Escalda pés - uma pratica milenar, terapeutica e restauradora

FernandaPaulin 105 views 23 slides Aug 03, 2024
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About This Presentation

Qual sobre escalda pés


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Escalda pés uma prática milenar, terapêutica e restauradora Profa Drª Fernanda paulin

história A Medicina Tradicional Chinesa, baseada no equilíbrio da polaridade Yin e Yang, escalda-pés é uma prática muito antiga e auxilia a distribuir essa energia yang – na cabeça – para a extremidade fria, os pés – energia yin. Esse equilíbrio energético funciona muito bem quando se está cansado, estressado, com fadiga física ou mental, sendo um excelente remédio para aliviar dores de cabeça, cansaço, tensões musculares, preocupações, acalmar uma mente muito inquieta,   insônia, excitação nervosa, irritabilidade, impaciência, problemas respiratórios e depressão. Antigamente, o principal objetivo do escalda-pés era aquecer os pés e tirar a friagem após uma caminhada em dias muito frios, exposição à chuva, nos casos de gripes, resfriados e dores articulares.

Ainda na Medicina Chinesa, quando os pés estão bem aquecidos é um sinal de saúde, significando que a energia está circulando bem. Nesse sentido, o escalda-pés age positivamente no seguinte princípio: o bem-estar acontece quando temos os pés quentes e a cabeça fria! Portanto, pode ser realizado sem restrições quanto à periodicidade, somente sendo contraindicado para casos de diabetes, arteriosclerose ou doença de Buerger  – afeta os vasos sanguíneos das mãos, braços, pernas e pés, provocando o seu inchaço e impedindo a circulação do sangue, isquemia. Já na Medicina Ayurvédica ou Indiana, ele é extremamente benéfico para as pessoas do tipo ou dosha Vata , que geralmente possuem os pés e extremidades mais frias no inverno, ajustando o equilíbrio energético do corpo e ativando a circulação sanguínea das extremidades. 

IMPORTANTE: Poucas pessoas lembram que os pés são a base de sustentação do corpo. Com base na reflexologia , eles são o mapa de todos os nossos órgãos. Tratando-os de maneira correta, é possível obter muitos benefícios para o organismo em vários níveis. Nossos pés têm uma importância fundamental para nosso corpo e nossas vidas. Fortes e ao mesmo tempo delicados, eles estão expostos a um esforço

incrível: estimam-se mais de 20 mil passos por dia é uma carga diária de 100 toneladas.

O escalda-pés já era utilizado para efeito de limpeza e relaxamento há 6 mil anos, mais conhecido como Lava-Pés. Há uma passagem bíblica que envolve esta prática. No Cenáculo, durante a Ceia Pascal, Jesus como Mestre e Senhor, despoja-se do manto, pega uma bacia e põe-se a lavar os pés dos discípulos. Na tradição judaica, oferecer água para lavar os pés era sinal de hospitalidade e acolhida, um ato geralmente realizado por escravos, empregados ou pessoas que cometiam delitos. Jesus, com este gesto, reverencia seus convidados e deixa uma mensagem de humildade.  

TRATAMENTO PELA BIOELETRICIDADE Um dos principais benefícios terapêuticos desta técnica é a propriedade de melhorar a bioeletricidade do corpo, através da imersão dos pés em uma solução salina. Segundo estudos de biofísica, o corpo humano é composto por 64% de solução salina e suas células vivas dependem das atividades elétricas e magnéticas para sobreviverem; além disso, os tecidos formados pelas células exibem uma grande variedade de propriedades elétricas. As células obedecem às mesmas unidades de voltagem, capacitância, fluxo de corrente e resistência, assim como outros componentes elétricos, sendo a principal diferença entre eles o fato de que os tecidos biológicos usam átomos com carga ou íons para o movimento das cargas, enquanto os sistemas elétricos usam elétrons.

Quem conhece um pouco de magnetismo sabe que a diferença da concentração da solução salina dos meios intra e extracelular gera uma diferença de potencial entre dois pontos, o que provoca alterações nas atividades celulares e, consequentemente, nos aspectos teciduais, possibilitando a transmissão de corrente elétrica. Cada tecido do corpo humano tem o seu grau de condutividade variado, sendo que os melhores condutores são aqueles que possuem muitos íons dissolvidos em sua composição.

Quando adicionamos sais em água, eles se dissociam formando íons que conduzem energia elétrica. Ao colocar os pés em contato com essa solução eletrolítica, a força elétrica gerada pelos íons dispersos na água faz com que os íons das células do corpo humano migrem na direção dessa força externa no sentido de atração ou repulsão. Essa migração iônica pode causar então alterações fisiológicas em vários níveis do organismo: celular, tecidual, segmentar e sistêmico

OS EFEITOS DESSAS ALTERAÇÕES NO ORGANISMO SÃO: Nível celular : aumento na excitação dos nervos periféricos, elevando assim o fluxo capilar e a microcirculação arterial, venosa e linfática. Esse nível também é caracterizado pela alteração na permeabilidade da membrana, possibilitando, dessa forma, o aumento da passagem de íons e o aumento da oxigenação das células; Nível tecidual : aumento do fluxo sanguíneo arterial e venoso e alteração dos equilíbrios térmicos, o que provoca o aumento da temperatura e da composição química dos tecidos. Nível segmentar: ativa a circulação linfática, venosa e arterial da grande circulação; Nível sistêmico : provoca efeitos analgésicos por interferir na ação neurotransmissora, como a serotonina, e atua na circulação associada a polipeptídeos , principalmente nos vasoativos intestinais, ativando o peristaltismo.

MODO DE PREPARO Colocar num recipiente sal marinho, ervas, óleos essenciais, algumas pedrinhas, pequenos cristais polidos/ arredondados ou mesmo bolinhas de gude proporcionam uma ótima massagem na planta dos pés, de forma a pressioná-los levemente sobre estes pequenos objetos, realizando movimentos circulares. Graças aos sais e ativos naturais dissolvidos juntos ao calor da água, os músculos e a cabeça sentem grande alívio, promovendo uma limpeza energética ao descarregar toda a tensão elétrica do corpo. Imediatamente, os poros dilatam, a circulação é ativada e a mente relaxa

INDICAÇÃO E TEMPO DA TERAPIA: A indicação é realizar essa terapêutica uma ou duas vezes por semana, com a temperatura adequada, medindo o calor na água de acordo com a sensibilidade da sua pele: nem muito fria, nem muito quente. Receita tradicional com as pedrinhas ou bolinhas de gude ajuda a aliviar a pressão dos pés, descansar as pernas, reduzir calos e aliviar o estresse do dia-a-dia. De acordo com a acupuntura, nos pés estão cerca de 70 mil terminações ou pontos nervosos que estão associados aos diversos órgãos do corpo humano. Portanto, a   pressão e o aquecimento desses pontos causam um reflexo imediato na parte física e também no equilíbrio energético de todo o corpo.

Mergulhar os pés numa bacia com água morna-quente deve ser realizado até ou passando um pouco a altura dos tornozelos – pedilúvio – por 15 minutos, no mínimo, e não ultrapassando 25 minutos, a fim de que as toxinas não retornem ao corpo, no caso de escalda-pés para desintoxicação. Por outro lado, se o objetivo for energizar-se e descarregar o excesso de energia elétrica do corpo, o tempo estimado é determinado pela sua intuição e pela sensação de leveza e bem-estar sentida.  

Pode-se acrescentar na água diferentes elementos que, quando combinados, tem como resultado um trabalho mais eficiente:   1. Sal grosso ou fino (de preferência o marinho porque contém minerais que não se encontram no sal refinado) – duas colheres (sopa): proporcionam sensação de leveza nos pés, ajudando a drenar o excesso de líquidos e reduzir o inchaço. Repetir esse escalda-pés três vezes por semana também combate infecções causadas por fungos. Você pode utilizar qualquer tipo de sal grosso, já que hoje temos diferentes tipos de sal no mercado. Os mais comumente encontrados são o sal grosso marinho ou do Himalaia (sal rosa).

2. Óleos essenciais – Pingue de 3 a 8 gotas, em média, para 2 litros de água. Dependendo, quando os óleos são mais fortes e resinosos, 3 gotas já são o suficiente. 3. Eucalipto e Hortelã: combatem cansaço e livram as pernas da sensação de peso, além de auxiliar nos problemas respiratórios – eucalipto glóbulos; 4. Arnica ou Laranja amarga/ doce: para reduzir o inchaço e relaxar; aqui, você também pode optar pelas cascas de laranja doce, dando preferência para as orgânicas. Geralmente, antes de usá-las no escalda-pés, deixo-as secando de forma natural e guardo-as bem fechadas para não entrarem em contato com umidade, evitando o mofo.

5. Lavanda (qualquer quimiotipo ) e Tea Tree : são relaxantes, regeneradores celulares e podem curar frieiras, pois são fungicidas, bactericidas e cicatrizantes; 6. Calêndula (óleo ou flores): ajuda na circulação, nos problemas de varizes. 7. Alecrim (óleo ou erva) trazem bem-estar, alegria e disposição. 8. Manjericão (óleo ou folhas): é estimulante e tonificante para os nervos, alivia os sintomas de cabeça pesada, descongestionante. 9. Capim limão (óleo ou folhas de capim- cidró ou cidreira): calmante, descongestionante, relaxante.

10. Sálvia branca ou sálvia officinalis (óleo ou folhas): como tônico, antidepressivo, baixa a pressão e equilibra a circulação, renova a pele. 11. Pétalas de rosa vermelha, rosa magenta, hibisco: flores de cores quentes ativam nossa energia vital. Podem ser acrescentadas para trazer mais vitalidade quando nos sentimos muito exauridos. Ideal usá-las durante períodos do dia. 12. Pétalas de rosa branca, rosa cor-de-rosa, lilás e amarela clara; flores brancas: flores de tonalidades claras relaxam e acalmam, podendo ser usadas para trazer centramento , harmonia e paz interior.

13. Raízes (rizomas ou em pó) – gengibre, curry /cúrcuma, açafrão, priprioca , bardana , entre outros: podem ser utilizados para retirar dores no corpo que estão enraizadas por aspectos emocionais – geralmente psicossomáticas – e também para nos “enraizar” quando nos sentimos “avoados”, aqueles dias em que tropeçamos ou batemos em tudo, um exemplo para nos mostrar que não estamos no nosso centro. Esse trabalho pode ser feito colocando poucos pedaços dessas raízes na água, inclusive para trabalhar, a médio e longo prazo, aspectos emocionais que envolvam padrões e crenças que nos limitam, nos bloqueiam ou que temos dificuldade de modificar, sejam herdados pelas nossas raízes ancestrais, sejam atraídos ou desenvolvidos por nós ao longo da vida, enraizados no nosso mental e emocional. Aqui, procure posicionar a sola dos pés sobre as raízes, intencionando o que você gostaria de modificar. Faça essa prática várias vezes, como um tratamento complementar.

14. Argila em pedaços: outra coisa muito importante que costumo indicar é a argila, de preferência aquela avermelhada que encontramos em qualquer supermercado e lojas de utensílios artísticos – é possível encontrá-la mais limpa, sem muitos detritos. Esse tipo de argila auxilia na descarga elétrica do corpo e, ao mesmo tempo, na “recarga” de energias, uma vez que nos aproxima do contato com a terra. Indico-a, principalmente, para aquelas pessoas que não tem muito tempo para poder colocar os pés na terra e estar em contato com a natureza na sua pureza e plenitude. Procuro realizar, ao final do escalda-pés, massagens com essa argila e os óleos essenciais ao longo das pernas até os joelhos, outra forma de estimular a circulação e retirar as dores e cansaço. Se for do seu intento, podem ser usadas outros tipos de argila de acordo com o que você necessita, seja para relaxar ou estimular.

No caso das ervas ou folhas, devem ser maceradas carinhosamente na água para que soltem seus óleos essenciais. No caso das flores, coloque-as por último e mergulhe-as lentamente, misturando-as aos outros ingredientes. No caso da argila, dos cristais ou pedrinhas redondas e bolinhas de gude, posicione-os em pontos da sola dos pés que podem auxiliar a desobstruir rios energéticos do seu corpo – os meridianos – ou mesmo órgãos que podem estar sobrecarregados.

Referências GODOY, MÁRCIA AMARAL; OZAKI, SILVIA. Mãos, pernas & pés : cuidados específicos. DCL: São Paulo, 2008. MOREN, Sandra Alexcae . Spas e Salões de Beleza Terapias Passo a Passo - 1ª edição. Cengage Learning: São Paulo, 2010. SPAGNOL, C. A. et al. Escalda-pés: Cuidando da enfermagem no Centro de material e esterilização. Rev. Sobecc , São Paulo. jan /mar., 2015.
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