Envenenamento e Intoxicações

LigaTraumaEmergenciaES 29,893 views 37 slides Oct 07, 2012
Slide 1
Slide 1 of 37
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3
Slide 4
4
Slide 5
5
Slide 6
6
Slide 7
7
Slide 8
8
Slide 9
9
Slide 10
10
Slide 11
11
Slide 12
12
Slide 13
13
Slide 14
14
Slide 15
15
Slide 16
16
Slide 17
17
Slide 18
18
Slide 19
19
Slide 20
20
Slide 21
21
Slide 22
22
Slide 23
23
Slide 24
24
Slide 25
25
Slide 26
26
Slide 27
27
Slide 28
28
Slide 29
29
Slide 30
30
Slide 31
31
Slide 32
32
Slide 33
33
Slide 34
34
Slide 35
35
Slide 36
36
Slide 37
37

About This Presentation

Tema apresentado por Nicoli Gaburro, Natalia Venturim e Marina Dias.


Slide Content

Intoxicações e Acidentes com animais peçonhentos “...todas as substâncias são venenos, não existe nenhuma que não seja. A dose correta diferencia um remédio de um veneno”. Paracelso 1443-1541 Marina Dias de Souza, Natália Venturim e Nicoli Ribeiro Gaburro

Intoxicação - Conceitos INTOXICAÇÃO : É um processo patológico causado por substâncias endógenas ou exógenas, caracterizado por desequilíbrio fisiológico, conseqüente das alterações bioquímicas no organismo. INTOXICAÇÃO AGUDA: Decorre de um único contato (dose única- potência da droga) ou múltiplos contatos (efeitos cumulativos) com o agente tóxico, num período de tempo aproximado de 24 horas. Os efeitos surgem de imediato ou no decorrer de alguns dias, no máximo 2 semanas. INTOXICAÇÃO SUB-AGUDA OU SUB-CRÔNICA: Exposições repetidas a substâncias químicas – caracteriza estudos de dose/resposta após administrações repetidas. INTOXICAÇÃO CRÔNICA: Resulta efeito tóxico após exposição prolongada a doses cumulativas do toxicante ou agente tóxico, num período maior de 3 meses a anos.

Medicamentos G6vfmI/TIEdMweFK0I/AAAAAAAALo8/Yyk9psEcA7M/s400/materias_intoxicacaomedicamentoocorreprincipalmentecriancaspequenas.jpg

Barbitúricos FENOBARBITAL Uso: sedativo-hipnótico, anticonvulsivante, tratamento alternativo em crise epilética e hiperbilirrubinemia neonatal Ocorre toxicidade quando se ultrapassa de 5 a 10 vezes a dose hipnótica. Se houver concomitante de outros depressores do SNC (especialmente o álcool ) a dose letal pode ser menor. Tipos de Doses Adulto Criança Hipnótica 100 a 200 mg 5 a 8 mg/Kg Tóxicas não letais 18 a 36 mg/Kg 10 a 20 mg/Kg Efeitos (em doses não letais) 18 mg/Kg: efeitos em pele e pulmão 36 mg/Kg: efeitos no SNC e TGI Efeitos do SNC já com 10 mg/Kg

Manifestações Clínicas Depressão do Sistema Nervoso Central e Cardiovascular TGI: diminui tônus e peristalse; SNC: letargia, sonolência, nistagmo, ataxia, pupilas normais ou mióticas, hipo ou arreflexia, depressão respiratória, instabilidade hemodinâmica e coma; Cardiovascular: colapso vascular depressão miocárdica direta, vasodilatação periférica, perda do tonus simpatico central, hipoxia e depressão dos centros vasomotores medulares http:// www.google.com.br/imgres?q=pic http:// www.google.com.br/imgres?q http:// www.google.com.br/imgc

Manifestações Clínicas Sistema Respiratório: depressão respiratoria, devido à variações de pH; Sistema Genitourinário: diminuição da contração de ureteres e bexiga causando bexigoma; oligúria ou anúria; pode ocorrer na hipotensão grave; Pele: 6 a 10 % dos pacientes apresentam lesões cutâneas após 24 horas de ingestão. Bolhas: translucidas e tensas rodeadas por halo eritematoso contendo líquido de quantidades detectáveis de barbitúricos. Localização: principalmente em joelhos, tornozelos e punhos.

Classificação de Reed Itho SF. Rotina no Atendimento do Intoxicado. Ed 3. Vitória; 2007.

Diagnóstico História clínica – familiares Quadro clínico Laboratório: Análise bioquímica: glicemia, eletrólitos, uréia, creatinina e gasometria arterial Análise toxicológica: alcoolemia, triagem para fármacos depressores do SNC Imagem: Rx de tórax e TC de crânio, se nescessário http:// www.google.com.br/

Tratamento Medidas de suporte: suporte respiratório, ventilatório, hemodinâmico (correção dos disturbios eletrolíticos e vasopressores), nutricional e infeccioso, realizar Intubação Orotraqueal prévia; Descontaminação: LG até 24 horas da ingestão (Se concreções gástricas: sonda mais grossa), CA (doses seriadas a cada 4 horas por 48 hs) Alcalinização urinária: ionização impede a reabsorção tubular renal – aumenta a excreção de 5 a 10 vezes (infusão de bicarbonato de sódio para manter o pH entre 7,5 e 8 http:// www.google.com.br/imgres?q=picada+de+c http:// www.google.com.br/imgres?q=picada+de+c

Tratamento Medidas de eliminação Diurese forçada (pacientes com boa função renal e cardiaca e em intox. moderada a grave) Hemodiálise (níveis sericos 100mcg/ml ou coma grau 3 ou 4 com redução da função renal) Hemoperfusão: a mais efetiva Medidas Gerais Tratar síndrome de abstinência Corrigir potássio sérico e manter em 4 meq/l Controlar eletrólitos , gases arteriais e pH urinário a cada 2 a 4 horas

Complicações Pulmonar: pneumonia aspirativa, edema, abcesso e atelectasia; Cardíaca: arritmia, ICC, tromboembolismo, colapso circulatório com perda do tônus periférico; Outros: insuficiência renal aguda, hipoglicemia ( pode potencializar a depressão do SNC), hiperpirexia. http:// www.google.com.br/imgres?q=picada+de+c

Agrotóxicos

Principais Agentes Praguicidas carbamatos Praguicidas organofosforados Armas químicas de organofosforados Sarin Soman Tabun Fisostigmina Neostigmina Piridostigmina http:// www.google.com.br/imgres?q=picada+de+c

Susceptibilidade O risco de exposição é maior entre trabalhadores rurais , mas, qualquer pessoa pode estar exposta a esses produtos, em casa ou no trabalho. Militares e antiterroristas devem se preocupar com os gases neurotóxicos (como o sarin ). http:// www.google.com.br/imgres?q http:// www.google.com.br/imgres?q= http:// www.google.com.br/imgres?q=c

Manifestações Clínicas Itho SF. Rotina no Atendimento do Intoxicado. Ed 3. Vitória; 2007.

Gravidade da Síndrome Benigna e de curta duração: overdoses de drogas colinérgicas. Graves: compostos carbamatos e organofosforados , especialmente após ingestão. As manifestações clínicas observadas nas intoxicações por carbamatos são usualmente de duração mais curta e menos graves que aquelas provocadas por compostos organofosforados .

Tratamento Sintomático e Suporte assegurar vias aéreas, manter ventilação e oxigenação, hidratação, acesso endovenoso e controlar convulsões com diazepam endovenoso Descontaminação descontaminação apropriada conforme o agente tóxico e a via de exposição.

Tratamento Antagonista: Atropina (OF e Carbamatos ) específico para os efeitos muscarínicos Não tem efeito em receptores nicotínicos excessiva de atropina resulta em agitação e taquicardia Via de administração: Quando o acesso venoso não é disponível, a atropina pode ser administrada pelas vias intramuscular, subcutânea, endotraqueal ou intraóssea (crianças). Antídoto: Pralidoxima – Contrathion ® reativador da acetilcolinesterase deve ser administrado após a atropina síndrome colinérgica moderados à graves de intoxicações causadas por organofosforados ou armas químicas Vias de administração: via endovenosa ou intramuscular

Animais Peçonhentos

Veneno - Conceito Peçonha = veneno - VENENO: Agente tóxico que altera ou destrói as funções vitais e, segundo alguns autores, é termo para designar substâncias provenientes de animais, com função de autodefesa ou predação.

Gêneros Bothrops Conhecidas como Jararaca; Habitam zonas rurais e periferias das grandes cidades; Preferem ambientes úmidos e locais de roedoes; Hábitos noturnos, agressivas quando atacadas. http://www.google.com.br/imgres?q=picada+de+cobra+jararaca&start=10&num=

Acidente Botrópico Ações do veneno : Coagulante Hemorrágica Inflamatória Acidente responsável por 90% dos envenenamentos http://www.google.com.br/imgres?q=picada+de+cobra+jararaca&start=10&num=

Manifestações Clínicas Local Marcas de presas: gerealmente vista (perfuração ou arranhadura) Sangramento no início da inoculalção Edema precoce: tenso coloração violácea Dor Linfadenomegalia regional: desenvolve-se em poucas horas Bolhas: quantidade e proporções variáveis, com conteúdo seroso, homorrágico ou necrótico Sistêmico Sangramentos: gengivorragia, hematúria microscópica microscópica, púrpuras, sangramentos em feridas recentes São menos frequentes: hematúria macroscópica, epistaxe, hemorragia conjuntival, hipermetrorragia e hematêmese

Diagnóstico Laboratorial Teste de Coagulação; Função renal; Tempo de Protombina; Fibrinogênio; Plaquetas ; CK e EAS urinário; Hemograma completo na presenção de febre, inapetência e mal estar geral; http://www.google.com.br/imgres?q=picada+de+cobra+jararaca&start=10&num=

Complicações Infecção local: abscesso, celulite e erisipela – provocadas pela ação inflatória aguda local, da flora bacteriana da boca das serpentes (bactérias anaeróbicas e gram-negativas) e dos contaminantes sobre o ferimento 17% dos casos Risco maior maior tempo acidente e soroterapia Orientações sobre o diagnóstico: Reativação dos sinais inflamatórios no paciente estável ou em regressão ou em regressão do quadro clínico; Episódios de febre súbitos; Aumento do infartamento ganglionar regional; Presença de flutuaçao a palpação.

Complicações Necrose Ação inflamatória e isquemia; 20%; Limita-se ao tecido subcutâneo; Segundo dia após o acidente; Risco maior em extremidades. Síndrome Compartimental Rara; Ocorre nas primeiras 24 horas; Casos graves, longa permanencia hospitalar; Aumento da pressão dentro de um compartimento fechado Compressão do feixe vasculo nervoso comprometimento da circulação sanguínea regional esquemia das extremidades; Dor intensa, desproporcional ao edema; diminuição da temperatura do segmento distal; cianose e deficit motor. http:// www.google.com.br/imgres?q=picada+de+c http:// www.google.com.br/imgres?q=picada+de+c

Complicações Sistêmicas Choque e IRA; A IRA ocorre de 0,5 a 13% dos casos. Síndrome Compartimental Rara; Ocorre nas primeiras 24 horas; Casos graves, longa permanencia hospitalar; Aumento da pressão dentro de um compartimento fechado Compressão do feixe vasculo nervoso comprometimento da circulação sanguínea regional esquemia das extremidades; Dor intensa, desproporcional ao edema; diminuição da temperatura do segmento distal; cianose e deficit motor.

Medidas Imediatas Manter o paciente em repouso e evitar deambular para não favorecer a absorção do veneno; Colocar o segmento elevado (30 graus), o masi confortável possível Não fazer garroteamento A remoção para o centro de tratameto deve ser feito no menos tempo possível Os exames devem ser feitos antes da soroterapia Os acidentes avaliados como leves, solicitar somente Teste de Coagulação

Tratamento Itho SF. Rotina no Atendimento do Intoxicado. Ed 3. Vitória; 2007.

Prognóstico Normalmente é bom Contribui para o mal prognóstico: Retardo na soroterapia Dose insuficiente Via inadequada Uso de torniquetes, incisões ou substâncias contaminadas Tamanho da serpente Acidentes em crianças tendem a evoluir com fenomenos locais mais graves Gestante: risco de hemorragia uterina Local: picadas em dedos e pernas são mais perigosas Profilaxia do tétano: se a lesão oferecer condições para desenvolvimento do tétano

Gênero Phoneutria Conhecida como Armadeira; Não constrói teia; Habitam proximidade das residências, sapatos, depósitos de materiais de construções, entulhos e lenha; A aranha armadeira tem de 3 a 4cm de corpo e até 15 de envergadura de pernas. http:// www.google.com.br/imgres?q=picada+de+c

Quadro Clínico e Tratamento Itho SF. Rotina no Atendimento do Intoxicado. Ed 3. Vitória; 2007.

Caso Clínico M.P.G., masculino, 21 anos, branco, repositor de frutas em supermercado no município de Atílio Vivacqua , região Sul do Espirito Santo , sem história de doença prévia sofreu picada por escorpião amarelo no dorso da mão ao manipular caixas de frutas . Sentiu dor local , de leve a moderada intensidade, acompanhada de tontura e sudorese por alguns minutos. Dirigiu-se ao hospital levando o animal e foi atendido em nível hospitalar. Ao primeiro atendimento o paciente tinha náuseas, vômito e sudorese, pressão arterial de 160/110 mmHg, freqüência cardíaca de 120 batimentos por minuto. Devido à descrição de um escorpião amarelo com fileiras de serrilhas no dorso , o médico assistente, sabendo da existência de acidente por esse tipo de animal, o identificou como Tityus serrulatus imediatamente. Por falta de medidas de tratamento o paciente foi encaminhado para o município de Vitória. A equipe médica solicitou monitorização cardíaca, eletrocardiograma em repouso, hemograma, exame qualitativo de urina, uréia , creatinina e glicemia séricas, creatinofosfoquinase sérica e fração MB. Os resultados obtidos foram bradicardia sinusal (FC=55+9 bpm ) e elevação discreta da CK-MB (17 e 15 U/I) foram as principais alterações clínicas. O paciente queixou-se de prostração, sudorese profusa, os vômitos tornaram-se intensos e incoersíveis convulsionando logo em seguida.

Gênero Tityus serrulatus Tronco marrom-escuro, pedipalpos e patas amareladas com duas fileiras de serrilha dorsal nos últimos segmentos da cauda; 6 a 7cm; Ação do veneno: causa despolarização das terminações nervosas, liberando acetilcolina e catecolaminas; Acidentes mais graves e maior incidência no Brasil. http:// www.google.com.br/imgres?q=picada+de+c

Gênero Tityus serrulatus Itho SF. Rotina no Atendimento do Intoxicado. Ed 3. Vitória; 2007.

Referências http:// www.fundacentro.gov.br/ARQUIVOS/PUBLICACAO/l/Preven%C3%A7%C3%A3o%20de%20Acidentes%20com%20Animais%20Pe%C3%A7onhentos.pdf http:// www.saude.pr.gov.br/arquivos/File/zoonoses_intoxicacoes/Conceitos_Basicos_de_Toxicologia.pdf http:// www.fiocruz.br/sinitox_novo/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=11&sid=107 M. A. de Lima, E. P. Bezerra, L. M. de Andrade, J. A. Caetano, M. D. C. Miranda. Perfil epidemiológico das vítimas atendidas na emergência com Intoxicação por agrotóxicos. Cienc Cuid Saude 2008 Jul/Set; 7(3): 288-294 . Itho SF. Rotina no Atendimento do Intoxicado. Ed 3. Vitória; 2007. Feldman R, Szajewski J. Cholinergic Syndrome . Warsaw Poisons Control Centre, Szpital Praski , Pl. Weteranow 4, 03-701Warszawa, Poland , February , 1998. Acessado em: 18 de maio de 2011. Disponível em: http://www.venvin. com/dane/ wiedza /CHOLINERGIC%20SYNDROME.doc Atendimento Inicial ao Paciente Intoxicado. UFRJ. Acessado em 18 de maio de 2011. Disponível em: http://issuu.com/sciepharmacy/docs/diagnostico _ presuntivo_e_dgi -encontro_ ciave-ba_201