Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 01 a 23

40,645 views 238 slides Sep 20, 2015
Slide 1
Slide 1 of 429
Slide 1
1
Slide 2
2
Slide 3
3
Slide 4
4
Slide 5
5
Slide 6
6
Slide 7
7
Slide 8
8
Slide 9
9
Slide 10
10
Slide 11
11
Slide 12
12
Slide 13
13
Slide 14
14
Slide 15
15
Slide 16
16
Slide 17
17
Slide 18
18
Slide 19
19
Slide 20
20
Slide 21
21
Slide 22
22
Slide 23
23
Slide 24
24
Slide 25
25
Slide 26
26
Slide 27
27
Slide 28
28
Slide 29
29
Slide 30
30
Slide 31
31
Slide 32
32
Slide 33
33
Slide 34
34
Slide 35
35
Slide 36
36
Slide 37
37
Slide 38
38
Slide 39
39
Slide 40
40
Slide 41
41
Slide 42
42
Slide 43
43
Slide 44
44
Slide 45
45
Slide 46
46
Slide 47
47
Slide 48
48
Slide 49
49
Slide 50
50
Slide 51
51
Slide 52
52
Slide 53
53
Slide 54
54
Slide 55
55
Slide 56
56
Slide 57
57
Slide 58
58
Slide 59
59
Slide 60
60
Slide 61
61
Slide 62
62
Slide 63
63
Slide 64
64
Slide 65
65
Slide 66
66
Slide 67
67
Slide 68
68
Slide 69
69
Slide 70
70
Slide 71
71
Slide 72
72
Slide 73
73
Slide 74
74
Slide 75
75
Slide 76
76
Slide 77
77
Slide 78
78
Slide 79
79
Slide 80
80
Slide 81
81
Slide 82
82
Slide 83
83
Slide 84
84
Slide 85
85
Slide 86
86
Slide 87
87
Slide 88
88
Slide 89
89
Slide 90
90
Slide 91
91
Slide 92
92
Slide 93
93
Slide 94
94
Slide 95
95
Slide 96
96
Slide 97
97
Slide 98
98
Slide 99
99
Slide 100
100
Slide 101
101
Slide 102
102
Slide 103
103
Slide 104
104
Slide 105
105
Slide 106
106
Slide 107
107
Slide 108
108
Slide 109
109
Slide 110
110
Slide 111
111
Slide 112
112
Slide 113
113
Slide 114
114
Slide 115
115
Slide 116
116
Slide 117
117
Slide 118
118
Slide 119
119
Slide 120
120
Slide 121
121
Slide 122
122
Slide 123
123
Slide 124
124
Slide 125
125
Slide 126
126
Slide 127
127
Slide 128
128
Slide 129
129
Slide 130
130
Slide 131
131
Slide 132
132
Slide 133
133
Slide 134
134
Slide 135
135
Slide 136
136
Slide 137
137
Slide 138
138
Slide 139
139
Slide 140
140
Slide 141
141
Slide 142
142
Slide 143
143
Slide 144
144
Slide 145
145
Slide 146
146
Slide 147
147
Slide 148
148
Slide 149
149
Slide 150
150
Slide 151
151
Slide 152
152
Slide 153
153
Slide 154
154
Slide 155
155
Slide 156
156
Slide 157
157
Slide 158
158
Slide 159
159
Slide 160
160
Slide 161
161
Slide 162
162
Slide 163
163
Slide 164
164
Slide 165
165
Slide 166
166
Slide 167
167
Slide 168
168
Slide 169
169
Slide 170
170
Slide 171
171
Slide 172
172
Slide 173
173
Slide 174
174
Slide 175
175
Slide 176
176
Slide 177
177
Slide 178
178
Slide 179
179
Slide 180
180
Slide 181
181
Slide 182
182
Slide 183
183
Slide 184
184
Slide 185
185
Slide 186
186
Slide 187
187
Slide 188
188
Slide 189
189
Slide 190
190
Slide 191
191
Slide 192
192
Slide 193
193
Slide 194
194
Slide 195
195
Slide 196
196
Slide 197
197
Slide 198
198
Slide 199
199
Slide 200
200
Slide 201
201
Slide 202
202
Slide 203
203
Slide 204
204
Slide 205
205
Slide 206
206
Slide 207
207
Slide 208
208
Slide 209
209
Slide 210
210
Slide 211
211
Slide 212
212
Slide 213
213
Slide 214
214
Slide 215
215
Slide 216
216
Slide 217
217
Slide 218
218
Slide 219
219
Slide 220
220
Slide 221
221
Slide 222
222
Slide 223
223
Slide 224
224
Slide 225
225
Slide 226
226
Slide 227
227
Slide 228
228
Slide 229
229
Slide 230
230
Slide 231
231
Slide 232
232
Slide 233
233
Slide 234
234
Slide 235
235
Slide 236
236
Slide 237
237
Slide 238
238
Slide 239
239
Slide 240
240
Slide 241
241
Slide 242
242
Slide 243
243
Slide 244
244
Slide 245
245
Slide 246
246
Slide 247
247
Slide 248
248
Slide 249
249
Slide 250
250
Slide 251
251
Slide 252
252
Slide 253
253
Slide 254
254
Slide 255
255
Slide 256
256
Slide 257
257
Slide 258
258
Slide 259
259
Slide 260
260
Slide 261
261
Slide 262
262
Slide 263
263
Slide 264
264
Slide 265
265
Slide 266
266
Slide 267
267
Slide 268
268
Slide 269
269
Slide 270
270
Slide 271
271
Slide 272
272
Slide 273
273
Slide 274
274
Slide 275
275
Slide 276
276
Slide 277
277
Slide 278
278
Slide 279
279
Slide 280
280
Slide 281
281
Slide 282
282
Slide 283
283
Slide 284
284
Slide 285
285
Slide 286
286
Slide 287
287
Slide 288
288
Slide 289
289
Slide 290
290
Slide 291
291
Slide 292
292
Slide 293
293
Slide 294
294
Slide 295
295
Slide 296
296
Slide 297
297
Slide 298
298
Slide 299
299
Slide 300
300
Slide 301
301
Slide 302
302
Slide 303
303
Slide 304
304
Slide 305
305
Slide 306
306
Slide 307
307
Slide 308
308
Slide 309
309
Slide 310
310
Slide 311
311
Slide 312
312
Slide 313
313
Slide 314
314
Slide 315
315
Slide 316
316
Slide 317
317
Slide 318
318
Slide 319
319
Slide 320
320
Slide 321
321
Slide 322
322
Slide 323
323
Slide 324
324
Slide 325
325
Slide 326
326
Slide 327
327
Slide 328
328
Slide 329
329
Slide 330
330
Slide 331
331
Slide 332
332
Slide 333
333
Slide 334
334
Slide 335
335
Slide 336
336
Slide 337
337
Slide 338
338
Slide 339
339
Slide 340
340
Slide 341
341
Slide 342
342
Slide 343
343
Slide 344
344
Slide 345
345
Slide 346
346
Slide 347
347
Slide 348
348
Slide 349
349
Slide 350
350
Slide 351
351
Slide 352
352
Slide 353
353
Slide 354
354
Slide 355
355
Slide 356
356
Slide 357
357
Slide 358
358
Slide 359
359
Slide 360
360
Slide 361
361
Slide 362
362
Slide 363
363
Slide 364
364
Slide 365
365
Slide 366
366
Slide 367
367
Slide 368
368
Slide 369
369
Slide 370
370
Slide 371
371
Slide 372
372
Slide 373
373
Slide 374
374
Slide 375
375
Slide 376
376
Slide 377
377
Slide 378
378
Slide 379
379
Slide 380
380
Slide 381
381
Slide 382
382
Slide 383
383
Slide 384
384
Slide 385
385
Slide 386
386
Slide 387
387
Slide 388
388
Slide 389
389
Slide 390
390
Slide 391
391
Slide 392
392
Slide 393
393
Slide 394
394
Slide 395
395
Slide 396
396
Slide 397
397
Slide 398
398
Slide 399
399
Slide 400
400
Slide 401
401
Slide 402
402
Slide 403
403
Slide 404
404
Slide 405
405
Slide 406
406
Slide 407
407
Slide 408
408
Slide 409
409
Slide 410
410
Slide 411
411
Slide 412
412
Slide 413
413
Slide 414
414
Slide 415
415
Slide 416
416
Slide 417
417
Slide 418
418
Slide 419
419
Slide 420
420
Slide 421
421
Slide 422
422
Slide 423
423
Slide 424
424
Slide 425
425
Slide 426
426
Slide 427
427
Slide 428
428
Slide 429
429

About This Presentation

André Luiz desvenda o Mundo Espiritual


Slide Content

1

2
Estes slides são uma singela homenagem:
Aos espíritos de André Luiz e Emmanuel; e
ao médium Chico Xavier, que psicografou “Nosso Lar”.

NOSSO
LAR
ESPÍRITO : ANDRÉ LUIZ
MÉDIUM : CHICO XAVIER
OBRA : “NOSSO LAR”
EDIÇÃO : FEB

4
O presente resumo não dispensa a leitura integral do livro “Nosso
Lar”.
É apenas uma sugestão de roteiro e modo de expor aos aspectos
que se deseje ressaltar. As cenas apresentadas não são reais
nem mediúnicas, refletem a imagem que o filme e ou desenhista
faz da cena descrita pelo livro.

5
É importante para o homem, estando
ainda encarnado, saber o que
realmente o espera além da morte do
corpo?

6
Edição especial pela
FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA
“quando os ensinos espíritas forem
bem compreendidos, examinados,
absorvidos pelos homens, estes
mudarão o comportamento social,em
razão da modificação moral que
cada ser se imporá, erguendo-se
uma comunidade pacífica e justa, a
espraiar-se, generosa, por toda
parte, auxiliando a transformação da
Terra, regenerada e luminosa, que
seguirá no rumo da destinação que a
espera como aos seus habitantes,
hoje em lutas cruentas e rudes, por
haverem abdicado das armas do
amor, da mansidão e da
fraternidade” - Vianna de Carvalho

7
“Quando o servidor está
pronto, o serviço aparece”
Quando o discípulo está
preparado, o Pai envia o
instrutor. O mesmo se dá,
relativamente ao trabalho.
André Luiz é o pseudônimo espiritual de um médico que
exerceu a Medicina no Rio de Janeiro, e que abriu mão do
próprio nome, para resguardar a família encarnada. Há grande
especulação que tenha sido Osvaldo Cruz, Carlos Chagas ou
Faustino Esposel. O que importa é o seu trabalho e aquilo que
nos veio contar.

8
SOBRE A OBRA
(50 capítulos - 281 páginas)
Autor: Espírito André Luiz
Psicografia: Francisco Cândido
Xavier (concluída em 1943)
Edição: Primeira edição em
1944, pela Federação Espírita
Brasileira (Rio de Janeiro/RJ).
Prefácio: Espírito Emmanuel.
Introdução: Do próprio autor
espiritual (André Luiz)..

9
CONTEÚDO DOUTRINÁRIO

a. O Autor narra sua
experiência após a
desencarnação, descrevendo
minuciosamente o sofrido
estágio de 8 anos no Umbral;

b. A seguir, conta a emoção de
ter sido socorrido e ser levado
para uma cidade espiritual
denominada "NOSSO LAR"...

c. A partir daí, o livro abre um
leque de informações
absolutamente inéditas sobre o
Plano Espiritual.

10
Ministérios: 6 (seis), a saber: Ministério da Regeneração, do Auxílio,
da Comunicação, o Esclarecimento, da Elevação e da União Divina.
Ministros: cada Ministério é administrado por 12 (doze) Ministros.
População: homens e mulheres, jovens e adultos (desencarnados), em número
de um milhão, segundo dados fornecidos pelo Autor, em 1943.
Construções, dependências e lugares especiais: Grande muralha protetora da
cidade, com baterias de proteção magnética, conjuntos habitacionais, praça
central (que acomoda até um milhão de pessoas), fontes luminosas, jardins,
parques arborizados, o Bosque das Águas, o Rio Azul, o Campo da Música, a
Câmara de Retificação (para enfermos), etc.
(Umbral = região com várias escalas morais, sendo a mais infeliz denominada de
"Trevas").
ESTRUTURA DA CIDADE ESPIRITUAL
"NOSSO LAR"
Fundação: No século XVI, por
portugueses distintos, desencarnados no
Brasil.
Localização: Sobre a cidade do Rio de
Janeiro.
Governador: a Governadoria está num
edifício, "de torres soberanas que se
perdem no céu".

11
Edifício da
Governadoria,
“encabeçado de
torres soberanas que
se perdem no céu”.

No alto, o aeróbus.

Desenho concluído
em 11.10.1981 -
Heigorina Cunha
(desenhos da cidade
via desdobramento )

12
Pavilhão do Restringimento, no Ministério da Regeneração, onde os
Espíritos são preparados para a reencarnação sofrendo o restringimento
do corpo espiritual para o tamanho adequado ao processo.
Heigorina Cunha (desenhos da cidade via desdobramento )

13
Um dos templos de
iniciação, no Ministério
da União Divina,
construído em estilo
egípcio.

Heigorina Cunha
(desenhos da cidade via
desdobramento )

14
Primeiro desenho
incompleto da
Colônia.

Heigorina Cunha
(desenhos da
cidade via
desdobramento)

15

16
Nos parques de
educação do
Esclarecimento.
“Um verdadeiro castelo de
vegetação, em forma de
estrela, dentro do qual se
abrigam cinco numerosas
classes de aprendizados.
No centro, funciona
enorme aparelho destinado
a demonstrações pela
imagem, a maneira do
cinematrógrafo terrestre,
com o qual é possível levar
a efeito cinco projeções
variadas,
simultaneamente.”
Heigorina Cunha
(desenhos da cidade via
desdobramento)

17
A cidade Nosso lar,
assinalada com uma
estrela, está localizada
na terceira esfera
acima da Crosta,
sobre a cidade do Rio
de Janeiro, em faixa
que pode ser definida
como a periferia do
Umbral.
Fonte: Livro “Cidade
no Além.”

18
AS ESFERAS
ESPÍRITUAIS
1. NUCLEO INTERNO
2. NUCLEO EXTERNO
3. CROSTA
4. MANTO
5. CROSTA TERRESTRE
6. UMBRAL GROSSO
7. UMBRAL MÉDIO
8. UMBRAL (ONDE ESTÁ
LOCALIZADA A CIDADE
ESPIRITUAL NOSSO LAR)
9. ARTE GERAL OU
CULTURAL E CIÊNCIA –
10. AMOR FRATERNO
UNIVERSAL
11. DIRETRIZES DO
PLANETA
12. ABOBODA ESTELAR
Fonte: Livro “Cidade no
Além.”

19
Desde a publicação de “Nosso Lar”,
em 1944, a vida diária nas colônias
espirituais vem atraindo a atenção de
todos, principalmente por mostrar que
muitos aspectos da rotina que ora
possuímos enquanto encarnados
ainda se encontram presentes após a
morte do veículo físico.
Contudo, não podemos esquecer que a maioria dos planos espirituais existe
em dimensões físicas que são paralelas à nossa e que com
ela interagem, mas que ainda não podem ser confirmadas por uma ciência
que apenas faz conjecturas a respeito da existência de tais universos
paralelos ou MULTIVERSOS mais recentemente.

Quando lemos as descrições da obra desse nobre irmão, não podemos
esquecer de que Nosso Lar e outras colônias se encontram na faixa
vibratória mais próxima à Terra, são colônias umbralinas e não refletem as
vidas dos desencarnados que habitam os planos intermediários e superiores,
onde tudo o que conhecemos como parte de nossa rotina é subvertido por
uma realidade física muito diferente.

20
CITAÇÕES ESPECIAIS

"Aérobus": veículo de transporte, de
grande comprimento, deslocamento
veloz e aéreo.

Globo de Cristal: de 2m de altura
(utilizado em reuniões mediúnicas
com encarnados)

“Bônus-Hora”: forma de pagamento
por serviços beneméritos prestados —
cada hora de trabalho corresponde a
um bônus-hora. Título: "Nosso Lar" -

21
Prefácio de Emmanuel
“Quando te encontres diante de alguém que a
morte parece nimbar de sombra, recorda que a vida
prossegue, além da grande renovação...”
(Emmanuel)

22
"Guarde a experiência dele no livro
d'alma. Ela diz bem alto que não basta a
criatura apegar-se à existência humana,
mas precisa saber aproveitá-la
dignamente; que os passos do cristão,
em qualquer escola religiosa, devem
dirigir-se verdadeiramente ao Cristo, e
que, em nosso campo doutrinário,
precisamos, em verdade, do Espiritismo
e do Espiritualismo, mas, muito mais, de
Espiritualidade".
Prefácio de Emmanuel

23
Mensagem de André Luiz:
"A vida não cessa. A vida é fonte eterna e
a morte é o jogo escuro das ilusões.
Permutar a roupagem física não decide o
problema fundamental da iluminação,
como a troca de vestidos nada tem que
ver com as soluções profundas do
destino e do ser." "É preciso muito
esforço do homem para ingressar na
academia do Evangelho do Cristo,
ingresso que se verifica, quase sempre,
de estranha maneira - ele só, na
companhia do Mestre, efetuando o curso
difícil, recebendo lições sem cátedras
visíveis e ouvindo vastas dissertações
sem palavras articuladas..."

24
QUE
REPRESENTA
A EXISTÊNCIA
CORPÓREA
PARA NÓS?

REFLEXÃO......

25
Para nós, habitantes do plano
considerado “físico”, desencarnado
tinha que ser “fantasma”, névoa ou
fumaça.
A espiritualidade, não apenas André
Luiz, vem tentando mostrar, desde
1940, o que de fato ocorre com morte
do corpo físico. O maior choque que
temos ao ler “Nosso Lar”, é que tudo
isso está ali.
•Entendemos agora o porquê de um
estudo mais sistemático dessas obras
e dar maior crédito ao que os
mentores nos mostram.
São textos sobre o dia a dia em um
plano espiritual e sua interação com o
nosso mundo; tudo está lá, nas
entrelinhas.

26
CAPÍTULO 1 - Nas Zonas Inferiores
CAPÍTULO 1 - Nas Zonas Inferiores

27
CAPÍTULO 1 - Nas Zonas Inferiores
– Descrição fantástica do local onde AL se encontrou após a
desencarnação. Sentia-se permanentemente em viagem...
Pouca claridade. Pavor por chacotas vindas de
desconhecidos. Dificuldade para dormir. Lágrimas
permanentes. Esteve próximo à loucura, prestes a perder a
razão.
Via seres
monstruosos,
irônicos,
perturbadores...
Recordações da
existência terrena,
quando gozava de
prosperidade
material.

28
...a paisagem que, quando não totalmente escura, parecia
banhada de luz alvacenta, amortalhada em neblina espessa,
com os raios do Sol muito longe. Ele narra: "Cabelos eriçados,
coração aos saltos, medo terrível, muita vez gritei como louco,
implorei piedade e clamei contra o doloroso desânimo que me
subjugava... Formas diabólicas, rostos alvares, expressões
animalescas surgiam, de quando em quando, agravando-me o
assombro."

29
- "Suicida! Suicida! Criminoso! Infame!" - gritos assim
cercavam-no de todos os lados. Torturava-o a fome, a sede
o escaldava. Comezinhos fenômenos da experiência
material patenteavam-se aos seus olhos. A barba crescera,
a roupa começara a romper-se.

30
- "Que buscas, infeliz? Aonde vias, suicida?"
Tais objurgatórias, incessantemente repetidas,
perturbavam-lhe o coração. Por que a pecha
de suicida, se fora compelido a abandonar a
casa, a família e o doce convívio dos seus?

31
... entre angustiosas considerações, o problema religioso
surgiu profundo aos seus olhos. Os conceitos mundanos
figuravam-se extremamente secundários para a vida
humana. Perdera o tempo. Conhecera o Evangelho;
entretanto nunca procurara as letras sagradas com a luz
do coração.... despertando a maneira de aleijado...
mendigo infeliz

41
“Eu guardava a impressão de haver perdido a idéia de
tempo. A noção de espaço esvaíra-se-me de há muito.
Estava convicto de não mais pertencer ao número dos
encarnados no mundo...
Como flor de estufa, não suportava o clima da
realidade.... não adestrara órgãos para a nova vida.... Não
desenvolvera os germes divinos que o Senhor da Vida
colocara em minh'alma". (André Luiz)

43

PARA MEDITAR

44
Questões para debate

Como André conceitua a vida e a morte?

Que é o Umbral?

45
Questões para debate


Que razões levaram André a fracassar na existência terrena?
...não adestrara
órgãos para a nova vida.... Não desenvolvera os germes divinos
que o Senhor da Vida colocara em minh'alma;

46
— O que significa, esse não adestramento de órgãos?
André Luiz vai mais fundo na questão: ele está se referindo à nossa falta
de preparo interior - em outras palavras, à nossa vida mental.
Ele nos fala da fisiologia do corpo espiritual, ou seja do perispírito, ou
corpo espiritual, que é dotado de órgãos!

A gente vive repetindo que o corpo de carne é cópia do corpo espiritual,
mas, temos dificuldade para concebê-lo. Ora, se o corpo físico se forma a
partir do perispírito "modelo organizador biológico"... então... ele é
formado por órgãos.

— A rigor, o órgão de natureza física não pode existir sem a sua
contraparte espiritual! As pessoas evitam pensar mais objetivamente na
consistência, ou, em outras palavras, na humanidade do corpo espiritual

– "Não adestrara órgãos para a vida nova?"
— E não adestramos mesmo... ainda sentia fome, sede, necessidades
materiais.

Sem um relativo esclarecimento, estaria talvez vampirizando encarnados

47
"Enfim, como a flor de estufa, não suportava agora o clima das realidades
eternas":
— Muitos espíritos reencarnam por sua absoluta incapacidade de adaptação às
Regiões Espirituais superiores à Crosta. Atentemos para o depoimento do autor
espiritual, destacando as palavras suportar e clima: "... não suportava agora o clima
das realidades eternas".

Não suportamos estar acima – porque não temos perispírito para tanto! Em outras
palavras, não somos dotados de pulmões para respirar em dimensões tão
rarefeitas. A nossa túnica nupcial, por enquanto, é de baixa qualidade, entretecida
da matéria mais grosseira...

Toda a nossa luta evolutiva é pela tessitura de um corpo espiritual compatível com
a natureza do próprio espírito.

Há um trecho de "O Evangelho Segundo o Espiritismo" que chama atenção. No
Capítulo VI, "O Cristo Consolador", numa mensagem de O Espírito de Verdade:
"Bebei na fonte viva do amor e preparai-vos, cativos da vida, a lançar-vos um dia,
livres e alegres, no seio d'Aquele que vos criou fracos para vos tornar perfectíveis e
que quer modeleis vós mesmos a vossa maleável argila, afim de serdes os artífices
da vossa imortalidade".

CAPÍTULO 2 - Clarêncio

CAPÍTULO 2 - Clarêncio

50
CAPÍTULO 2 - Clarêncio
– Seres maldosos e sarcásticos gritavam:
“suicida, criminoso, infame”. Não se
conformava em ser acusado de suicida, pois
sabia que não o fora, lembrando-se de haver
morrido no hospital, após cirurgia intestinal.
Sentia ainda a dor dos ferimentos, fome, sede... Persistiam as
necessidades fisiológicas sem modificação.
Médico, sempre detestara as religiões, mas agora experimentava
necessidade de socorrer-se de alguma delas. Perguntava-se se não
enlouquecera. Para quem apelar? A quem socorrer?

“Firme e resoluto a princípio, comecei por entregar-me a longos
períodos de desânimo e, longe de prosseguir na fortaleza moral, por
ignorar o próprio fim, senti que as lágrimas longamente represadas
visitavam-me com mais freqüência, extravasando do coração”.

51
E quando as energias faltaram de todo, sentindo-se
absolutamente colado ao lodo da Terra, sem forças para
reerguer-se, vertendo copioso pranto, recordou-se que deveria
existir um Autor da Vida. Concentrou-se numa prece dolorosa.
Tornava-se imprescindível confessar a falência do amor-
próprio. Pediu ao Supremo que lhe estendesse mãos paternais.
Quanto tempo durou a súplica, de mãos postas, imitando a
criança aflita? Estaria completamente esquecido? Não era,
igualmente, filho de Deus?

52
Ah, é preciso haver sofrido muito, para entender todas as misteriosas
belezas da oração; é necessário haver conhecido o remorso, a
humilhação, a extrema desventura, para tomar com eficácia o sublime
elixir de esperança. Foi nesse instante que as neblinas espessas se
dissiparam e alguém surgiu, emissário dos Céus. Um velhinho
simpático sorriu-lhe paternalmente. Com os grandes olhos lúcidos,
falou:- "Coragem, meu filho! O Senhor não desampara."
Após ver André devidamente socorrido por seus dois ajudantes,
esclareceu: "Vamos sem demora. Precisamos atingir "Nosso Lar" com
a presteza possível."

CHEGANDO A NOSSO LAR
Clarêncio, que se apoiava num cajado
de substância luminosa, deteve-se à
frente de grande porta encravada em
altos muros. Tateou um ponto da
muralha e a porta se abriu.

Deus não espera as nossas rogativas para nos amar;
entretanto, é indispensável nos colocarmos em posição
receptiva. Quando André mentalizou firmemente a
necessidade de auxilio, dilatou o padrão vibratório e
alcançou visão e socorro.

57
GUARDE A MENSAGEM:
“Por desejares o melhor, não negues socorro ao
companheiro que ainda se encontra em pior
posição.” (André Luiz)

58
CAPÍTULO 3 - A oração coletiva

CHEGANDO A NOSSO LAR
Clarêncio, que se apoiava num cajado
de substância luminosa, deteve-se à
frente de grande porta encravada em
altos muros. Tateou um ponto da
muralha e a porta se abriu.

62
Conta André Luiz: "Branda claridade inundava ali todas as
coisas. Ao longe, gracioso foco de luz dava a idéia de um
pôr do sol em tardes primaveris. À medida que
avançávamos, conseguia identificar preciosas construções,
situadas em extensos jardins."

Conduzido a aposento de amplas proporções,
ricamente mobiliado, serviram-lhe caldo
reconfortante, seguido de água ..que lhe
pareceu portadora de fluidos divinos...
Reanimando-o inesperadamente. Semelhava-
me a um cego venturoso...que abriu os olhos
depois de longos séculos de escuridão...

"Amigos, por quem sois, explicai-me em que
novo mundo me encontro... De que estrela me
vem, agora, esta luz confortadora e
brilhante?"
Um deles afagou a fronte de André, como se
fora conhecido pessoal de longo tempo e
acentuou:

65
- "Estamos nas esfera espirituais vizinhas da Terra, e o Sol
que nos ilumina, neste momento, é o mesmo que nos vivifica o
corpo físico. Aqui, entretanto, nossa percepção visual é muito
mais rica. A estrela que o Senhor acendeu para os nossos
trabalhos terrestres é mais preciosa é bela que a supomos
quando no círculo carnal. Nosso Sol é a divina matriz da vida,
e a claridade que irradia provém do Autor da Criação."

68

69
Da abóbada cheia de claridade brilhante, pendiam
delicadas e flóreas guirlandas, que vinham do teto à
base, formando radiosos símbolos de Espiritualidade
Superior. Ao fundo, em tela gigantesca, desenhava-se
prodigioso quadro de luz quase feérica. Todas as
residências e instituições de "Nosso Lar" estavam
orando com o Governador, através da audição e visão
a distância.
Pairavam no recinto misteriosas vibrações de paz e de alegria e, quando
as notas argentinas fizeram delicioso staccato, desenhou-se ao longe, em
plano elevado, um coração maravilhosamente azul, com estrias douradas;
abundante chuva de flores azuis se derramou; desfaziam-se de leve, ao
tocar-nos a fronte experimentando eu, por minha vez, singular renovação
de energias ao contacto das pétalas fluídicas que me balsamizavam o
coração.

71
Reflexão: "Amigos, por quem sois, explicai-me em que
novo mundo me encontro...?"
Quantas vezes, certamente, André Luiz já houvera desencarnado?
Qual a razão de sua surpresa?
Como desencarnara ele das vezes anteriores?
Aquela sua visão de Mundo Espiritual era absolutamente nova?

•Tudo era novidade para André Luiz na desencarnação, apesar dele
ter vivido no Rio de Janeiro.
•O problema é que o próprio André, em várias de suas experiências
no corpo, não guardou consciência do fenômeno
reencarnação/desencarnação!

Pode-se dizer, então, que somente quando desencarnou da última
vez ele o fez de maneira mais consciente?

72
Reflexão:


Quais foram os primeiros socorros recebidos por
André Luiz?
Conduzido a confortável aposento de amplas
proporções, ricamente mobiliado, ofereceram-lhe um
leito acolhedor. Em seguida serviram-lhe caldo
reconfortante, acompanhado de água muito fresca, que
lhe pareceu portadora de fluidos divinos
O que acontece em “Nosso Lar” à hora do crepúsculo?
Quando chega o crepúsculo em "Nosso Lar", em todos os
núcleos da colônia de trabalho estabelece-se uma ligação
direta com as preces da Governadoria. De onde estava, André
pôde contemplar ao fundo, em tela gigantesca, um prodigioso
quadro de luz quase feérica. Obedecendo a processos
adiantados de televisão, surgiu o cenário de um templo
maravilhoso. Sentado em lugar de destaque, um ancião
coroado de luz fixava o Alto, em atitude de prece. Era o
Governador da colônia

73
Qual a finalidade da oração coletiva?
Manter o equilíbrio espiritual da colônia. "Para tanto,
todas as residências e instituições do "Nosso Lar"
estão orando com o Governador, através da audição e
visão à distância"
Qual foi o resultado da oração para André Luiz?
R. Experimentou singular renovação de energias.
Operara-se nele uma completa transformação... já não
era mais o doente grave de horas antes.

CAUSA MORTIS: SUICÍDIO
CAPÍTULO 4 - O médico espiritual

75
CAPÍTULO 4 - O médico espiritual
– Hospitalizado, reconfortado pelas energias novas, A. Luiz sentia-se
outro, mas, com numerosas interrogações na mente, apesar da sensação
de alívio que experimentava. É atendido por um médico espiritual que
comprova o “suicídio inconsciente” que praticou. Singular assomo de
revolta borbulhou no íntimo de André Luiz: "Creio haja engano -
asseverou melindrado -, meu regresso do mundo não teve esta causa.
Lutei mais de quarenta dias, na Casa de Saúde, tentando vencer a
morte. Sofri duas operações graves, devido a oclusão intestinal..."

76
-"Sim, esclareceu o médico,
demonstrando a mesma serenidade
superior -, mas a oclusão radicava-se
em causas profundas. Talvez o amigo
não tenha ponderado bastante. O
organismo espiritual apresenta em
si mesmo a história completa das
ações praticadas no mundo.“
Inclinando-se, indicava determinados
pontos do corpo. ....Os órgãos do
corpo somático possuem incalculáveis
reservas,
o meu amigo, no entanto, desperdiçou
patrimônios físicos preciosos. Todo o
aparelho gástrico foi destruído à custa
de excessos de alimentação e
bebidas alcoólicas, aparentemente
sem importância. Devorou-lhe a sífilis
energias essenciais. Como vê, o
suicídio é incontestável.

78
(médico)...Na verdade a tua posição é a do
suicida inconsciente... Centenas de criaturas
saem da Terra nas mesmas condições...
A tarefa que lhe foi confiada foi reduzida a
meras tentativas de melhoras que não se
consumou...
André: Não me defrontavam tribunais... doia-
me a vergonha.. Não havia como
discordar...reconheci a extensão de minhas
leviandades... Era um verdadeiro suicida.
AL estava à frente de outro sistema de
verificação de faltas cometidas. Não imaginava
que episódios simples repercutiriam, mas sem
tribunais de tortura, nem abismos infernais,
apenas benfeitores sorridentes comentavam
suas fraquezas como quem cuida de uma
criança. Para animá-lo Clarêncio lhe disse
para aproveitar a bênção do remorso, pois a
grande maioria dos espíritos perambulou pelos
mesmos caminhos

79
REFLEXÃO:
Onde ficam impressas os atos da vontade do espírito?
André Luiz, após permanência de 9 anos no Umbral, de imediato, como
qualquer mortal, foi conduzido para um hospital, onde permaneceu sob
os cuidados do Dr. Henrique de Luna durante quase um ano, efetuando
curativos no abdome aberto e lhe diz o seguinte: “Talvez o amigo não
tenha ponderado bastante. O organismo espiritual apresenta em si
mesmo a história completa das ações praticadas no mundo.“

O corpo espiritual é suscetível de levar sequelas ao outro Lado da Vida!

Não somente as leva do mundo espiritual para físico! É comum o espírito
ressurja no berço como estava antes de reencarnar. O desconhecimento
da natureza do corpo espiritual nos induz a equivocadas deduções sobre
o Mundo Espiritual.

Todas essas palavras estão de acordo com as citações de André Luiz sobre
o assunto, deixando claro que o perispírito é constituído, essencialmente,
de matéria, uma vez que sofre o efeito da gravidade do plano que lhe é
próprio, além de ser mais ou menos denso ou sublime em função da
elevação espiritual de cada um.

80
É no PERISPIRITO que ficam impressas os atos da vontade do espírito.

- Não se trata de uma figura literária. O espírito experimenta sensações
físicas idênticas às que experimentava no corpo que deixou. Por mais
que os pensamentos comandem a fisiologia do corpo perispiritual, não
podemos esquecer que os órgãos perispirituais possuem metabolismo
que se manifesta em todos os lugares, fazendo com que o irmão
desencarnado sinta frio, calor, fome e sede, ou verifique o crescimento
dos pelos e cabelos, além das necessidades “fisiológicas” básicas, como
podemos nos deparar nas citações de “Nosso Lar” (página 21):


Em o L E, no "Ensaio Teórico sobre a Sensação nos Espíritos", Kardec
considerou: "Liberto do corpo, o espírito pode sofrer, mas esse sofrimento
não é o mesmo do corpo; não obstante, não é também um sofrimento
exclusivamente moral, como o remorso, pois ele se queixa de frio e de
calor."

Embora sejam criações mentais, para o espírito, elas são necessidades
reais, são as nossas próprias necessidades, quando no corpo carnal!


Estas colocações remete-nos a profundas reflexões em torno da constituição
do perispírito que estudaremos a seguir.

81
REFLEXÃO:
Por que a pecha de suicida?
R. – André Luiz não conseguia compreender porque o
chamavam de suicida. Em sua concepção, tinha cumprido
condignamente os deveres de médico, marido e pai.
Contudo, ficou sabendo depois, que perdera muita vitalidade
com bebidas e alimentação inadequada (excessos).
Quem pode ser considerado mais culpado: o que se mata de
repente ou o que se mata devagar pelos vícios?
R. Questão 952ª. L. E.: “É mais culpado, (o que morre pelos
vícios), porque tem tempo de refletir sobre o seu suicídio.
Naquele que o faz instantaneamente, há, muitas vezes, uma
espécie de desvairamento, que alguma coisa tem da loucura.
O outro será muito mais punido, por isso que as penas são
proporcionadas sempre à consciência que o culpado tem das
faltas que comete.”

82
REFLEXÃO:
Pode ser considerado suicida aquele que, a braços com a maior
penúria, se deixa morrer de fome?

R. questão 947 do L.E.. “É um suicídio, mas os que lhe foram causa,
ou que teriam podido impedi-lo, são mais culpados do que ele, a
quem a indulgência espera. Todavia, não penseis que seja
totalmente absolvido, se lhe faltaram firmeza e perseverança e se
não usou de toda a sua inteligência para sair do atoleiro.

Ai dele, sobretudo, se o seu desespero nasce do orgulho. Quero dizer:
se for quais homens em quem o orgulho anula os recursos da
inteligência, que corariam de dever a existência ao trabalho de
suas mãos e que preferem morrer de fome a renunciar ao que
chamam sua posição social! ?Não haverá mil vezes mais grandeza
e dignidade em lutar contra a adversidade, em afrontar a crítica de
um mundo fútil e egoísta, que só tem boa-vontade para com
aqueles a quem nada falta e que vos volta as costas assim
precisais dele? Sacrificar a vida à consideração desse mundo é
estultícia, porquanto ele a isso nenhum apreço dá.”

83
E o homem que para salvar seu próximo das
enfermidades, trabalha além das forças, sacrifica a vida, e
com isso desgasta-se e morre, é suicida?
R. questão 951 do L.E. “Isso é sublime, conforme a intenção,
e, em tal caso, o sacrifício da vida não constitui suicídio. Mas,
Deus se opõe a todo sacrifício inútil e não o pode ver de bom
grado, se tem o orgulho a manchá-lo. Só o desinteresse torna
meritório o sacrifício e, não raro, quem o faz guarda oculto um
pensamento, que lhe diminui o valor aos olhos de Deus.” Todo
sacrifício que o homem faça à custa da sua própria felicidade é
um ato soberanamente meritório aos olhos de Deus, porque
resulta da prática da lei de caridade. Ora, sendo a vida o bem
terreno a que maior apreço dá o homem, não comete atentado
o que a ela renuncia pelo bem de seus semelhantes: cumpre
um sacrifício. Mas, antes de o cumprir, deve refletir sobre se
sua vida não será mais útil do que sua morte.

84
• O homem é formado por corpo físico(1), perispírito(2) e espírito(3).
• O desencarnado é formado por perispírito e espírito.
• O nome perispírito foi proposto pela primeira vez por Kardec.
PERISPÍRITO
• Perispírito é o envoltório semimaterial do espírito. Também o denominam de
corpo fluídico ou corpo espiritual.
• O perispírito tem sua origem no fluido
cósmico universal, retirado do mundo ou
plano ao qual o espírito está relacionado.
• Como o corpo de carne, é matéria, mas em
estado diferente, mais sutil, quintessenciada;
não é, pois, ‘‘um outro ser’’ mas apenas um
instrumento do espírito, tal como o corpo
físico.

85
P E R I S P Í R I T O
Corpo Espiritual (Nome dado por Paulo)
A GÊNESE- Cap- I item 39
É laço de união
entre o espírito
e a Matéria. (Corpo
físico.)

É um envoltório do
Espírito, constituído
de matéria rarefeita
e sutil, em processo
de purificação.
(Corpo Fluídico dos
Espíritos- Kardec)

86
Sobrevive a morte do
Corpo físico, é um corpo
que acompanha o espírito.

Mantém os registros de
nossas ações boas ou más,
nossas obras ficam
conosco, somos herdeiros
de nós mesmos.

Exemplificando……por ocasião do desencarne,
o Espírito muitas vezes não encontra explicação
para a situação em que se encontra, crê não estar
Morto, pois se sente Vivo, vê o seu corpo físico, e
também o seu corpo espiritual (Perispírito)……….

87
Nos desdobramentos, seja no
estado de vigília ou no sono do
Corpo físico, o Complexo Espírito e Perispírito,
se afastam do corpo, ficando
a ele ligado por um laço fluídico.

O mesmo ocorre no coma, onde
às vezes, por muitos dias,
Espírito e Perispírito podem estar
distantes, mas não desligados
completamente do Corpo físico que espera a volta
de ambos.

88
Outra função de extrema importância do
perispírito nos é ensinada por Joanna de Ângelis
em "O Homem Integral", psicografia de Divaldo
P. Franco:

"De importância máxima no complexo humano, é
o moderno Modelo Organizador Biológico, que
se encarrega de plasmar no corpo físico as
necessidades morais evolutivas, através dos
genes e cromossomos, pois que, indestrutível,
eteriza-se e se purifica durante os processos
reencarnatórios elevados”

89
Na reencarnação o Perispírito é reduzido,
para ser acoplado ao óvulo, mas
permanecendo com todos os registros das
vidas passadas.
O embrião quando vai se
desenvolvendo multiplica o número de
células e aumenta a área de fixação do
corpo espiritual; o qual se prende às
moléculas do corpo físico em formação.


(Gestação-Sublime intercâmbio
Ricardo Di Bernardi)

90
Esta materialização no corpo físico, vem em
forma de DOENÇAS, em que as energias
densas, toxinas acumuladas nas encarnações
passadas, são drenadas para a matéria, ou
seja para o Corpo físico.
Os desequilíbrios consumados ficam gravados
no PERISPÍRITO e são materializados no corpo
físico, por leis naturais que representam a
justiça divina, são as nossas matrizes
espirituais.

91
A ENERGIA, transmitida pelo passe atua no Perispírito do
paciente e deste sobre o CORPO FÍSICO.

O Perispírito recebe a energia através de pontos
determinados, que André Luiz chama de centro
de forças e, certas escolas espiritualistas chamam
de chacras.

92
• É o intermediário entre o corpo físico e o Espírito.
•É preexistente e sobrevivente à morte do corpo material, transmitindo
suas vontades ao corpo físico e as impressões do corpo físico ao
Espírito.
• Quando desencarnamos, carregamos em
nosso perispírito, todas as informações a
respeito do equilíbrio ou desequilíbrio que
estamos vivenciando e todas as impressões,
positivas ou negativas, que tivemos ao longo da
existência.
• O envoltório carnal se modela e as células se
agrupam de acordo com a forma perispiritual
Modelo Organizador Biológico.
• As qualidades ou defeitos, faltas, abusos e
vícios de existências passadas registrados no
perispírito reaparecem no corpo físico como
enfermidades.

93
• Os centros vitais captam as
energias do universo e as
transmitem para todo o corpo e
o tipo de vibração mental que
emitimos pode perturbar a
recepção destas energias.
• Os conflitos emocionais
podem resultar num fluxo
energético anormal para
diversos sistemas fisiológicos.
• Com o tempo, esses fluxos
anormais de energia podem
produzir doenças de maior ou
menor gravidade em qualquer
órgão do corpo.

94
• Cada Centro Vital está ligado a um
conjunto de órgãos, refletindo nestes
órgãos a falta ou excesso de energia.
• Assim, conforme o tipo de sentimento
ou atitude que assumimos, interferimos
mais diretamente num determinado
Centro Vital e, por conseqüência, num
conjunto de órgãos.
• Baixa auto-estima pode causar bloqueio
no Centro Cardíaco, o qual afeta o
funcionamento do timo, debilitando o
sistema imunológico.
• A forma inadequada de expressar o
que sente ou a não expressão verbal dos
sentimentos pode interferir na função do
Centro Laríngeo. Esta pode ser a causa
de muitos casos de amidalites de
repetição ou transtornos da tireóide.

95
• O contato com a realidade e idealizações estão ligados ao Centro
Coronário; Perspectivas, direcionamento, objetivos de vida, ligam-se ao
Centro Frontal; A verbalização, criatividade, introversão, estão ligados
ao Centro Laríngeo; Auto-estima, aceitação, compaixão, angústia,
controle emocional, estão vinculados ao Centro Cardíaco; Ansiedade,
orgulho, alegria, satisfação, são sentimentos vinculados ao Centro
Gástrico.
• Perda de apetite, rancor,
ódio, raiva e medo, estão
relacionados ao Centro
Esplênico;

• Depressão, fadiga
constante, baixa energia
vital, estão relacionados
com o Centro Genésico;

96
A condição vibratória do corpo perispiritual depende da
condição moral do espírito, mas podemos verificar que, após
a conscientização da condição de “desencarnado”, as
percepções se dilatam substancialmente. Esse fenômeno é
natural, como relatado em “Nosso Lar”, mas pode ser
induzido por intervenções no corpo espiritual, como descrito
em belos detalhes em “Os Mensageiros”, junto ao Gabinete
de Auxílio Magnético às Percepções. André Luiz foi submetido
a esse procedimento antes de participar das atividades de
auxílio na crosta.
•Esses sentidos profundamente dilatados após a morte física
permitem, dentre outras coisas, a transmissão rudimentar do
pensamento entre pessoas afins, como explicado por Aniceto,
em “Os Mensageiros” (página 219)

97
CAPÍTULO 5 - Recebendo assistência
– Neste capítulo, A.Luiz conhece LÍSIAS -
assistente de Henrique, designado para servi-
lo, enquanto precisar tratamento. Lisias foi o
prestimoso enfermeiro e amigo de André em
seus primeiros tempos de Nosso Lar.
André recebe informações de Espíritos
internados no “Nosso Lar”.
Lísias levantou-se da poltrona e começou a auscultar-me, dizendo:
apenas aqui, na seção em que se encontra, existem mais de mil doentes
espirituais, e note que este é um dos menores edifícios do nosso parque
hospitalar.
Vejamos o seu caso: os seus intestinos apresenta lesões sérias com
vestígios muito exatos do câncer; a região do fígado revela dilacerações;
a dos rins demonstra característicos de esgotamento prematuro. – Na
turma de 80 enfermos a que devo assistência, 57 se encontram nas suas
condições. E talvez ignore que existem, por aqui, os mutilados. Já pensou
nisso?

98
Lísias cita os “germes de perversão da saúde divina”, agregados ao
perispírito. Apesar do tratamento, a causa dos males persistiriam até
que se desfizessem os germes da perversão da saúde, agregados no
corpo sutil pelo descuido moral, pelo desejo de gozar mais que os
outros.
Sabe que o homem imprevidente, que gastou os olhos no mal, aqui
comparece de órbitas vazias? Que o malfeitor, interessado em utilizar o
dom da locomoção fácil nos atos criminosos, experimenta a desolação
da paralisia, quando não é recolhido absolutamente sem pernas? Que
os pobres obsidiados nas aberrações sexuais costumam chegar em
extrema loucura?

99

Resultado: milhares de criaturas retiram-se diariamente da esfera da carne
em doloroso estado de incompreensão. Multidões sem conta erram em
todas as direções nos círculos imediatos à crosta planetária, constituídas
de loucos, doentes e ignorantes.

– Acreditaria, porventura, que a morte do corpo nos conduziria a planos de
milagres?

Em seguida, aplicou-me passes magnéticos, fazendo os curativos na zona
intestinal.
As religiões, no planeta, convocam as
criaturas à espiritualidade... ninguém
que se tenha aproximado, um dia, da
noção de Deus, pode alegar
ignorância nesse particular. Incontável
é o número dos chamados; mas, onde
os que atendem ao chamado? Com
raras exceções, a massa humana
prefere aceder a outro gênero de
convites.

100
Indagado se a região seria um
departamento celestial dos eleitos,
Lísias informa que Nosso Lar, não é
uma estância de espíritos vitoriosos,
mas são felizes porque têm trabalho
e trabalho duro.

Antes de se retirar, Lísias diz que AL
será tratado carinhosamente, vai
recuperar-se e sentir-se forte como
nos tempos da juventude e com
certeza será em breve um dos
melhores colaboradores de Nosso
Lar.

101
Reflexões:
"Não me defrontavam tribunais de tortura, nem me surpreendiam
abismos infernais...“
"... não poderia supor, noutro tempo, que me seriam pedidas contas
de episódios simples, que costumava considerar como fatos sem
maior significação. Conceituara, até ali, os erros humanos, segundo
os preceitos da Criminologia. Todo acontecimento insignificante,
estranho aos códigos, entraria na relação de fenômenos naturais".

A dor é um processo de expiação, de resgate, ou processo
educativo?
R. Necessidade de ordem geral; agente do desenvolvimento, condição
de progresso. Também expiação pelos abusos. A dor física é um aviso
da natureza. O sofrimento tem ação química que provoca e desenvolve
a sensibilidade, a bondade, a ternura...

Quais as causas do suicídio, segundo o médico, do Serviço de
Assistência da colônia espiritual?
R. – Modo exasperado e sombrio, cólera, ausência de autodomínio,
inadvertência no trato com os semelhantes...

102
Reflexões:
Que conseqüências acarretam, no mundo espiritual, o excessivo apego ao
corpo físico?
R. – O apego excessivo ao corpo físico faz-nos conviver com ele, mesmo depois de
enterrado. Enquanto está inteiro, há uma certa aquiescência. Mas, quando os
vermes começam a comê-lo e nota-se o seu definhamento, vem a angústia e o
desespero.

Como se processa a assistência aos desencarnados, no mundo espiritual?
•É como se estivesse na Terra. Sendo Espíritos recém-chegados precisam de toda
a estrutura em que viviam no Planeta Terra. Há um visitador de serviços que anota
e assinala as necessidades de socorro, ou providências que se refiram a enfermos
recém-chegados.
•Os médicos espirituais são detentores de técnicas diferentes da medicina terrena,
levam mais em conta os sentimentos, os desejos, a postura mental do paciente.
•Aplica-se passes magnéticos, água fluidificada, caldos e fazem curativos nas
feridas
Chico certa vez disse: "Quando chegamos a desencarnar, os Benfeitores e amigos
que nos recebem em seu meio não nos constrangem com os nossos erros... Eles
nos tratam bem e nada comentam de nossas falhas. Nós é que, com o passar do
tempo, sentimos não merecer estar entre eles. É aí, então, que pedimos para
reencarnar, afim de merecer a sua convivência do Outro Lado..."

103
– A. Luiz estando
hospitalizado, repetiam-se as
visitas de Clarêncio e Lísias.
Quando recordava o passado
difícil, sentia angústia e mágoa.
...
CAPÍTULO 6
Precioso aviso
AL foi orientado a não pensar nas dificuldades, mas na
melhoria.. Ele se queixa e, mesmo sendo médico, como todo
paciente, faz uma chantagenzinha emocional. Recorda da
esposa e dos filhos e “desabafa”... “...sofro intensamente, com
dores na zona intestinal, estranhas sensações de angústia no
coração, enormes e inexprimíveis! Ah! como tem sido pesada a
minha cruz!...”

104
CAPÍTULO 6: Lamentações
descabidas.
- Aprenda, então, a não falar excessivamente de si mesmo, nem comente a
própria dor. Lamentação denota enfermidade mental de curso laborioso e
tratamento difícil. É indispensável criar pensamentos novos e disciplinar os
lábios. Somente conseguiremos equilíbrio, abrindo o coração ao Sol da
Divindade. Classificar o esforço necessário de imposição esmagadora,
enxergar padecimentos onde há luta edificante, sói identificar indesejável
cegueira dalma. Quanto mais utilize o verbo por dilatar considerações
dolorosas, no círculo da personalidade, mais duros se tornarão os laços que
o prendem a lembranças mesquinhas.
Após ouvi-lo, Clarêncio,
pacientemente, sugere-lhe a auto-
reforma de pensamentos e o
silêncio das lamentações
próprias. Diz-lhe: “- Meu amigo,
deseja você, de fato, a cura
espiritual?

105
Nesse ínterim, secara o pranto e,
chamado a brios, assumi diversa atitude,
envergonhado da minha fraqueza.
- Não disputava você, na carne -
prosseguiu Clarêncio, bondoso -, as
vantagens naturais, decorrentes das
boas situações? Não estimava a
obtenção de recursos lícitos, ansioso de
estender benefícios aos entes amados?
Não se interessava pela remuneração, pelo conforto, para atender à
família? Aqui, não é diferente. Apenas divergem os detalhes. Nos
círculos carnais, a convenção e a garantia monetária; aqui, o trabalho e
as aquisições definitivas do espírito imortal.

Dor, para nós, significa possibilidade de enriquecer a alma; a luta
constitui caminho para a divina realização. Compreendeu a diferença?
As almas débeis, ante o serviço, deitam-se para se queixarem aos que
passam; as fortes, porém, recebem o serviço como patrimônio sagrado,
na movimentação do qual se preparam, a caminho da perfeição.

EXPLICAÇÕES
Certa feita reclamou a Lísias da
falta de visitas, dos parentes e
amigos que partiram antes dele.
Lísias esclareceu que sua mãe
intercedeu sempre. Foi ela quem
solicitou os auspícios de
Clarêncio.
Mas ele só percebeu a presença
de Clarêncio quando desejou
ardentemente e explicou que
Deus nos ama sem esperar por
rogativas, mas aguarda
determinada posição receptiva
para encaminhar a ajuda.
Lembrou ainda que quando
alguém deseja algo
ardentemente, já se encontra a
caminho da realização. Mas
existem 3 requisitos: 1
O
desejar,
2
O
saber desejar e 3
O
merecer
ou trabalhar persistentemente
para ter merecimento

108
Reflexões:
"Terminando de ouvir as suas lamúrias “Clarêncio,
contudo, levantou-se sereno e falou sem afetação"......“
•Clarencio não ostentava a sua posição elevada, identificava
em André as suas intenções mais íntimas, preservando
sempre o livre arbítrio do seu pupilo. Apesar das freqüentes
ocupações visitava André regularmente; e André ao enveredar
para a lamentação, o mentor, usando de palavras suaves,
repletas de firmeza e energia, reerguia-o, restabelecendo em
André o equilíbrio para o encontro consigo mesmo,
oferecendo-lhe sempre a palavra amiga e reta.
•Resgatou-o, deu-lhe condições de estudo e trabalho,
aconselhou-o, acompanhou-o e o promoveu. No final, André
reconhece-o como seu grande benfeitor espiritual, e após seu
restabelecimento total, não conseguindo conter as lágrimas de
reconhecimento, atirou-se nos seus braços a chorar de
gratidão e alegria.

109
Reflexões:
Qual o significado da dor, em nosso lar?
R.: - Clarencio afirma que a Dor, para os espíritos que estão em NOSSO
LAR, significa possibilidade de enriquecer a alma; a luta constitui caminho
para a divina realização.

Transformação intima
(ATÉ O FIM DOS TEMPOS – AMÉLIA RODRIGUES)
•Sempre haverá dores e mazelas nas multidões, enquanto perdurarem as
paixões desencadeadoras. Somente a transformação íntima do ser
constituir-lhe-á recursos de impeditivo para a instalação das matrizes do
sofrimento no corpo sutil do Espírito.
•Esse esforço desafiador lentamente nasce e se desenvolve à medida que
a própria dor lapida o egoísmo e dilacera as paixões dissolventes em
dominação arbitrária.
•Enquanto luz a esperança e a multidão estruge qual mar violento nas
praias, é necessário recorrer a lugares solitários para falar a Deus, ouvi-lo
e adquirir forças para falar e escutá-las às criaturas humanas.

110
Reflexões:
•NECESSIDADE DE INSTRUIR -SE – (DEPOIS DA MORTE – LEON
DENIS)
•Se, por verem o infinito, as almas débeis ficam perturbadas e desvairadas,
as valentes fortificam-se e medram. É no conhecimento das leis superiores
que estas vão beber a fé esclarecida, a confiança no futuro, a consolação
na desgraça.

•Tal conhecimento produz benevolência para com os fracos, para com
todos esses que se agitam ainda nos círculos Inferiores da existência,
vítimas das paixões e da Ignorância; Inspira tolerância para com todas as
crenças.

•PREOCUPAÇÃO COM A HUMANIDADE – (Dalai Lama)
•Precisamos ter um senso de responsabilidade global, universal. Se
pensamos mais nos outros, desenvolvemos uma preocupação pela
humanidade. Essa maneira de pensar nos dá mais força interior. Cuidar
dos outros nos dá a sensação de que eles estão bem.

111
CAPÍTULO 7
Explicações de Lísias
André Luiz descreve sua
dificuldade de adaptação
à “nova vida”.

Repetiram-se as visitas
periódicas de Clarêncio
e a atenção diária de
Lísias.
Sensações novas: À medida que procurava habituar-se, sensações de
desafogo aliviavam o coração; diminuíram as dores e os impedimentos de
locomoção fácil.
.

113
Deleitava-se, contemplando os
horizontes, debruçado às janelas
espaçosas. Impressionavam-se,
sobretudo, os aspectos da Natureza;
apresentava-lhe aspectos
melhorados, em relação à Terra:
grandes árvores, pomares fartos,
jardins deliciosos, cores mais
harmônicas.

Todos os edifícios com flores à
entrada. Lindas aves cruzavam os
ares. Entre árvores frondosas, animais
domésticos. Lísias explica que há
regiões múltiplas, segundo a
hierarquia moral. A. Luiz pergunta
pelos pais, que o antecederam e até
agora não o procuraram... Lísias
então lhe informa que sua mãe,
habitando esferas mais altas, o tem
ajudado noite e dia...

121
Reflexões:
“Extremamente surpreendido, identificava animais domésticos, entre
as árvores frondosas, enfileiradas ao fundo e perdia-me em
indagações. Não conseguia atinar com a multiplicidade de formas
análogas às do planeta, considerando a circunstância de me encontrar
numa esfera propriamente espiritual.” André.

É clara na lição a existência de diversos planos espirituais para os
desencarnados.
•A morte do corpo não conduz o homem a situações miraculosas, dizia
Lisias. Todo processo evolutivo implica gradação. Há regiões múltiplas para
os desencarnados, como existem planos inúmeros e surpreendentes para
as criaturas envolvidas de carne terrestre. Almas e sentimentos, formas e
coisas, obedecem a princípios de desenvolvimento natural e hierarquia
justa.
•Ou seja: A Terra é uma organização viva, possuidora de certas leis que nos
escravizam ou libertam, segundo as nossas obras.
•Corpos espirituais mais leves ascendem às zonas mais elevadas, enquanto
os mais pesados são atraídos ao interior do planeta. Uma alma esmagada
pela culpa não emerge no lago da vida.

122
Reflexões:
Preocupava-me, todavia, permanecer ali, num parque
de saúde, havia muitas semanas, sem a visita sequer
de um conhecido do mundo. Afinal, não fora eu a única
pessoa do meu círculo a decifrar o enigma da
sepultura.

Embora André não a tivesse visto em momento algum
desde que desencarnara, sua mãe o havia ajudado dia e
noite. O ministro Clarêncio o localizara no Umbral
atendendo aos apelos dela. André foi informado, então, de
que sua mãe não vivia em "Nosso Lar", mas em esferas
mais altas, onde trabalhava não somente por ele.

123
Reflexões:

Qual a explicação de Lísias a respeito de entrar em
contato com entes queridos?
•Ele dá recomendações para emitir pensamentos corretos
a respeito disso.
•Um espelho enfuscado não reflete a luz. O Pai não precisa
de nossas penitências, mas convenhamos que as
penitências prestam ótimos serviços a nós mesmos.
(Lísias, cap. 7)
•A realização nobre exige três requisitos fundamentais:
primeiro, desejar; segundo, saber desejar; terceiro,
merecer, ou, por outros termos, vontade ativa, trabalho
persistente e merecimento justo.

CONHECENDO NOSSO LAR
Depois de algumas semanas de tratamento, AL saiu
pela primeira vez acompanhado de Lísias.

125
CAPÍTULO 8
Organização de
serviços
– A. Luiz em 1ª visita a cidade, no Ministério do Auxílio depara-se com largas
avenidas, ar puro, muitas pessoas indo e vindo. Os edifícios eram destinados
a instituições e abrigos; residências reservadas aos servidores; nenhuma
ocisiodade.
Ali eram atendidos os doentes; rogativas e preces eram selecionadas;
organizava-se turmas de socorro às zonas inferiores; estudava-se processos e
programava-se reencarnações. Os serviços de alimentação, distribuição de
energia elétrica, trânsito, transporte, eram tratados sob supervisão da
governadoria, que contava com mais 3.000 servidores administrativos.

126
A colônia divide-se em seis
Ministérios, orientados, cada
qual, por doze Ministros.
Ministérios: REGENERAÇÃO, do
AUXÍLIO, da COMUNICAÇÃO,
do ESCLARECIMENTO, da
ELEVAÇÃO e da UNIÃO DIVINA.
Os quatro primeiros se
aproximam das esferas
terrestres, os dois últimos se
ligam ao plano superior, visto que
a cidade espiritual é zona de
transição.
Os serviços mais grosseiros
localizam-se no ministério da
Regeneração, os mais sublime
no da União Divina. Clarêncio, é
um dos Ministros do Auxílio.

127
Lísias conta a origem e historia de Nosso
Lar que foi fundado por “portugueses
distintos”, desencarnados no Brasil, no
século XVI. A principio enormes e
desanimadoras foram as lutas, devido às
ásperas condições do ambiente primitivo e
hostil, caracterizado pela matéria
grosseira; mentes ainda rudimentares.
Esclareceu Lísias - o véu da ilusão é denso nos círculos carnais. O homem
vulgar ignora que toda manifestação de ordem, no mundo, procede do
plano superior. A natureza agreste transforma-se em jardim, quando
orientada pela mente do homem, e o pensamento humano, selvagem na
criatura primitiva, transforma-se em potencial criador, quando inspirado
pelas mentes que funcionam nas esferas mais altas. Nenhuma organização
útil se materializa na crosta terrestre, sem que seus raios iniciais partam de
cima.
Prosseguindo disse ainda: aos poucos o ambiente se transformou, mas
nossos orientadores não desanimam e prosseguem no esforço da
superação.

128
A descrição de Lísias sobre a história de Nosso Lar, com os
primeiros colonizadores portugueses vencendo a natureza rude do
plano espiritual, lembra muito a história da própria colonização do
Brasil e assim deve ser considerada. Diz Lísias: (desanimadoras
foram as lutas, devido às ásperas condições do ambiente primitivo
e hostil). Para aqueles que imaginam a vida espiritual como uma
projeção dos desejos de diretores de Hollywood, ela é um duro
golpe.

As palavras de André Luiz, onde as criações mentais fazem parte
da vida espiritual, como aquela que hoje ostentamos no
corpo denso (somos espíritos também e nossa mente modifica a
matéria mental da mesma forma que fazíamos na erraticidade),
mas, no geral, quem executa as diretrizes mentais são braços
fortes que se lançam ao trabalho. As criações puramente mentais
existem também e são transitórias, afetando quase exclusivamente
a matéria mental, mas se tornam preponderantes nas esferas mais
elevadas.

129
O Governador – A colônia
possuía, para os trabalhos
administrativos, três mil
funcionários. O mais infatigável
deles era o Governador, que já
estava 114 anos no cargo, sem
jamais tirar férias e quase
nunca repousar, embora
concedesse aos habitantes da
colônia períodos de descanso e
os obrigasse a férias periódicas.
Raramente o viam até mesmo
em festividades públicas, pois
sua glória parecia ser o serviço
perene

130
Reflexões:
- nunca imaginei a possibilidade de organizações tão
completas, depois da morte do corpo físico!... André Luiz

DO “MODUS OPERANDI” DOS ESPÍRITOS - Livro Emmanuel –
de Emmanuel.

•O “modus operandi” das entidades tem a sua base no magnetismo
universal, dentro do qual todos os seres e mundos gravitam para a
perfeição suprema; e incalculável é a extensão do papel que a
sugestão e a telepatia representam nos fenômenos mediúnicos.

•O PROCESSO DAS COMUNICAÇÕES
O processo de trabalhos que requerem a utilização de inteligências
nobilíssimas do Espaço, cujo grau de elevação o meio terrestre não
pode comportar, verifica-se, quase que invariavelmente, dentro de
um teledinamismo poderoso, que estais longe ainda de apreciar
nas vossas condições de espíritos encarnados

131
DO “MODUS OPERANDI” DOS ESPÍRITOS - Livro Emmanuel – de Emmanuel.
•Entidades que já se desvencilharam totalmente dos envoltórios terrenos,
basta que o desejem, para que distâncias imensas sejam facilmente
anuladas, a fim de que os seus elevados ensinamentos sejam ministrados,
desde que haja cérebro possuidor de capacidade receptiva e que lhes não
ofereça obstáculos insuperáveis.

•A IDEOPLASTICIDADE DO PENSAMENTO
•Ignorais, na Terra, a maravilhosa ideoplasticidade do pensamento.
Conhecendo a plenitude de suas faculdades, após haver triunfado em
muitas experiências que lhes asseguraram elevada posição espiritual,
senhores de portentosos dons psíquicos, conquistados com a fé e com a
virtude incorruptíveis, os Espíritos superiores possuem uma vontade
potente e criadora de todas as formas da beleza.

•As vezes, apresentam-se ao vidente grandiosas cenas da história do
planeta, multidões luminosas, legiões de almas, quadros esses que, na
maioria das vezes, constituem os pensamentos materializados das mentes
evoluídas que os arquitetam, e que atuam sobre os centros visuais dos
sensitivos, objetivando o progresso geral.

132
•É assim que se estabelece a união dos dois mundos, o físico e
o espiritual, através de fatores inacessíveis às vossas medidas e
instrumentos materiais. (Emmanuel – de Emmanuel)


EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS - SEGUNDA PARTE
Círculos espirituais existem, em planos de grande sublimação,
nos quais os desencarnados, sustentando consigo mais
elevados recursos de riqueza interior, pela cultura e pela
grandeza moral, conseguem plasmar, com as próprias idéias,
quadros vivos que lhes confirmem a mensagem ou o
ensinamento, seja em silêncio, seja com a despesa mínima de
suprimento verbal, em livres circuitos mentais de arte e beleza,
.....tanto quanto muitas Inteligências infelizes, treinadas na
ciência da reflexão, conseguem formar telas aflitivas em circuitos
mentais fechados e obsessivos, sobre as mentes que
magneticamente jugulam.

133
– A que diretrizes obedecem as entidades desencarnadas para
se apresentarem morfologicamente?
• As linhas morfológicas são comumente aquelas que trouxeram do
mundo, a evoluírem, contudo, constantemente, toda vez que esse
conjunto social se demore em esfera de sentimentos elevados. A
forma obedece ao reflexo mental dominante, notadamente ao sexo,
mantendo-se a criatura homem ou de mulher, segundo a vida
íntima, através da qual se mostra com qualidades espirituais
acentuadamente ativas ou passivas.
•... se o progresso mental não é positivamente acentuado, mantém
a personalidade desencarnada, nos planos inferiores, por tempo
indefinível, a plástica que lhe era própria entre os homens. ... planos
relativamente superiores, sofre processos de metamorfose, mais
lentos ou mais rápidos, conforme as suas disposições íntimas.
•... quanto mais elevado se lhes descortine o degrau de progresso,
mais amplo se lhes revela o poder plástico sobre as células que lhes
entretecem o instrumento de manifestação. Em alto nível, a
Inteligência opera em minutos certas alterações que as entidades
de cultura mediana gastam, por vezes, alguns anos a efetuar.

134
– A que diretrizes obedecem as entidades desencarnadas para se
apresentarem morfologicamente?
•Os Espíritos superiores, pelo domínio natural que exercem sobre as células
psicossomáticas, podem adotar a apresentação que mais proveitosa se lhes
afigure, com vistas à obra meritória que se propõem realizar.
•...não falta indumentária digna às criaturas que se emanciparam do vaso
físico, roupagem, toda ela, confeccionada com esmero e carinho por mãos
hábeis e nobres da esfera extrafísica.
•É importante considerar, todavia, que os Espíritos desencarnados, mesmo os
de classe inferior, guardam a faculdade de exteriorizar os fluídos plasticizantes
que lhes são peculiares, recursos esses nos quais plasmam, como lhes seja
possível, as imagens que desejam expressar

Como interpretaremos a existência de roupas, calçados e peças
protéticas nas entidades desencarnadas, se tais petrechos são
inanimados, não sendo dirigidos de modo direto pela mente?
•– A mente não comanda as moléculas de algodão do vestuário de que se
serve no corpo físico, mas pode usá-las, segundo as suas necessidades no
mundo. Ocorre o mesmo no Plano Espiritual, em que nos utilizamos das
possibilidades ao nosso alcance para atender a esse ou àquele imperativo de
nossa apresentação.

135
– Como se apresenta a vida social dos Espíritos desencarnados?
•– No Plano Espiritual imediato à experiência física, as sociedades
humanas desencarnadas, em quase dois terços, permanecem
naturalmente jungidas, de alguma sorte, aos interesses terrenos.
•Aglutinam-se em verdadeiras cidades e vilarejos, com estilos variados,
como acontece aos burgos terrestres, característicos da metrópole ou do
campo, edificando largos empreendimentos de educação e progresso, em
favor de si mesmas e a benefício dos outros.

•...na esfera seguinte à condição humana, temos o espaço das nações,
com as suas comunidades, idiomas, experiências e inclinações, inclusive
organizações religiosas típicas, junto das quais funcionam missionários de
libertação mental, operando com caridade e discrição para que as idéias
renovadoras se expandam sem dilaceração e sem choque.

•Com esses dois terços de criaturas ainda ligadas, desse ou daquele
modo, aos núcleos terrenos, encontramos um terço de Espíritos
relativamente enobrecidos que se transformam em condutores da marcha
ascensional dos companheiros, pelos méritos com que se fazem segura
instrumentação das Esferas Superiores.

136
CAPÍTULO 9
Problema de alimentação
Neste capítulo nos são dadas
preciosas informações quanto
ao abastecimento alimentar em
“Nosso Lar”.

No passado, houve demandas.
Lísias conta que há um século,
os recém chegados tinham
mesas lautas, bebidas
excitantes, mantendo os
mesmos vícios terrenos.

137
Alimentação em "Nosso Lar" – Não há em "Nosso Lar" um
Ministério da Economia. As atividades de abastecimento
ficaram reduzidas a simples serviço de distribuição, sob o
controle direto da Governadoria, mas, um século atrás, tudo
era diferente.

Muitos espíritos recém-chegados a “Nosso Lar” duplicavam
exigências. Queriam mesas lautas, bebidas excitantes. Só o
Ministério da União Divina ficou imune a tais abusos.

A pedido do Governador, 200 instrutores de uma esfera muito
elevada vieram a “Nosso Lar” para ensinar novos
conhecimentos relativos à ciência da respiração e da absorção
de princípios vitais da atmosfera. Houve, porém, grandes lutas
para que isso fosse aceito. Após muita discussão e anos de
estudos e excursões a planos mais elevados, os adeptos dos
métodos de espiritualização foram aumentando e a idéia
prevaleceu.

138
O Governador lutou para adaptar os costumes à simplicidade, a
alimentação passou a ser por inalação de princípios vitais da
atmosfera e água misturada a elementos solares, elétricos e
magnéticos. Suprimento de substâncias alimentícias que
lembram a Terra só existe em dois ministérios: os da
Regeneração e do Auxílio.
Só entre os mais necessitados é que há alimentos que lembram
os da Terra. Nos outros há somente o indispensável, isto é, o
serviço de alimentação obedece a inexcedível sobriedade, em
que a utilização da água e a absorção de princípios vitais da
atmosfera têm grande importância.
Depois de 20 anos os Ministérios passaram a se abastecer
apenas do indispensável. Menos o do Esclarecimento que
demorou a assumir compromisso, o que permitiu o assalto de
multidões obscuras das regiões umbralinas.

139
Protestos e rebeldia – Antes disso, registraram-se protestos
públicos e atos de rebeldia, principalmente no Ministério do
Esclarecimento e na Regeneração, então departamento.

Ocorreram cisões nos órgãos coletivos de “Nosso Lar”, dando
ensejo a perigoso assalto das multidões obscuras do Umbral,
que tentaram invadir a cidade, aproveitando brechas nos
serviços de Regeneração, onde grande número de
trabalhadores entretinha certo intercâmbio clandestino, em
virtude dos vícios de alimentação.

Foi preciso abrir os calabouços da Regeneração para
isolamento dos agressivos. Por mais de 6 meses os serviços
de alimentação foram reduzidos à absorção do ar e da água,
melhorando o coeficiente de espiritualidade da comunidade

Foram 30 anos consecutivos de reuniões, providências e
atividades, apesar dos protestos.

O problema de alimentação ganha
destaque quando Lísias descreve
a revolta que eclodiu em Nosso
Lar quando a governadoria decidiu
colocar um pouco de ordem na
cidade, restringindo o acesso a
alimentos mais densos e a
comportamentos que
transformavam a colônia em uma
extensão imediata da crosta.

Os moradores da cidade colônia
pensavam que aquela era uma
continuação absolutamente natural
da vida que tinham deixado na
Terra, procurando banquetear-se
com tudo que utilizavam aqui,
incluindo bebidas excitantes.

141
A vitória do bom senso – O Governador agiu energicamente:
fechou o Ministério da Comunicação, isolou os recalcitrantes,
advertiu o Ministério do Esclarecimento, cujas impertinências
suportou por mais de 30 anos consecutivos, proibiu
temporariamente os auxílios às regiões inferiores e mandou
ligar as baterias elétricas das muralhas da cidade, para a
defesa comum.
"Por mais de seis meses, os serviços de alimentação, em
“Nosso Lar”, foram reduzidos à inalação de princípios vitais da
atmosfera, através da respiração, e água misturada a
elementos solares, elétricos e magnéticos." A colônia ficou
sabendo, então, o que vem a ser a indignação do espírito
manso e justo.

Mas, findo o período mais agudo, a Governadoria estava
vitoriosa e o próprio Ministério do Esclarecimento reconheceu o
erro e cooperou nos trabalhos de reajustamento.

142
Desde então, só existe maior
suprimento de substâncias
alimentícias que lembram a Terra
nos Ministérios da Regeneração e
do Auxílio, onde há sempre
grande número de necessitados.
Nos demais há somente o
indispensável, isto é, o serviço de
alimentação obedece a
inexcedível sobriedade,
reconhecendo todos que a
suposta impertinência do
Governador representou medida
de elevado alcance para a
libertação espiritual da própria
colônia.
A necessidade de
alimentação, isso mesmo,
“necessidade”, é mostrada
de forma inequívoca por
Aniceto (“Os Mensageiros”,
página 263), que evidencia
que: (...) Mesmo em “Nosso
Lar”, ainda estamos
distantes da grande
conquista do alimento
espontâneo pelas forças
atmosféricas, em caráter
absoluto (...)

143
– Como se verifica a alimentação dos Espíritos
desencarnados?
(Evolução em Dois .Mundos – segunda parte.)
No mundo espiritual é da maior importância a respiração no
sustento do perispírito. Na Esfera Superior, a tomada de
substância é tanto menor e tanto mais leve quanto maior
se evidencie o enobrecimento da alma.
Abandonado o envoltório físico na desencarnação, se o
psicossoma está profundamente arraigado às sensações
terrestres, sobrevém ao Espírito a necessidade inquietante de
prosseguir atrelado ao mundo biológico que lhe é familiar e,
quando não a supera ao preço do próprio esforço, no auto-
reajustamento, provoca os fenômenos da simbiose psíquica,
que o levam a conviver, temporariamente, no halo vital
daqueles encarnados com os quais se afine, quando não
promove a obsessão espetacular.

144
Na maioria das vezes, os desencarnados em crise dessa ordem são
conduzidos pelos agentes da Bondade Divina aos centros de reeducação
do Plano Espiritual, onde encontram alimentação semelhante à da Terra,
porém fluídica, recebendo-a em porções adequadas até que se adaptem
aos sistemas de sustentação da Esfera Superior, em cujos círculos a
tomada de substância é tanto menor e tanto mais leve quanto maior se
evidencie o enobrecimento da alma, porquanto, pela difusão cutânea, o
corpo espiritual, através de sua extrema porosidade, nutre-se de produtos
sutilizados ou sínteses quimioeletromagnéticas, hauridas no reservatório
da Natureza e no intercâmbio de raios vitalizantes e reconstituintes do
amor com que os seres se sustentam entre si.

Essa alimentação psíquica, por intermédio das projeções magnéticas
trocadas entre aqueles que se amam, é muito mais importante que o
nutricionista do mundo possa imaginar, de vez que, por ela, se origina a
ideal euforia orgânica e mental da personalidade.

Daí porque toda criatura tem necessidade de amar e receber amor para
que se lhe mantenha o equilíbrio geral.

MINISTÉRIOS

x

ALIMENTAÇÃO
•Ministério da
Regeneração
•Ministério do Auxílio
–verduras e cereais
–frutas e sucos

•Ministério da
Comunicação
•Ministério do
Esclarecimento
–frutas e sucos

•Ministério da Elevação
–sucos e
concentrados

•Ministério da União
Divina
–água e ar
JANTANDO EM NOSSO LAR

146
CAPÍTULO 10 - No Bosque das Águas
André Luiz viaja no aeróbus e vai ao grande reservatório de água. Vê um
grande rio: o Rio Azul. Lísias exalta-lhe a importância da água...

O AERÓBUS

148
Aeróbus – André Luiz descreve o aeróbus como um carro suspenso do solo a uma
altura de cinco metros, do tipo funicular, em que o sistema de tração é por meio de
cabos, como os teleféricos. Constituído de material muito flexível, tinha ele enorme
comprimento e parecia ligado a fios invisíveis, o que confirma depois. Muito veloz, o
aeróbus fazia ligeiras paradas de três em três quilômetros.
Aeróbus no Umbral – André Luiz pergunta por que o aeróbus não era utilizado pela
caravana socorrista e Narcisa explicou que o motivo é a densidade da matéria
presente no Umbral. "O avião que fende a atmosfera do planeta não pode fazer o
mesmo na massa equórea", comparou a enfermeira. (Cap. 33)
Utilização do Aeróbus – Narcisa esclarece que grande parte dos companheiros
poderia dispensar o aeróbus e transportar-se, à vontade, nas áreas de seu domínio
vibratório, mas, visto a maioria não ter adquirido essa faculdade, eles se abstinham de
exercê-la nas vias públicas da colônia. (Cap. 50)
O
AEROBUS

149
BOSQUE
DAS
AGUAS
Bosque das Águas – um lugar dotado de muita vegetação, com
flores e árvores, localiza-se às margens do Rio Azul, de água
cristalina que é inteiramente absorvido em grandes caixas de
distribuição, para servir de alimento e remédio na colônia; é
uma das mais belas regiões de “Nosso Lar”; um dos locais
prediletos para as excursões dos amantes, que aqui vêm tecer
as mais lindas promessas de amor e fidelidade, para as
experiências da Terra”..

150
BOSQUE
DAS
AGUAS
O RIO AZUL - A observação ensejava considerações muito
interessantes, mas Lísias não me deu azo a perguntas nesse
particular. Indicando um edifício de enormes proporções,
esclareceu: – Ali é o grande reservatório da colônia. Todo o
volume do Rio Azul, que temos à vista, é absorvido em caixas
imensas de distribuição. As águas que servem a todas as
atividades da colônia partem daqui. Em seguida, reúnem-se
novamente, abaixo dos serviços da Regeneração, e voltam a
constituir o rio, que prossegue o curso normal, rumo ao grande
oceano de substâncias invisíveis para a Terra.

151
Não podemos nos esquecer de que Lísias comenta que o rio
Azul, que abastece Nosso Lar é novamente reconstituído
após deixar a cidade e se dirige para o oceano de matéria
astral que nos envolve; ou seja, a água passa a correr no
umbral e, antes disso, recebe o adequado tratamento.

Na medida em que as colônias, trevosas ou não, se
desenvolvem, os aspectos da coletividade passam a interferir
no ambiente ao redor, refletindo não apenas as marcas
mentais de seus habitantes, mas também as suas
necessidades fisiológicas.

No livro “Libertação”, tem-se a descrição da existência de
acúmulo de detritos humanos em uma gigantesca colônia das
trevas que sobrevive do parasitismo energético dos
encarnados.

152
A água em "Nosso Lar" – tênue e
pura, quase fluídica é magnetizada
pelos Ministros da União Divina,
detentores do maior padrão de
espiritualidade superior em "Nosso
Lar".

Na Terra quase ninguém cogita de
conhecer a importância da água. O
homem conhecerá, um dia, que a
água, como fluido criador, absorve
em cada lar as características
mentais de seus moradores. A
água, no mundo, não somente
carreia os resíduos dos corpos,
mas também as expressões de
nossa vida mental. (Lísias)

153
•Sede no Umbral – Perguntando a si mesmo se não enlouquecera,
André encontrava a consciência vigilante. Persistiam as
necessidades fisiológicas, sem modificação. A fome castigava-lhe
todas as fibras e, nada obstante, o abatimento progressivo não o
fazia cair em exaustão. De quando em quando, deparavam-se-lhe
verduras que pareciam agrestes, em torno de filetes d'água a que
se atirava sequioso. Muita vez André sugou a lama da estrada, e
recordou o antigo pão de cada dia, vertendo copioso pranto. (Cap.
2)
Água tênue e pura, quase fluídica - Água Fluida Conduzido a
confortável aposento de amplas proporções, ricamente mobiliado,
ofereceram-lhe um leito acolhedor. Em seguida serviram-lhe caldo
reconfortante, acompanhado de água muito fresca, que lhe
pareceu portadora de fluidos divinos. Aquela porção de líquido
reanimou-o inesperadamente. (Cap. 3)

A importância da água.

154
Sobre banhos e beberagens Manoel Philomeno da Miranda (Loucura
e Obsessão, cap. 3, pp. 40 e 41; o nobre Mentor (Bezerra)
respondeu:

“A água, em face da sua constituição molecular, é elemento que
absorve e conduz a bionergia que lhe é ministrada. Quando
magnetizada e ingerida, produz efeitos orgânicos compatíveis com o
fluido de que se faz portadora. Assim, é crença ancestral que os
banhos teriam o efeito de retirar energias deletérias que os poros
eliminam, e quando a água recebesse a infusão de ervas aromáticas
e medicinais propiciaria bem-estar, revitalizaria o campo vibratório do
indivíduo.

Sabemos, no entanto, que mais importante do que quaisquer
práticas e ritualismos externos, a ação interior, mental,
comportamental responde pela realidade psíquica do homem e
opera a sua legítima recuperação”.

155

“No que tange às beberagens, algumas destituídas dos cuidados
que requer qualquer produto para ser ingerido, não podemos ignorar
o valor da fitoterapia, de resultados excelentes em inúmeros
problemas de saúde”, acrescentou o mentor.

“As medicinas alternativas que estão encontrando consideração,
mesmo entre os estudiosos mais ortodoxos, resultam de larga
experiência humana e de diversas delas nasceram o que ora
consideramos científico, acadêmico.

A flora medicinal foi a grande protetora dos nossos avoengos que
nela encontraram recursos saudáveis para muitos dos males que os
afligiam e, posteriormente, submetida à ação dos laboratórios, dela
extraíram incontáveis substâncias de ação rápida e eficaz.”

156
Emmanuel – O consolador

103 –No tratamento ministrado pelos Espíritos amigos, a água
fluidificada, para um doente, terá o mesmo efeito em outro enfermo?
-A água pode ser fluidificada, de modo geral, em benefício de todos;
todavia, pode sê-lo em caráter particular para determinado enfermo,
e, neste caso, é conveniente que o uso seja pessoal e exclusivo.

104 –Existem condições especiais para que os Espíritos amigos
possam fluidificar a água pura, como sejam as presenças de
médiuns curadores, reuniões de vários elementos,etc,etc?

-A caridade não pode atender a situações especializadas. A
presença de médiuns curadores, bem como as reuniões especiais,
de modo algum podem constituir o preço do benefício aos doentes,
porquanto os recursos dos guias espirituais, nessa esfera de ação,
podem independer do concurso medianímico, considerando o
problema dos méritos individuais.

157
Emmanuel – Livro Segue-me - A ÁGUA FLUÍDA

“E qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria por ser
meu discípulo, em verdade vos digo que, de modo algum, perderá o
seu galardão”. Jesus (Mateus, 10:42)

Meu amigo, quando Jesus se referiu à benção do copo de água fria,
em seu nome, não apenas se reportava à compaixão rotineira que
sacia a sede comum. Detinha-se o Mestre no exame de valores
espirituais mais profundos.


A água é dos corpos o mais simples
e receptivo da terra. É como que a
base pura, em que a medicação do
Céu pode ser impressa, através de
recursos substanciais de assistência
ao corpo e à alma, embora em
processo invisível aos olhos mortais.

158
A prece intercessória e o pensamento de bondade representam
irradiações de nossas melhores energias.

A criatura que ora ou medita exterioriza poderes, emanações e
fluidos que, por enquanto, escapam à análise da inteligência vulgar e
a linfa potável recebe a influência,de modo claro, condensando
linhas de força magnética e princípios elétricos, que aliviam e
sustentam, ajudam e curam. A fonte que procede do coração da
Terra e a rogativa que flui no imo d’alma, quando se unem na difusão
do bem, operam milagres.

O Espírito que se eleva na direção do céu é antena viva, captando
potências da natureza superior, podendo distribuí-las em benefício
de todos os que lhe seguem a marcha. Ninguém existe órfão de
semelhante amparo. Para auxiliar a outrem e a si mesmo, bastam a
boa vontade e a confiança positiva.

159
Reconheçamos, pois, que o Mestre, quando se referiu à água
simples, doada em nome da sua memória, reportava-se ao valor real
da providência, em benefício da carne e do espírito, sempre que
estacionem através de zonas enfermiças.
Se desejas, portanto, o concurso dos Amigos Espirituais, na solução
de tuas necessidades fisiológicas ou dos problemas de saúde e
equilíbrio dos companheiros, coloca o teu recipiente de água
cristalina, à frente de tuas orações, espera e confia.
O orvalho do Plano Divino magnetizará o liquido, com raios de amor,
em forma de bênção, e estarás, então, consagrando o sublime
ensinamento do copo de água pura, abençoado nos Céus

Na viagem de volta ao Hospital, AL
repara na música que tocava o tempo
todo na cidade e Lísias esclarece que a
Governadoria foi informada da
importância da música melhorando o
rendimento do serviço. A partir de então
ninguém mais trabalha em Nosso Lar,
sem esse estímulo

161
Aprendendo: A VOLITAÇÃO

A volitação é uma aquisição pessoal e não um atributo plenamente desenvolvido
do perispírito, sendo que os instrutores desencarnados possuem a capacidade de
exercê-la em quase todos os ambientes, enquanto André Luiz demonstrava tê-la de
forma limitada e, em Nosso Lar, muitos não são capazes de volitar.

A literatura espírita coloca que a volitação evidencia o domínio, ou melhor, a
interferência da mente sobre a estrutura do espaço-tempo, sobre o efeito da gravidade
no psicossoma, o perispírito, não sendo resultado somente da natureza da matéria
astral que o constitui. Caso fosse apenas uma propriedade da matéria, todos a teriam
de forma plena, não apenas como algo embrionário a ser desenvolvido. Pode-se dizer
que líderes das trevas também possuem o poder mental capaz de permitir a volitação,
como descrito a seguir (“No Mundo Maior”, página 211): Os grupos de infortunados
agiam, ali, desconhecendo os padecimentos uns dos outros. Certos grupos volitavam a
pequena altura, como bandos de corvos negrejantes, mais escuros que a própria
sombra a envolver-nos, ao passo que vastos cardumes de desventurados jaziam
chumbados ao solo, quais aves desditosas, de asas partidas... Como explicar
tudo isso?
Logo depois dessas palavras, o instrutor Calderaro declarou (“No Mundo
Maior”, páginas 211 e 212): – Não te surpreendas. A volitação depende,
fundamentalmente, da força mental.

162
O lazer existe nas colônias

O lazer existe nas colônias e é valorizado como forma de aprendizado,
para aquisição de novos valores, estimulando-se o contato com a cultura,
através da arte, como a música e a literatura. Entretanto, as semelhanças
entre nossos dois planos ficam mais pronunciadas quando lemos o trecho
referente a namorados que visitam o Bosque das Águas. Comenta Lísias,
em “Nosso Lar” (página 71):

– Estamos no Bosque das Águas. Temos aqui uma das mais belas regiões
de Nosso Lar. Trata-se de um dos locais prediletos para as excursões dos
amantes, que aqui vêm tecer as mais lindas promessas de amor e
fidelidade, para as experiências da Terra.

Podemos ver que a citação referente ao namoro é bastante clara e o amor
entre os parceiros é algo que não deixa de ter as características que os
“amantes” imprimem.

163
CAPÍTULO 11 - Notícias do Plano
– Como “Nosso Lar”, existem incontáveis outras colônias espirituais. É
citada a de “Alvorada Nova”, vizinha. Em todas há trabalho. No “Nosso
Lar” preparam-se reencarnações, após proveitosos aprendizados para
as futuras tarefas planetárias.

164
Colônias espirituais – As colônias espirituais não são idênticas.
Dentre as vizinhas, "Alvorada Nova“, é uma das mais importantes e
foi ela que serviu de inspiração à idéia de criação dos Ministérios
em "Nosso Lar".
“Alvorada Nova”, coordenada por Cairbar Schutel, com cerca de
duzentos mil habitantes, localiza-se em região umbralina, na quarta
camada ao redor da crosta terrestre, no mesmo grau de inclinação
da cidade de Santos. Foi planejada há muitos séculos por aqueles
que, sendo os Engenheiros Construtores de Jesus, conhecem a
Terra do seu passado longínquo ao seu futuro distante. O Brasil
nem mesmo existia na face do globo e Alvorada Nova já estava
fixando seus primeiros alicerces através dos trabalhadores de
Cristo que sabiam da destinação do nosso país como Pátria do
Evangelho, tendo ciência da importância da sua localização nas
camadas vibratórias ao redor do planeta”......

(Maiores informações sobre “Alvorada Nova” podem ser obtidas no
livro homônimo de autoria de Abel Glaser e do Espírito de Cairbar
Schutel.)

165

166

167

168

169

170

171
Lísias... (sobre colônias espirituais) "De modo algum são iguais...
Se nas esferas materiais, cada região e cada estabelecimento
revelam traços peculiares, imagine a multiplicidade de condições
em nossos planos. (...) importa considerar que cada colônia,
como cada entidade, permanece em degraus diferentes na
grande ascensão.“

•A jornada é longa... — Longuíssima, mas belíssima! Quem
caminha por uma estrada não está impedido de contemplar a
paisagem que a emoldura! A medida que o espírito sobe, maior o
horizonte que a sua visão consegue abrangerpense na lagarta
que se transfigura em borboleta... Que linda metamorfose! Um
dia, todos haveremos de transcender a forma que nos limita.
Ascenderemos a planos em que a alegria de viver supera todas
as emoções mais sublimes que logramos experimentar!

Ordem e hierarquia

172
COMO É O TRABALHO EM "NOSSO LAR"?

A lei do trabalho é rigorosamente cumprida na colônia, mas todos têm
direito ao descanso após a jornada de trabalho. Nenhuma condição de
destaque é concedida a título de favor. Somente alguns conseguem
atividade prolongada no Min. da Elevação e raríssimos, em cada dez
anos, são os que alcançam os trabalhos do Min. da União Divina. Em
geral, decorrido longo estágio de serviço e aprendizado, todos voltam a
reencarnar, para atividades de aperfeiçoamento.

Descanso – Quem nunca repousa é o Governador. Aos domingos à
tarde, depois de orar, ele coopera no Ministério da Regeneração,
amparando espíritos desorientados e sofredores.

Acreditaria que a morte do corpo nos conduziria a planos de milagres?
Somos compelidos a trabalho áspero, a serviços pesados e não basta
isso. Se temos débito no planeta, por mais alto que ascendamos, é
imprescindível voltar, para retificar, lavando o rosto no suor do mundo,
desatando algemas de ódio e substituindo-as por laços sagrados de
amor. (Lísias, cap. 5)

173
E Clarêncio mostrou as semelhanças entre o programa de trabalho
na Terra e em “Nosso Lar”. “Aqui, o programa não é diferente.
Apenas divergem os detalhes. Nos círculos carnais, a convenção e
a garantia monetária; aqui, o trabalho e as aquisições definitivas do
espírito imortal. Dor, para nós, significa possibilidade de enriquecer
a alma; a luta constitui caminho para a divina realização." (Cap. 6)

O trabalho e a humildade são as duas margens do caminho
do auxílio. Antes de amparar os que amamos, é
indispensável estabelecer correntes de simpatia. Sem a
cooperação é impossível atender com eficiência. Para que
qualquer de nós alcance a alegria de auxiliar os amados, faz-
se necessária a interferência de muitos a quem tenhamos
ajudado, por nossa vez. Os que não cooperam, não recebem
cooperação. Isso é da lei eterna. (Clarêncio, cap. 13)

A esfera espiritual mais elevada requer, sempre, mais
trabalho, maior abnegação. Ninguém ali permanece em
visões beatíficas, a distância dos deveres justos. (Mãe de
André Luiz, cap. 16)

174
MÚSICA E LIVROS NA COLONIA
Música – A música suave está sempre presente nas oficinas e nos
locais de trabalho de "Nosso Lar", porque intensifica o rendimento do
serviço. (Cap. 11, pág. 68)

Livros e música – Iolanda mostrou a André livros... A arte fotográfica
naquele plano surpreendeu-o muito. Um grande aparelho irradiava
música suave. Era o louvor do momento crepuscular. (Cap. 17, pp. 98
e 99)

Músicas suaves eram transmitidas pela TV (Cap. 24, pág. 135)

(Elevação vibratória) Quando (a preleção de Veneranda) terminou,
uma suave música encheu o recinto de cariciosas melodias. (Cap.
37, pp. 200 a 205)

(Materializações) Quando a música chegou ao fim, o globo se
cobriu, interiormente, de substância leitoso-acinzentada,
apresentando, em seguida, a figura simpática de um homem na
idade madura. Era Ricardo. (Cap. 48, pp. 264 a 269)

175
Obras Póstumas – Música Celeste... – AK recebeu do Espírito S. Luiz a
explicação seguinte:
Certo dia, numa reunião familiar, o chefe da família lera uma passagem de O Livro
dos Espíritos concernente à música celeste. Uma de suas filhas, boa musicista, pôs-
se a dizer consigo mesma: Mas não há música no mundo invisível! Parecia-lhe isso
impossível; entretanto, não externou seu pensamento.

Na noite do mesmo dia, escreveu ela espontaneamente a comunicação
seguinte:“Quando lias à tua filha a passagem de O Livro dos Espíritos referente à
música celeste, ela se conservava em dúvida; não compreendia que no mundo
espiritual pudesse haver música. Eis por que depois eu lhe disse que era verdade.
Não tendo a minha afirmativa podido persuadi-la, Deus permitiu que, para
convencer-se, ela caísse em sono sonambúlico. Então, desprendendo-se do corpo
adormecido, seu Espírito se lançou pelo Espaço e foi admitido nas regiões etéreas,
onde ficou em êxtase produzido pela impressão da harmonia celeste.

Por isso foi que exclamou: “Que música! que música!”
Sentindo-se, porém, transportada a regiões cada vez mais elevadas do mundo
espiritual, pediu que a despertassem, indicando o meio de o conseguirem: com
água. “Tudo se faz pela vontade de Deus. O Espírito de tua filha não mais
duvidará. Embora, despertado, não guarde lembrança nítida do que se passou,
seu Espírito sabe agora onde está a verdade.

176
Música Espírita – Obras Postumas - AL – Espírito Rossini

Uma dissertação sobre a música celeste! Quem poderia de tal coisa encarregar-se?
Que Espírito sobre-humano poderia fazer vibrar a matéria em uníssono com essa
arte encantadora?
Que cérebro humano, que Espírito encarnado poderia apanhar-lhe os matizes
infinitamente variados?
Quem possui a esse ponto o sentimento da harmonia?...

Não, o homem não está feito em tais condições!... Mais tarde!... muito mais tarde!...

Por agora, direi, talvez dentro em pouco, satisfazer ao vosso desejo e dar-vos a
minha apreciação sobre o estado atual da música e dizer-vos das transformações,
dos progressos que o Espiritismo poderá fazer que ela experimente.

— Hoje, é ainda muitíssimo cedo. O assunto é vasto, já o estudei, mas ele ainda me
excede. Quando dele me houver assenhoreado, se isso for possível, ou, melhor,
quando eu haja entrevisto tanto quanto o estado de meu espírito me permitir, eu vos
satisfarei. Um pouco mais de tempo. Se somente um músico pode falar da música
do futuro, deve fazê-lo como mestre e Rossini não quer falar dela como um escolar.
Rossini - (Médium: Desliens)

CAPÍTULO 12 - O Umbral

178
A.L. - “aguçava-se-me o desejo
de intensificar a aquisição de
conhecimentos relativos a diversos
problemas que a palavra de Lísias
sugeria. As referências a
espíritos do Umbral mordiam-me a
curiosidade. A ausência de
preparação religiosa, no mundo, dá
motivo a dolorosas perturbações.
Que seria o Umbral? Conhecia, apenas, a idéia do inferno e
do purgatório, através dos sermões ouvidos nas cerimônias
católico-romanas a que assistira, obedecendo a preceitos
protocolares. Desse Umbral, porém, nunca tivera notícias”.
Lísias ouviu-me, atencioso, e replicou: – Ora, ora, pois você
andou detido por lá tanto tempo e não conhece a região?
Recordei os sofrimentos passados, experimentando arrepios
de horror.

179
Lá vivem as almas que não são suficientemente perversas para
serem enviadas a colônias de reparação mais dolorosa, nem
bastante nobres para serem conduzidas a planos mais
elevados. É descrito que o Umbral começa na crosta terrestre,
como zona obscura para os recém-desencarnados. É região em
torno do planeta e de profundo interesse para os encarnados. É
local de grandes perturbações, pelas “legiões compactas de
almas irresolutas e ignorantes”. Lá existem núcleos de
malfeitores, verdugos e vítimas. Acha-se repleto de formas-
pensamento de encarnados, sintonizados com os
desencarnados que lá estão.
O Umbral concentra tudo o que não
tem finalidade para a vida superior e
que a Providência permitiu se criasse
como um departamento em torno do
planeta.

180
O Umbral funciona como região de esgotamento de resíduos
mentais; espécie de zona purgatorial, onde se queima o material
deteriorado das ilusões adquiridas numa existência terrena. Nunca
faltou no Umbral a proteção divina. Cada espírito lá permanece o
tempo que se faça necessário. (Lísias, cap. 12)

...está repleto de desencarnados e de formas-pensamento dos
encarnados, porque todo espírito é um núcleo irradiante de forças
que criam, transformam ou destroem. É pelo pensamento que os
homens encontram no Umbral os companheiros que afinam com
as tendências de cada um, pois toda alma é um ímã poderoso.
(Lísias, cap. 12)

181
As missões mais laboriosas do Ministério do Auxílio são
constituídas por abnegados servidores, no Umbral, porque se a
tarefa dos bombeiros nas grandes cidades terrenas é difícil,
pelas labaredas e ondas de fumo que os defrontam, os
missionários do Umbral encontram fluidos pesadíssimos
emitidos, sem cessar, por milhares de mentes desequilibradas,
na prática do mal, ou terrivelmente flageladas nos sofrimentos
retificadores. É necessário muita coragem e muita renúncia para
ajudar a quem nada compreende do auxílio que se lhe oferece.

Sumamente impressionado, exclamei: – Ah! como desejo
trabalhar junto dessas legiões de infelizes, levando-lhes o pão
espiritual do esclarecimento!

O enfermeiro amigo fixou-me bondosamente e, depois de
meditar em silêncio, por largos instantes, acentuou, ao despedir-
se: – Será que você se sente com o preparo indispensável a
semelhante serviço?

182
•Significado da palavra "umbral": local de entrada para
um interior; limiar - Neste sentido uma região umbralina e
zona de transição de uma dimensão a outra. Existem umbrais
tanto para cima quanto para baixo... E abaixo da Terra, que
denominamos Crosta, temos as Trevas e o Abismo. André
Luiz, no livro "Libertação", forneceu notícias dessa região
considerada subcrostal, porque fica no interior da Terra, onde
ele descreve a cidade dos "gregorianos". Tanto André quanto
Emmanuel admitem, em diversos momentos, a existência de
entidades que se congregam em associações criminosas nas
regiões dos abismos
A rigor, onde começa o Umbral?
• Chico Xavier dizia que começa em nós mesmos... O Umbral
é região espiritual que envolve toda a Terra! É região espiritual
em que voluntariamente nos confinamos!

183
Que tipo de Espírito permanece no Umbral?
Considere as criaturas como itinerantes da vida. Alguns poucos
seguem resolutos, visando ao objetivo essencial da jornada. São os
espíritos nobilíssimos, que descobriram a essência divina em si
mesmos, marchando para o alvo sublime, sem vacilações. A
maioria, no entanto, estaciona. Os primeiros seguem por linhas
retas. Os segundos caminham descrevendo grandes curvas. (...)
Repetindo marchas e refazendo velhos esforços, ficam à mercê de
inúmeras vicissitudes. Assim é que muitos costumam perder-se em
plena floresta da vida... Classificam-se aí os milhões de seres
que perambulam no Umbral. (Lísias, cap. 44)

Quanto tempo em média os Espíritos passam no Umbral?
Cada espírito ali permanece o tempo que se faça necessário ao
esgotamento dos resíduos mentais negativos. (Cap. 12)

184
Como foi o socorro de André quando ele esteve no Umbral?
Clarêncio não tivera dificuldade em localizá-lo atendendo aos
apelos de sua mãe. André é que demorou muito a encontrar
Clarêncio. E o seu próprio caso servia de lição: "Anos a fio rolou,
como pluma, albergando o medo, as tristezas e desilusões; mas,
quando mentalizou firmemente a necessidade de receber o auxílio
divino, dilatou o padrão vibratório da mente e alcançou visão e
socorro". (Cap. 7)
Em Nosso Lar havia comunicação com o Umbral?
Através de caravanas socorristas, os Samaritanos em serviço no
Umbral. As turmas de operações dessa natureza se comunicavam
com as retaguardas de tarefa, em horários convencionados.
Grande multidão de infelizes são socorridos. Num dia os
Samaritanos estavam trazendo 29 enfermos, 22 em desequilíbrio
mental e 7 em completa inanição psíquica. (Cap. 28)

No gabinete do Ministro
Elucidações de Clarêncio
Uma senhora que acompanha AL à
entrevista
CAPÍTULO 13
No Gabinete do
Ministro

186
CAPÍTULO 13
No Gabinete do
Ministro
– A. Luiz apresenta-se a Clarêncio
como voluntário ao serviço. Assiste
ao diálogo do Ministro com uma
voluntária, mãe, desejosa de
proteger dois filhos encarnados.
Tem notícia do bônus-hora (ponto
relativo a cada hora de serviço).
A mulher vinha solicitar recursos para proteger os filhos. Clarêncio
pergunta-lhe quais atividades que desenvolvera. Desfiando desculpas não
se adaptara em serviço algum, tendo-se recolhido aos campos de repouso
incapaz de prestar socorro a alguém. Clarêncio esclarece... Os que não
cooperam não recebem cooperação, não semeara nem mesmo
simpatia. André que presenciara tudo, arrepende-se de ter vindo.
Despertara em novos raciocínios, sentia a presunção em ser médico ali, a
consciência dizia-lhe não pedir serviço especializado, não deveria repetir
erros humanos.

187
Bônus-hora – não é uma moeda, mas ficha de serviço individual, que
funciona como valor aquisitivo. A produção de vestuário e alimentação
elementares pertence a todos em comum. Os que se esforçam na
obtenção de bônus-hora conseguem certas prerrogativas na
comunidade. Cada habitante deve dar, no mínimo, oito horas de serviço
útil em cada 24 horas. Permite-se que o trabalhador dedique por dia
quatro horas extraordinárias. Os serviços sacrificiais, tem remuneração
duplicada. O padrão de pagamento vale para todos, estejam na
administração ou na obediência, mas modifica-se em valor substancial,
segundo a natureza dos serviços. Há o Bônus-Hora-Regeneração, o
Bônus-Hora-Esclarecimento, e assim por diante. Os espíritos podem
gastar, assim como utilizá-los em benefício de outros. (Cap. 22, pp. 120 e
121)
O trabalho e a humildade são as duas margens do caminho do auxílio.
Antes de amparar os que amamos, é indispensável estabelecer correntes
de simpatia. Sem a cooperação é impossível atender com eficiência. Para
que qualquer de nós alcance a alegria de auxiliar os amados, faz-se
necessária a interferência de muitos a quem tenhamos ajudado, por
nossa vez. Os que não cooperam, não recebem cooperação. Isso é da lei
eterna. (Clarêncio, cap. 13)

188
Que é bônus-hora e para que serve ele?
Os bônus-hora não aplicados podem ser transmitidos aos filhos?
O que o mundo espiritual leva em conta na solicitação de trabalho?
Como é o sistema de ajuda (cooperação) em Nosso Lar?
Qual o melhor método para obter bons ofícios a favor dos nossos
parentes?
...nenhum administrador intermediário poderá ser útil aos que ama,
se não souber servir e obedecer nobremente. Fira-se o coração,
experimente-se a dificuldade, mas, que saiba cada qual que o
serviço útil pertence, acima de tudo, ao Doador Universal.
(Clarêncio cap.13)

189
CAPÍTULO 14
Elucidações de
Clarêncio
O fracasso como médico – André Luiz quis trabalhar como médico na
colônia, mas teve de ouvir de Clarêncio duras observações sobre as
facilidades que teve na Terra e seu fracasso na medicina. Sua ação
equivocada na Terra não lhe dava, pois, o direito de pleitear a mesma
função na colônia. (Cap. 14)

A oportunidade de ser aprendiz – Clarêncio recordou-lhe, porém, que
nos quinze anos de clínica ele havia proporcionado receituário gratuito a
mais de seis mil necessitados e que 15 dentre os beneficiados oravam a
seu favor. Tais solicitações, acrescidas da intercessão de sua mãe,
colaboraram para que ele fosse admitido no trabalho, não como médico,
mas como aprendiz. Ao ouvir essas palavras, pela primeira vez André
Luiz chorou de alegria na colônia que o abrigara. (Cap. 14)

190
O título acadêmico de médico na Terra costuma representar porta aberta a
todos os disparates, aqui é simples ficha de ingresso habilitando o homem
a aprender nobremente e a servir...(Clarencio, Cap. 14)
O médico da Terra não pode estacionar em diagnósticos e terminologias.
Há que penetrar a alma, sondar-lhe as profundezas. Muitos médicos, no
planeta, são prisioneiros das salas acadêmicas, porque a vaidade lhes
roubou a chave do cárcere. Raros conseguem atravessar o pântano dos
interesses inferiores. (Clarêncio, cap. 14)
Como transformá-lo, de um momento para outro, em médico de espíritos
enfermos? (Clarêncio, cap. 14)
Na maioria das vezes proporcionou receituário gratuito absolutamente por
troça...mas, mesmo por troça, o verdadeiro bem espalha bênçãos em
nossos caminhos. (Clarêncio, cap. 14)
Os médicos espirituais são detentores de técnica diferente. Ali, a
medicina começava no coração, exteriorizando-se em amor e cuidado
fraternal, e qualquer enfermeiro, dos mais simples, tinha
conhecimentos e possibilidades muito superiores à minha ciência.
(André Luiz, cap. 13)

191
André Luis diz “Os médicos espirituais são detentores de
técnica diferente. Ali, a medicina começava no coração,
exteriorizando-se em amor e cuidado fraternal, e qualquer
enfermeiro, dos mais simples, tinha conhecimentos e
possibilidades muito superiores à minha ciência”. (André Luiz,
cap. 13)

O que é Medicina Espiritual?
A Medicina Espiritual é a medicina praticada pelos espíritos
que, desejosos de ajudar, buscam aliviar a dor do
semelhante. Nela tem-se um entendimento de que a vida
espiritual é a vida verdadeira do Espírito, é a morada do
espírito e que a vida terrena é uma fase temporária que o
espírito se submete para desenvolver as suas
potencialidades.

192
Há muitas pessoas que confundem a M.E. com cirurgias
feitas pelos espíritos que, muitas vezes, estão
incorporados nos médiuns. E tais cirurgias muitas vezes
apenas atuam no campo físico como a medicina terrena, mas
a M.E. tem uma ação mais ampla do que somente atuar no
campo físico. As discrepâncias ocorrem pela falta de
informação, pela crendice, pelo fanatismo, enfim pela
falta de bom senso.

A medicina terrena também pode ser espiritualizada e
ocorre quando médicos encarnados entendem a Medicina
como forma de levar a saúde e o equilíbrio aos corpos, a
fim de que os espíritos que os habitam possam dar
prosseguimento às suas lides reencarnatórias.

193
A PRINCIPAL FINALIDADE DO ESPÍRITISMO É
“CURAR” O ESPÍRITO

A principal finalidade do espiritismo é “curar o espírito”.
O Espiritismo não tem como finalidade principal
urgente a cura das doenças do corpo.

Embora, sem alarde, coopere nesse setor de ordem
humana, o seu objetivo relevante é ensinar, é orientar
o espírito, no sentido de libertar-se de seus recalques
ou instintos inferiores até alcançar a “saúde moral” do
Espírito.
Por conseguinte, não pretende competir
deliberadamente com a medicina do mundo, conforme
pressupõe alguns médiuns e seguidores espíritas.

Se êsse objetivo fôsse o essencial, então, os mentores
que orientaram Allan Kardec na codificação da doutrina
espírita certamente ter-lhe-iam indicado todos os
recursos e métodos técnicos que assegurassem aos
médiuns seguro êxito terapêutico no combate às
doenças que afetam a humanidade.

194
CAPÍTULO 15 - A visita materna
circunstâncias, lembrava meus erros antigos e sentia-me
confortado. Passei dias entregue a profundas reflexões sobre a
vida. No íntimo, grande ansiedade de rever o lar terreno.
Abstinha-me, porém, de pedir novas concessões. Os benfeitores
eram generosos, adivinhavam-me os pensamentos. Lísias fazia o
possível por alegrar-me com os seus pareceres consoladores. Eu
estava, em fase de recolhimento inexprimível, em que o
homem é chamado para dentro de si mesmo, pela
consciência profunda. Os fluidos carnais compelem a alma a
profundas sonolências.
Atento às recomendações de
Clarêncio, procurava reconstituir
energias para recomeçar o
aprendizado. Noutro tempo, talvez
me sentisse ofendido com as
observações; mas, naquelas

195
Depois de conversarem bastante, ela, ajeitando sua fronte em
seus joelhos, afagou-o de leve, confortando-o à luz de santas
recordações. A presença maternal constituía para André infinito
reconforto para o coração. Vendo, porém, que ele manifestava
vontade de queixar-se de seus sofrimentos, ela não deixou e
pediu-lhe que mudasse a atitude mental. Suas palavras o
despertaram... Parecia que fluidos vigorosos, partidos do
sentimento materno, vitalizavam-lhe o coração.
O encontro com a mãe –
Olhos arregalados de alegria,
André viu enfim sua mãe
entrar em seu quarto, de
braços estendidos. Abraços,
beijos, os mais sagrados
transportes de ventura
espiritual, misturados a
lágrimas de mãe e filho,
envolveram a ambos.

196
Qual menino, fixava-lhe as vestes, cópia perfeita de um dos seus
velhos trajos caseiros. Notando-lhe o vestido escuro, as meias de
lã, a mantilha azul, contemplei a cabeça pequenina, aureolada a
fios de neve, as rugas do rosto, o olhar doce e calmo de todos os
dias.

Identificando-lhe a ternura, senti que se me reavivavam as chagas
terrenas, ao carinho maternal se reabriam velhas feridas. Do
pranto de alegria passei às lágrimas de angústia, relembrando os
trâmites terrestres.

Não conseguia atinar que a visita não era para satisfação dos
meus caprichos. Copiando antigas exigências, concluí
erroneamente que minha genitora deveria continuar como
repositório de minhas queixas e males sem-fim.

Quantas vezes ouvira conselhos salutares de Clarêncio,
observações fraternais de Lísias, para renunciar às lamentações!
Na mesma falsa concepção de outros tempos, descambei para o
terreno das confidências dolorosas.

197
(Mãe)....Sintamo-nos agora numa escola diferente, onde
aprendemos a ser filhos do Senhor.

Na posição de mãe terrestre, nem sempre consegui orientar-te
como convinha. Também eu trabalho, pois, reajustando o
coração. Tuas lágrimas fazem-me voltar à paisagem dos
sentimentos humanos. Alguma coisa tenta operar o retrocesso
de minhalma. Quero dar razão aos teus lamentos, erigir-te um
trono, qual se foras a melhor criatura do Universo; mas essa
atitude, presentemente, não se coaduna com as novas lições
da vida.

A atitude de queixa e de lamentação não se coaduna com as
novas lições da vida. Esses gestos são perdoáveis nas
esferas da carne; aqui, porém, filho, é indispensável atender,
antes de tudo, ao Senhor.

198
Nossa dor não nos edifica pelos prantos que vertemos, ou pelas
feridas que sangram em nós, mas pela porta de luz que nos
oferece ao espírito, a fim de sermos mais compreensivos e mais
humanos. Não és o único homem desencarnado a reparar os
próprios erros, nem sou a única mãe a sentir-se distante
dos entes amados.

Regozijemo-nos, filho, e trabalhemos incessantemente.
Modifica a atitude mental. Conforta-me tua confiança em meu
carinho, experimento sublime felicidade em tua ternura filial,
mas não posso retroceder nas minhas experiências. Amemo-
nos, agora, com o grande e sagrado amor divino.

Aquelas palavras benditas me despertaram. Guardava a
impressão de fluidos vigorosos que partiam do sentimento
materno vitalizando-me o coração. Minha mãe me contemplava
desvanecida, mostrando belo sorriso.
Ergui-me, respeitoso, e beijei-a na fronte, sentindo-a mais
amorosa e mais bela que nunca.

199
“Eu estava, em fase de recolhimento inexprimível, em que o
homem é chamado para dentro de si mesmo, pela consciência
profunda. Os fluidos carnais compelem a alma a profundas
sonolências.”

André nos informa dos estados de consciência em que se
encontra a humanidade, onde a maioria vive no sono dos
milênios e não acordaram para a verdadeira realidade.

Esta é uma das verdades mais fundamentais – e no entanto mais
difíceis de compreender – é a de que as pessoas vivem todas em
diferentes níveis de consciência.

200
Dissociação entre a personalidade e a consciência profunda

Os estudiosos do comportamento humano constataram que
houve uma dissociação entre a personalidade e o Psi, a
consciência profunda, indivíduo.

A personalidade (o estado em que se está) forja-se nas
experiências-existenciais, (sendo resultado do meio bio-sócio-
economico-cultural) e muda conforme esse meio onde encarna a
alma. A Individualidade é a característica do Ser Profundo,
preexistente e continua a viver, é o somatório das experiências
existenciais adquiridas pela alma nas suas diversas
personalidades. O Ego é o predomínio da personalidade sobre a
Individualidade, a Consciência Profunda, o Self, o Espírito.

Somos conscientes ou estamos conscientes, qual o nosso
nível?

CONSCIENTE
SUBCONSCIENTE
Quem sou eu?

MAS ENTÃO QUE É
CONSCIÊNCIA ?

Ari Raynsford
NÍVEIS DE
CONSCIÊNCIA
EVOLUÇÃO =
EXPANSÃO DA
CONSCIÊNCIA

Herculano Pires fala que
“isto” é um estado de
coisificação da
consciência. Vemo-nos
como coisas.

CONSCIÊNCIA FÍSICA; DAS
SENSAÇÕES; DAS EMOÇÕES
e INTELECTIVA
"No estado de consciência usual, o indivíduo se
experimenta existindo dentro dos limites de seu
corpo físico, e sua percepção do meio ambiente é
restringida pela extensão, fisicamente determinada,
de seus órgãos de percepção externa; tanto a
percepção interna quanto a percepção do meio
ambiente estão confinadas dentro destes limites”
Stanislav Grof Psicólogo Transpessoal

AQUISIÇÃO DE CONSCIÊNCIA
É resultado de um processo
incessante; o psiquismo se
agiganta desde o sono, na
força aglutinadora das
moléculas, no mineral; à
sensibilidade, no vegetal;
ao instinto, no animal; e à
inteligência, à razão, no
homem.
JOANA DE ÂNGELIS

1) Estado de consciência coletiva:
a consciência é embrionária e se manifesta através dos vários
reinos da natureza pela qual passa o Principio Inteligente; é
amorfa, instintiva, sensorial; vive pelos impulsos, mecânica.
2) sono sem sonhos (estado de sono profundo);
3) sono com sonhos: (estado sonambúlico, mágico,
mitológico, fantasias, o sujeiro fantasia a vida);
4) consciência de vigília: surge com a razão analítica e
predominância do ego; aos poucos interroga-se quem se é,
porque aqui está e para onde vai.
5) consciência Objetiva: Desperta; Lúcida, Intuitiva,
Transcendental. Sabe que é espírito e vive a espiritualidade.
OS CINCO ESTADOS DE CONSCIÊNCIA

“Consciência é um pensamento íntimo, que pertence ao
homem, como todos os outros pensamentos.” Allan Kardec.

Joanna de Angelis: “É o encontro com outras dimensões
da vida e possibilidades extra-físicas de realizações”.

“Relação dos conteúdos psíquicos com o ego, na
medida em que é percebida pelo ego.” C.G.Jung.

“Conhecimento interior, independente de sua atividade mental.
É antes de tudo tomada de conhecimento de si, o
conhecimento de quem ele é, de onde está, do que
sabe e do que não sabe, e assim por diante.”Ouspensky.

“É um estado no qual o homem se torna objetivo em
relação a si mesmo. Objetiva contato com o mundo
real, objetivo, do qual está separado pelos sentidos,
sonhos, e pelos estado de sono desperto de
consciência.”Ouspensky.

...a alma uma emanação,
uma partícula do Absoluto.
Suas vidas tem por objetivo
a manifestação cada vez
mais grandiosa do que nela
há de divino...
Léon Denis

O percebermo-nos no tempo e no espaço...
Sabermos o que somos...
Todas essas sensações vão aumentando
e apurando pela própria evolução...
Sem limites...
É também o sentimento que temos de
viver, agir, pensar, querer...
Múltipla e ao mesmo tempo uma só...
A Consciência
As Potências da Alma

A faculdade de perceber o mundo invisível...
De maneira mais elevada...
Sente as verdades morais...
Suas causas... suas leis...
A Consciência
As Potências da Alma
Manifestará a vida
infinita...
O sentimento...
O juízo...

212

213
Aquelas palavras benditas me despertaram. Guardava a impressão de
fluidos vigorosos que partiam do sentimento materno, vitalizando-me o
coração.

Consolou-me a palavra maternal, reorganizando-me as energias
interiores. Minha mãe comentava o serviço como se fora uma bênção
às dores e dificuldades, levando-as a crédito de alegrias e lições
sublimes. Inesperado e inexprimível contentamento banhava-me o
espírito. Aqueles conceitos alimentavam-me de estranho modo.
Sentia-me outro, mais alegre, animado e feliz.
CAPÍTULO 16 Confidências

214
– Oh! minha mãe! - exclamei comovido - deve ser maravilhosa a
esfera da sua habitação! Que sublimes contemplações espirituais, que
ventura!

“A esfera espiritual mais elevada requer, sempre, mais trabalho, maior
abnegação. Ninguém ali permanece em visões beatíficas, a distância
dos deveres justos.


– E meu pai? - perguntei - onde está? Por que não veio com a
senhora?
Minha mãe estampou singular expressão no rosto e respondeu:
– Ah! teu pai! teu pai!... Há doze anos que está numa zona de
trevas compactas, no Umbral. Na Terra, sempre nos parecera fiel
às tradições da família, arraigado ao cavalheirismo do alto comércio,
a cujos quadros pertenceu até ao fim da existência, e ao fervor
do culto externo, em matéria religiosa; mas, no fundo, era fraco e
mantinha ligações clandestinas, fora do nosso lar.

215
-Durante algum tempo os princípios da família e do amor
ocuparam a mente de Laerte, mas caiu afinal enredado pela
sombra por falta de perseverança no bom e reto pensamento.

-Muitas entidades, ao desencarnar, permanecem agarradas ao lar
terrestre, a pretexto de amarem os que ficaram. Todavia, o
verdadeiro amor, para transbordar em benefícios, precisa
trabalhar sempre.

-Duas delas estavam mentalmente ligadas a vasta rede de
entidades maléficas, e, tão logo desencarnou o meu pobre Laerte,
a passagem no Umbral lhe foi muito amarga, porque as
desventuradas criaturas, a quem fizera muitas promessas,
aguardavam-no ansiosas, prendendo-o de novo nas teias da
ilusão.

-A princípio, ele quis reagir, esforçando-se por encontrar-me, mas
não pôde compreender que após a morte do corpo físico a alma
se encontra tal qual vive intrinsecamente.

216
Laerte não conseguia vê-la quando o visitava. Tendo gasto muitos
anos a fingir, viciara de tal modo a visão espiritual e restringira o
padrão vibratório, que agora se achava só em companhia das relações
que cultivara irrefletidamente, pela mente e pelo coração.
As irmãs Clara e Priscila também viviam no Umbral, agarradas à
crosta da Terra. Apenas Luísa, que desencarnou quando voce era
pequeno, me auxiliava no amparo à família, foi meu braço forte nos
trabalhos ásperos de amparo à família terrena. Contudo, tão grande é
a perturbação dos nossos familiares, ainda na Terra, que voltou a
semana passada, a fim de reencarnar entre eles, num gesto heróico
de sublime renúncia.
ABNEGAÇÃO DE MÃE
A família – Os princípios da família e
o amor ao nosso nome ocuparam
algum tempo o seu espírito. De algum
modo, lutou, repelindo as tentações;
mas caiu afinal, novamente enredado
na sombra, por falta de perseverança
no bom e reto pensamento.

217
Assombravam-me as informações referentes a meu pai. Enlevado com
a dedicação maternal, perguntei: – A senhora, entretanto, auxilia o
papai, não obstante a ligação dele com essas mulheres infames?

– Não as classifiques assim; - ponderou minha mãe - dize, antes,
meu filho, nossas irmãs doentes, ignorantes ou infelizes. São filhas de
nosso Pai, igualmente. Não tenho feito intercessões apenas por
Laerte, mas por elas também, e estou convencida de haver encontrado
recursos para atraí-los todos ao meu coração.

Espantou-me a grande manifestação de renúncia. Pensei subitamente
em minha família direta. – A senhora, que tem acompanhado o papai
devotadamente, nada poderá informar relativamente a Zélia e às
crianças? Aguardo, ansioso, o instante de voltar a casa, a fim de
auxiliá-los.

– Tenho visitado meus netos periodicamente. Vão bem. – Não deves,
porém, inquietar-te com o problema de auxílio à família. Prepara-te,
em primeiro lugar, para que sejamos bem sucedidos; há questões que
precisamos entregar ao Senhor, em pensamento, antes de trabalhar
na solução que elas requerem.

218

219
– E meu pai? - perguntei - onde está?
Há doze anos que está numa zona de trevas compactas, no Umbral.
– Não há, porém, meios de subtraí-lo a tais abjeções?
– Ah! meu filho, eu o visito freqüentemente. Ele, porém, não me percebe. Seu
potencial vibratório é ainda muito baixo. Tento atraí-lo, pela inspiração, mas
apenas consigo algumas lágrimas de arrependimento, de quando em
quando, sem resoluções sérias. As infelizes, das quais se tornou
prisioneiro, retiram-no às minhas sugestões. Precisamos da adesão mental
de Laerte, para conseguir levantá-lo e abrir-lhe a visão espiritual. Não é possível
acender luz em candeia sem óleo e sem pavio...

– A senhora auxilia o papai, não obstante a ligação dele com essas
mulheres infames?
– Não as classifiques assim; dize, antes, meu filho, nossas irmãs doentes,
ignorantes ou infelizes. São filhas de nosso Pai, igualmente. Não tenho feito
intercessões apenas por Laerte, mas por elas também, e estou convencida
de haver encontrado recursos para atraí-los todos ao meu coração.
– Talvez não saibas ainda que tuas irmãs Clara e Priscila vivem hoje
igualmente no Umbral, agarradas à crosta da Terra. Sou compelida a atender
às necessidades de todos.

220
Influência espiritual
Influem os Espíritos em nossos
pensamentos e em nossos atos?
Muito mais do que imaginais.
Influem a tal ponto, que, de
ordinário, são eles que vos dirigem.
LE - Questão 459

221
Influência espiritual
 Influenciamos e somos influenciados
pelos familiares, amigos, professores,
colegas ...
 Analogamente todos nós sofremos a
influência dos seres do outro plano da
vida (Espíritos).
Os Espíritos estão em toda parte. A
capacidade de pensar e sentir não
perdemos com a morte.

222
Como ocorre a
influência espiritual ?

223
ESPÍRITO
CORPO FÍSICO
PERISPÍRITO
PERISPÍRITO
Fonte: L.E. Q 135
O complexo humano
Interagimos com
os Espíritos

224
Os pensamentos e os sentimentos
se exprimem por vibrações, que se
propagam pelo espaço com
intensidades diferentes, assim como
os sons e a luz se propagam pelo ar.
Devendo atingir, pelas leis de
sintonia e afinidades, outras mentes
(de encarnados e desencarnados) que
comungam dos mesmos ideais.
Transmissão do pensamento

225
Sempre que
pensamos em
alguém,
“sintonizamos”
com essa pessoa,
emitimos
automaticamente
para elas uma
parte de nossas
energias.
Emanações
Energéticas
características de
cada pessoa
Transferência
Energética
Transmissão do pensamento

226
Emanações
Energéticas
características de
cada pessoa
Transferência
Energética
A outra pessoa
absorverá ou não
nossas energias,
vibrações e
pensamentos, de
acordo com a sua
sensibilidade,
afinidade e sintonia
que tenha conosco.
Transmissão do pensamento

227

228
Produzindo FLUIDO MENTAL DELETERIO
que por intermédio do CENTRO CORONÁRIO
e do“ CENTRO CEREBRAL
"transmite impulsos e avisos, ordens e sugestões
mentais aos órgãos e tecidos, CÉLULAS e implementos
do" CORPO FÍSICO e do CORPO ESPIRITUAL
O obsessor Atua sobre a mente do hospedeiro
Utlizando-se do PENSAMENTO que a vitima passa a
acolher como seu próprio fosse

229

230
O pensamento age e reage, carreando para o emissor
todas as fecundações felizes ou infelizes que arremessa
de si próprio, a determinar para cada criatura os estados
psíquicos que variam segundo os tipos de emoção e
conduta a que se afeiçoe.
Enquanto não se aprimore, o espírito padecerá, a resultante
dos próprios erros. Esses desajustes, não se limitam
apenas ao físico, mas, muito especialmente, ao corpo
espiritual, ocasionando perturbação e fenômenos psico-
sensoriais que produzem alucinações e doenças da mente.

231

232
Na retaguarda dos desequilíbrios mentais, tanto
quanto por trás de enfermidades psíquicas de
variadas expressão, permanecem as
perturbações da individualidade transviada do
caminho das Leis Divinas.
Enquanto se mantém no instrumento físico, consegue
ocultar os resultados das paixões e viciações a que se
dedica; até que, pela influência da morte, não mais suporta o
regime de fantasia, obrigando-se a sofrer, em si própria, as
conseqüências dos excessos com que se desrespeitou..

233
Torturada por suas próprias vibrações
a reagirem sobre o corpo espiritual,
cai a mente nas desarmonias e
fixações.
E porque o períspirito é extremamente
influenciável, ambienta nas próprias
forças os desequilíbrios, consolidando-
se-lhe, as inibições que, em futura
existência, dominar-lhe-ão, sob a
forma de fatores mórbidos, e
disfunções do cérebro físico.

234

235
As oscilações mentais de terrível caráter,
condensam as recordações malignas que os
delinquentes albergam no seio, daí a
existência das zonas purgatoriais;


regiões das temporárias criações do
remorso, arrependimento e amargura,
desespero e rebelião; em que se agrupam
multidões, segundo a espécie de delito que
cometeram.

236
Espíritos culpados, que se afinam, se comunicam,
gerando quadros vivos de extremos horror, recebendo
de retorno, os estranhos padecimentos que criaram no
ânimo alheio.
Embora comandados por Inteligências pervertidas,
esses antros jazem fiscalizados por Espíritos sábios e
benfazejos que observam a transformação das
consciências, a fim de conduzi-las a providências
compatíveis com a melhoria já alcançada.

237

238
"Elevada percentagem de encarnados, traz, em si
mesmo, raízes e brechas
de comunhão com o pretérito de sombra, através dos
quais, sofrem
processos de obsessão oculta - a se reavivarem,
constantes, nos diversos períodos que correspondem
à formação dos débitos cármicos que buscam
equacionar no corpo terrestre."
André Luiz, MM-XXIV, Doutrina Espírita.

239
Dos abismos expiatórios, voltam à reencarnação
quantos se mostrem inclinados à recuperação.
Retornam comumente entre aqueles que os induziram à
queda, quando não se vêem objeto por parte de corações
que por ele renunciam às Esferas Superiores
Contudo, renascem no corpo carnal espiritualmente
ligados às linhas inferiores de que são advindos,
assimilando-lhes, facilmente, o influxo.

240
Reaparecem, via de regra, quando não retardados mentais,
perfeitamente classificáveis entre os psicopatas amorais,
indiferentes a qualquer noção da dignidade continuamente
dispostos a mergulhar na criminalidade e no vício.
Espíritos relativamente corrigidos nas escolas da
Espiritualidade desenvolvem-se, no ambiente humano,
enquadráveis entre os psicopatas, ou como
representantes de várias doenças e delírios psíquicos,
inclusive aberrações sexuais diversas

241

242
Tais enfermos da alma, submetidos, sem
resultado satisfatório, ao tratamento médico,
quando recomendados ao auxílio espírita,
poderão ser tidos como médiuns?
Sem dúvida, são médiuns doentes,
afinizados com as vibrações de sentimento
desequilibrado de onde ressurgiram para novo
aprendizado entre os homens.

243
Trazem consigo seqüelas ocultas;
exteriorizam ondas mentais viciadas que lhes
alentam as disfunções dos implementos
físicos, ondas essas pelas quais recolhem os
pensamentos das entidades inferiores a lhes
constituírem a cobertura da retaguarda.
Por certo tempo, são
intérpretes de forças
degradadas, às quais é preciso
opor intervenção moral
necessária.

244
Quando isso ocorre na mediunidade, que poderia estar a
serviço do bem e da caridade, com discrição sem
alardes, as suas vítimas dissimulam humildade, vivendo
na fascinação; um capítulo doloroso das distonias
espirituais, por conduzir a vítima a posturas caricatas,
ridículas e doentias, atacando os demais por
consideram-se únicas portadoras das verdades.

245
Os seus falsos guias são prolixos (que se alonga em
explicações supérfluas); utilizam linguagem vulgar que a
reflexão lógica, o bom tom e o raciocínio logo desfazem;
agridem e ironizam a todos aqueles que não
compartilham com suas idéias; insistem em continuar
com a farsa missionária, manipulando o médium.

246
Reconhece-se a obsessão na mediunidade pelas seguintes
características:

1) Insistência de um Espírito em comunicar-se queria ou não o médium,
pela escrita, pela audição, pela tiptologia etc., opondo-se a que outros
Espíritos o façam.
2) Ilusão que, não obstante a inteligência do médium, o impede de
reconhecer a falsidade e o ridículo das comunicações recebidas.
3) Crença na infalibilidade e na identidade absoluta dos Espíritos que se
comunicam e que, sob nomes respeitáveis e venerados, dizem
falsidades ou absurdos.
4) Aceitação pelo médium dos elogios que lhe fazem os Espíritos que se
comunicam por seu intermédio.
5) Disposição para se afastar das pessoas que podem esclarecê-lo.
6) Levar a mal a crítica das comunicações que recebe.
7) Necessidade incessante e inoportuna de escrever.
8) Qualquer forma de constrangimento físico, dominando-lhe à vontade
e forçando-o a agir ou falar sem querer.
9) Ruídos e transtornos em redor do médium, causados por ele ou
tendo-o por alvo.

247
O Livro dos Espíritos
(Questões 114 a 119) - Progressão Dos Espíritos
114
Os espíritos não são nem bons nem maus, melhoram por si
mesmos passando de uma ordem inferior a outra superior.
115
Todos os espíritos são criados simples e ignorantes com a tarefa de
atingir a perfeição, as provas aceleram o progresso.
116
Nenhum espírito se conservará eternamente inferior, variando apenas o
tempo em que isso ocorre.
117
Os espíritos progridem mais ou menos rápido, dependendo da sua
vontade e da submissão a Deus.
118 Os espíritos podem permanecer estacionários, mas não retrogradam.
119
Não haveria mérito se os espíritos fossem criados perfeitos. A
desigualdade é necessária às suas personalidades.

248
O Livro dos Espíritos
(Questões 120 a 122) - Progressão Dos Espíritos
120
Nem todos os espíritos passam pela fieira do mal, mas pela da
ignorância sim.
121
Os espíritos seguem o caminho do mal ou o do bem, por serem livres
para escolher entre um e outro.
122
O livre-arbítrio se desenvolve à medida que o espírito adquire
consciência de si mesmo, nada o dirige senão sua vontade.
A
As más influências são promovidas por espíritos imperfeitos, dai o
símbolo de Satanás.
B
As influências são exercidas ao longo da sua vida de espírito, e só
cessam quando ele adquire domínio de si mesmo.

249
O Livro dos Espíritos
(Questões 123 a 127 + 230) - Progressão Dos Espíritos
123
“A sabedoria de Deus está na liberdade de escolher que ele deixa a
cada um, cada um tem o mérito de suas obras.”
124
Há espíritos que seguem o caminho do bem desde o princípio, e vice-
versa, mas os casos intermediários são a maioria.
125
Mesmo espíritos que seguiram o mal chegarão ao grau de superior, mas
“as eternidades lhes serão mais longas”.
126
“Deus olha de igual maneira para os que se transviaram e para os
outros e a todos ama com o mesmo coração”.
127
Os espíritos são criados iguais quanto às faculdades intelectuais, com o
livre-arbítrio progride a inteligência e a moral.
230
Na erraticidade o espírito pode melhorar-se muito, mas é na vida
corporal que ele pratica as idéias que adquiriu.

250

251

CAPÍTULO 17 - Em casa de Lísias

253
-Terminado o tratamento hospitalar, André apresenta-se a Clarêncio e
é admitido como aprendiz em "Nosso Lar“. Recebeu um documento
que lhe permitia ingressar nos Ministérios da Regeneração, do
Auxílio, da Comunicação e do Esclarecimento.
-Clarêncio: Guarde este documento - entregando-me pequena
caderneta -, com ele, poderá ingressar nos Ministérios da
Regeneração, do Auxílio, da Comunicação e do Esclarecimento,
durante um ano. Decorrido esse tempo, veremos o que será possível
fazer relativamente aos seus desejos. Instrua-se. Não perca tempo.
Aproveite o tempo observando e aprendendo. O interstício das
experiências carnais deve ser bem aproveitado.



CAPÍTULO 17 - Em casa
de Lísias

254
Com alegria recebeu o convite de Lísias para morar em sua
casa. Lá, André conhece as duas irmãs dele e a mãe, a senhora
Laura, pessoa generosa e esclarecida, e que muito o auxiliaria
na compreensão dos enigmas com os quais viria a se
confrontar. Encontra um ambiente simples e acolhedor. Vê
móveis quase idênticos aos terrestres; objetos em geral,
demonstrando pequeninas variantes. Quadros de sublime
significação espiritual; dependências da casa; demorando-se
na Sala de Banho, cujas instalações interessantes o
maravilharam.

255
- A casa de Laura –
Era bem graciosa e
cercada de colorido
jardim. Ambiente
simples e acolhedor,
possuía móveis
quase idênticos aos
terrestres, quadros
de sublime
significação espiritual
- e um piano de grandes proporções, sobre o qual
repousava grande harpa talhada em linhas nobres e
delicadas. Laura vivera em antiga cidade do Estado do Rio
de Janeiro e na casa moravam, além de Lísias, duas filhas,
Iolanda e Judite, e uma neta, Eloísa.

256
Livros – Iolanda mostrou a André livros maravilhosos. A arte
fotográfica naquele plano surpreendeu-o muito. Notando o
interesse de AL, a dona da casa o advertiu: - Temos em
"Nosso Lar", no que concerne à literatura, uma enorme
vantagem; é que os escritores de má-fé, os que estimam o
veneno psicológico, são conduzidos imediatamente para as
zonas obscuras do Umbral. Por aqui não se equilibram, nem
mesmo no Ministério da Regeneração, enquanto perseveram
em semelhante estado dalma. (Laura)

257
Móveis - um piano de notáveis proporções, descansando sobre ele
grande harpa talhada em linhas nobres e delicadas. Identificando-me
a curiosidade, Lísias falou, prazenteiro: - Como vê, depois do
sepulcro não encontrou ainda os anjos harpistas; mas aí temos uma
harpa esperando por nós mesmos. ...precisamos criar audição
espiritual, para ouvi-los, esforçando-nos, por nossa vez, no
aprendizado das coisas divinas. (André, cap.17)

Música e Oração - a senhora Laura convidou à oração. Sentamo-
nos, silenciosos, em torno de grande mesa. Um grande aparelho
irradiava música suave. Era o louvor do momento crepuscular. No
fundo surgiu o mesmo quadro da Governadoria, que não se cansava
de contemplar todas as tardes, no parque hospitalar. E vendo o
coração azul desenhado ao longe, senti que minhalma se ajoelhava
no templo interior, em sublimes transportes de júbilo e
reconhecimento (André, Cap. 17)

258
Instrua-se. Não perca tempo. O
interstício das experiências carnais
deve ser bem aproveitado.
(Clarêncio)
A senhora Laura convidou à oração.
Sentamo-nos, silenciosos. Um
aparelho irradiava música suave. Era
o louvor do momento crepuscular. No
fundo surgiu o mesmo quadro da
Governadoria, que não se cansava
de contemplar todas as tardes, no
parque hospitalar. E vendo o coração
azul desenhado ao longe, senti que
minhalma se ajoelhava no templo
interior, em sublimes transportes de
júbilo e reconhecimento
FRASES E APONTAMENTOS IMPORTANTES

Conceitos


“A prece é o orvalho divino que aplaca o calor excessivo das paixões.
Filha primogênita da fé, ela nos encaminha para senda que conduz a
Deus”.
Não existe qualquer fórmula para orar.

"O Espiritismo reconhece como boas as preces de todos os cultos,
quando ditas de coração e não de lábios somente.
A qualidade principal da prece é ser clara, simples e concisa ".

A prece pode ter por objeto um pedido, um agradecimento, ou
uma glorificação.

As preces feitas a Deus escutam-nas os Espíritos
incumbidos da execução de suas vontades.
Objetivos da Prece
Pedir Louvar Agradecer

”Pela prece, obtém o homem o
concurso dos bons Espíritos que
acorrem a sustentá-lo em suas
boas resoluções e a inspirar-lhe
idéias sãs.


Ele adquire, desse modo, a força moral necessária a vencer
as dificuldades e a volver ao caminho reto, se deste se
afastou. Por esse meio, pode também desviar de si os males
que atrairia pelas suas próprias faltas.”

Desta máxima: “concedido vos será o que quer que
pedirdes pela prece”, fora ilógico deduzir que basta pedir
para obter e fora injusto acusar a Providência se não
atende a toda súplica que se lhe faça, uma vez que ela
sabe, melhor do que nós, o que é para o nosso bem. É
como procede um pai criterioso que recusa ao filho o que
seja contrário aos seus interesses.”
Quando Jesus nos disse: “tudo
o que pedirdes com fé, em
oração, vós o recebereis”
[Mateus-21:22] revelou-nos que
o ato de orar é algo muito
profundo do que se pode
observar à primeira vista.

Eficácia da Prece
- Devemos cultivar o hábito de
orar, porque a prece,
inegavelmente, tem sua eficácia.
-"O santuário doméstico que encontre criaturas amantes
da oração e dos sentimentos elevados, converte-se em
campo sublime das mais belas florações e colheitas
espirituais "
-“A prece não é movimento mecânico de lábios, nem disco
de fácil repetição no aparelho da mente. É vibração,
energia, poder. A criatura que ora, mobilizando as próprias
forças, realiza trabalhos de inexprimível significação.
Semelhante estado psíquico descortina forças ignoradas,
revela a nossa origem divina e coloca-nos em contato com
as fontes superiores”

- Compreende-se também que,
além da importância do cultivo da
oração, devemos aprender a orar e
a entender as respostas do Alto às
nossas súplicas.
-“Em verdade, todos nós podemos endereçar a Deus, em
qualquer parte e em qualquer tempo, as mais variadas
preces; no entanto, nós todos precisamos cultivar paciência
e humildade, para esperar e compreender as respostas de
Deus.”
-“Confiemos em Deus e supliquemos o
amparo de Deus, mas, se quisermos
receber a Benção Divina, procuremos
esvaziar o coração de tudo aquilo que
discorde das nossas petições, a fim de
oferecer à Benção Divina clima de
aceitação, base e lugar.”

CARACTERÍSTICAS DA PRECE
É clara, simples, espontânea e breve;
Está acompanhada de sentimento de
humildade e sinceridade;
Dispensa aparatos exteriores;
Independe do local, hora, atitude física
e gestos.

267

FRASES E APONTAMENTOS IMPORTANTES

Os escritores de má-fé, os que estimam o veneno
psicológico, são conduzidos imediatamente para as zonas
obscuras do Umbral, e por aqui não se equilibram, nem
mesmo no Ministério da Regeneração, enquanto
perseverem em semelhante estado d'alma. (Laura, cap. 17)

268
Complemento da lição sobre escritores de má fé;
Emmanuel – Caminho, Verdade e Vida : CONVERSAR
“Não saia da vossa boca
nenhuma palavra torpe, mas só
a que for boa para promover a
edificação, para que dê graças
aos que a ouvem.” — Paulo.
(EFÉSIOS, cap. 4, vers. 29)
O gosto de conversar retamente e as palestras edificantes
caracterizam as relações de legítimo amor fraternal. As almas
que se compreendem, nesse ou naquele setor da atividade
comum, estimam as conversações afetuosas e sábias, como
escrínios vivos de Deus, que permutam, entre si, os valores
mais preciosos.

269
A palavra precede todos os movimentos nobres da vida. Tece os
ideais do amor, estimula a parte divina, desdobra a civilização,
organiza famílias e povos. Jesus legou o Evangelho ao mundo,
conversando. E quantos atingem mais elevado plano de
manifestação, prezam a palestra amorosa e esclarecedora. Pela
perda do gosto de conversar com alguém, pode o homem avaliar se
está caindo ou se o amigo estaciona em desvios inesperados.

Todavia, além dos que se conservam em posição de superioridade,
existem aqueles que desfiguram o dom sagrado do verbo,
compelindo-o às maiores torpezas. São os amantes do ridículo, da
zombaria, dos falsos costumes.

A palavra, porém, é dádiva tão santa que, ainda aí, revela aos
ouvintes corretos a qualidade do espírito que a insulta e desfigura,
colocando-o, imediatamente, no baixo lugar que lhe compete nos
quadros da vida. Conversar é possibilidade sublime. Não relaxes,
pois, essa concessão do Altíssimo, porque pela tua conversação
serás conhecido.

CAPÍTULO 18 - Amor, alimento das almas
JANTANDO EM NOSSO LAR
Ministério da Regeneração
Ministério do Auxílio
verduras e cereais
frutas e sucos

Ministério da
Comunicação
Ministério do Esclarecimento
frutas e sucos

Ministério da Elevação
sucos e concentrados

Ministério da União Divina
água e ar

271
Ministério da Regeneração
Ministério do Auxílio
verduras e cereais
frutas e sucos


Ministério da Elevação
sucos e concentrados
Ministério da União Divina
água e ar

272
CAPÍTULO 18 Amor, alimento
das almas
Novas lições sobre alimentação
no “Nosso Lar”. Após a oração
Laura serviu um caldo
reconfortante e frutas
perfumadas, que mais pareciam
concentrados de fluidos
deliciosos.
Explicou-se então que em Nosso Lar todos valiam-se da
alimentação, diferindo apenas a feição substancial.
Na Comunicação e no Esclarecimento havia enorme dispêndio
de frutos.
Na Elevação, o consumo de sucos e concentrados não era
pequeno. E na União Divina, os fenômenos de alimentação
atingiam o inimaginável.

273
Hora da refeição
A permuta magnética é o fator
que estabelece ritmo
necessário à harmonia.
Para que se alimente a
felicidade, basta a presença e,
às vezes, apenas a
compreensão.
O homem encarnado saberá, mais tarde, que a conversação
amiga, o gesto afetuoso, a bondade recíproca, a confiança
mútua, a luz da compreensão, o interesse fraternal constituem
sólidos alimentos para a vida em si. (Laura)
.

274
André Luiz- EDM – Alimentação dos desencarnados: ...na
desencarnação, se o psicossoma está arraigado às sensações
terrestres, sobrevém a necessidade inquietante de prosseguir
atrelado ao mundo biológico e, quando não a supera são
conduzidos aos centros de reeducação, onde encontram
alimentação semelhante à da Terra, porém fluídica, até que se
adaptem aos sistemas de sustentação da Esfera Superior,
onde a tomada de substância é tanto menor e tanto mais leve
quanto maior o enobrecimento da alma, porquanto, o corpo
espiritual nutre-se de produtos sutilizados ou sínteses
quimioeletromagnéticas, hauridas da Natureza e no intercâmbio
de raios vitalizantes e reconstituintes do amor com que os seres
se sustentam entre si.
Por intermédio das projeções magnéticas trocadas entre aqueles
que se amam, é que se origina a ideal euforia orgânica e mental
da personalidade. Daí porque toda criatura tem necessidade de
amar e receber amor para que se lhe mantenha o equilíbrio
geral.

275
O homem colhe o fruto do vegetal e
o transforma segundo o paladar
que lhe é próprio. As entidades
desencarnadas necessitam de
substâncias suculentas, tendentes
à condição fluídica, e o processo
será cada vez mais delicado, à
medida que se intensifique a
ascensão individual. (Lísias)
O maior sustentáculo das
criaturas é o amor. Todo
sistema de alimentação, nas
variadas esferas da vida, tem
no amor a base profunda. A
alma, em si, apenas se nutre de
amor. (Laura)

276
No ensino evangélico do "amai-vos uns aos outros“, Jesus não
preceituou esses princípios objetivando tão-somente os casos de
caridade, nos quais todos aprenderemos, mais dia menos dia, que
a prática do bem constitui simples dever...

Aconselhava-nos, igualmente, a nos alimentarmos uns aos
outros, no campo da fraternidade e da simpatia. “Nem só de Pão
vive o homem”

O amor profundo constitue sólido alimento para a vida em si.
Reencarnados na Terra, experimentamos grandes limitações;
voltando para cá, entretanto, reconhecemos que toda a
estabilidade da alegria é problema de alimentação puramente
espiritual. Formam-se lares, vilas, cidades e nações em
obediência a imperativos tais. A Lei de Amor

Recordei instintivamente as teorias do sexo, largamente
divulgadas no mundo; mas, adivinhando-me talvez os
pensamentos, a senhora Laura sentenciou:

277
Ninguem diga que o fenomeno é
simplesmente sexual. O sexo é
manifestação sagrada desse amor
universal e divino, mas é apenas
uma expressão isolada do potencial
infinito. Entre os casais mais
espiritualizados, o carinho e a
confiança, a dedicação e o
entendimento mútuos permanecem
muito acima da união física,
reduzida entre eles a realização
transitória. (Laura)
Os laços afetivos, no plano
espiritual, são mais belos e
mais fortes. O amor é o pão
divino das almas, o pábulo
sublime dos corações. (Laura) Evangelho, cap XI, 9 Fenelon

278

279
Um pai quer construir uma relação de
amor com seu filho
Um pai que não tem filhos, vive numa
carencia afetiva
A oração do Pai Nosso reflete esse
clamor de uma relação de Pai intima
e aberta com a Humanidade
Jeus, ao posicionar Deus como Pai, bradou que Ele precisa de
Filhos. Ele pode apreciar a existencia de bilhões de planetas,
milhões de especies na Natureza, mas tem uma dramática
necessidade de se relacionar e construir laços afetivos com seus
Filhos.
Esse complexo Pai quer filhos que sejam capazes de interagir com
Ele e construir uma rede de relacionamentos. Pode haver um
Deus sem filhos; um Criador sem criaturas; mas, não existe um
Pai sem filhos.

280
A tendencia do ser humano é se colocar
numa posição de desigualdade em relação
a Deus-Pai.

Deus é para o ser humano, imortal (somos
mortais) é imbativel (somos frageis e
inseguros). Para as religiões Ele é
Intocável, Imcompreencível, desprovido de
necessidades....
Mas, Jesus nos mostra, um Pai que possui fascinante necessidade
psiquica de se relacionar com seus Filhos.

Um Pai que não quer os humanos tremam na Sua Presença, mas
que tenham intimidade para com Ele. Não quer mostrar poder, mas
sensibilidade. Não quer controla-los, mas fomentar sua liberdade.

O Deus de Jesus é Pai sensível, não um Deus autossuficiente; não
imprime culpa, mas um Pai apaixonado que deseja ardemente ser
conhecido e criar vinculos de Amor. Muito diferente da história
humana nos seus milhões de anos .

281
A vida se equilibra no amor, sem que a maior parte dos homens
se aperceba. Almas gêmeas, almas irmãs, almas afins
constituem pares e grupos numerosos. Unindo-se umas às
outras, conseguem equilíbrio no plano da redenção;
considerando-se que o sexo é manifestação sagrada do Amor
universal e divino.

O amor, meu amigo é o pão divino das almas, o pábulo sublime
dos corações. Pábulo: tudo que sustenta e alimenta.

282
Livro dos Espíritos: questão das almas afins

298. As almas que devam unir-se estão, desde suas origens,
predestinadas a essa união e cada um de nós tem, nalguma
parte do Universo, sua metade, a que fatalmente um dia
reunirá?

“Não; não há união particular e fatal, de duas almas. A união que há
é a de todos os Espíritos, mas em graus diversos, segundo a
categoria que ocupam, isto é, segundo a perfeição que tenham
adquirido. Quanto mais perfeitos, tanto mais unidos. Da discórdia
nascem todos os males dos humanos; da concórdia resulta a
completa felicidade.”

283
O Consolador – Emmanuel – questão 327 > União

327 – Se todos os seres possuem a sua alma gêmea, qual a
alma gêmea de Jesus-Cristo?

-Não julguemos acertado trazer a figura do Cristo para
condiciona-la aos meios humanos, num paralelismo
injustificável, porquanto em Jesus temos de observar a finalidade
sagrada dos gloriosos destinos do espírito.

N’Ele cessou os processos, sendo indispensável reconhecer na
sua luz as realizações que nos compete atingir.

Representando para nós outros a síntese do amor divino,
somos compelidos a considerar que de sua culminância
espiritual enlaçou no seu coração magnânimo, com a mesma
dedicação, a Humanidade inteira, depois de realizar o amor
supremo.

284
326 – A união das almas gêmeas pode constituir
restrição ao amor universal?

O amor das almas gêmeas não pode efetuar
semelhante restrição, porquanto, atingida a
culminância evolutiva, todas as expressões afetivas
se irmanam na conquista do amor divino.

O amor das almas gêmeas, em suma, é aquele que o
Espírito, um dia, sentirá pela Humanidade inteira.
O Consolador – Emmanuel – questão 326 > União

CAPÍTULO 19
A jovem neta desencarnada

286
CAPÍTULO 19 - A jovem desencarnada
– A neta de Laura, recém-desencarnada, demorou-se no Umbral
quinze dias, em forte sonolência. Deveria ingressar nos pavilhões
hospitalares, indo submeter-se aos cuidados diretos de Dona
Laura. Sofre ante a lembrança do noivo que, mesmo antes dela
desencarnar, ligara-se a uma amiga sua. Laura emite preciosas
lições sobre o Amor e sobre a fidelidade.

287
Estivera no Umbral por 15 dias, indo diretamente para a casa de
D. Laura. Continuava perturbada, nervosa e abatida; olhos
perdidos, fundas olheiras, grande esforço para concentrar
atenção; o tórax arfava violentamente, chorava muito, magoada
por ter transmitido a doença à mãe e porque deixara o noivo
desconsolado; tinha ainda o coração preso nas teias do amor
próprio.
A neta desencarnada – num quarto
amplo e confortável AL encontrou
Eloísa, uma jovem desencarnada,
ainda em processo de recuperação,
pela tuberculose que durou 08 meses.

288
Laura explicou a André que isso era resultado de uma educação
religiosa deficiente. Na Terra temos a ilusão que não há dor maior
que a nossa.
Devido ao seu estado, alimentava-se a sós, porque não se deve
trazer à mesa qualquer pessoa que se manifeste perturbação. A
neurastenia e a inquietação emitem fluidos pesados e venenosos,
que se misturam automaticamente aos alimentos.
Laura lhe dava conselhos diretos e muito francos sobre o noivo que
ficara e que já estava namorando Maria da Luz, amiga de Eloísa.
Não será, porém, mais agradável confiá-lo aos cuidados de
uma criatura irmã? Maria da Luz será sempre tua amiga
espiritual, ao passo que outra mulher talvez te dificultasse, mais
tarde, o acesso ao coração dele.

289
Arnaldo, o noivo - Não sabia a convalescente como portar-se
ante a serenidade e o bom senso da avó:
– “Sei a causa do teu pranto, filhinha: nasce da terra inculta do
nosso milenário egoísmo, da nossa renitente vaidade – Arnaldo,
não está preparado para compreender um sentimento puro.
Reconfortar-se-á muito depressa. Amor iluminado não é para
qualquer criatura humana. No que concerne à união conjugal,
quando puderes excursionar às esferas do planeta, já o
encontrarás casado com outra. É preciso te habituares a
considerar as necessidades alheias.
Teu noivo é homem comum, não está alertado para as belezas
sublimes do amor espiritual. Não podes operar milagres nele, por
muito que o ames. A descoberta de si mesmo é apanágio de cada
um. Arnaldo conhecerá mais tarde a beleza do teu idealismo; mas,
por agora, é preciso entregá-lo às experiências de que necessita”.

290
Temas: Desencarnação, separação, despedidas, desânimo, tristeza,
auto-piedade, depressão; tipos de morte; medo de morrer;
comemoração dos mortos; atitudes perante a morte e o morto;
1 – De que resulta o Temor da Morte?
2 - É dolorosa a separação da alma e do corpo?
3 - A alma tem consciência de si mesma imediatamente depois
de deixar o corpo?
4 - A perturbação que se segue à separação da alma e do corpo
é do mesmo grau e da mesma duração para todos os Espíritos?
5 - O conhecimento do Espiritismo exerce alguma influência
sobre a duração, mais ou menos longa, da perturbação?

Livro dos Espíritos, na Parte Segunda – Do Mundo Espírita ou Mundo dos
Espíritos, Capítulo III – Da volta do Espírito, extinta a Vida Corpórea, à Vida
Espiritual.
A MORTE E A VOLTA
AO PLANO ESPIRITUAL

292

294
Extraídos do livro A crise da morte, de Ernesto
Bozzano, 9. ed., Feb.

295
Extraídos do livro A crise da morte, de Ernesto
Bozzano, 9. ed., Feb.

296
Extraídos do livro A crise da morte, de Ernesto
Bozzano, 9. ed., Feb.

297
Extraídos do livro A crise da morte, de Ernesto
Bozzano, 9. ed., Feb.

O Estado de Perturbação
A alma experimenta um torpor que
paralisa momentaneamente suas
faculdades, neutralizando, ao
menos em parte, as sensações, de
modo que quase nunca testemunha
conscientemente o derradeiro
momento.

•Em algumas pessoas ela é de
curtíssima duração, quase
imperceptível, e nada tem de dolorosa
- poderia ser comparada como um
leve despertar.

•Em outras, o estado de perturbação
pode durar muitos anos, até séculos, e
pode configurar um quadro de
sofrimento severo, com angústia e
temores acerbos.

PERTURBAÇÃO ESPÍRITA
(LE, PERG. 163 A 165)

DESLIGAMENTO

SEPARAÇÃO DA ALMA E DO CORPO
306

SEPARAÇÃO DA ALMA E DO CORPO

307

SEPARAÇÃO DA ALMA E DO CORPO

308

Como ela se
opera?
Rompidos os
laços que a
retinham, ela se
liberta.
309

A separação se opera
instantaneamente e por
uma transição brusca?
Há uma linha de
demarcação bem nítida
entre a vida e a morte?
310

Não, a alma se liberta
gradualmente e não se
escapa como um pássaro
cativo que ganha
subitamente a liberdade.
311

“A separação só é completa e absoluta
quando não há mais neste um átomo do
perispírito ligado a uma molécula do
corpo.”

312

A Causa da
Morte
Exaustão
dos órgãos

Em muitas oportunidades, esta exaustão do
corpo físico será precedida por uma
deterioração do fluido vital que o animaliza.

Deterioração
do Fluido Vital
Neste caso , o corpo enfermo não estaria
em condições de participar da renovação
do fluido vital adulterado, o que
completaria o circuito de forças
enfermiças.

“ O estado da alma varia consideravelmente segundo o gênero de
morte, mas sobretudo, segundo a natureza dos hábitos que teve
durante a vida” ( O que é o Espiritismo- perg. 149)
A matéria que constitui o perispírito não está imune às leis de
conservação de energia, mas o corpo espiritual pode obter todos ou
quase todos os elementos que necessita da atmosfera e de
suplementos inseridos na água e/ou sucos naturais. Contudo, o
apego ao mundo material faz com que muitos anseiem por uma
dieta similar à que tinham aqui na Terra e, ao não obterem o que
esperavam, passam a adoecer em função de desequilíbrios
psíquicos que se alastram. A revolta, que eclodiu em Nosso Lar
(cap.9) em consequência desse estado de coisas, foi controlada com
pulso firme, mas cheio de atenção e cuidados para com a população,
vítima de sua própria ignorância, principalmente os técnicos do
Ministério do Esclarecimento, que mesmo após vinte e tantos anos
vendo o exemplo da Governadoria, ainda não haviam aderido às
inovações alimentares.

321
No cap. 9 traz, inclusive, uma citação sobre o “intercâmbio
clandestino” com o umbral, ou seja, contrabando. Vocês já
pensaram na possibilidade de contrabandistas espirituais?

Mas se eles existem aqui, no plano físico, o que garantiria a
obsolescência dessa profissão após a morte?
Nada.

Os criminosos não se aposentam com a morte do corpo
mais denso.

A morte do corpo
físico

Neste caso, a morte
alcançaria os órgãos
impregando-os de
fluidos vitais sadios, o
que poderia criar
dificuldades na
readaptação do
desencarnante à sua
nova vida, já que o fluido
vital é exclusivo dos
encarnados.
Mortes Trágicas

•sofrimento que acompanha o
desencarnante: é diretamente
proporcional à culpabilidade da vítima
naquele acidente.

•Nos casos em que o Espírito não foi o
responsável (consciente ou
inconsciente) pelo seu desencarne, o
fluido vital restante sofreria uma
queima rápida“, o que liberaria o
Espírito dessas energias impróprias
para a vida espiritual
Mortes Trágicas

O Desligamento
Morrer
Desligar

A morte é física O
desligamento
é puramente
espiritual

O morrer na obra de Kardec
•Torpor irresistível

•A separação do corpo e alma é lenta (molécula a molécula)
inúmeros pontos de contato

•Duração: dias, semanas, meses, anos, séculos

•Depende do número de encarnações prévias (prática ao
desencarnar)

•Qualidades morais pesam muito mais que o número de
desencarnes

•Natural seja diferente o desencarne por morte natural ou por
acidente

•Morrer é fácil, desencarnar é difícil

O que é Desligamento Espiritual
É o processo através do qual o Espírito
desencarnante se afasta
definitivamente do corpo físico que o
abrigava durante a vida na Terra.

Segundo André Luiz, o desligamento, via
de regra, inicia-se na porção caudal do
corpo, e, em sentido ascendente, atinge
a região cefálica.

Quando não existir mais nenhum ponto
de contato entre perispírito e corpo
físico, o desencarnante está
completamente liberto da matéria

É que a mente, no limiar da recomposição de seu próprio
veículo, seja no renascimento biológico ou na desencarnação,
revisa automaticamente e de modo rápido todas as
experiências por ela própria vividas, imprimindo
magneticamente às células, que se desdobrarão em unidades
físicas e psicossomáticas, no corpo físico e no corpo
espiritual, as diretrizes a que estarão sujeitas, dentro do novo
ciclo de evolução em que ingressam.
Revisão de Experiências
EDM-AL Cap.12 – Alma e Desencarnação

Desencarnação natural
EDM-AL Cap.12 – Alma e Desencarnação
•Milênios ensaia a alma a desencarnação natural...
progredindo vagarosamente em graus de consciência após
a decomposição do corpo somático...

•... a alma avança em experiência... em méritos ou deméritos
segundo a própria conduta.. entregando-se no fenômeno da
morte ao hiato de refazimento, longo ou rápido... para
ressurgir senhorando novos órgãos e novos
implementos a novo campo de ação... (elaborando o corpo
perispiritual) demorando-se à medida dos conhecimentos
conquistados na romagem humana.

•É assim que a consciência nascente do homem ...evolui
degrau a degrau desde a excitabilidade rudimentar das
bactérias até o automatismo perfeito dos animais
superiores... >

•De liberação a liberação a criatura começa a familiarizar-
se com a esfera extrafísica.

•A cada reentrada no plano espiritual de consciência
desperta e responsável, começa a penetrar na essência
da lei de causa e efeito encontrando em si mesmo os
resultados enobrecedores ou deprimentes.

•Quando o dilacerado grita sua aflição reunindo-se a
outros aflitos do mesmo jaez .. permuta os quadros
inquietantes...telas infernais em que as conseqüências de
suas faltas se desenvolvem, mediante profundas e
estranhas fecundações de loucura e sofrimento que
antecedem as reencarnações reparadoras.

•Contudo é também aí sobrepairando o purgatório do
remorso que começa o sublime apostolado os seres que
se colocam em harmonia com as Leis Divinas.

Balanço Existencial
•Os principais fatos da vida do desencarnante deslizam
diante de sua mente, numa velocidade espantosa, e ele
revê a si mesmo em quase todos os grandes lances de
sua encarnação.
•O conhecimento que nos tiver sido possível adquirir das
condições da vida futura exerce grande influência em
nossos últimos momentos; dá-nos mais segurança; abrevia
a separação da alma“.

•Recapitulação
–hipermnésia pos mortem (evocação de lembranças)
–Retrospecto de minutos a longas horas
–Filme completo da existência
–Gravação de tudo que ocorreu fará parte do nosso patrimônio
futuro
>

A mente revisa automaticamente todas as experiências por
ela própria vividas:

Na encarnação Assim como recapitula nos primeiros dias de
vida intrauterina todos os lances de sua evolução filogenética
(origem das espécies) imprimindo magneticamente às células
(perispirituais e físicas) as diretrizes a que estarão sujeitas no
novo ciclo de evolução em que ingressam...

Na desencarnação a consciência examina em minutos ou
longas horas, no processo da histogênese espiritual todos os
acontecimentos da própria vida nos prodígios da memória ao
integrar-se definitivamente em seu corpo sutil, pela
histogênese espiritual, durante o coma ou cadaverização do
veículo físico.
Revisão de Experiências
EDM-AL Cap.12 – Alma e Desencarnação

ESPERIÊNCIAS DESENCARNATÓRIAS
Caso 1: O desencarne de
Dimas
Livro: Obreiros
da vida eterna,
cap 13, 21. ed.,
Feb.
Autor: André
Luiz / Chico
Xavier
336

EXPERIÊNCIAS
DESENCARNATÓRIAS
Dimas: Colaborador de trabalhos
espíritas, médium assíduo aos
trabalhos, sempre a serviço dos
necessitados e sofredores. Tinha
pouco mais de 50 anos de idade.
337

DESENCARNAÇÃO DE DIMAS
1º Substância leitosa a
extravasar-se do umbigo de
Dimas após as operações
sobre o plexo solar.
2º Nova cota de substância leitosa
a extravasar-se do epigastro à
garganta após atuação no centro
emotivo, relaxando os elos que
mantinham a coesão celular.
3º Brilhante chama violeta
dourada desligando-se da
região craniana após a
atuação sobre a fossa
romboidal. 338

4º Instantaneamente a chama
violeta-dourada absorveu a
substância leitosa, constituindo
todo o perispírito, iniciando pela
formação da cabeça.
5º À medida em que o
novo organismo ia
surgindo, a chama
fulgurante empalidecia-se
até desaparecer de todo.
6º Dimas desencarnado
alguns metros acima de Dimas cadáver
ligado apenas por sutil
cordão fluídico entre o cérebro
do corpo e do perispírito.
339
DESENCARNAÇÃO DE
DIMAS

DESLIGAMENTO ESPIRITUAL
A Condição Moral
•‘’A causa principal da maior ou menor
facilidade de desprendimento é o estado
moral da alma.
•A afinidade entre o corpo e o perispírito
é proporcional ao apego à matéria, que
atinge o seu máximo no homem cujas
preocupaçãos dizem respeito exclusiva
e unicamente à vida e gozos materiais.“
A.Kardec

342
De que resulta o Temor da Morte?

A constante visão da morte,
o sentimento da
transitoriedade da vida, não
deveria se constituir num
poderoso fator de
transformação do homem?

Os vários medos da Morte:
344
1. Medo de não mais viver
2. Medo de doer
3. Medo do não saber
4. Medo de sofrer
(no post-mortem)
5. Medo de perder
(afetos e bens materiais)

1. Medo de não mais viver:
345
“Este temor é um efeito da sabedoria
da Providência e uma conseqüência
do instinto de conservação, (...)
contrapeso à tendência que, sem
esse freio, nos levaria a deixar
prematuramente a vida e
negligenciar o trabalho terreno que
deve servir ao nosso próprio
adiantamento.”
(KARDEC, O Céu e
o Inferno, Cap. II)

2. Medo de doer:
346
“Muitas pessoas temem a morte por
causa dos sofrimentos físicos que a
acompanham. Sofremos, é verdade, na
doença que acaba pela morte, mas
sofremos também nas doenças de que
nos curamos. No instante da morte,
dizem-nos os Espíritos, quase nunca
há dor; morre-se como se adormece.
Esta opinião é confirmada por todos
aqueles a quem a profissão e o dever
chamam freqüentes vezes para a
cabeceira dos moribundos.”
(DENIS, O Problema do
ser, do destino e da dor,
cap. X – A morte)

3. Medo do Desconhecido:
347
“O temor da morte decorre, portanto,
da noção insuficiente da vida futura,
embora denote também a necessidade
de viver e o receio da destruição total;
igualmente o estimula secreto anseio
pela sobrevivência da alma, velado
ainda pela incerteza.” (KARDEC, O Céu e o
Inferno, Cap. II)
Temos uma tendência natural de temer o
desconhecido. Com a Doutrina Espírita, passamos a
conhecer melhor a vida além-túmulo, e a morte
passa a ser uma simples transição das muitas vidas.

O fato de morrer gente todos os dias não nos
transforma, exatamente por isso: Não é o desconhecido
que tememos, mas sim o que perderemos, o nosso
conhecido. Ainda não sabemos o que é a Morte, e o que
nos impede de sabê-lo é precisamente o nosso apego
às valorizações que nos consubstanciam o nosso ‘’eu’’,
o nosso reduto conhecido.

A cor da vida é a cor da morte, morre-
se como se vive, e vive-se como se
morre. Saber viver é saber morrer.

‘’Quem achar a sua vida, perdê-la-á;
quem, todavia, a perder, encontrá-la-á’’.

349

4. Medo de Sofrer:
350
“Outra causa de apego às coisas terrenas, mesmo nos que
mais firmemente crêem na vida futura, é a impressão do
ensino que relativamente a ela se lhes há dado desde a
infância. Convenhamos que o quadro pela religião
esboçado, sobre o assunto, é nada sedutor e ainda menos
consolador.” (KARDEC, O Céu e o Inferno, Cap. II)
Céu Inferno
Penas
Eternas

5. Medo de Perder:
351
“O medo da morte é o medo do ego de
desaparecer. Por esse motivo o
indivíduo, movido pelos desejos egóicos,
apega-se ao corpo como se ali estivesse
sua própria essência.” (NOVAES, Psicologia
e Espiritualidade)
“A morte o assusta [o homem
carnal], porque ele duvida do
futuro e porque tem de deixar no
mundo todas as suas afeições e
esperanças.” (KARDEC, O Livro dos
Espíritos, Q941)

Aquele que se apega à vida
própria, o faz perder a vida,

...segundo a expressão
evangélica, a morte lhe parece
assim uma perda e por isso o
aterroriza, pois nada é mais
terrível que perder.
‘’Quem achar a sua vida,
perdê-la-á;
quem, todavia, a perder,
encontrá-la-á’’.

O MEDO DA MORTE

RESULTA do instinto de conservação, que trabalha em favor da
manutenção da vida. A Vida, no entanto, são todos os
acontecimentos existenciais que ocorrem durante a
reencarnação – no corpo - como fora dele – em Espírito.

O DESCONHECIMENTO da imortalidade, lendas, fantasias,
mistérios, ignorância, vestiram a morte de expressões
(funerais, cerimônias, ritos fúnebres), que não correspondem à
realidade, ocultando a face inevitável da legitimidade
imortal

...as correntes religiosas, filosóficas e científicas dominantes
tem pouco a oferecer a essas pessoas angustiadas, levando-as
a acreditar em um inferno e um paraíso, mas que é certo que
elas irão para o inferno, pórque lhes dizem que o que está na
natureza é um pecado.

O MEDO DA MORTE


Para as gerações mais velhas, era melhor nem pensar na
morte, com suas descrições apavorantes do inferno e do
purgatório, ou da consciência que se extingue com o último
suspiro.

Os que tem um pouco de julgamento, não podem admitir isso, e
se tornam ateus ou materialistas.

Entre os cenários punitivos e a falta de qualquer perspectiva,
havia pouco espaço para o conforto e a esperança

Temos ainda as consciências culpadas que temem o
reencontro com a realidade e elaboram, inconscientemente,
os mecanismos de evasão da morte.

E o medo da desencarnação pelos espíritas também tem
relação com o fato de que “mais é pedido, a quem mais é
dado". Isto é, receamos de que não fizemos tudo que
havíamos planejado/prometido.

A sobrevivência, a morte, a reencarnação – são
fenômenos naturais e conseqüência da vida – e nisso a
existência terrestre adquire significado e valor. Fosse
limitada a vida ao período de berço-túmulo, todos os labores
perderiam a seu conteúdo ético e os esforços dariam em
nada.

A contribuição do Espiritismo:
356
“Para libertar-se do temor da morte, é mister poder
encará-la sob seu verdadeiro ponto de vista, isto é,
ter penetrado pelo pensamento no mundo espiritual,
fazendo dele uma idéia tão exata quanto possível, o
que denota da parte do Espírito encarnado um tal ou
qual desenvolvimento e aptidão para desprender-se
da matéria”. (KARDEC, O Céu e o Inferno, Cap. II)
O Espiritismo matou a morte!

É POSSÍVEL QUE OS ESPIRISTAS
VENHAM A SOFRER PERTURBAÇÃO
DEPOIS DA MORTE?
(Emmanuel, O consolador, 14. ed., perg. 150).

Atitude da família
perante a morte
Léon Denis diz:
•„No estado de perturbação, a alma tem
consciência dos pensamentos que se lhe
dirigem. Os pensamentos de amor e
caridade, as vibrações dos corações
afetuosos brilham para ela como raios na
névoa que a envolve: ajudam-na a soltar-
se dos últimos laços que a acorrentam à
Terra, a sair da sombra em que está
imersa.“

Velório
Conceito: “Ato de velar com outros um morto; de
passar a noite em claro onde se encontra exposto um
morto.“

Representa horas que sucedem ao
desencarne e que são importantes
para o recém liberto.

•As preces pelos Espíritos que acabam
de deixar a Terra têm por fim, não
apenas proporcionar-lhes uma prova de
simpatia, mas também ajudá-los a se
libertarem das ligações terrenas,
abreviando a perturbação que segue
sempre à separação do corpo, e
tornando mais calmo o seu despertar.

(ESE-capXXVIII,it 59)

Atitudes perante a Morte
ou o Morto
•Uso de velas- Não tem nenhum significado para o
espírita.

•Cremação de cadáveres- Emmanuel aconselha
esperar-se 72 horas para efeturar-se a cremação,
pois morrer não é libertar-se, a cessação dos
movimentos do corpo nem sempre é o fim do
transe.

•Choro na hora da morte- „As lágrimas aliviam,
entretanto, a atitude do espírita deve ser de
compreensão e oração“ … resignação

•O sepultamento – „Aproveitar a oportunidade do
sepultamento para orar, ou discorrer sem afetação,
quando chamado a isso, sobre a imortalidade da
alma e sobre o valor da existência terrena“ (André
Luiz).

Visita ao cemitério
•„A visita ao túmulo proporciona mais satisfação ao
Espírito do que uma prece feita em sua intenção? “
•- a visita ao túmulo é uma maneira de se manifestar que se
pensa no Espírito ausente, é a exteriorização desse fato.
Eu já vos disse que é a prece que santifica o ato de
lembrar; pouco importa o lugar, se a lembrança é ditada
pelo coração.“
•LE q 323

„ A saudade somente constrói
quando associada ao labor do
bem.“

André Luiz

367
•Lembra-nos Kardec que “após a morte,
cada um vai para o lugar que lhe
interessa”, pois cada individualidade vai
deslocar-se, após o desencarne, para a
região espiritual que está em
concordância com o seu modo de ser
e viver.

“O Espírito é, no Além, o
somatório das suas
experiências vividas”.

Manoel P. de Miranda /
psicografia de Divaldo
Franco. Livro: Nas Fronteiras
da Loucura.

“Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto,
viverá.” (João, 11:25)

CAPÍTULO 20
Noções de Lar
De volta à sala
de estar, André
desejou mais
informações
sobre a
organização
doméstica em
Nosso Lar.

370
CAPÍTULO 20
Noções de Lar
– O lar é esquematizado por conceitos matemáticos(!), acoplados a
profundos conceitos morais. O lar é como se fora um ângulo reto nas
linhas do plano da evolução divina.

A reta vertical é o sentimento feminino, envolvido nas inspirações
criadoras da vida. A reta horizontal é o sentimento masculino, em
marcha de realizações no campo do progresso comum.

O lar é o sagrado vértice onde o homem e a mulher se
encontram para o entendimento indispensável. É instituição
essencialmente divina e que se deve viver, dentro de suas portas,
com todo o coração e com toda a alma.
M
U
L
H
E
R




L A R
HOMEM

371
O lar na colônia espiritual – Laura disse a André que as
finalidades da colônia residem precisamente no trabalho e no
aprendizado. "O lar terrestre é que se esforça por copiar nosso
instituto doméstico. As almas femininas, aqui, assumem
numerosas obrigações, preparando-se para voltar ao planeta ou
para ascender a esferas mais altas", disse Laura, que acentuou o
valor do serviço maternal em qualquer plano ao revelar: "Quando o
Ministério do Auxílio me confia crianças ao lar, minhas horas de
serviço são contadas em dobro". Realçando a importância do
trabalho, a mãe de Lísias aduziu:
"Todos trabalham em nossa
casa. Oito horas de atividade
no interesse coletivo,
diariamente, é programa fácil
a todos. Sentir-me-ia
envergonhada se não o
executasse também.

372
O Lar na Terra – “... na fase atual evolutiva da Terra, existem
raríssimas uniões de almas gêmeas e reduzidos matrimônios de
almas irmãs ou afins, enquanto é esmagadora a percentagem de
ligações de resgate. O maior número de casais humanos é
constituído de verdadeiros forçados, sob algemas. O homem
deve aprender a carrear para o ambiente do lar a riqueza de suas
experiências, e a mulher precisa conduzir a doçura do lar para os
labores ásperos do homem. Dentro de casa, a inspiração; fora
dela, a atividade. Uma não viverá sem a outra”.

ACIDENTAIS PROVACIONAIS SACRIFICIAIS
AFINS TRANSCENDENTES

ACIDENTAIS: Encontro de almas inferiorizadas, por efeito de atração
momentânea, sem qualquer ascendente espiritual.
PROVACIONAIS: Reencontro de almas, para reajustes necessários à evolução
de ambos.
SACRIFICIAIS: Reencontro de alma iluminada com alma inferiorizada, com o
objetivo de redimi-la.
AFINS: Reencontro de corações amigos, para consolidação de afetos.
TRANSCENDENTES: Almas engrandecidas no Bem e que se buscam para
realizações imortais.

375
LAR NÃO É A CASA!
CASA É O LUGAR ONDE SE MORA,
O LAR É O QUE SE CONSTROI
JUNTOS
e
AMAR É VIVER EM FAMÍLIA

376
FUNÇÕES DA FAMÍLIA

–L. E. 774. Há pessoas que, do fato de os
animais ao cabo de certo tempo
abandonarem suas crias, deduzem não
serem os laços de família, entre os homens,
mais do que resultado dos costumes
sociais e não efeito de uma lei da Natureza.
Que devemos pensar a esse respeito?

377
FUNÇÕES DA FAMÍLIA

–R: Os laços sociais são necessários ao
progresso e os de família mais apertados
tornam os primeiros. Eis por que os
segundos constituem uma lei da Natureza.
Quis Deus que, por essa forma, os homens
aprendessem a amar-se como irmãos.”

–R: “Diverso do dos animais é o destino do
homem. Por que, então, quererem identificá-lo
com estes? Há no homem alguma coisa mais,
além das necessidades físicas: há a
necessidade de progredir.

378
FUNÇÕES DA FAMÍLIA
–L.E. Q. 775 - Qual seria, para a
sociedade, o resultado do
relaxamento dos laços de família?

–R: “Uma recrudescência do
egoísmo”.

379
FUNÇÃO PRIMORDIAL DA FAMÍLIA
•A função primordial da família é a
colaboração com Deus para aprender a
nos “amar como irmãos”.
•Deus labora no Universo inteiro,
incessantemente, criando as leis da
Natureza

•Somos convidados a co-laborar
cumprindo as leis.

380
FUNÇÃO PRIMORDIAL DA FAMÍLIA
Deus quer que nos amemos como irmãos?
Deus quer que as nossas famílias sejam equilibradas?
•Ele nos criou para isso. Existem as leis da Natureza.
Seremos sempre convidados a colaborar cumprindo
essas leis.

381
FUNÇÃO PRIMORDIAL DA FAMÍLIA
•A Lei do amor engloba todas as demais leis.
•Somos convidados a praticá-la, colaborando com Deus
na harmonia do Universo.
•A família é o lugar por excelência onde seremos
convidados a colaborar praticando essa lei

382
FAMÍLIA
PAI MÃE
FILHOS DE DEUS,
IRMÃOS EM HUMANIDADE,
TRANSITORIAMENTE,
FILHOS DO CASAL

CO-LABORAR
CO-CRIAR

383
O EXERCÍCIO DE AMOR EM
FAMÍLIA
– A prática do amor no lar
e na família requer
renúncia, dedicação,
paciência, tolerância,
respeito.
VINDE A
MIM

384
FAMÍLIA: APRENDIZADO DE
AMOR
–A família é um laboratório divino cujo objetivo
é nos convidar a aprender a realizar os
exercícios de amor, mansidão e humildade.

VINDE A
MIM
–Somos convidados a aprender a exercitar o
amor na convivência conjugal, maternal,
paternal, filial, fraternal, etc.

–Somente será saudável o nosso lar se
levarmos a convivência com suavidade e
leveza.

385
O Livro dos Espíritos (Questões 817 A 822)
Igualdade Dos Direitos Do Homem E Da Mulher

817 O homem e a mulher têm os mesmos direitos perante Deus.
818
O predomínio injusto e cruel sobre as mulheres é o resultado das
instituições sociais e do abuso da força.
819
Ao homem cabem os trabalhos rudes, à mulher os trabalhos leves, com
a responsabilidade de se ajudarem mutuamente.
820
Deus deu força ao homem não para escravizar a mulher, mas para
protegê-la.
821
À mulher está destinada tarefa de maior importância do que ao homem.
É ela que dá as primeiras noções de vida.
822
Sendo iguais perante a lei de Deus, os homens devem ser iguais
perante as leis humanas.
A
A legislação deve consagrar a igualdade de direitos, mas não das
funções. Cada um deve-se ocupar conforme a aptidão.

CAPÍTULO 21
Continuando a
palestra
(André x Dona Laura)

387
CAPÍTULO 21 Continuando a
palestra (André x Dona Laura)
– Aquisição de propriedade (cada família espiritual pode conquistar um
lar e outras utilidades) sendo que as construções em geral são patrimônio
comum, sob controle da Governadoria.

-É citado também como acontece a recordação do passado, natural
ou provocada através de técnicos do Ministério do Esclarecimento.
Dona Laura cita a sua própria experiência e de Ricardo (seu marido).

-Explicações sobre o bônus-hora: aquisição e sua aplicação em no
“Nosso Lar” (deixaremos seu estudo no próximo capítulo n°22)

Propriedade em "Nosso Lar" – A propriedade na colônia é relativa.
As aquisições são feitas à base de horas de trabalho. O bônus-hora,
no fundo, embora não sendo dinheiro, serve para a aquisição de
utilidades existentes na colônia, e qualquer delas pode ser adquirida
com esses créditos.
As construções em geral representam patrimônio comum, mas cada
família espiritual pode conquistar um lar (nunca mais que um),
apresentando 30.000 bônus-hora. A casa de Laura foi conquistada
pelo trabalho de seu esposo Ricardo, que desencarnou dezoito anos
antes dela.

389

O caso Laura – Laura ficara viúva muito jovem, com os filhos ainda
pequenos, e teve de enfrentar serviços rudes no planeta. Os filhos
foram desde cedo habituados aos trabalhos árduos. A existência
laboriosa livrou-a das indecisões e angústias do Umbral, por colocá-
la a coberto de muitas e perigosas tentações.

O suor do corpo ou a preocupação justa, nos campos de atividade
honesta, constituem valiosos recursos para a elevação e defesa da
alma. Reencontrar Ricardo representava o céu para ela. A casa em
que morava fora inaugurada com sua chegada. Hoje, ela se encontra
reencarnada e, ao lado de Ricardo, novamente seu esposo, tornou a
constituir família na Terra para equilíbrio da Lei do Ritmo que exigia
essa volta.
Lei do carma – Ação e Reação ou de
Causa e Efeito – Lei de Compensação

Toda ação gera uma força energética que retorna a nós da
mesma forma. O que semeamos é o que colhemos.

390
Lei do Ritmo
Ela nos ensina que: Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo
sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida
do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a
compensação.
No Espiritismo é muito bem explicada pela Lei de Ação e Reação, que nos
revela: um movimento num sentido terá um outro movimento proporcional no
outro sentido inverso. O principio do Ritmo está em relação direta com o
princípio da Polaridade. O ritmo se manifesta entre os dois pólos, de um lado
para outro e seu movimento oscilatório é sempre proporcional. Analisando este
princípio podemos compreender que ele se manifesta na criação e destruição,
na elevação e queda. Tudo tem fluxo e refluxo, seja no Macrocosmo que no
Microcosmo.
Podemos assim compreender melhor muitos acontecimentos que seriam de
outra forma difíceis de explicar e aceitar. Ao nos elevar espiritualmente no Plano
Superior, compreendendo espiritualmente os efeitos da Lei, podemos nós
mesmos neutralizar sua ação, com a Lei da Compensação. A Lei da
Compensação está sempre em ação, esforçando-se para balançar e contra-
balançar o efeito do Ritmo e sempre virá no tempo certo, mesmo sendo
necessárias várias vidas para equilibrar o movimento. A lei do ritmo assegura
que cada ciclo busque sua complementação.

391
Recordação do passado – A lembrança das vidas pretéritas é
proporcionada aos Espíritos gradualmente. No caso de Laura, só depois de
algum tempo é que ela e Ricardo tiveram acesso ao seu passado.
Primeiramente, na Seção do Arquivo, os técnicos do Esclarecimento
aconselharam-nos a ler suas memórias, durante dois anos, abrangendo o
período de três séculos.
Não foi permitido recordar as fases anteriores, porque ambos foram
considerados incapazes de suportar as lembranças correspondentes a
outras épocas.
Depois de longo período de meditação para esclarecimento próprio, foram
então submetidos a determinadas operações psíquicas, a fim de penetrar
os domínios emocionais das recordações. Técnicos lhes aplicaram passes
nos cérebros e Ricardo e Laura ficaram senhores, então, de 300 anos de
memória integral.

Antes de recordar as vidas passadas, é indispensável nos despojarmos
das impressões físicas. As escamas da inferioridade são muito fortes. É
preciso grande equilíbrio para podermos recordar, edificando. Portanto,
somente a alma muito segura de si recebe tais atributos como realização
espontânea. Forçar a recordação do passado poderá causar desequilíbrio
e loucura. (Laura, cap. 21)

392
André Luiz interroga: "A senhora recordou o passado, logo após sua
vinda ou esperou o concurso do tempo?“ e se justifica: "Perdoe a
curiosidade; no entanto, até agora, ainda não pude conhecer mais
detidamente o que se relaciona com o meu passado espiritual. Não
estou isento dos laços físicos? Não atravessei o rio da morte?“

Em "O Livro dos Espíritos", Q 304 a 319, quando trata da "Lembrança da
Existência Corpórea", podemos ficar com a impressão de que o
desencarnado, tem livre acesso às suas mais diversificadas experiências
no corpo perecível. E não é bem assim.
"O espírito se lembra de todas as existências que precederam a que
acabou de deixar?“ Questão nº 308
A resposta é: "Todo o seu passado se desenrola diante dele, como
as etapas de um caminho que o viajante percorreu. Mas, como já
dissemos, ele não se lembra de uma maneira absoluta de todos os
atos, recordando-os apenas na razão da influência que tenham sobre
o seu estado presente. Quanto às primeiras existências, as que se
podem considerar como a infância do espírito, perdem-se no vago e
desaparecem na noite do esquecimento".

393
RECORDAÇÃO DO PASSADO – REGRESSÃO DE MEMÓRIA

D. Laura fala da experiência dela e de Ricardo que, certa vez, desejaram ter
acesso ao patrimônio do passado, ou seja, ao conhecimento de suas vidas
anteriores. Ela aborda um tema alusivo ao patrimônio moral e intelectual do
espírito (suas memórias).

Na Terra impera certo modismo: quase todos querem saber o que foram e o
que fizeram em vidas anteriores. Neste sentido, quase todo o mundo espera
uma revelação. Enganam-se, porém, os que imaginam que, após a
desencarnação, terão imediato acesso às suas reminiscências.

Ambos, D. Laura e Ricardo eram espíritos lúcidos em "Nosso Lar". Este
detalhe é importante para melhor entendimento do que pretendemos. Eram os
dois servidores eficientes e esclarecidos quanto às questões do mundo
espiritual e com muitas horas de serviço prestadas, voluntariamente, à
comunidade.

Enfatizamos o trecho: "... ele não se lembra de uma maneira absoluta de
todos os atos, recordando-os apenas na razão da influência que tenham
sobre o seu estado presente.

394
D. Laura diz a André Luiz: — "Portanto somente a alma, muito segura de si,
recebe tais atributos como realização espontânea. As demais são
devidamente controladas no domínio das reminiscências, e, se tentam
burlar esse dispositivo da lei, não raro tendem ao desequilíbrio e à
loucura".

Em resposta às perquirições de André Luiz, a mãe de Lísias diz que, à
determinada altura de suas reminiscências espontâneas, em torno das
vivências passadas, começou a experimentar "perturbações de vulto".

Vejamos como, de fato, não estamos preparados para a lembrança integral do
que fomos e fizemos! Então ela e seu esposo, Ricardo, resolveram consultar
um Assistente, que os encaminhou aos magnetizadores do Ministério do
Esclarecimento.

Atentemos para o texto de André Luiz: — "Recebidos com carinho, tivemos
acesso em primeiro lugar à Secção do Arquivo, onde todos nós temos
anotações particulares. Aconselharam-nos os técnicos daquele Ministério
a ler nossas próprias memórias, durante dois anos, sem prejuízo de
nossa tarefa do Auxílio, abrangendo o período de três séculos. O chefe
do serviço de Recordações não nos permitiu a leitura de fases anteriores,
declarando-nos incapazes de suportar as lembranças correspondentes a
outras épocas".

395
Essas "anotações particulares", que podem ser entendidas como espécies
de ficha, que registra as atividades do espírito em suas múltiplas existências,
com os nossos principais dados biográficos, relativos às vivências passadas.
Existe portanto no mundo espiritual um serviço organizado de tal natureza. Em
o Lar já possuía semelhante arquivo, com os principais dados de seus
habitantes; daqueles que de lá partiam, como partem, para nova experiência
no corpo material!

De qualquer maneira, com registro formal ou não, o que fomos e fizemos
jamais se perde, porque o principal registro é o efetuado pela memória do
Espírito integral.

Daí terem D. Laura e Ricardo, podido ler as suas próprias memórias,
abrangendo um período de três séculos. Enquanto estavam apenas lendo,
estava tudo relativamente bem, porém quando ambos foram "submetidos a
determinadas operações psíquicas"... começaram a experimentar
"perturbações de vulto".

396

Entendemos que a regressão deve ter a sua segura indicação terapêutica;
caso contrário, em vez de ser instrumento de auxílio, pode complicar para o
espírito. O espírito, conduzido à lembrança não-natural de suas vidas
anteriores, pode deixar de viver o presente. A regressão tem a sua indicação,
não devendo ser feita de maneira aleatória, às vezes por pura curiosidade.
Carece de ser orientada por gente competente e responsável e não por
especuladores!

André Luiz com o propósito de não nos afastarmos em demasia do conteúdo
do texto que desejava colocar em destaque, diz aqui: "Os espíritos técnicos
no assunto nos aplicaram passes no cérebro, despertando certas
energias adormecidas... Ricardo e eu ficamos, então, senhores de
trezentos anos de memória integral. Compreendemos, então, quão
grande é ainda o nosso débito para com as organizações do Planeta!..."

Isto, torno a repetir, foi reconhecido por D. Laura, uma moradora bem
esclarecida de "Nosso Lar", merecedora de créditos espirituais.

397
Se fomos trazidos à Terra para esquecer o nosso passado,
valorizar o presente e preparar em nosso benefício o futuro
melhor, por que provocar a regressão da memória de que
fomos ou fizemos, simplesmente por questões de
curiosidade vazia, ou buscar aqueles que foram nossos
companheiros, a fim de regressar aos desequilíbrios que
hoje resgatamos?

398
CAPÍTULO 22
Bônus-Hora
(André x Dona Laura)
A.L. - Notando que a senhora Laura entristecera subitamente ao
recordar o marido, modifiquei o rumo da palestra, interrogando:
•- Que me diz do bônus-hora? Trata-se de algum metal
amoedado?
•Minha interlocutora perdeu o aspecto cismativo, a que se
recolhera, e replicou, atenciosa:
•- Não é propriamente moeda, mas ficha de serviço individual,
funcionando como valor aquisitivo. Todos cooperam no
engrandecimento do patrimônio comum e dele vivem. Os que
trabalham, porém, adquirem direitos justos.

399
A produção de vestuário e alimentação elementares pertence a todos
em comum. Os que se esforçam na obtenção de bônus-hora
conseguem certas prerrogativas na comunidade.
Precisamos conhecer o preço de cada nota de melhoria e elevação.
Cada um de nós, os que trabalhamos, deve dar, no mínimo, oito horas
de serviço útil, nas vinte e quatro de que o dia se constitui. Permite-se
que o trabalhador dedique por dia quatro horas extraordinárias.
Cada habitante de "Nosso Lar" recebe
provisões de pão e roupa, no que se
refere ao estritamente necessário; mas
os que se esforçam na obtenção do
bônus-hora conseguem certas
prerrogativas na comunidade social. O
espírito que ainda não trabalha, poderá
ser abrigado aqui; no entanto, os que
cooperem podem ter casa própria.

400
Os serviços sacrificiais, tem remuneração duplicada. O padrão de
pagamento vale para todos, estejam na administração ou na
obediência, mas modifica-se em valor substancial, segundo a natureza
dos serviços. Há o Bônus-Hora-Regeneração, o Bônus-Hora-
Esclarecimento, e assim por diante. Os espíritos podem gastar, assim
como utilizá-los em benefício de outros.
Herança – As economias em bônus-hora revertem ao patrimônio
comum quando o espírito regressa à crosta em nova encarnação. A
família tem apenas o direito de herança ao lar, mas a ficha de serviço
autoriza o espírito com crédito de bônus-hora a interceder por outras
pessoas, além de assegurar-lhe o auxílio da colônia durante sua
permanência nos círculos carnais.
O verdadeiro ganho da criatura é de natureza espiritual e o bônus-
hora, modifica-se em valor substancial, segundo a natureza dos
serviços.
Nesse prisma, os fatores assiduidade e dedicação representam, quase
tudo. Laura, por exemplo, voltaria à Terra investida de valores mais
altos e demonstrando qualidades mais nobres de preparação para o
êxito desejado.

401
D. Laura: Em geral, em nossa cidade de transição, a maioria prepara-
se com vistas à necessidade de regresso aos círculos carnais.
Examinando esse princípio, é natural que o homem que empregou
cinco mil horas, em serviços regeneradores, tenha efetuado esforço
sublime, a benefício de si mesmo; o que despendeu seis mil horas de
atividade, no Ministério do Esclarecimento, estará mais sábio.

Poderemos gastar os bônus-hora conquistados; entretanto, é mais
valioso ainda o registro individual da contagem de tempo de serviço
útil, que nos confere direito a preciosos títulos.

- Poderemos, porém, gastar nossos bônus-hora a favor dos
amigos? - indaguei curioso. - Perfeitamente - disse ela -;
poderemos repartir as bênçãos de nosso esforço com quem nos
aprouver. Isto é direito inalienável do trabalhador fiel.
Compreendemos, aqui, que nada existe sem preço e que para
receber é indispensável dar alguma coisa. Somente poderão
rogar providências e dispensar obséquio os portadores de
títulos adequados, entendeu?

402
... precisamos, antes de mais nada, esquecer determinados
prejuízos da Terra. A natureza do serviço é problema dos mais
importantes; contudo, na própria esfera da crosta é que o assunto
apresenta solução mais difícil.

A maioria dos homens encarnados está simplesmente ensaiando o
espírito de serviço e aprendendo a trabalhar nos diversos setores da
vida humana. Por isso mesmo, é imprescindível fixar as
remunerações terrestres com maior atenção.

Todo o ganho externo do mundo é lucro transitório. Vemos
trabalhadores obcecados pela questão de ganhar, transmitindo
fortunas vultosas à inconsciência e à dissipação; outros amontoam
expressões bancárias que lhes servem de martírio pessoal e de
ruína à família.

Vivem, quase todos, a confessar ausência do impulso vocacional,
recebendo embora os proventos comuns aos cargos que ocupam.

403
Encontramos em André Luiz, descrições de um aparato burocrático
de identificação das pessoas e hierarquias. Tudo isso reforça o
conceito de que a vida após a vida é uma continuação daquela que
hoje envergamos aqui.

Nada mais “pé-no-chão” do que a descrição de Dona Laura, a
respeito da origem dos alimentos e roupas em Nosso Lar. Poder
plasmador da mente? Nessa esfera ainda não. Lá existem as
oficinas de trabalho.

Por mais politicamente correto e obedecendo à meritocracia, o
bônus-hora é salário. Todo tratamento dessa natureza exige
hierarquia e organização e tudo isso é profundamente estabelecido
na obra de André Luiz.

Esqueçam a imagem de um plano espiritual em que as liberdades
se misturam com libertinagem e ociosidade. Essa mistura existe,
mas fica no umbral. Lá somos realmente livres, desde que não
venhamos a prejudicar a liberdade alheia.

ESTUDO: Merecimento; Vocação; Chefia e Subalternidade

404
Em todas as colônias, organizadas nos diversos planos espirituais, o
trabalho e o estudo são o centro de toda a vida comunitária.
Evangelização é adquirida na vida cotidiana e no estudo pormenorizado
e individualizado da condição espiritual humana.

Lá iremos aprender a sermos homens de bem e mostraremos o quanto
aprendemos aqui, no plano mais denso que permite a humanos
reencarnarem.

E tem gente que acha que vai se livrar da escola depois do
desencarne... Doce ilusão. Essa passagem deveria ser apresentada
aos nossos filhos que, por vezes, dizem que preferiam “morrer” para
não ir mais para a escola.

Os lares de famílias nas colônias espirituais também são utilizados com
finalidade educativa. Em “Nosso Lar”, dona Laura, mãe de Lísias,
recebe bônus-hora dobrado quando cuida de crianças em casa,
mostrando a importância da educação.

CAPÍTULO 23 -
Saber ouvir
... admirado, Andre ia comentar o processo do bonus-hora: simples de
ganhar, aproveitar, cooperar e servir, confrontando aquelas soluções
com os princípios imperantes no planeta; mas um brando burburinho
aproximou-se da casa. Antes que que pudesse emitir qualquer
observação, a senhora Laura murmurou, satisfeita: Nossos queridos
estão de volta. E levantou-se para atender. (Cap.22-Bonus Hora)

407
Enquanto os jovens se despediam,
Lísias convidou-me ao jardim. Canteiros
em flor, espetáculo soberbo ao luar.
Habituado à reclusão hospitalar, entre
grandes árvores, ainda não conhecia o
quadro maravilhoso que a noite clara
apresentava. Glicínias de prodigiosa
beleza enfeitavam a paisagem. Lírios de
neve, matizados de ligeiro azul ao fundo
do cálice, pareciam taças, de caricioso aroma. Nunca presenciei
tamanha paz! Que noite! .... Respirei a longos haustos, sentindo que
indas de energia nova me penetravam o ser. Ao longe as torres da
Governadoria mostrava belos efeitos de luz.

Enlevado na contemplação do quadro prodigioso, Lísias convidou-me
ao interior doméstico, esclarecendo-me do compromisso dos habitantes
de Nosso Lar quanto a emissão dos pensamentos elevados ao bem.

408
Compromisso de paz na colônia
Grande paz envolvia a colônia e Lísias explicou o fato, dizendo
que há compromisso entre todos os habitantes equilibrados da
colônia, no sentido de não se emitirem pensamentos
contrários ao bem. Dessa forma, o esforço da maioria se
transforma numa prece quase perene. Daí nascerem as
vibrações de paz que tanto impressionaram André Luiz.

409
Os pensamentos e os sentimentos
se exprimem por vibrações, que se
propagam pelo espaço com
intensidades diferentes, assim como
os sons e a luz se propagam pelo ar.
Devendo atingir, pelas leis de
sintonia e afinidades, outras mentes
(de encarnados e desencarnados) que
comungam dos mesmos ideais.
Transmissão do pensamento

410
Sempre que
pensamos em
alguém,
“sintonizamos”
com essa pessoa,
emitimos
automaticamente
para elas uma
parte de nossas
energias.
Emanações
Energéticas
características de
cada pessoa
Transferência
Energética
Transmissão do pensamento

411
Emanações
Energéticas
características de
cada pessoa
Transferência
Energética
A outra pessoa
absorverá ou não
nossas energias,
vibrações e
pensamentos, de
acordo com a sua
sensibilidade,
afinidade e sintonia
que tenha conosco.
Transmissão do pensamento

412
Televisão em "Nosso Lar"? – Lísias se aproximou de pequeno aparelho
postado na sala, à maneira de nossos receptores radiofônicos. Aguçou-se
me a curiosidade. Que iríamos ouvir? Mensagens da Terra?

Vindo ao encontro de minhas interrogações íntimas, o amigo esclareceu: –
Não ouviremos vozes do planeta. Nossas transmissões baseiam-se em
forças vibratórias mais sutis que as da esfera da crosta.

Lísias sintonizou um aparelho de televisão que transmitia noticiário da
Emissora do Posto Dois, de "Moradia", velha colônia de serviços, muito
ligada às zonas inferiores.

Era agosto de 1939 e a emissora apelava pela paz no planeta, informando
que negras falanges, cercavam as nações européias, impulsionando-as à
guerra.

Lísias explicou que as notícias da Terra eram censuradas em "Nosso Lar"
em razão dos prejuízos que as más notícias já produziram nos habitantes da
colônia, quando a comunicação era livre. (Cap. 24)

413
A.L.: Mas, não há recurso para recolher as emissões terrestres?

Lísias: – Sem dúvida que temos elementos para fazê-lo; entretanto, no
ambiente doméstico o problema de nossa atualidade é essencial. A
programação do serviço necessário, as notas da Espiritualidade Superior e os
ensinamentos elevados vivem, agora, para nós outros, muito acima de
qualquer cogitação terrestre.

Os desastres coletivos, as noticias de entes queridos na Terra, provocavam
confusão e indisciplina na cidade, tornando-a mais um departamento do umbral
que zona de refazimento e instrução.

A maioria não estava preparados para ouvir e levar auxilio justo, com equilíbrio
e serenidade, aos parentes terrenos.

AL: - E os parentes que ficaram a distância? Nossos pais, nossos filhos?
Lísias: - Já esperava essa pergunta: Nos círculos terrestres somos levados,
•muitas vezes, a viciar as situações. A hipertrofia do sentimento é mal comum
de quase todos nós. Somos, por lá, velhos prisioneiros da condição
exclusivista. Em família, isolamo-nos freqüentemente no cadinho do sangue e
esquecemos o resto das obrigações. Vivemos distraídos dos verdadeiros
princípios de fraternidade.

414
No início da colônia, todas as moradias, ao que sabemos, ligavam-se
com os núcleos de evolução terrestre. Ninguém suportava a ausência
de notícias da parentela comum. Do Ministério da Regeneração ao da
Elevação, vivia-se em constante guerra nervosa.

Boatos assustadores perturbavam as atividades em geral. Mas,
precisamente há dois séculos, um dos generosos Ministros da União
Divina compelia a Governadoria a melhorar a situação. O ex-
Governador era talvez demasiadamente tolerante. A bondade desviada
provoca indisciplinas e quedas.

Segundo nosso arquivo, a cidade era mais um departamento do
Umbral, que propriamente zona de refazimento e instrução.
Amparado pela União Divina, o Governador proibiu o intercâmbio
generalizado. Houve luta. Mas o Ministro generoso, que
incrementou a medida, valeu-se do ensinamento de Jesus que
manda os mortos enterrarem seus mortos e a inovação se tornou
vitoriosa em pouco tempo.

415
– Entretanto - objetei -, seria interessante colher notícias dos nossos
amados em trânsito na Terra. Não daria isso mais tranqüilidade à
alma?

Lísias, interessado em me fornecer explicações mais amplas,
acrescentou:
– Observe a si mesmo, a fim de ver se valeria a pena. Está
preparado, por exemplo, para manter a precisa serenidade,
esperando com fé e agindo com os preceitos divinos, em sabendo
que um filho de seu coração está caluniado ou caluniando? Se
alguém o informasse, agora, de que um dos seus irmãos
consangüíneos foi hoje encarcerado como criminoso, teria bastante
força para conservar-se tranqüilo?

Sorri, desapontado.
– Não devemos procurar notícias dos planos inferiores senão para
levar auxílios justos. Convenhamos, porém, que a criatura alguma
auxiliará com justiça, experimentando desequilíbrios do sentimento e
do raciocínio. Por isso, é indispensável a preparação conveniente,
antes de novos contactos com os parentes terrenos.

416
– Mas, Lísias, você que tem seu pai encarnado, qual , não gostaria
de comunicar-se com ele?

– Sem dúvida, quando merecemos essa alegria, visitamo-lo em sua
nova forma, verificando-se o mesmo, quando se trata de qualquer
expressão de intercâmbio entre ele e nós. Não devemos esquecer,
entretanto, que somos criaturas falíveis. Necessitamos, pois, recorrer
aos órgãos competentes, que determinem a oportunidade ou o
merecimento exigidos.

Para esse fim, temos o Ministério da Comunicação. Acresce notar
que, da esfera superior, é possível descer à inferior com mais
facilidade. Existem, contudo, certas leis que mandam compreender
devidamente os que se encontram nas zonas mais baixas.

É tão importante saber falar como saber ouvir. "Nosso Lar" vivia em
perturbações porque, não sabendo ouvir, não podia auxiliar com êxito
e a colônia transformava-se, freqüentemente, em campo de
confusão.

417
COMENTÁRIOS
Para aqueles que vivem nas colônias, o desencarne não representa
uma transformação real entre a vida encarnada e a desencarnada. A
morte física não nos torna melhores ou mais sábios, tampouco irá nos
presentear com o ingresso nos céus das crenças mais literalistas. Em
síntese, ela é apenas uma transição de fase que dilata as nossas
percepções, como revelado em “Nosso Lar” .

As comunidades espirituais em áreas de densidade vibratória
moderada ou leve do umbral, como Nosso Lar, mostram sintonias com
o comportamento de parcela muito significativa da população terrena,
onde os aspectos da vida cotidiana evidenciam uma transição entre
aquilo que existe nas colônias de planos intermediários.

Nos planos próximos à crosta, levamos o conhecimento adquirido nas
nossas vidas passadas (e que se mantém em estado de latência mais
ou menos profunda) e somos facilmente reconhecidos por aqueles
com quem travamos contato na Terra.

418
Isso tudo pode ser observado em “Nosso Lar”, quando André Luiz
recebe notícias da crosta durante os anos de guerra, lembrando que
as colônias europeias chegaram a mandar intérpretes para Nosso Lar
e outras colônias americanas, em função de problemas culturais e de
idioma.

As cidades espirituais representam agrupamentos que se formam e se
desenvolvem em função das condições morais de seus inquilinos, os
quais podem apresentar habilidades intelectuais bastante variadas,
mas unidos por uma sintonia moral.

Assim, capacidades que dependem da ação mental sobre o ambiente
podem variar significativamente entre os seus habitantes, como a
volitação, a qual normalmente não é praticada em Nosso Lar para não
constranger aqueles que ainda não conseguem exercê-la.

Da mesma forma que as nossas cidades e nações evoluem com o
tempo, as colônias espirituais também se desenvolvem e evoluem
materialmente e espiritualmente que a condição vibratória vai sendo
modificada na medida em que uma colônia-cidade se aprimora,.

419

420
TEMAS PARA ESTUDO
EV.SEG.ESPIRITISMO :CAPÍTULO XXIII - ESTRANHA MORAL
Deixar aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos.
Segue-me, disse Jesus; e o outro respondeu: Senhor, consente que, primeiro, eu
vá enterrar meu pai. - Jesus lhe retrucou: Deixa aos mortos o cuidado de enterrar
seus mortos; quanto a ti, vai anunciar o reino de Deus. (S. LUCAS, cap. IX, vv. 59
e 60.)

Que pode significar: "Deixa aos mortos o cuidado de enterrar seus mortos"?
As considerações mostram, que, nas circunstâncias em que foram proferidas, não
podiam conter censura àquele que considerava um dever de piedade filial ir sepultar
seu pai. Tem, no entanto, um sentido profundo, que só o conhecimento mais
completo da vida espiritual podia tomar perceptível.

A vida espiritual é a verdadeira vida, é a vida normal do Espírito, sendo-lhe transitória e
passageira a existência terrestre, espécie de morte, se comparada ao esplendor e à
atividade da outra. O corpo não passa de simples vestimenta que temporariamente
cobre o Espírito, verdadeiro grilhão que o prende à gleba terrena. O respeito que aos
mortos se consagra não é à matéria; é, pela lembrança, Era isso o que aquele homem
não podia por si mesmo compreender. Jesus lho ensina, dizendo: Não te preocupes
com o corpo, pensa antes no Espírito; vai ensinar o reino de Deus; vai dizer aos
homens que a pátria deles não é a Terra, mas o céu, porquanto somente lá transcorre a
verdadeira vida.

421
REFLEXÕES

Muitos revelam o desejo de aderir às novas idéias. Fogo de palha? Efêmera
empolgação? Oportunistas? Jesus, que conhecia a natureza humana, deixa claro que
não é tão simples. Havia condições...

Percebendo os interesses do escriba, pede-lhe o despojamento dos interesses
materiais. Quem está muito preocupado com condições financeiras, em projeção social,
não tem tempo nem disposição para ajudar o próximo... Ainda hoje, a vocação de servir
é suplantada pelo interesse em servir-se, esquecidos os ideais de humildade e
simplicidade, preconizados por Jesus.

Jesus não recomendou ao aprendiz deixasse aos cadáveres o cuidado de enterrar os
cadáveres, e sim conferisse "aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos." Há, em
verdade, grande diferença. O cadáver é carne sem vida, enquanto que um morto é
alguém que se ausenta da vida. Há muita gente que perambula nas sombras da morte
sem morrer

Muitos se afadigam por coisas mortas. São morte tudo que passa...Carga para marcha
da evolução, projetam sombra e ensejam luz enquanto avançam. Há tantos agregados
às sombras, aos interesses escusos: que estes sepultem os mortos!

Vivos para a verdade! Mortos para a vida! Para viver é necessário trocar a pesada
canga da ambição e da limitação do corpo e fruir as legitimas aspirações do Ser...deixai
aos mortos....

422
São provas essenciais a superar quando se tem que passar de grau. A
modificação da mente requer desapego.

Não é bem o caso do abandono ou de fuga, mas de não prender-se, de não
inverter a ordem dos valores, de não julgar mais importante o que é menos
importante.

Sai, cada dia, de ti mesmo, e busca sentir a dor do vizinho, a necessidade do
próximo, as angústias de teu Irmão e ajuda quanto possas. Não te galvanizes na
esfera do próprio "eu". Desperta e vive com todos, por todos e para todos, porque
ninguém respira tão-somente para si.

Em qualquer parte do Universo, somos usufrutuários do esforço e do sacrifício de
milhões de existências. Cedamos algo de nós mesmos, em favor dos outros, pelo
muito que os outros fazem por nós.

Recordemos, desse modo, o ensinamento do Cristo.
Se encontrares algum cadáver, dá-lhe a bênção da sepultura, na relação das tuas
obras de caridade mas, em se tratando da jornada espiritual, deixa sempre "aos
mortos o cuidado de enterrar os seus mortos."

AGORA
SEREI
JULGADO!
JULGAMOS
OS ESPÍRITOS
(COMO OS HOMENS)
PELA SUA
LINGUAGEM
NOSSOS ANJOS GUARDIÃES
PODEM SE DAR A CONHECER
POR UM NOME
QUE VENERAMOS
ENTRE OS ESPÍRITOS
SUPERIORES A MAIORIA NÃO
DEVE TER NOMES PARA NÓS.
MAS PRECISAMOS DE NOMES
PARA FIXAR IDÉIAS
ELES TOMAM O NOME DE
PERSONAGEM CONHECIDO
(CUJA NATUREZA MAIS SE
IDENTIFIQUE COM A DELES)
AO LONGO DA SUA
PURIFICAÇÃO AS
CARACTERÍSTICAS DA
PERSONALIDADE DOS
ESPÍRITOS DESAPARECEM
NA UNIFORMIDADE
DA PERFEIÇÃO
FORMAM POR ASSIM DIZER
UM TODO COLETIVO MAS
CONSERVAM A SUA
INDIVIDUALIDADE
IDENTIDADE DOS ESPÍRITOS
NAS INSTRUÇÕES
GERAIS
O NOME É INDIFERENTE
INTERESSA APENAS O ENSINO
NAS COMUNICAÇÕES
ÍNTIMAS
INTERESSA-NOS
O INDIVÍDUO
MAS OS ESPÍRITOS INFERIORES
PODEM SE ENFEITAR COM UM
NOME RESPEITÁVEL
(CASO MUITO COMUM)
24

AGORA SEREI
IDENTIFICADO!
PROVAS
DA IDENTIDADE
DOS ESPÍRITOS
IMITAVEL:
A FORMA MATERIAL É IMITÁVEL
MAS O INFERIOR NÃO IMITA:
. -O PENSAMENTO SUPERIOR
. -O VERDADEIRO SABER
. -A VIRTUDE
DISTINGUIR: ENTRE OS BONS
E OS MAUS ESPÍRITOS.
– EIS O PONTO EM QUE
DEVEMOS CONCENTRAR
TODA A NOSSA ATENÇÃO
REGRA: A LINGUAGEM DOS
ESPÍRITOS CORRESPONDE
SEMPRE AO SEU GRAU DE
ELEVAÇÃO
ÚNICO MEIO INFALÍVEL:
UMA CRÍTICA RIGOROSA.
REJEITAR TUDO O QUE PECA
PELA LÓGICA E O BOM
SENSO
OS BONS ESPÍRITOS NÃO SE
OFENDEM JAMAIS E
ACONSELHAM
A CRÍTICA RIGOROSA
IDENTIDADE DOS ESPÍRITOS
24
SÃO PROVAS:
-A LINGUAGEM
-PALAVRAS FAMILIARES
-CITAÇÃO DE FATOS
-CIRCUNSTÂNCIAS FORTUITAS
. (ESPERAR, SEM PROVOCAR)
O SINAL DE IMPOSTURA:
SEMPRE APARECERÁ.
É PRECISO PERSPICÁCIA NO
JULGAMENTO

Evocação dos
Espíritos
Introdução
Evocação dos Espíritos 425
O que se entende por evocação?
Basta chamarmos que os Espíritos
estão à nossa disposição?
Qual o melhor meio de nos
comunicarmos com os Espíritos?
Quais nomes são dados aos
intermediários entre o plano físico
e o espiritual?

COMUNICAÇÕES
ESPONTÂNEAS
PODEM
SER EVOCADOS:
COMUNICAÇÕES
POR EVOCAÇÃO
-TODOS OS ESPÍRITOS
-DE QUALQUER GRAU
-BONS OU MAUS
-DE TODOS OS TEMPOS
-ILUSTRES OU OBSCUROS
-PARENTES, AMIGOS OU
INDIFERENTES
DAS EVOCAÇÕES
...MAS QUEREM? ...PODEM ATENDER?
CAUSAS IMPEDITIVAS: OCUPAÇÕES, MISSÕES, ENCARNAÇÃO
OUTRAS CAUSAS : A NATUREZA – DO MÉDIUM, DO EVOCADOR E DO MEIO
“A EVOCAÇÃO DEVE SER FEITA EM NOME DE DEUS”
25
AGORA SEREI
EVOCADO!

FIM SÉRIO:
INSTRUTIVO;
MELHORÁ-LOS
EVOCAR
(ou fazer evocar)
ESPÍRITOS MAUS:
É INCONVENIENTE?
CURIOSIDADES:
BRINCAR;
PEDIR SERVIÇOS
NÃO HÁ
INCONVENIENTES
É GRANDE
O INCONVENIENTE
E SUJEITO A PUNIÇÃO
DAS EVOCAÇÕES
A ASCENDÊNCIA SOBRE OS ESPÍRITOS INFERIORES :
NÃO É PELA VONTADE ENÉRGICA. É PELA
SUPERIORIDADE MORAL
25
ADORO SER
EVOCADO!

COM OS SUPERIORES
“TOM”
A SE MANTER COM OS ESPÍRITOS
COM OS INFERIORES
-RESPEITO
-ATENÇÕES
-SUBMISSÃO
DEPENDE DO
SEU CARÁTER:
-LEVIANOS ?
-IGNORANTES?
-CÍNICOS?
DAS EVOCAÇÕES 25
TENHAMOS:
VENERAÇÃO : PARA COM OS QUE MERECEM
RECONHECIMENTO : PARA COM OS QUE NOS ASSISTEM
BENEVOLÊNCIA : PARA COM TODOS OS OUTROS
SOU EXIGENTE,
QUANDO EVOCADO!

QUE PERGUNTA
!
PERGUNTAS QUE SE PODEM FAZER AOS ESPÍRITOS

CONSIDERAR:
A FORMA
CLAREZA; PRECISÃO
SEM COMPLEXIDADE
COM MÉTODO
PRÉ ELABORADAS
(ALGUMAS)
O FUNDO
ATENÇÃO SÉRIA
ALGUMAS ELES NÃO
RESPONDEM
NÃO EXPERIMENTÁ -LOS
COM O QUE
JÁ É SABIDO
ESTÃO NAS RESPOSTAS DOS
ESPÍRITOS:
-OS CONHECIMENTOS QUE POSSUEM
-O INTERESSE QUE MERECEMOS
-A AFEIÇÃO QUE NOS CONSAGRAM
-O OBJETIVO PROPOSTO
- A UTILIDADE
QUAL É A UTILIDADE DAS
PERGUNTAS?
-SÃO ÚTEIS PARA A NOSSA INSTRUÇÃO
-SÃO ÚTEIS PARA DESMASCARAR
MISTIFICADORES
...Sem as nossas perguntas, o L.E. e o L.M.
AINDA ESTARIAM POR FAZER ...AK § 287
26

AS RESPOSTAS
TEM LIMITES!
SÃO PARTICULARMENTE ANTIPÁTICAS AOS ESPÍRITOS: AS INÚTEIS, FEITAS
PARA SATISFAÇÃO DA CURIOSIDADE OU PARA PROVÁ -LOS.
ASSUNTOS
O FUTURO
EXISTÊNCIAS PASSADAS
QUESTÕES MORAIS E
MATERIAIS
A SAÚDE
INVENÇÕES E
DESCOBERTAS
TESOUROS OCULTOS
OUTROS MUNDOS
PERGUNTAS QUE SE PODEM FAZER AOS ESPÍRITOS
EXPERIÊNCIA DE KARDEC 26
OBSERVAÇÕES
TODA PREDIÇÃO CIRCUNSTANCIADA DEVE SER
CONSIDERADA SUSPEITA
DEUS LHES PERMITE REVELAR ALGUMAS
COISAS PARA O BEM
OS INTERESSES DA ALMA, SÃO SEMPRE
ATENDIDOS. OS MATERIAIS, SEGUNDO O MOTIVO
DE BOA VONTADE. MAS HÁ IGNORANTES E
SÁBIOS ENTRE OS ESPÍRITOS
A CIÊNCIA DEVE SER ADQUIRIDA PELO
TRABALHO ( DO HOMEM )
A VERDADEIRA FORTUNA ESTÁ NO TRABALHO
OK SOBRE O ESTADO MORAL
Tags