A E squizofrenia é uma doença mental causado por diversos fatores biopsicossociais que interagem, criando situações, as quais podem ser favoráveis ou não ao aparecimento do transtorno.
Ansiedade muito intensa, estado de estresse elevado, fobia social e situações sociais e emocionais intensas. Ligados à genética, lesão ou anormalidade de estruturas cerebrais e deficiência em neurotransmissores. FATORES BIOPSICOSSOCIAIS
Epidemiologia A idade de início é tradicionalmente considerada como um fator importante para o prognóstico. Quando a doença se inicia antes dos 20 anos, o prognóstico é pior! O final da adolescência e início da vida adulta é uma fase bastante conturbada, pois envolve transformações físicas, emocionais e aquisição de novas responsabilidades e papéis, da pessoa, em seu ambiente social.
Epidemiologia A idade de início no homem é menor que na mulher, 15 a 25 anos e 25 a 35 anos respectivamente. Os rapazes sofrem estresse mais cedo que as moças, que apresentam taxas de hormônios contínuas. Os hormônios femininos têm efeitos parecidos com os neurolépticos, por isso os sintomas aparecem mais tardiamente, somente quando as taxas hormonais começam a diminuir.
Manifestações Os primeiros sinais da esquizofrenia aparecem em geral sob a forma de mudanças do COMPORTAMENTO. Surto psicótico Caracterizado pela manifestação mais intensa de sintomas como alucinações e delírios.
Sintomas Positivos Os sintomas da esquizofrenia são muito variados e podem envolver: Alucinações: são percepções que ocorrem sem que haja um estímulo sensorial correspondente. Delírios: são crenças falsas que não cedem frente à argumentação lógica ou evidências contrárias.
Sintomas Negativos Expressão Emocional: uma pessoa com esquizofrenia pode não mostrar os sinais de uma emoção normal; pode falar com voz monótona, ter as expressões faciais diminuídas e parecer extremamente apática . Retração social: a pessoa pode retrair-se socialmente, evitando contato com os outros. Em alguns casos graves, a pessoa pode passar dias inteiros sem fazer nada, chegando a negligenciar a higiene básica. Desorganização do pensamento: a esquizofrenia comumente afeta a capacidade da pessoa de pensar “corretamente”.
Diagnóstico Para diagnosticar a esquizofrenia é importante: Descartar outras doenças. O abuso de certas drogas pode provocar sintomas semelhantes ao da esquizofrenia. Por esse motivo: A avaliação médica , o exame físico e exames laboratoriais devem ser feitos para afastar outras causas possíveis dos sintomas antes de se concluir que a pessoa tem esquizofrenia.
Tratamento Farmacológico O tratamento farmacológico no primeiro episódio da esquizofrenia consiste no uso de medicamentos antipsicóticos, CHAMADOS DE NEUROLÉPTICOS. Existem dois tipos de drogas antipsicóticas : os antipsicóticos típicos ou convencionais e os atípicos.
Tratamento Farmacológico Os antipsicóticos típicos ou convencionais são antagonistas da dopamina e seu efeito resulta na diminuição dos sintomas positivos (delírios, alucinações, pensamento incoerente ). Os principais medicamentos usados em nosso meio são a CLORPROMAZINA e o HALOPERIDOL.
Tratamento Farmacológico Os atípicos ou recentes inibem receptores de dopamina e serotonina, melhorando sintomas positivos e ajudando no tratamento de sintomas negativos sem efeitos extrapiramidais significativos . Os principais medicamentos são a CLOZAPINA, RISPERIDONE E O OLANZAPINA.
Intervenção Familiar A intervenção familiar vem sendo uma alternativa indispensável no primeiro episódio esquizofrênico. Deve-se ter um conhecimento, primeiramente, da família, suas características, limitações, medos e inseguranças. Sabe-se que, no momento em que a família se depara com a nova situação, ocorre uma desorganização do grupo na tentativa de se adaptar .
Cuidado de Enfermagem A enfermagem psiquiátrica está fundamentada no relacionamento interpessoal equipe/paciente, através do qual observa os aspectos biopsicossociais do ser humano. No aspecto biológico, a enfermagem observa efeitos colaterais da medicação e acompanha a saúde geral do jovem paciente e de sua família. No campo psicossocial, pode se envolver em diversas atividades, tais como a visita domiciliária, a coordenação de grupos de pacientes em oficinas e outros temas.
Cuidado de Enfermagem A prática em enfermagem psiquiátrica se baseia em ações que visam a melhorar a condição da qualidade de vida do paciente e de sua família, a contribuir no controle do surto da doença, torná-la estabilizada, a ajudar na integração social após o aparecimento da doença, e a cooperar na adesão ao tratamento e à adaptação de sua nova condição .
TIPO PARANÓIDE Presença de delírios ou alucinações auditivas proeminentes no contexto de uma relativa preservação do funcionamento cognitivo e do afeto. Os delírios são tipicamente persecutórios ou de grandeza, Os delírios podem ser múltiplos, mas geralmente são organizados em torno de um tema coerente.
TIPO PARANÓIDE Mostram menos regressão de suas faculdades mentais, da resposta emocional e do comportamento que os outros tipos de pacientes esquizofrênicos. Os pacientes paranóides típicos são tensos, desconfiados e reservados, e frequentemente hostis e agressivos . N enhum dos seguintes sintomas é proeminente: discurso desorganizado, comportamento desorganizado ou catatônico, ou afeto embotado ou inadequado.
TIPO DESORGANIZADO Discurso desorganizado, comportamento desorganizado e afeto embotado ou inadequado. O discurso desorganizado pode ser acompanhado por atitudes tolas e risos sem relação adequada com o conteúdo do discurso, além de trejeitos faciais. Geralmente são ativos, mas de um modo desprovido de propósito, não-construtivo. Há um pronunciado transtorno do pensamento e o contato com a realidade é pobre. A aparência pessoal e o comportamento social estão dilapidados .
TIPO CATATÔNICO Acentuada perturbação psicomotora , que pode envolver imobilidade motora , atividade motora excessiva , extremo negativismo , mutismo , peculiaridades dos movimentos voluntários , ecolalia ou ecopraxia . A imobilidade motora pode ser manifestada por cataplexia (flexibilidade cérea ) ou estupor. Às vezes há uma rápida alternância entre os extremos de excitação e estupor.
TIPO CATATÔNICO A atividade motora excessiva é aparentemente desprovida de sentido e não é influenciada por estímulos externos. Pode haver extremo negativismo, manifestado pela manutenção de uma postura rígida contra tentativas de mobilização, ou resistência a toda e qualquer instrução. Peculiaridades do movimento voluntário são manifestadas pela adoção voluntária de posturas inadequadas ou bizarras ou por trejeitos faciais proeminentes
TIPO RESIDUAL A usência de delírios e alucinações, discurso desorganizado e comportamento amplamente desorganizado ou catatônico proeminentes; existem evidências contínuas da perturbação, indicadas pela presença de sintomas negativos ou por dois ou mais sintomas relacionados no Critério A para Esquizofrenia, presentes de forma atenuada (por ex., crenças estranhas, experiências perceptuais incomuns ).
Cuidado de Enfermagem Outra importante ação da enfermagem é a estimulação dos pacientes de primeiro surto esquizofrênico a usar recursos disponíveis na sociedade como trabalhos voluntários, atividades em grupos, exercícios físicos, lazer, entre outros.
TRANSTORNO BIPOLAR
O Transtorno Afetivo Bipolar, antigamente denominado de psicose maníaco-depressiva, é caracterizado por oscilações ou mudanças cíclicas de humor . TRANSTORNO BIPOLAR
Estas mudanças vão desde oscilações normais, como nos estados de alegria e tristeza, até mudanças patológicas acentuadas e diferentes do normal, como episódios de MANIA, HIPOMANIA, DEPRESSÃO e MISTOS . TRANSTORNO BIPOLAR
TRANSTORNO BIPOLAR A bipolaridade é relativamente comum, acometendo aproximadamente 8 a cada 100 indivíduos, manifestando-se igualmente em mulheres e homens . O início desse transtorno geralmente se dá em torno dos 20 a 30 anos de idade, mas pode começar mesmo após os 70 anos. Epidemiologia
TRANSTORNO BIPOLAR O início pode ser tanto pela fase depressiva como pela fase maníaca. Além dos quadros depressivos e maníacos, há também os quadros mistos (sintomas depressivos simultâneos aos maníacos) o que muitas vezes confunde os médicos retardando o diagnóstico. Epidemiologia
TRANSTORNO BIPOLAR Fatores biológicos (genético, relativos a neurotransmissores cerebrais ). Etiologia Fatores sociais (ex. troca de emprego ). Fatores psicológicos (ex . fim de casamento, morte da pessoa querida ).
TRANSTORNO BIPOLAR O diagnóstico da doença bipolar do humor deve ser feito por um médico psiquiátrico baseado nos sintomas do paciente. Não há exames de imagem ou laboratoriais que auxiliem o diagnóstico. Diagnóstico
TRANSTORNO BIPOLAR Tipos Tipo I - FASE MANÍACA Tipo II - FASE DEPRESSIVA
TRANSTORNO BIPOLAR Tipo I - FASE MANÍACA Extrema irritabilidade, impaciência ou “pavio muito curto”; Agitação, inquietação física e mental; Aumento de energia, da atividade, começando muitas coisas ao mesmo tempo sem conseguir terminá-las; Otimismo e confiança exagerados;
TRANSTORNO BIPOLAR Tipo I - FASE MANÍACA Pouca capacidade de julgamento, incapacidade de discernir; Crenças irreais sobre as próprias capacidades ou poderes, acreditando possuir muitos dons ou poderes especiais; Ideias grandiosas; Pensamentos acelerados, fala muito rápida, pulando de uma ideia para outra, tagarelice;
TRANSTORNO BIPOLAR Tipo I - FASE MANÍACA Facilidade em se distrair, incapacidade de se concentrar; Comportamento inadequado, provocador, intrometido, agressivo ou de risco; Gastos excessivos; Desinibição, aumento do contato social, expansividade; Aumento do impulso sexual; Agressividade física e/ou verbal; Insônia e pouca necessidade de sono; Uso de drogas, em especial cocaína, álcool e soníferos.
TRANSTORNO BIPOLAR Tipo II- FASE DEPRESSIVA Humor melancólico, depressivo; Perda de interesse ou prazer em atividades habitualmente interessantes; Sentimentos de tristeza, vazio, ou aparência chorosa/melancólica; Inquietação ou irritabilidade; Perda ou aumento de apetite/peso, mesmo sem estar de dieta; Excesso de sono ou incapacidade de dormir;
TRANSTORNO BIPOLAR Tipo II- FASE DEPRESSIVA Sentir-se ou estar agitado demais ou excessivamente devagar (lentidão); Fadiga ou perda de energia; Sentimentos de falta de esperança, culpa excessiva ou pessimismo; Dificuldade de concentração, de se lembrar das coisas ou de tomar decisões; Pensamentos de morte ou suicídio, planejamento ou tentativas de suicídio; Dores ou outros sintomas corporais persistentes, não provocados por doenças ou lesões físicas.
TRANSTORNO BIPOLAR O tratamento, após o diagnóstico preciso, é medicamentoso, envolvendo uma classe de medicações chamada de ESTABILIZADORES DO HUMOR. Tratamento A CARBAMAZEPINA A OXCARBAZEPINA O ÁCIDO VALPRÓICO
TRANSTORNO BIPOLAR Um acompanhamento psiquiátrico deve ser mantido por um longo período, sendo que algumas formas de psicoterapia podem colaborar para o tratamento. Tratamento
“...Ele se sente bem, realmente bem..., na verdade quase invencível. Ele se sente como não tendo limites para suas capacidades e energia. Poderia até passar dias sem dormir. Ele está cheio de idéias, planos, conquistas e se sentiria muito frustrado se a incapacidade dos outros não o deixasse ir além. Ele mal consegue acabar de expressar uma idéia e já está falando de outra numa lista interminável de novos assuntos. Em alguns momentos ele se aborrece para valer, não se intimida com qualquer forma de cerceamento ou ameaça, não reconhece qualquer forma de autoridade ou posição superior a sua. Com a mesma rapidez com que se zanga, esquece o ocorrido negativo como se nunca tivesse acontecido nada. As coisas que antes não o interessava mais lhe causam agora prazer; mesmo as pessoas com quem não tinha bom relacionamento são para ele amistosas e bondosas .” TRANSTORNO BIPOLAR Exemplo de como um paciente bipolar se sente :