AULA 01
ENSAIOS DE DUREZA
Prof. Dr. André R. Marcondes
Curso de Pós-Graduação em Engenharia e Tecnologia Espaciais
Ciência e Tecnologia de Materiais e Sensores (CMS)
Técnica Experimentais em Ciência dos Materiais I -CMS-207-4
25/08/2022
COMPORTAMENTO TENSÃO -DEFORMAÇÃO
MÓDULO DE YOUNG
Indicaarigidezouresistênciadeummaterialà
deformaçãoelástica.
QuantomaiorE,maisrígidoomaterialemenorasua
deformação elásticadevidoàumadadatensão
aplicada
Fonte: Ciência e Engenharia dos Materiais, W.D. Calister, 5ª Ed
Deformação
elástica linear
Módulo deYoung
paracurvaT-Dnão
linear (alguns
polímeros, ferro
fundido, concreto,
DLCetc):
COMPORTAMENTO TENSÃO -DEFORMAÇÃO
MÓDULO DE YOUNG
deformação elástica não linear
Emescalaatômicaadeformação
elásticaéaalteração:
1.nosespaçamentosinteratômicos
2.na extensão das ligações
interatômicas
Portanto:
E:representaamedidadaresistênciado
materialàseparação deátomos
adjacente(forçadesuasligações
interatômicas)
COMPORTAMENTO TENSÃO -DEFORMAÇÃO
MÓDULO DE YOUNG
Omódulodeelasticidadeéproporcionalàinclinaçãodacurva
deseparaçãointeratômicadeequilíbrio.
COMPORTAMENTO TENSÃO -DEFORMAÇÃO
MÓDULO DE YOUNG
DimensõesdeEparaalguns
materiais:
E
cerâmicos> E
metais
E
polímeros< E
metais
VARIAÇÃO COM A TEMPERATURA
omódulodeelasticidadevaria
comatemperatura(TE)
PROPRIEDADES ELÁSTICAS DOS MATEIRIAIS
COEFICIENTE DE POISSON
Elongação(deformaçãopositiva)axial(z)
econtrações(deformações negativas)
laterais(xey)emrespostaaumaforça
detração.
Oparâmetro
échamadodecoeficientedePoisson,
queéumamedidadoefeitoPoisson
(expansãooucontraçãodeummaterial
perpendicularmenteàdireçãodaforça
aplicada).
Exemplo em um metal
PROPRIEDADES ELÁSTICAS DOS MATEIRIAIS
COEFICIENTE DE POISSON
Maioriadosmateriais:0,0≤≤0,5(0,5paramaterialisovolumétrico)
Maioriadossólidos:0,2≤≤0,3(0,3adotadonamaioriadoscasos)
Emcasosraros:≤0(espumaspoliméricas,polímeros
microporosos,espumasdemetal*)
(*) phys. stat. sol. (b) 245, No. 3, 545–551 (2008) / DOI 10.1002/pssb.200777708
Espuma de metal
RECUPERAÇÃO ELÁSTICA DURANTE UMA
DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
Comaliberaçãodacarga
duranteocursodeumensaio
tensão-deformação, uma
partedadeformaçãototalé
recuperada naformade
deformaçãoelástica.
Tensão
Deformação
Recuperação da
Deformação elástica
MEDIDA DE DUREZA
Adurezanãoéumapropriedadeintrínseca
domaterial,ditadapordefiniçõesprecisas
emtermosdeunidadesfundamentais.
Umvalordedurezadeummaterialdepende
daelasticidade,ductilidadeeencruamento
domaterialetambémdotipodepenetrador
edascondiçõesdeensaio.
ENSAIOS DE DUREZA
Tipos de
ensaios de
Dureza
1. Dureza de risco
2. Dureza de choque ou ressalto
3. Dureza de penetração
Escala de Mohs
Dureza Shore
Dureza Brinell
Dureza Meyer
Dureza Rockwell
Dureza Vickers
Dureza Knoop
Testes de macrodureza
Testes de microdureza
ENSAIO DE DUREZA –DUREZA SHORE
F: força aplicada (N);
E
0: módulo de Young (Mpa);
R: raio do penetrador esférico (mm);
P: profundidade de penetração (mm).
Durômetro
portátil
Shore A
analógico
Polímeros
ENSAIO DE DUREZA –DUREZA BRINELL
Método utilizadoprincipalmenteemmateriais
metálicos.
Propostoem1900,peloengenheirosuecoJohan
AugustBrinell.
Primeiroensaiodepenetração padronizado
reconhecidoindustrialmente;
Otestetípicoconsisteemumpenetradoresférico
comø1,2,5ou10mm,deaçodeelevadadureza
oudeWC.
Cargaaplicada:entre500e3000kgfmantida
constanteentre10e30s.
Metais não ferrosos, ferro fundido, aço, peças não-temperadas
ENSAIO DE DUREZA –DUREZA BRINELL
OnúmeroBrinelldedureza(HB,HardenessBrinell)éfunçãodacarga
aplicadaedodiâmetrodacalotaesféricaresultanteepodeser
obtidoatravésdaseguinterelação:
F:cargaaplicada(Kgf)
p:profundidadedapenetração
D:diâmetrodopenetrador
d:médiadodiâmetrodaimpressão
empelomenosduasdireções.
DimensãodadurezaBrinell:MPa
Normadereferência:ASTME10(StandardTestMethodforBrinell
HardnessofMetallicMaterials).
Metais não ferrosos, ferro fundido, aço, peças não-temperadas
HBS: esfera de aço
HBW: esfera de WC
Dificuldade
de se medir p
ENSAIO DE DUREZA
DUREZA BRINELL
Exemplodetabelacomvalores
dedurezaBrinellemfunçãodo
diâmetrodeimpressão,d.
Pela norma brasileira,a
espessuramínimadomaterial
ensaiadodeveser17vezesa
profundidadedacalota.
Únicoensaioaceitoparametais
semestruturainternauniforme.
HBlimitadoa500HB(durezada
esferadeaço)
Metais não ferrosos, ferro fundido, aço, peças não-temperadas
ENSAIO DE DUREZA –DUREZA ROCKWELL
Aplica-seumacargamenor(pré-
carga)edepoisumamaior(de
ensaio).
Dureza =diferençaentreas
profundidades de penetrações,
descontandoarecuperaçãoelástica.
Cargainicial:10kgf
Cargafinal:50,90ou140Kgf
Cargatotal:60,100ou150Kgf
Maioria dos metais, ligas metálicas e polímeros
Resultadoélidodiretamenteno
mostradordamáquinadeensaio.
ENSAIO DE DUREZA –DUREZA ROCKWELL
•Umdosmaissimplesemaisutilizadosnaindústria;
•Váriasescalasdiferentespodemserutilizadasatravésde
possíveiscombinaçõesdepenetradoresecargas,oque
permiteousodesteensaioempraticamentetodasasligas
metálicas,assimcomoemmuitospolímeros.
•Penetradores:esferasdeaçodeelevadadureza,comø
1/16,1/8,1/4e1/2in,ouconesdediamantecomconicidade
de120º(materiaisdealtadureza).
Maioria dos metais, ligas metálicas e polímeros
ENSAIO DE DUREZA –DUREZA
ROCKWELL
Maioria dos metais, ligas metálicas e polímeros
Exemplo:
80 HRB: dureza Rockwellde 80 na escala B
Regrasimportantes:
1.Espessuradomaterialpelomenos10x>do
queaprofundidadedaimpressão.
2.Distânciamínimaentreimpressões=3xødo
penetrador
3.Amostracomboaplanicidade.
Normasaplicáveis:
ASTME18(StandardmethodsforRockwell
hardnessandRockwellsuperficialhardnessof
metallicmaterials)
ISO6508-1(Metallicmaterials-Rockwell
hardnesstest-Part1:Testmethod(scalesA,B,
C,D,E,F,G,H,K,N,T)).
Exemplo de durômetro
Rockwelldigital
instrumentado
Exemplo de durômetro
Rockwellanalógico
instrumentado
Exemplos de penetradores
Rockwell
(ponta de diamante ou de
outros elementos)
ENSAIO DE DUREZA –DUREZA ROCKWELL
SUPERFICIAL
Maioria dos metais, ligas metálicas e polímeros
Determinaçãodedurezafolhasfinas,lâminase
camadassuperficiais.
Mesmoprincípio[cargamenor(3kgf)depois
cargamaior(15,30ou45kgf)].
Escalasidentificadasporum15,30ou45
(dependendodacarga),seguidoporN,T,W,X
ouY,deacordocomopenetrador
Exemplo:
60HR30WrepresentaumadurezaRockwell
Superficialde60naescala30W.
ENSAIO DE DUREZA –DUREZA KNOOP
MicrodurezaKnoop:utilizaomesmoprincípiodeensaiodedureza
Vickers,masopenetradorpossuigeometriadiferente.Podeser
usadoemmateriaisfrágeiscomocerâmicos.
Dureza Knoop:
P: carga aplicada (Kgf)
A: área da impressão (mm
2
)
L: comprimento da impressão (mm)
Cp: fator de correção devido ao formato do
penetrador
P entre 1 e 1000 g.
Impressão medida no microscópio
MétododesenvolvidonoNationalBureauofStandards(hojeNIST),pelofísicoeengenheiro
americanoFrederickKnoppenormatizadopelaASTMD1474(StandardTestMethodsfor
IndentationHardnessofOrganicCoatings).