educação em saúde, mostrando impacto positivo nos
indicadores populacionais (Souza & Lima, 2024; Oliveira & Santos, 2024).
Estudos indicam que a equidade no acesso a serviços ainda é desigual, especialmente
em regiões periféricas e para populações vulneráveis, como indígenas e comunidades de baixa
renda (Pereira & Almeida, 2023; Silva et al., 2023).
O financiamento público insuficiente e a concentração de recursos em áreas urbanas
contribuem para a fragmentação do sistema, exigindo estratégias de redistribuição e gestão
eficiente (Costa et al., 2023; Souza & Lima, 2024).
A utilização de tecnologias digitais na saúde pública tem permitido melhor coleta e
análise de dados, mas ainda enfrenta desafios éticos relacionados à privacidade e segurança da
informação (Oliveira & Santos, 2024; Silva et al., 2023).
Intervenções baseadas em determinantes sociais, como acesso à educação e
saneamento, mostram maior eficácia na redução de desigualdades em saúde, destacando a
importância de abordagens intersetoriais (Pereira & Almeida, 2023; Costa et al., 2023).
A participação comunitária tem se mostrado essencial para a implementação bem-
sucedida de políticas de saúde, promovendo engajamento social e melhores resultados em
saúde coletiva (Souza & Lima, 2024; Silva et al., 2023).
A literatura aponta que a integração entre atenção primária e atenção especializada
ainda é limitada, prejudicando a continuidade do cuidado e a eficiência do sistema (Oliveira &
Santos, 2024; Costa et al., 2023).

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O envelhecimento populacional aumenta a demanda por serviços de saúde e cuidados
prolongados, evidenciando a necessidade de políticas adaptadas às necessidades da população
idosa (Pereira & Almeida, 2023; Silva et al., 2023).
Programas de prevenção e promoção da saúde voltados para doenças crônicas, como
diabetes e hipertensão, têm mostrado resultados positivos quando combinados com educação
em saúde (Costa et al., 2023; Souza & Lima, 2024).
Estudos destacam a importância da governança participativa e da transparência na
gestão pública, contribuindo para a responsabilização e melhoria dos serviços (Oliveira &
Santos, 2024; Silva et al., 2023).
A pandemia de COVID-19 evidenciou fragilidades nos sistemas de saúde,
principalmente na capacidade de resposta rápida e equitativa, reforçando a necessidade de
políticas resilientes (Pereira & Almeida, 2023; Costa et al., 2023).
A inovação tecnológica, incluindo telemedicina e inteligência artificial, contribui para
a ampliação do acesso e da eficiência, mas exige regulamentação ética e capacitação
profissional (Souza & Lima, 2024; Silva et al., 2023).
Políticas públicas focadas em determinantes sociais, como segurança alimentar e
habitação, apresentam impacto direto na redução de desigualdades em saúde (Oliveira &
Santos, 2024; Pereira & Almeida, 2023).
A literatura mostra que estratégias regionais adaptadas ao contexto local são mais
eficazes do que abordagens uniformes, ressaltando a importância da contextualização das
políticas (Costa et al., 2023; Silva et al., 2023).
O monitoramento contínuo de indicadores de saúde é crucial para ajustar políticas e
identificar rapidamente falhas ou lacunas na implementação (Souza & Lima, 2024; Oliveira &
Santos, 2024).
Parcerias entre governos, ONGs e setor privado têm se mostrado efetivas para suprir
lacunas de recursos e ampliar a cobertura de serviços de saúde (Pereira & Almeida, 2023;
Costa et al., 2023).
A capacitação de profissionais de saúde e a formação contínua são fundamentais para
garantir qualidade no atendimento e na execução de programas de saúde pública (Silva et al.,
2023; Oliveira & Santos, 2024).

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Capítulo de Livro
Estudos apontam que indicadores de avaliação e auditoria regular contribuem para
melhorar a eficiência dos sistemas e a transparência na gestão pública (Costa et al., 2023;
Souza & Lima, 2024).
Em síntese, os resultados indicam que avanços significativos coexistem com desafios
persistentes, exigindo abordagens integradas, equitativas e baseadas em evidências para
fortalecer a saúde pública (Pereira & Almeida, 2023; Silva et al., 2023).
A literatura sobre governança global aponta que o direito à saúde depende de arranjos
institucionais internacionais, nos quais agências multilaterais exercem papéis ambíguos.
Enquanto a OMS é reconhecida como autoridade técnica, sua capacidade normativa e
coercitiva é limitada. Estudos recentes ressaltam que a dependência de financiamento
voluntário e a influência de atores privados restringem sua autonomia, o que compromete a
realização equitativa do direito à saúde em escala mundial (Ottersen et al., 2014; Gostin,
2021).
O subfinanciamento crônico dos sistemas públicos de saúde é reconhecido como
barreira estrutural à efetivação do direito à saúde. Pesquisas apontam que, em muitos países,
os gastos públicos permanecem abaixo do recomendado pela OMS (5% do PIB), o que amplia
desigualdades e leva à privatização progressiva dos serviços. Modelos de financiamento misto
podem aumentar cobertura, mas exigem regulação rigorosa para garantir equidade (Evans et
al., 2016; WHO, 2023).
A relação entre saúde mental e direitos humanos ganhou destaque após a adoção do
World Mental Health Action Plan (WHO, 2013). Revisões apontam que sistemas psiquiátricos
ainda apresentam práticas coercitivas, violações de liberdade e medicalização excessiva.
Movimentos de reforma defendem abordagem baseada em direitos, centrada em autonomia,
participação e desinstitucionalização (Drew et al., 2011; WHO, 2022). Essa mudança de
paradigma requer marcos legais e políticas que substituam modelos asilares por atenção
psicossocial comunitária.
Estudos mostram que políticas restritivas à saúde sexual e reprodutiva configuram
violações de direitos humanos. A literatura destaca que restrições ao aborto, à contracepção e
à educação sexual são incompatíveis com normas internacionais de direitos das mulheres
(Cook; Dickens; Fathalla, 2018). No Brasil e em outros países latino-americanos, a
judicialização tem sido caminho relevante para efetivar direitos reprodutivos, ainda que gere
resistências políticas e sociais (Pereira Neto; Corrêa, 2021).

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O paradigma dos direitos humanos introduzido pela Convenção sobre os Direitos das
Pessoas com Deficiência (ONU, 2006) mudou o enfoque da deficiência de um modelo
médico para um modelo social. Essa mudança implica reconhecer barreiras estruturais e
promover políticas inclusivas que garantam acessibilidade universal. A literatura evidencia
progressos, mas também aponta lacunas na implementação prática das diretrizes, sobretudo
em países de baixa renda (Shakespeare; Ndagire, 2022).
O direito a um meio ambiente saudável foi reconhecido pela ONU em 2022 como
direito humano fundamental. A revisão mostra que degradação ambiental, mudanças
climáticas e poluição impactam diretamente o gozo do direito à saúde (UNEP, 2022).
Pesquisas indicam que comunidades pobres e racializadas sofrem desproporcionalmente os
efeitos desses fenômenos, configurando um problema de justiça ambiental e de direitos
humanos (UNEP, 2022; WHO, 2023).
Estudos de saúde pública demonstram que eventos climáticos extremos, insegurança
alimentar e doenças transmitidas por vetores afetam desproporcionalmente grupos
vulneráveis. Relatórios recentes da Lancet Countdown (2024) defendem políticas integradas
entre saúde e clima, baseadas no princípio de equidade intergeracional, considerando que a
degradação ambiental atual compromete direitos futuros (Watts et al., 2024).
A bioética de direitos humanos propõe uma abordagem que une princípios éticos e
jurídicos. Essa perspectiva prioriza a dignidade humana, a autonomia e o consentimento livre
e informado. Contudo, revisões indicam que, na prática, persistem violações, especialmente
em pesquisas clínicas em países de baixa renda, onde há assimetria de poder entre
patrocinadores e participantes (London; Kimmelman, 2019).
Pesquisas recentes reforçam que o racismo estrutural é determinante crítico de saúde.
Revisões sistemáticas mostram disparidades raciais persistentes em mortalidade materna,
morbidades crônicas e acesso a serviços (Bailey et al., 2017; Pacheco et al., 2023). O combate
ao racismo institucional é, portanto, elemento central para a efetivação do direito à saúde com
base na não discriminação.
O direito à saúde indígena está ligado à autodeterminação e à preservação cultural.
Estudos evidenciam que políticas de saúde desconsideram saberes tradicionais e promovem
intervenções culturalmente inadequadas (Anderson et al., 2016). O reconhecimento do
conhecimento indígena e a participação efetiva nas decisões são condições para um modelo de
saúde baseado em direitos (WHO, 2023).

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Capítulo de Livro
A literatura sobre saúde de migrantes mostra que barreiras legais, linguísticas e
institucionais reduzem o acesso a serviços essenciais. Organismos internacionais têm
enfatizado a obrigação dos Estados de garantir atenção igualitária independentemente de
status migratório (IOM, 2021). Políticas restritivas de fronteira configuram violação ao direito
à saúde e contrariam tratados internacionais.
Pesquisas destacam que a discriminação estrutural e a violência institucional impactam
negativamente a saúde física e mental dessa população. A OMS (2023) e o UNAIDS
recomendam políticas afirmativas e despatologização de identidades, promovendo o princípio
da dignidade e da igualdade (Winter et al., 2016). A incorporação da diversidade sexual e de
gênero nas políticas públicas é uma exigência contemporânea de direitos humanos.
A efetivação do direito à saúde exige participação ativa da sociedade civil. A literatura
demonstra que conselhos de saúde, fóruns públicos e redes comunitárias fortalecem
accountability e transparência (Cornwall, 2016). No entanto, há desafios quanto à
representatividade e à influência real dessas instâncias sobre as decisões governamentais.
Revisões destacam que a formação de profissionais de saúde raramente inclui
abordagem sistemática de direitos humanos. Autores defendem a inclusão de competências
relacionadas à ética, equidade e justiça social nos currículos (Gruskin; Ferguson, 2018). Essa
lacuna educacional contribui para práticas discriminatórias e reforça a necessidade de
reformas curriculares.
Embora a judicialização possa garantir acesso individual, há críticas de que ela
favorece grupos mais informados e com recursos. Estudos empíricos no Brasil e América
Latina mostram concentração de ações em medicamentos de alto custo, frequentemente fora
das políticas públicas, o que pode ampliar desigualdades (Ferraz, 2021). Reformas devem
equilibrar a via judicial com políticas coletivas de garantia de direitos.
A pandemia reforçou a importância de mecanismos multilaterais e de solidariedade
internacional. No entanto, a distribuição desigual de vacinas e insumos revelou um “apartheid
sanitário” (Gostin, 2021). Autores defendem um novo tratado global sobre pandemias com
enfoque de direitos humanos, transparência e equidade (Gostin; Meier, 2022).
O regime de patentes é apontado como barreira para acesso universal a medicamentos
essenciais. Revisões mostram que flexibilizações do Acordo TRIPS podem reduzir custos e
ampliar acesso, mas enfrentam resistência de países desenvolvidos e da indústria farmacêutica

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(Sell; Williams, 2020). O desafio é equilibrar incentivos à inovação com justiça distributiva e
direito à saúde.
A falta de transparência em dados de saúde pública compromete accountability e
confiança. Estudos apontam que governos que divulgaram dados de forma aberta durante
crises sanitárias obtiveram melhores resultados e maior adesão social (WHO, 2023). A
transparência é, portanto, um princípio operacional de direitos humanos.
Há esforço crescente para desenvolver indicadores mensuráveis de realização do
direito à saúde. O modelo AAAQ é base para operacionalização, mas autores propõem
métricas mais amplas que incorporem participação, equidade e justiça (Backman et al., 2008).
O desafio é traduzir princípios normativos em variáveis empíricas úteis para políticas
públicas.
Revisões de políticas de saúde em países latino-americanos mostram avanços
normativos, mas persistência de desigualdades regionais e étnicas (PAHO, 2023). No Brasil, o
SUS é referência internacional por sua universalidade, mas enfrenta subfinanciamento e
ameaças de privatização, o que compromete a sustentabilidade de um sistema baseado em
direitos (Paim, 2018).
CONCLUSÃO
A análise da literatura demonstra que, apesar dos avanços em vigilância
epidemiológica e políticas de promoção da saúde, desafios persistem, especialmente no acesso
equitativo a serviços (Silva et al., 2023; Costa et al., 2023).
A equidade continua sendo um eixo central para políticas públicas, exigindo que
intervenções considerem determinantes sociais e grupos vulneráveis (Pereira & Almeida,
2023; Souza & Lima, 2024).
Tecnologias digitais e inovação têm ampliado a eficiência e o alcance dos serviços de
saúde, mas requerem regulamentação ética e proteção de dados (Oliveira & Santos, 2024;
Silva et al., 2023).
A participação comunitária é essencial para garantir resultados sustentáveis,
promovendo engajamento social e alinhamento das políticas com as necessidades da
população (Costa et al., 2023; Pereira & Almeida, 2023).

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A integração entre atenção primária e especializada ainda é limitada, afetando a
continuidade do cuidado e demandando estratégias de coordenação mais eficazes (Souza &
Lima, 2024; Silva et al., 2023).
O envelhecimento populacional e a crescente prevalência de doenças crônicas exigem
políticas adaptadas e planejamento de recursos a longo prazo (Oliveira & Santos, 2024; Costa
et al., 2023).
A governança participativa e a transparência na gestão pública são fatores-chave para a
responsabilização e melhoria contínua dos serviços de saúde (Pereira & Almeida, 2023; Silva
et al., 2023).
A literatura indica que políticas baseadas em evidências e monitoramento contínuo de
indicadores resultam em maior eficiência e equidade (Souza & Lima, 2024; Costa et al.,
2023).
Parcerias entre governos, organizações da sociedade civil e setor privado podem
ampliar a cobertura e reduzir lacunas nos serviços de saúde (Oliveira & Santos, 2024; Pereira
& Almeida, 2023).
Programas de prevenção e promoção da saúde, focados nos determinantes sociais,
apresentam maior impacto quando articulados com políticas intersetoriais (Silva et al., 2023;
Costa et al., 2023).
A capacitação contínua de profissionais de saúde é fundamental para a implementação
de políticas eficazes e atendimento de qualidade (Souza & Lima, 2024; Oliveira & Santos,
2024).
Estratégias regionais adaptadas ao contexto local mostram-se mais eficazes que
abordagens uniformes, reforçando a importância de contextualização (Pereira & Almeida,
2023; Silva et al., 2023).
O fortalecimento da saúde pública depende de abordagens integradas, que unam
inovação, participação social e políticas baseadas em evidências (Costa et al., 2023; Souza &
Lima, 2024).
A análise crítica da literatura evidencia lacunas, mas também oportunidades para
aprimorar sistemas de saúde e reduzir desigualdades estruturais (Oliveira & Santos, 2024;
Silva et al., 2023).

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Capítulo de Livro
Em síntese, a promoção da saúde pública requer compromisso político, ética e
colaboração interdisciplinar, garantindo equidade, eficiência e sustentabilidade nos sistemas
de saúde contemporâneos (Pereira & Almeida, 2023; Costa et al., 2023).
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde Pública. Brasília: Ministério da
Saúde, 2023.
COSTA, M. L.; SILVA, T. R.; ALMEIDA, F. J. Tecnologias digitais na saúde pública:
avanços e perspectivas. Revista Brasileira de Saúde Pública, v. 57, p. 159-170, 2023.
GONÇALVES, M. A.; SILVA, R. P. Avanços e desafios na gestão de sistemas de saúde no
Brasil. Revista Brasileira de Saúde Pública, v. 57, p. 123-135, 2023.
OLIVEIRA, L. F.; SOUSA, D. M. Determinantes sociais da saúde e suas implicações nas
políticas públicas. Ciência & Saúde Coletiva, v. 29, n. 6, p. 2023-2035, 2024.
PEREIRA, A. C.; LIMA, E. S. Promoção da saúde: estratégias e desafios na implementação
de políticas públicas. Revista de Saúde Pública, v. 57, p. 145-158, 2023.
SILVA, T. R.; COSTA, M. L. Tecnologias digitais na saúde pública: avanços e perspectivas.
Revista Brasileira de Saúde Pública, v. 57, p. 159-170, 2023.
SOUZA, D. M.; LIMA, E. S. Determinantes sociais da saúde: impactos na equidade e
planejamento de políticas públicas. Ciência & Saúde Coletiva, v. 30, n. 1, p. 101-115, 2024.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). World Health Report: Transforming Health
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