ENFERMAGEM GINECOLÓGICA Enfermeira Mariana de Araújo Rocha Especialista em Saúde Publica e Saúde da Família Mestranda em Ensino em Saúde na Amazônia
SISTEMA GENITAL FEMININO Os órgãos genitais femininos consistem de um grupo de órgãos internos e outro de órgãos externos . Os Órgãos Internos estão no interior da pelve e consistem dos Ovários, Tubas Uterinas ou ovidutos , Útero e Vagina .
SISTEMA GENITAL FEMININO Os Órgãos Externos são superficiais ao diafragma urogenital e acham-se abaixo do arco púbico. Compreendem o Monte do Púbis , os Lábios Maiores e Menores do pudendo, o Clitóris.
SINTOMAS GINECOLÓGICOS DOR : A dor é um sintoma muito freqüente em ginecologia, quase sempre subjetiva e inconstante. É importante identificar a origem, o tipo, a intensidade e em que momento ou situação ocorre MODIFICAÇÕES OU PERTURBAÇÕES DOS CICLOS MENSTRUAIS : volume, período dos ciclos , DISMENORRÉIA OU MENSTRUAÇÃO DOLOROSA: pode surgir antes, no desencadeamento ou durante o ciclo menstrual. Em seu mecanismo estão presentes fenômenos espasmódicos, vasculares, congestivos e, com frequência, também psicológicos
SINTOMAS GINECOLÓGICOS HEMORRAGIAS GENITAIS: podem ser provenientes de qualquer ponto do aparelho genital, mas geralmente procedem do útero e de seus anexos e através do canal vaginal exteriorizam-se na vulva - Cor vermelho vivo ou escurecido, com ou sem coágulos : Volume; Associação com outros sintomas, notadamente dores .
SINTOMAS GINECOLÓGICOS CORRIMENTO VAGINAL: também chamado de leucorreia É representado pela saída de secreção de coloração e abundância variável. A leucorréia fisiológica é uma secreção normalmente produzida pelas mucosas vulvares, endocervical , ectocervical e sobretudo vaginal que pode ocasionar corrimento sem dar motivo para inquietação e/ ou tratamento. As leucorréias patológicas estão ligadas a inflamações vulvovaginais , e pela sua relevância e frequência devem ser diagnosticadas e tratadas
Afecções Ginecológicas VULVOVAGINITES: todas as manifestações inflamatórias e/ou infecciosas, de caráter agudo ou crônico que podem acometer a vulva, vagina ou o colo uterino, podendo atingir também a bexiga, ureter, ânus e face interna das coxas. Vaginoses bacterianas Candidíase vulvovaginal Tricomoníase genital
Aconselhamento É tido como um instrumento importante para a quebra da cadeia de transmissão das DST Auxilia o cliente a compreender a relação existente entre o seu comportamento e o problema de saúde que está apresentando, a reconhecer os recursos que tem para evitar novas infecções. A enfermagem poderá, através de ações educativas, orientar a clientela a partir da sua entrada na unidade de saúde quanto às formas de transmissão das DST, assim como os mecanismos de prevenção das doenças ginecológicas.
Bartholinite É infecção estritamente vulvar da glândula de Bartholin . Sua infecção é às vezes crônica e sob a forma de cisto, sendo mais frequente a forma aguda, que caracteriza-se pela presença de rubor, calor, dor e com edema significativo, por vezes deformando a vulva.
Leiomiomatose uterina T ambém conhecida por miomatose uterina, é um tumor benigno sólido que com frequência acomete as mulheres e se aloja preferencialmente no corpo do útero.
Consulta Clínico-Ginecológica A consulta clínico-ginecológica tem por objetivo identificar o mais precocemente possível distúrbios que afetam especialmente os órgãos reprodutores femininos e as mamas, além de olhar para a saúde da mulher de uma maneira geral. O exame preventivo deve ser feito anualmente e após dois resultados negativos consecutivos o intervalo deverá ser de 3 anos. Porém a mulher deve procurar a unidade de saúde, caso sinta qualquer sinal ou sintoma diferente em seu corpo.
Câncer de colo de útero e de mamas A prevenção do câncer de colo de útero ou cérvice, com a colheita da citologia oncótica, e o exame clínico das mamas com orientação para o auto exame, ocupam um lugar importante na consulta. As ações de controle do câncer cérvico -uterino compõem-se de: consulta clínico- ginecológica, colheita de material para esfregaço cérvico -vaginal (colheita de preventivo), tratamento dos processos inflamatórios e neoplasias, encaminhamento para clínica especializada para dar continuidade aos tratamentos
Exame papanicolau (PPCU) Os materias para a realização do exame são: espéculos vaginais (descartáveis ou não) de tamanhos adequados com relação à idade e à paridade (número de filhos) da cliente. campo estéril, espátula de madeira (tipo ayre ou similar) escovinha Campos da Paz swab de cabo longo (para colheita em mulheres virgens) lâmina, frasco, fixador, foco de luz e biombo. EPIs: JALECO + AVENTAL, LUVAS, MASCARA, GORRO E PRO-PÉ
Exame papanicolau (PPCU)
Exame papanicolau (PPCU) Para garantir um bom exame deve-se: não realizar o exame no período menstrual ou de sangramento não ter relações sexuais por 24 horas não utilizar duchas, lavagens e medicamentos via vaginal por 48 ou 72 horas que antecedem o exame.
Exame papanicolau (PPCU) Faz parte do exame ginecológico: inspeção da vulva, do canal vaginal e do colo uterino. atentar para sinais de inflamação (dor, calor e rubor),sangramento ou alterações locais da pele e mucosa, como a presença de lesões e parasitas. No canal vaginal e no colo uterino, deve-se observar a coloração da mucosa, a presença de secreções, lesões e corpo estranho, encaminhando ao enfermeiro ou médico, nos casos de anormalidade
Exame papanicolau (PPCU)
Exame papanicolau (PPCU)
Exame das mamas As ações de controle do câncer de mama são: auto-exame das mamas, exame clínico das mamas e exames complementares. Estas ações têm como principal objetivo a detecção precoce de alterações que podem sugerir ou constituir uma neoplasia. O auto-exame das mamas é um procedimento que permite à mulher participar do controle de sua saúde. Recomenda-se que ele deve ser realizado mensalmente, uma semana após a menstruação, período em que as mamas não apresentam edema
Exame das mamas O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres, devido à sua alta frequência e sobretudo pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal. Ele é relativamente raro antes dos 35 anos de idade, mas acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. No Brasil, o câncer de mama é o que mais causa mortes entre as mulheres. Estimativa de Incidência de Câncer de mama no Brasil
FATORES DE RISCO História familiar (um ou mais parentes de 1º grau). A idade constitui um outro importante fator de risco, havendo um aumento rápido da incidência com o aumento da idade. A menarca precoce A menopausa tardia (após os 50 anos de idade) Primeira gravidez após os 30 anos Nuliparidade (não ter tido filhos)
DETECÇÃO PRECOCE As formas mais eficazes para detecção precoce do câncer de mama são o exame clínico da mama e a mamografia.
O Auto-Exame das Mamas O exame das mamas realizado pela própria mulher não substitui o exame físico realizado por profissional de saúde (médico ou enfermeiro) qualificado para essa atividade.
Exame Clínico das Mamas (ECM) Quando realizado por um médico ou enfermeira treinados, pode detectar tumor de até 1 (um) centímetro, se superficial. O Exame Clínico das Mamas deve ser realizado conforme as recomendações técnicas.
Mamografia É realizada em um aparelho de raio X apropriado, chamado mamógrafo. Nele, a mama é comprimida de forma a fornecer melhores imagens e, portanto, melhor capacidade de diagnóstico. O desconforto provocado é discreto e suportável . A mamografia é a radiografia da mama que permite a detecção precoce do câncer, por ser capaz de mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (de milímetros). A mamografia deve ser bienal para mulheres entre 50 a 69 anos é a estratégia recomendada pelo Ministério da Saúde no Brasil para o rastreamento do câncer de mama .
12 SINTOMAS DO CÂNCER DE MAMA
SINTOMAS DE CÂNCER DE MAMA AVANÇADO Os sintomas de câncer de mama avançado incluem outros sinais não relacionados com as mamas: Náuseas Dor nos ossos Perda de apetite Fortes dores de cabeça Fraqueza muscular Obs : devem ser observados pelo mastologista o mais depressa possível.
CÂNCER DE ENDOMÉTRIO O câncer de endométrio ou do corpo uterino é uma neoplasia maligna menos freqüente que a do colo uterino. Geralmente acomete mulheres após os 50 anos, após a menopausa Sinais de alerta: metrorragias mínimas, espontâneas e sem frequência definida as secreções rosadas semelhantes a “água de carne” (às vezes fétidas) as dores irregulares de curta duração, repetidas várias vezes durante o dia
CÂNCER VAGINAL Os cânceres primitivos da vagina são raros. Em sua maioria são decorrência de metástase de cânceres do colo ou do corpo uterino, portanto secundários, cujo prognóstico costuma ser sombrio. Os pequenos sangramentos intermitentes ou mesmo as hemorragias mais importantes representam sinais de alerta.