Estudando André Luiz Nosso Lar cap. 34 a 50

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About This Presentation

André Luiz desvenda o Mundo Espiritual


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CAP 34 - Com os recém
chegados do Umbral
OS SAMARITANOS

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CAPÍTULO 34 - Com os recém-chegados do Umbral
•Logo começou o transporte dos doentes
para dentro dos pavilhões. Servidores
movimentavam-se apressados.
•Alguns doentes eram levados ao interior,
sob amparo forte, cheios de amor
fraternal. Também os Samaritanos
mobilizavam todas as energias no afã de
socorrer. Alguns enfermos portavam-se
com humildade e resignação; outros,
todavia, reclamavam em altas vozes.

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A. Luiz atende uma senhora assistida:
....igualmente em serviço, notei que uma
velhota procurava descer do último
carro, com muita dificuldade.
Observando-me perto, exclamou,
espantada:
•- Tenha piedade, meu filho! Ajude-me
por amor de Deus!...
•Aproximei-me com interesse.
•- Cruzes! Credo! - continuou benzendo-
se - graças à Providência Divina, afastei-
me do purgatório...
•Ah! que malditos demônios lá me
torturavam! Que inferno! Mas os Anjos
do Senhor sempre chegaram.
•Ajudei-a a descer, tomado de extrema
curiosidade.

Pela primeira vez, ouvia referências ao inferno e ao purgatório,
partidas de uma boca que me parecia calma e ajuizada. Talvez
obedecendo mais à malícia que me era peculiar, interroguei:
- Vem, assim, de tão longe?
Falando desse modo, afetei ares de profundo interesse fraternal,
como costumava fazer na Terra, olvidando por completo, naquele
instante, as sábias recomendações da mãe de Lísias.

A pobre criatura, percebendo o meu interesse, começou a
explicar-se:
- De grande distância. Fui, na Terra, meu filho, mulher de muito
bons costumes; fiz muita caridade, rezei incessantemente como
sincera devota.....Mas, quem pode com as artes de Satanás? ......c

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O caso da senhora de escravos – Fora
proprietária rural e relatou fatos ocorridos por
sua ordem, relativo ao trato com seus escravos.
Muitos morreram no tronco, para servir de
exemplo aos demais. Mães cativas eram
separadas de seus filhos. A consciência lhe pesava, mas a periódica absolvição concedida por
padre Amâncio a acalmava. O padre lhe dizia que os africanos são os
piores entes do mundo, nascidos para servir a Deus no cativeiro. Dito
isto, ela informou ter desencarnado em maio de 1888, desconsolada ao
saber que a Princesa Isabel havia abolido a escravatura.
Sua passagem pelo Umbral
durara, portanto, mais de
cinqüenta anos. André a ajudou
e ela começou a falar,
imaginando que acabava de sair
do purgatório graças às missas
que mandou fazer antes da
morte

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.
Ia responder, convocando-lhe os raciocínios à
zona superior, fornecendo-lhe idéias novas de
fraternidade e fé, mas Narcisa aproximou-se e
disse-me, bondosa:
- André, meu amigo, você esqueceu que estamos
providenciando alívio a doentes e perturbados?
Que proveito lhe advém de semelhantes
informações?
Os dementes falam de maneira incessante, e quem os ouve, gastando
interesse espiritual, pode não estar menos louco. Aquelas palavras foram
ditas com tanta bondade que corei de vergonha, sem coragem de a elas
responder. Não se impressione, atendamos aos irmãos perturbados. - Mas, a
senhora é de opinião que estou nesse número? - perguntou a velhota,
melindrada. Narcisa, porém, demonstrando suas excelentes qualidades de
psicóloga, tomou expressão de fraternidade carinhosa e exclamou: - Não,
minha amiga, não digo isso; creio, porém, que deve estar muito cansada; seu
esforço purgatorial foi muito longo... - Justamente, não imagina o que tenho
sofrido, torturada pelos demônios... , mas Narcisa, atalhou: - Não comente o
mal. Já sei tudo que lhe ocorreu de amargo e doloroso. Descanse, pensando
que vou atendê-la.

8
Pontos de destaque para estudo:

1) Analisar os estados psicológicos e espirituais dos resgatados do
Umbral.

1- Perturbação espiritual em espíritos moralmente atrasados.
• Os Espíritos com inferioridade moral acreditam-se ainda vivos, podendo
esta ilusão prolongar-se por muitos anos, durante os quais eles
experimentando todas as necessidades, todos os tormentos e perplexidades
da vida.

O sofrimento dos Espíritos desencarnados é proporcional ao tipo de vida
que levaram e ao maior ou menor apego que tenham à vida material.
Durante a crise da morte, eles lutam para reter a vida corporal que lhes
foge, e esse sentimento se prolongará por muito tempo. Na erraticidade, o
Espírito não adquire, imediatamente, o saber e a virtude; antes, conserva
sua inteligência ou ignorância, idéias, concepções, ódios ou afeições.

9
2) Noções de Céu, Purgatório, Inferno. Falsa libertação da consciência culpada.

2- para aquela mulher, que se julgava uma boa cristã, bastava tão somente,
confessar-se ao padre, para que os seus pecados fossem julgados, e ela
fosse absolvida. Que se deve entender por purgatório?
Resposta: Dores físicas e morais: o tempo da expiação. Quase sempre, na
Terra é que fazeis o vosso purgatório e que Deus vos obriga a expiar as
vossas faltas.(LE, Questão 1013)

O purgatório foi criado pelo catolicismo para resolver um problema
teológico: a salvação. O purgatório seria uma região onde estagiam as
almas que, embora arrependidas e “na graça de Deus”, ou seja, por se
submeterem a sacramentos religiosos (batismo, crisma, etc.), não são
suficientemente puras para elevarem-se ao Céu, nem tão ruins para
merecerem o inferno. seria a região onde teriam a chance de serem
julgados para ver se iriam para o céu ou para o inferno. Assim foi criado a
Doutrina das Indulgências que permitia às famílias promover a
transferência de mortos do purgatório para o céu, mediante a doação de
somas de dinheiro às organizações religiosas.

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ENTÃO, O QUE É PURGATÓRIO PARA OS ESPÍRITAS?

Então, nós espíritas, entendemos por purgatório, as dores físicas e morais: o
tempo da expiação. Tempo onde carregamos as cruzes confeccionadas por
nós ao transgredirmos as leis divinas. Quase sempre, é na Terra que
fazemos o nosso purgatório, ou seja, que expiamos (resgatamos) as nossas
faltas. Purgatório significa purgação, purificação.
O purgante é o remédio que
limpa o organismo. E as dores e
aflições é o purgante que limpa
a alma das transgressões à Lei
Divina.

Podemos dizer que, o caminho
mais rápido e seguro entre o
purgatório e o Céu, é a pratica
do Evangelho “AMA O PRÓXIMO
COMO A TI MESMO”.

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3) Orgulho de casta, de posição social x princípios cristãos.

3- O Espiritismo e a Questão Social - Deolindo Amorim
Embora se preocupe diretamente com a vida futura ou extraterrena, não
deixa o Espiritismo, todavia, de cogitar do bem-estar humano, e para tanto
discute os aspectos fundamentais das questões sociais.

Não é então omissa a doutrina nos pontos essenciais da vida encarnada.
Embora discorde de uma solução puramente científica, e ou materialista, o
espiritismo é objetivo nestas questões porque não é nas regiões etéreas e
nem pela prática das penitências, que se corrigem as distorções sociais,
mas sim aqui, neste mundo material, aperfeiçoando as instituições sociais,
buscando o equilíbrio entre a eterna luta entre capital e trabalho.

Os conflitos sociais, não podem ser resolvidos apenas por meios materiais. A
questão social existe porque há desarmonia entre o capital e o trabalho,
determinando o conflito de classes.

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Temos aqui, neste pequeno trecho, a interpretação da luta entre o capital e
o trabalho, à luz da Doutrina Espírita:

“A questão social não tem pois, por ponto de partida a forma de tal ou qual
instituição; ela está toda no MELHORAMENTO MORAL dos indivíduos e
das massas.

Aí é que se acha o princípio, a verdadeira chave da felicidade do gênero
humano, porque então os homens não mais cogitarão de se prejudicarem
reciprocamente.”
Deolindo Amorim

14
4) Evitar conversação inútil. Ouvir os dementes, sem ser um deles.

4- Encerrando o capítulo, a advertência de Narcisa à André, de que não
valeria a pena gastar seu precioso tempo, com tentativas de doutrinação
àquela senhora, pois ela ainda acreditava em seus “valores morais” e
falaria sem parar sobre eles, querendo fazer André acreditar em seus
princípios.

A caridade moral consiste em vos suportardes uns aos outros, o que
menos fazeis nesse mundo inferior, em que estais momentaneamente
encarnados. Há um grande mérito, acreditai, em saber calar para que outro
mais tolo possa falar: isso é também uma forma de caridade. Saber fazer-se
de surdo, quando uma palavra irônica escapa de uma boca habituada a
caçoar; não ver o sorriso desdenhoso com que vos recebem pessoas que,
muitas vezes erradamente, se julgam superiores a vós, quando na vida
espírita, a única verdadeira, está às vezes muito abaixo: eis um
merecimento que não é de humildade, mas de caridade, pois não se
incomodar com as faltas alheias é caridade moral.
E.S.E. Caridade material e caridade moral.

15
O texto apresenta dois pontos para reflexão. O primeiro ponto é a ideia que
alguém possa ser melhor ou inferior a outro devido à cor da pele, da
religião ou da situação financeira/social. Quem é cristão não pode aceitar
esta ideia, ela é contra a lei do amor de Deus. Quem é espírita sabe que o
corpo físico é temporário e, portanto, não temos cor ou posição social
eternas. Em uma encarnação podemos ser do sexo feminino e negra, na
outra encarnação podemos nascer em um corpo masculino e branco.
O segundo ponto de reflexão do texto é a religião. Neste caso, somente o culto
externo foi observado. A irmã seguiu todas as formalidades que a religião lhe
exigia, mas isto não significou que ela se tornou uma pessoa melhor. Ela
provavelmente foi uma boa católica, mas não foi uma boa cristã.
E nós espíritas? Qual será a nossa situação quando chegar a nossa hora
de prestar contas?

"Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral, e
pelos esforços que faz para domar suas más inclinações". Allan Kardec

PEDINDO PERDÃO
Enquanto os apetrechos da excursão e os
animais de serviço eram recolhidos, uma
voz carinhosa se fez ouvir. “- André! você
aqui, que surpresa.”

CAPÍTULO 35 - Encontro singular

No capítulo anterior, André estava
observando os “recém chegados do
Umbral” trazidos e atendidos pelos
Samaritanos, Narcisa, Salustiano... E André
acaba caindo nas tramas da curiosidade e
se compraz na conversa de um Espírito em
profundo sofrimento e perturbação.
CAP. 35 - Encontro singular
Guardavam-se petrechos da excursão e recolhiam-se os animais de serviço,
quando a voz de alguém se fez ouvir carinhosamente, ao meu lado:
_André? Você aqui? Muito bem! Que agradável surpresa!...
A condição Superior da Família de André
Voltei-me surpreendido e reconheci, no Samaritano que assim falava, o
velho Silveira, pessoa de meu conhecimento, a quem meu pai, como
negociante inflexível, despojara, um dia, de todos os bens.

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O caso Silveira – Era Silveira, pessoa que André conhecera na
Terra e a quem seu pai, como negociante inflexível, despojara um
dia de todos os bens. Envergonhado com a situação, André
lembrava-se perfeitamente do dia em que a mulher de Silveira foi à
sua casa pedir moratória para a dívida do marido. Silveira estava
acamado havia muito tempo e dois filhos encontravam-se doentes.

Na ocasião, André também encorajara seu pai a consumar o iníquo
atentado; considerava sua mãe excessivamente sentimentalista e
induzira o pai prosseguir na ação, até ao fim.

Apesar da intercessão de sua mãe, o pai de André fora inflexível.
Levados à penúria, os Silveiras procuraram recanto humilde do
interior e nunca mais se ouviu falar deles.

Silveira mostrava-se, porém, simpático e sem rancor e abraçou
André, antes de voltar ao trabalho.

19
– Constrangido, não sabe o que dizer, e se
afasta. Quis falar, mas sentia-se culpado
também, por ter ficado ao lado do pai, na
pendenga, bem ao contrário de sua mãe que
lutou para que o marido relevasse a dívida.
Mas, incentivado por Narcisa, AL encheu-se de
coragem, voltou e abraçou o antigo desafeto
com um pedido de perdão pelos erros que o pai
e ele haviam cometido e pede-lhe desculpas
sinceras.
Silveira explicou, com humildade, que a perda das possibilidades
materiais fora útil no tocante ao progresso espiritual de sua família.
Com os novos conhecimentos obtidos na colônia espiritual, ele não
mais encarava os adversários como inimigos, mas sim como
benfeitores

Silveira diz-lhe que o pai foi seu verdadeiro instrutor, pois ensinou-lhe
os valores do espírito, comentando que ninguém está isento de faltas
e reconhecendo nos adversários, não propriamente inimigos, mas
benfeitores, por servirem de teste e instrumentos da justiça divina.

20
(Narcisa) ...Já tive a felicidade de
encontrar por aqui o maior número
das pessoas que ofendi no mundo.
Sei, hoje, que isso é uma bênção do
Senhor, que nos renova a
oportunidade de restabelecer a
simpatia interrompida, recompondo
os elos quebrados da corrente
espiritual. Não tema insucessos. Toda vez que oferecemos raciocínio e
sentimento ao bem, Jesus nos concede quanto se faça necessário ao
êxito. Tome a iniciativa. Empreender ações dignas, quaisquer que
sejam, representa honra legítima para a alma.

Renovamos, aqui, todos os velhos conceitos da vida humana. Nossos
adversários não são propriamente inimigos e, sim, benfeitores.

☼ Exatamente como numa grande cidade, onde os homens de
todas as categorias e condições se vêem e se reencontram sem se
confundirem;
278.Os espíritos das diferentes ordens se reúnem por afinidade
formando grupos ou famílias.
☼ ...onde as sociedades se formam por semelhanças de
gostos; onde o vício e a virtude convivem cada um à sua
maneira.

285. Os espíritos se reconhecem perfeitamente após a morte.
285.a) Os espíritos se reconhecem também, pela lembrança de
vidas pretéritas
293. Apenas os espíritos imperfeitos conservam o ressentimento que
tiveram entre si na Terra.

Orgulho e Vaidade: AL... nós estávamos cegos. Em tal estado, nada
conseguíamos vislumbrar, senão o interesse próprio. Quando o dinheiro se
alia à vaidade dificilmente pode o homem afastar-se do mau caminho.

Intransigência: AL... levando-o ao extremo de uma falência desastrosa.
Meu genitor manteve-se irredutível. Não podia, afirmava, quebrar as
normas e precedentes do seu estabelecimento comercial.

Humilhação: AL...A pobrezinha chorava, levando o lenço aos olhos. Pedia
mora, implorava concessões justas. Humilhava-se, dirigindo olhares doridos
como a rogar entendimento e socorro...

Constrangimento: Narcisa: Não tema insucessos. Toda vez que oferecemos
raciocínio e sentimento ao bem, Jesus nos concede quanto se faça
necessário ao êxito. Tome a iniciativa. Empreender ações dignas, quaisquer
que sejam, representa honra legítima para a alma.

Reconciliação: Narcisa: Empreender ações dignas, quaisquer que sejam,
representa honra legítima para a alma. Recorde o Evangelho e vá buscar o
tesouro da reconciliação.

APONTAMENTOS PARA REFLEXÃO

Perdão: AL....Corri ao encontro de Silveira e falei-lhe abertamente, rogando
perdoasse a meu pai, e a mim, as ofensas e os erros cometidos.

Reconhecimento dos próprios erros: Silveira: Renovamos, aqui, todos os
velhos conceitos da vida humana. Nossos adversários não são
propriamente inimigos e, sim, benfeitores.

Humildade: AL... Derrotados na luta, os Silveiras haviam procurado recanto
humilde no Interior, amargando o desastre financeiro em extrema penúria.
Nunca mais tivera noticias daquela família, que, certo, nos devia odiar.
Silveira: - Ora, André, quem haverá isento de faltas? Acaso, poderia você
acreditar que vivi isento de erros? Além disso, seu pai foi meu verdadeiro
instrutor. Devemos-lhe, meus filhos e eu, abençoadas lições de esforço
pessoal. Sem aquela atitude enérgica que nos subtraiu as possibilidades
materiais, que seria de nós no tocante ao progresso do espírito? Não se
entregue a lembranças tristes. Trabalhemos com o Senhor, reconhecendo o
infinito da vida. E fixando, emocionado, os meus olhos úmidos, afagou-me
paternalmente e rematou: - Não perca tempo com isso. Breve, quero ter a
satisfação de visitar seu pai, junto de você. Abracei-o, então, em silêncio,
experimentando alegria nova em minhalma. Pareceu-me que, num dos
escaninhos escuros do coração, acendera divina luz para sempre.

Cap. 36 O sonho:
VISITA MATERNA
AL, logo dormiu e
sentiu uma sensação
de leveza e parecia
seguir num pequeno
barco em direção a
regiões
desconhecidas.

Prosseguiram os serviços... Enfermos exigindo cuidado, perturbados
reclamando dedicação; ao cair da noite, já me sentia integrado no mecanismo
dos passes, aplicando-os aos necessitados de toda sorte.

Pela manhã, regressou Tobias e, mais por generosidade que por outro
motivo, estimulou-me com palavras animadoras. Ensaiava palavras de
reconhecimento, quando a senhora Laura e Lísias chegaram e me abraçaram.
- Sentimo-nos profundamente
satisfeitos - disse a generosa senhora,
sorrindo -, acompanhei-o em espírito,
durante a noite, e sua estréia no
trabalho é motivo de justa alegria em
nosso círculo doméstico. Disputei a
satisfação de levar a notícia ao
Ministro Clarêncio, que me
recomendou cumprimentasse a você
em nome dele.
Cap. 36 O sonho

Tobias pós à disposição um apartamento de
repouso e aconselhou-me algum descanso. De
fato, sentia grande necessidade do sono.
Recolhido ao quarto confortável e espaçoso, orei
ao Senhor da Vida agradecendo-lhe a bênção de
ter sido útil.

A "proveitosa fadiga" dos que cumprem o dever
não me deu ensejo a qualquer vigília
desagradável. Daí a instantes, sensações de
leveza invadiram-me a alma toda e tive a
impressão de ser arrebatado em pequenino
barco, rumando a regiões desconhecidas. André tinha, enquanto conversava com a mãe, perfeita consciência
de que havia deixado o veículo inferior – o corpo espiritual – no
apartamento. Essa curiosa emancipação espiritual só é explicável
pela admissão da existência do corpo mental, o envoltório sutil da
mente, descrito por André na primeira parte, cap. II, do livro
Evolução em dois mundos

Para onde me dirigia? Impossível responder.
A meu lado, um homem silencioso sustinha o
leme. E qual criança que não pode enumerar
nem definir as belezas do caminho, deixava-me
conduzir sem exclamações de qualquer
natureza, extasiado embora com as
magnificências da paisagem.
Parecia-me que a embarcação seguia célere,
não obstante os movimentos de ascensão.
Decorridos minutos, vi-me à
frente de um porto
maravilhoso, onde alguém me
chamou com especial carinho:
- André!... André!...
Desembarquei com
precipitação verdadeiramente
infantil. Reconheceria aquela
voz entre milhares.

Num momento, abraçava minha mãe em
transbordamentos de júbilo.
Fui conduzido, então, por ela, a prodigioso
bosque, onde as flores eram dotadas de
singular propriedade – a de reter a luz,
revelando a festa permanente do perfume e
da cor. Tapetes dourados e luminosos
estendiam-se, dessa maneira, sob as grandes
árvores sussurrantes ao vento. Minhas
impressões de felicidade e paz eram
inexcedíveis.
O sonho não era propriamente qual se verifica
na Terra. Eu sabia, perfeitamente, que deixara
o veículo inferior (perispírito)no apartamento
em "Nosso Lar", e tinha absoluta consciência
daquela movimentação em plano diverso.
Minhas noções de espaço e tempo eram
exatas. A riqueza de emoções, por sua vez,
afirmava-se cada vez mais intensa.

30
Entre outras coisas disse-lhe a
mãe: “- Acompanho os teus
esforços em Nosso Lar, e
sempre que puder mantenha-
se em serviço. E mesmo
remunerado pelo bônus-hora,
saiba que há uma
correspondência direta entre o
conteúdo espiritual da hora do
servidor e as Leis Naturais”.
E continuou: “- É por isso que as Leis Divinas concedem sabedoria
ao que gasta tempo em aprender e dá mais vida e mais alegria aos
que sabem renunciar no trabalho ao semelhante.”

Qual menino que adormece após a lição, AL perdeu a consciência
de si mesmo e despertou mais tarde nas Câmaras de Retificação,
experimentando vigorosas sensações de alegria.

31
Muito roguei a Jesus me permitisse a sublime satisfação de ter-te a
meu lado, no teu primeiro dia de serviço útil. Como vês, o trabalho é
tônico divino para o coração.

É indispensável converter toda a oportunidade da vida em motivo de
atenção a Deus. Nos círculos inferiores, o prato de sopa ao faminto, o
bálsamo ao leproso, o gesto de amor ao desiludido são serviços dignos
que nunca ficarão deslembrados na Casa de Nosso Pai; aqui,
igualmente, o olhar de compreensão ao culpado, a promessa
evangélica aos que vivem no desespero, a esperança ao aflito
constituem bênçãos de trabalho espiritual, que o Senhor observa e
registra a nosso favor.

O Evangelho de Jesus lembra-nos que há maior alegria em dar que em
receber. Aprendamos a concretizar semelhante princípio, no esforço
diário a que formos conduzidos pela nossa própria felicidade. Dá
sempre, filho meu. Sobretudo, jamais esqueças de dar de ti mesmo, em
tolerância construtiva, em amor fraternal e divina compreensão.
APONTAMENTOS: FRASES DITAS PELA MÃE DE ANDRÉ LUIZ

32
A prática do bem exterior é um ensinamento e um apelo, para que
cheguemos à prática do bem interior. Jesus deu mais de si para o
engrandecimento dos homens que todos os milionários da Terra
congregados no serviço, sublime embora, da caridade material.

Trabalha, meu filho, fazendo o bem. Em todas as nossas colônias
espirituais, como nas esferas do globo, vivem almas inquietas,
ansiosas de novidades e distração. Sempre que possas, porém, olvida
o entretenimento e busca o serviço útil.

O bônus-hora representa a possibilidade de receber alguma coisa de
nossos irmãos em luta, ou de remunerar alguém que se encontre em
nossas realizações; mas o critério quanto ao valor da hora pertence
exclusivamente a Deus.

Tabelas, quadros, pagamentos são modalidades de
experimentação dos administradores, a que o Senhor concedeu
a oportunidade de cooperar nas Obras Divinas da Vida, assim
como concede à criatura o privilégio de ser pai ou mãe, por
algum tempo, na Terra e noutros mundos.

33
Toda compensação exterior afeta a personalidade em experiência;
mas todo valor de tempo interessa à personalidade eterna, aquela
que permanecerá sempre em nossos círculos de vida, em marcha
para a glória de Deus. É por essa razão que o Altíssimo concede
sabedoria ao que gasta tempo em aprender e dá mais vida e mais
alegria aos que sabem renunciar!...

DA EMANCIPAÇÃO DA ALMA
Emancipar > Tornar(-se) independente; libertar(-se)
em Espiritismo “desprendimento do Espírito encarnado”.
1 - O sono e os sonhos.
2 - Visitas espíritas entre pessoas: ENCARNADAS OU DESENCARNADAS

André, em sonho , enquanto
conversava com a mãe, tinha
perfeita consciência de que
havia deixado o veículo inferior
– o corpo espiritual – no
apartamento e que estava em
outro nível de realidade (outra
dimensão espiritual).

Plano Material
Plano
Espiritual
24 bilhões de
desencarnados
Da existência do Mundo Espiritual
6 bilhões de
encarnados

Por este capítulo refletimos que se os desencarnados dormem e
sonham, deixando o perispírito no leito, provavelmente com o corpo
mental, “envoltório sutil da mente”, aludido pelo próprio A. Luiz em
1958, na p. 25, Cap II, 11ª Ed., do Livro “Evolução em Dois Mundos”,
FEB, RJ/RJ.

Emancipação da Alma
Durante o sono, a
alma repousa
como o corpo?
LE - Questão 401
Objetivo: Entender o processo do desdobramento
natural e ou provocado como grande recurso de
renovação moral e auxilio aos trabalhos da Casa
Espírita.

407. O sono completo é necessário para a emancipação do Espírito?

– Não; o Espírito recobra sua liberdade quando os
sentidos se entorpecem. Ele se aproveita, para se emancipar, de
todos os momentos de repouso que o corpo lhe concede. Desde
que haja debilidade das forças vitais, o Espírito se desprende, e
quanto mais fraco estiver o corpo, mais livre ele estará.

Nota: É assim que a sonolência, ou um simples entorpecimento dos
sentidos, apresenta muitas vezes as mesmas imagens do sono.
O LIVRO DOS ESPÍRITOS
DA EMANCIPAÇÃO DA ALMA
capítulo 8

Enquanto o corpo recupera os
elementos que perdeu por efeito da
atividade da vigília, o Espírito vai
retemperar-se entre os outros
Espíritos.
Colhe, no que vê, no que ouve e
nos conselhos que lhe dão, idéias que,
ao despertar, lhe surgem em estado de
intuição.
Atividade do Espírito durante o sono
ESE: Cap. 28, item 38

Atividade do Espírito durante o sono
Os Espíritos mais imperfeitos, em
vez de procurar a companhia de
Espíritos bons, buscam a de seus iguais.
Vão, enquanto dormem em busca
de emoções talvez até menos dignas
das que alimentam quando em vigília.
Assim, por questões de afinidade,
entram em contato com outros Espíritos
que vivem nos vícios, no erro, na
maledicência.

Atividade do Espírito durante o sono
Os Espíritos mais evoluídos, vão
para junto dos seres que lhes são
superiores.
Com estes viajam, conversam, se
instruem e trabalham.
Aproveitam essa liberdade
provisória para estudar, para em
contato com os Espíritos superiores,
receber orientações ...

• Perceber a vida na outra
dimensão;
Objetivos do intercâmbio com o invisível
 Buscar orientação;
 Estímulo para viver.
 Consolo para as nossas
lutas;

Porque não lembramos
Durante o sono, o Espírito liberto
age e sua memória perispiritual
registra os fatos sem que estes
cheguem ao cérebro físico; tudo é
percebido diretamente pelo Espírito;
excepcionalmente, as percepções da
alma poderão repercutir no cérebro
físico.

“O sono liberta
parcialmente a alma do
corpo. Quando o homem
dorme, momentaneamente
se encontra no estado em
que estará
permanentemente após a
morte.(...).”
DA EMANCIPAÇÃO DA ALMA
Emancipar > Tornar(-se) independente; libertar(-se).

CICLOS DO SONO
mas

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E
S
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Ç
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O

S
O
N
O

Durante o sono, ocorrem cinco estágios distintos. Quatro classificados
de Não-REM (NREM) e um de REM.

Podem ser caracterizados de acordo com a atividade elétrica cortical
de cada um.

Passa-se da fase 1 para a 2 e desta, para a 3 e 4. Permanece-se
neste estágio por algum tempo, até haver um retrocesso chegando
novamente a fase 1 e desta, para a REM. Concluída esta fase, repete-se
todo o processo.

A cada novo estágio, há um aprofundamento maior do sono sendo que
o estágio REM possui características diferenciadas.
O SONO - A FASE REM (Rapid Eye Movement)

-É um estágio de consolidação e armazenamento de informações diurnas;
é provavelmente neste estágio do sono que o cérebro organiza as
informações assimiladas durante o dia.

-Seria, também nesta fase, que o cérebro estaria eliminando conteúdos
inúteis da memória para liberar espaço de processamento e lidar de forma
mais eficaz com as informações mais importantes.

-Até os 12 anos de idade, há uma maior incidência do sono REM em
relação ao total geral de horas dormidas, indicando que neste estágio do
sono, há um envolvimento no desenvolvimento cerebral e
estabelecimento de conexões sinápticas.
OBS.: Seria esta fase, o momento em que a alma (espírito
reencarnado) vivencia com maior intensidade suas experiências e
lembranças espirituais, distante ou não do corpo material mais denso
de que se utiliza e que, devido a esta intensidade, e pelo laço fluídico
que os une, se torna necessário que o cérebro físico esteja
relativamente mais ativo para receber, aprender e apreender essas
impressões?
O SONO - ALGUMAS FUNÇÕES DO SONO REM

O LIVRO DOS ESPÍRITOS DA EMANCIPAÇÃO DA ALMA capítulo 8
409. Muitas vezes, num estado que ainda não é a sonolência,
quando temos os olhos fechados, vemos imagens distintas, figuras
das quais observamos os mais minuciosos detalhes; é um efeito de
visão ou de imaginação?

– O corpo, estando entorpecido, faz com que o Espírito
procure libertar-se de suas amarras. Ele se transporta e vê. Se
o sono fosse completo, seria um sonho.
412. A atividade do Espírito durante o repouso ou o sono do corpo
pode fazer com que o corpo sinta cansaço?

– Sim, pode. O Espírito está preso ao corpo, assim como
um balão cativo a um poste. Da mesma forma que as agitações
do balão abalam o poste, a atividade do Espírito reage sobre o
corpo e pode fazer com que se sinta cansado.

Cinco Questões Prévias
1 - São os sonhos o espelho fiel de uma realidade a que ainda não temos
acesso?
2 - De que tem valido ao homem a tentativa de interpretá-los sem levar em
conta suas verdadeiras dimensões e alcances?
3 - Que ocorre à margem de nossos sentidos e de nossa consciência do que
diariamente nos acontece?
4 - Quem maneja durante o sono nossas faculdades mentais, produzindo
e reproduzindo vivências, fazendo-nos experimentar sensações tão reais
como as da vigília, ou causando à nossa sensibilidade não poucos
sobressaltos?
5 - Como registrar conscientemente essas vivências ou atuações no plano
metafísico, enquanto nossos sentidos cessam suas funções e perdemos
conexão com a realidade que nos circunda?

À verdade somente se chega por meio de conhecimentos que dissipem
as sombras da incerteza. Os sonhos não podem escapar a essa
lei; em conseqüência, por essa mesma via o homem haverá de descobrir
o grande agente que os promove.

1. das interferências das preocupações do estado de vigília;
2. dos desejos do estado de vigília;
3. das disposições orgânicas;
4. das lembranças de vidas passadas;
5. das atividades do espírito durante o sono;
6. das intuições quanto ao futuro.
Pode-se afirmar que, na visão
espírita, trazida por Allan
Kardec, nos primórdios do
Espiritismo, os sonhos são
conseqüências:

ESTUDANDO A MEDIUNIDADE - O SONHO - Martins Peralva
CLASSIFICAÇÃO DOS SONHOS
Espíritas: A alma, desprendida do corpo, exerce atividade real e afetiva,
facultando meios de encontrar-se com parentes, amigos, instrutores e,
também, com os inimigos, desta e de outras vidas.
O Espírito, por influxo magnético, parte para os locais de sua
preferência. O viciado procurará os outros. O religioso buscará um
templo. O sacerdote do Bem irá ao encontro do sofrimento e da lágrima,
para assisti-los fraternalmente.
Comuns: Desligando-se parcialmente do corpo, o Espírito se vê envolvido
e dominado pela onda de imagens e pensamentos, seus e do mundo
exterior, uma vez que vivemos num misterioso turbilhão das mais
desencontradas ideias.
Reflexivos: A alma, abandonando o corpo físico, registra as impressões e
imagens arquivadas no subconsciente e plasmadas na organização
perispiritual. Tal registro é possível de ser feito em virtude da modificação
vibratória, que põe o Espírito em relação com fatos e paisagens remotos,
desta e de outras existências.

(...) a atividade em desdobramento, durante as horas do sono, é mais
intensa e extensa do que o curto período de uma hora ou duas, em
que se desenvolve a tarefa mediúnica propriamente dita.“
“ O planejamento e o preparo das sessões é todo feito no mundo
espiritual, sob a direção de competentes e dedicados servidores do
Cristo.”
“ Para isto, recomenda-se que, na prece que precede o sono, coloquemo-
nos à disposição dos nossos amigos espirituais para as humildes
tarefas que estiverem ao nosso alcance realizar junto deles, e peçamos a
proteção divina para toda a atividade a desenrolar-se além das fronteiras
da matéria bruta.”
Diálogo com as sombras - 4º parte - cap.38

- “Quando encarnados, na Crosta, não
temos bastante consciência dos serviços
realizados durante o sono físico; contudo, esses
trabalhos são inexprimíveis e imensos. (...)
Infelizmente, porém, a maioria se vale,
inconscientemente, do repouso noturno para sair
à caça de emoções frívolas ou menos dignas.
Relaxam-se as defesas próprias, e certos
impulsos, longamente sopitados durante a
vigília, extravasam em todas as direções, por
falta de educação espiritual, verdadeiramente
sentida e vivida. (Sertório)
MISSIONÁRIOS DA LUZ - NO PLANO DOS SONHOS - André Luiz por Chico Xavier
- “Contamos, em nosso centro de estudos, com número superior a
trezentos associados; no entanto, apenas trinta e dois conseguem romper
as teias inferiores das mais baixas sensações fisiológicas, para assimilarem
nossas lições. E noites se verificam em que mesmo alguns desses quebram
os compromissos assumidos, atendendo a seduções comuns, reduzindo-se
ainda mais a frequência geral”.
(Instrutor Alexandre)

Desdobrando-se no sono vulgar, a criatura segue o rumo da própria
concentração, procurando, automaticamente, fora do corpo de carne, os
objetivos que se casam com os seus interesses evidentes ou escusos.
MECANISMOS DA MEDIUNIDADE – DESDOBRAMENTO - André Luiz
Dormindo o corpo denso, continua vigilante a onda mental de cada um –
presidindo ao sono ativo, quando registra no cérebro dormente as impressões
do Espírito desligado das células físicas, e ao sono passivo, quando a mente,
nessa condição, se desinteressa, de todo, da esfera carnal.
Nessa posição, sintoniza-se com as oscilações de companheiros
desencarnados ou não, com as quais se harmonize, trazendo para a vigília no
carro de matéria densa, em forma de inspiração, os resultados do intercâmbio
que levou a efeito, porquanto raramente consegue conscientizar as
atividades que empreendeu no tempo de sono.
O homem do campo, no repouso físico, supera os fenômenos hipnagógicos
e volta à gleba que semeou, contemplando aí, em Espírito, a plantação que lhe
recolhe o carinho; o artista regressa à obra a que se consagra, mentalizando-
lhe o aprimoramento; o espírito maternal se aconchega ao pé dos filhinhos que
a vida lhe confia, e o delinquente retorna ao lugar onde se encarcera a dor do
seu arrependimento.

Como um terço da vida física é dedicado ao sono, imenso
patrimônio logrará quem converta esse tempo ou parte dele no
investimento do progresso, em favor da libertação que lhe credenciará,
para uma existência plena, um futuro ditoso.

Se alguém diz como e o que sonha, é fácil explicar-lhe como
vive nas suas horas diárias.

Dorme-se, portanto, como se vive, sendo-lhe os sonhos o
retrato emocional da sua vida moral e espiritual.

Temas da Vida e da Morte - Manoel P. de Miranda por Divaldo P. Franco

PREPARAÇÃO PARA UM BOM SONO:
MENTAL: leituras, conversas, filmes, atividades comedidas,
não desgastantes;
ORGÂNICO: refeições leves, higiene, silêncio, etc.
ESPIRITUAL: leitura edificante, meditação, serenidade, perdão,
prece; (Mediunidade, Therezinha Oliveira)
-Estabeleça horários regulares para dormir e acordar, mesmo nos fins de
semana;
-Garanta um ambiente apropriado para o sono: quarto escuro, sem barulho,
colchão adequado, temperatura agradável;
-Pratique atividades físicas regulares durante o dia;
-Evite refeições pesadas próximo do horário de dormir;
-Evite a ingestão excessiva de café e cafeinados (chás, colas, chocolates,
etc) durante o dia e, especialmente, à noite;
-Evite o consumo excessivo de nicotina;
-Evite fazer exercícios físicos vigorosos à noite;
-Evite cochilos, especialmente se prolongados, durante o dia;
-Evite ambientes muito iluminados e/ou uso prolongado de aparelhos com
iluminação (computadores, por exemplo) durante a noite;

O SONO E OS SONHOS
Mais que uma faculdade, sonhar é o poder que tem o
espírito de usar a mente e demais recursos psicológicos que
o ente físico lhe oferece enquanto dorme e assisti-lo em sua
evolução.

Os sonhos são, pois, resultados da intervenção direta do
espírito individual, produzida enquanto o ser dorme. Ao se
tornarem conscientes, evidenciam o que o homem pode
alcançar na vigília, enquanto
procura estabelecer o enlace de seu espírito com sua
consciência.

Repetimos: quando o ser físico dorme, é seu espírito quem
manipula seu mecanismo mental.
O ESPÍRITO - Raumsol-Logosofia

O SONO E OS SONHOS
Os sonhos podem ser lúcidos ou confusos. Quando a
faculdade de sonhar se conecta à consciência, mesmo
circunstancialmente, os sonhos são lúcidos; ocorrendo o
contrário, tornam-se confusos, pois a memória, alheia
nestes casos às funções da faculdade de sonhar, não pode
reter claramente o que foi sonhado, ao voltar o ser a seu
estado de vigília.
A imaginação costuma suprir, então, com ele mentos
estranhos ao sonho, a imperfeição da imagem conservada,
alterando ainda mais seu aspecto.
Em outras ocasiões, tem-se, ao despertar, a sensação de
haver sofrido um horrível e inquietante pesadelo, sem que
possam ser explicadas as causas que o motivaram.
O ESPÍRITO - Raumsol-Logosofia

Como pode o homem ser espectador consciente de seus sonhos?
Para isso, o homem deve realizar o
processo de evolução consciente,
porque a consciência não pode atuar
nos sonhos se não está previamente
adestrada e munida de
conhecimentos essenciais que a
habilitem para cumprir essa função.
Honesta e sensatamente, não se pode conceber que o ser humano
busque tão-só por curiosidade, ou por simples especulação,
conhecer semelhante faculdade. Aos que, de posse dela, jamais o
usariam com fins mesquinhos, dos quais não está isenta a vaidade
pessoal. Os conhecimentos adquiridos por meio da evolução
consciente implicam uma responsabilidade impossível de evitar; o
caráter insubornável da consciência impediria isso.

Joaana de Ângelis – Autodescobrimento, Lição 24; Subconsciente e sonhos:
...pode-se programar os sonhos que se deseja ter, assim como evitar aqueles
que se fazem apavorantes – os pesadelos. A questão reside nos
pensamentos cultivados, armazenados nos depósitos do subconsciente, e
que assumem o controle através de pensamentos e ações conscientes.
O subconsciente não tem os recursos da crítica e do discernimento, sendo
estático, isto é: possui a faculdade de guardar todo o material que se dirige
ao inconsciente; não seleciona o que arquiva, que no entanto aí permanece e
pode assomar à consciência ou direcionar-se aos registros profundos da
inconsciência.
O subconsciente aceita qualquer tipo de mensagem, sem reflexão, sem
análise de qualidade. Conforme se pensa acumulam-se as memórias, o que
permite a sua reprogramação.

Joaana de Ângelis – Autodescobrimento, Lição 24; Subconsciente e sonhos:
...Estabelecendo-se um programa de sonhos bons, será possível dar
ordens ao subconsciente, ao mesmo tempo racionalizando o material
perturbador nele depositado.
Antes de dormir, cumpre sejam fixadas as idéias agradáveis e
positivas, visualizando aquilo com que se deseja sonhar, certamente
para tirar proveito útil no processo de crescimento interior, de
progresso cultural, intelectual, moral e espiritual.
Será uma conquista ideal o momento a partir do qual o indivíduo esteja
consciente da sua realidade, pensando e agindo de forma lúcida, sem
os bloqueios das ilusões, os véus dos medos, as sombras das
frustrações que escondem essa realidade.

“Todo desejo fortemente acionado libera do subconsciente as cargas
arquivadas, que retornam ao campo da consciência como sonhos,
recordações, memórias...”. Os sonhos são, portanto, também a
realização de desejos conscientes e inconscientes. “Jung”

O texto coloca que os sonhos podem ser programados tanto quanto
extintos quando no formato de pesadelos, bastando que,
conscientemente se deseje sonhar com algo de agradável e positivo.

Pode-se afirmar que a tese defendida no Espiritismo, por Allan Kardec e
após ele, compreende a visão psicológica a respeito dos sonhos. Os
textos citados nos levam à percepção de que a visão espírita atual
compreende a visão psicológica, adicionando a ótica do espírito. Essa
visão permite a análise objetiva, subjetiva e espiritual. Não observamos
conflito de opinião, mas acréscimo de visão. Tanto de um lado como de
outro, se é que existe antagonismo, as posições são corretas e
podem ser utilizadas na prática clínica sem prejuízo ao paciente e
sem a necessidade de convertê-lo a uma crença. (Adenauer Novaes)

Antes de dormir deve-se aquietar sua mente, para que a faculdade de
sonhar atue sem travas; sabe também colocar-se no estado mais inefável,
para que nada perturbe o labor que será desenvolvido
por essa faculdade, com a qual trata de familiarizar-se.

Terá conseguido reunir, em resumo, um conjunto de recursos úteis, que lhe
permitirão não apenas oferecer seu concurso à faculdade de sonhar, como
também confiar no poder realizador dela, enquanto espera que ela dê
resposta ao íntimo chamado que, sem dúvida, fará resplandecer na sua
inteligência, sendo que, uma agilização maior das faculdades de nossa
mente que aumenta nossa eficiência nas atuações que desenvolvemos
durante a vigília, também há de favorecer o melhor desempenho de tais
faculdades durante o sonho.

Na medida do exercício para o processo da evolução consciente os
sonhos se tornam mais claros, mais tranqüilos, mais reais,
conseguido sincronizar os dois movimentos mentais, sonhar e estar
em vigília..
Como pode o homem ser espectador consciente de seus sonhos?

Esta faculdade subjetiva se acentuará, em cada fase do mencionado
processo, as possibilidades de penetração do próprio entendimento.

Só assim poderá incorporar-se à nossa herança consciente o fruto
irreversível do saber conquistado, sendo esse saber precisamente o que
forja as bases de nosso destino.

Alcançar o manejo consciente da faculdade de sonhar implica haver
alcançado um dos maiores triunfos evolutivos reservados ao homem: a
integração do ser psicofísico com seu espírito.

Os sonhos refletem o passado, o presente e o futuro, bem como
situações atemporais. Tempo e espaço são relativizados nos sonhos
assim como a noção de causalidade. Não se pode querer que os
sonhos apresentem a mesma seqüência cronológica de eventos
como na consciência.

Todo sonho tem uma mensagem que, quando não entendida pelo ego do
sonhador, se repetirá até que o processo de crescimento tenha atingido
seu real objetivo. Essa mensagem é que tem sido objeto de busca e
compreensão.

Pensar sobre os sonhos, anotá-los, tentar interpretá-los, ou dar-lhes
qualquer atenção, disparará um mecanismo psíquico que produzirá novos
sonhos criados pelo fato de lhes atribuirmos algum valor. Isso nos leva a
entender que há sonhos que são criados pela observação que fazemos
deles.

Nos sonhos lúcidos, o sonhador tem consciência de que está dormindo e
de que sua consciência naquele momento lhe afirma estar sonhando, são
sonhos de emancipação do espírito, se apresentam muito nítidos e se
referem a aspectos da vida consciente fora do corpo. São mais que sonhos.
São situações revividas para serem refletidas pelo ego vígil, de forma
objetiva e direta. Alguns sonhos proféticos se devem ao contato com
espíritos mais esclarecidos que antevêem as ocorrências futuras e as
transmitem ao espírito liberto do corpo pelo sono.

PSICOLOGIA DOS SONHOS
O que é psicologia?
Deveria ser: psicologia é o estudo dos princípios, leis e fatos relativos à
evolução possível do homem; AQUELA que estuda o homem não do ponto
de vista do que parece ser, mas do ponto de vista do que ele pode chegar a
ser, ou seja, do ponto de vista de sua evolução possível. Portanto a
psicologia a que nos refirimos é muito diferente do que possam conhecer
por esse nome.

Nossa idéia fundamental é a de que o homem, tal qual o conhecemos, não
é um ser acabado. A natureza o desenvolve até certo ponto e logo o
abandona, deixando-o prosseguir em seu desenvolvimento por seus
próprios esforços e sua própria iniciativa, ou viver e morrer tal como
nasceu, ou, ainda, degenerar e perder a capacidade de desenvolvimento.

A evolução do homem significará o desenvolvimento de certas qualidades e
características interiores que habitualmente permanecem embrionárias e
esse desenvolvimento só é possível em condições bem definidas, que exige
esforços do próprio homem, e ajuda por parte daqueles empreenderam um
trabalho da mesma ordem e chegaram a um certo grau de
desenvolvimento.

A idéia essencial é que, para tornar-se um ser diferente, o homem deve
desejá-lo intensamente e por muito tempo. Um desejo passageiro ou vago,
nascido de uma insatisfação no que diz respeito às condições exteriores, não
criará um impulso suficiente. A evolução do homem depende de sua
compreensão do que pode adquirir e do que deve dar para isso.

Para compreender isso melhor, para saber que faculdades novas, que
poderes insuspeitados pode o homem adquirir e quais são aqueles que
imagina possuir, devemos partir da idéia geral que o homem tem de si
mesmo. E encontramo-nos, de imediato, ante um fato importante.

O homem não se conhece. Está cheio de idéias falsas sobre si mesmo. Não
conhece nem os próprios limites, nem suas possibilidades. Não conhece
sequer até que ponto não se conhece. Jesus já havia dito: “Conhecereis a
verdade e a verdade os libertará”

PSICOLOGIA DOS SONHOS

O homem deve saber que ele não é um, mas múltiplo.
Não tem um Eu único, permanente e imutável. Muda
continuamente. Num momento é uma pessoa, no
momento seguinte outra, pouco depois uma terceira e
sempre assim, quase indefinidamente.
PSICOLOGIA DOS SONHOS
EU EU EU EU EU
EU EU EU EU EU
EU EU EU EU EU
EU EU EU EU EU
EU EU EU EU EU
O que cria no homem a ilusão da própria unidade ou da própria
integralidade é, por um lado, a sensação que ele tem de seu corpo físico;
por outro, seu nome, que em geral não muda e, por último, certo
número de hábitos mecânicos implantados nele pela educação ou
adquiridos por imitação. Tendo sempre as mesmas sensações físicas,
ouvindo sempre ser chamado pelo mesmo nome e, encontrando em si
hábitos e inclinações que sempre conheceu, imagina permanecer o
mesmo.
Cada pensamento, cada sentimento, cada sensação, cada desejo, cada “eu
gosto” ou “eu não gosto”, é um “eu”. Esses eus” não estão ligados entre si,
nem coordenados de modo algum. Cada um deles depende das
mudanças de circunstâncias exteriores e das mudanças de impressões.

O que se deve entender por “desenvolvimento”? Em outras palavras, qual
é a espécie de mudança possível ao homem?

O desenvolvimento não pode se basear na mentira a si mesmo, nem no
enganar-se a si mesmo. O homem deve saber o que é seu e o que não é
seu. Deve dar-se conta de que não possui as qualidades que se atribui: a
capacidade de fazer, a individualidade ou a unidade, o Ego permanente,
bem como a consciência e a vontade. E é necessário que o homem saiba
disso, pois enquanto imaginar possuir essas qualidades, não fará os
esforços necessários para adquiri-las, da mesma maneira que um homem
não comprará objetos preciosos, se acreditar que já os possui.

Surge então outra questão: é possível adquirir o domínio de consciência,
evocá-los mais freqüentemente, mantê-los por mais tempo ou, até,
torná-los permanentes? Em outros termos, é possível tornar-se
consciente? Esse é o ponto essencial e é preciso compreender. Por meio
de métodos adequados e esforços apropriados, o homem pode adquirir o
controle da consciência, pode tornar-se consciente de si mesmo, com tudo
o que isso implica.

PSICOLOGIA DOS SONHOS

Esse estudo deve começar pelo exame dos obstáculos à consciência em nós mesmos,
porquanto a consciência só pode começar a crescer quando pelo menos alguns desses
obstáculos forem afastados.

Capítulo 37
A Preleção da Ministra Veneranda

Capítulo 37- A Prelecao da Ministra
O Contato de sua mãe e sua observações sobre a
pratica do bem (em sonho) , encheram o espirito
de André de conforto.
Conversara com Tobias sobre o bônus hora que sua
mãe mencionava. Ele explicou que cabia aos
administradores contar o tempo de serviços,
porém quanto ao valor essencial do
aproveitamento justo, só mesmo as Forcas Divinas
podem determinar com exatidão. Haviam
trabalhadores que depois de 40 anos de atividade
especial, dela se retiram como da primeira hora,
provando que gastaram tempo sem empregar
dedicação espiritual.

Capítulo 37- A Prelecao da Ministra
Acertara com Tobias a permissão para assistir a
conferencia da Ministra Veneranda. Mais de
1000 pessoas estavam no lindo salão.

Eles estavam como ouvintes, mais para frente
em um local de realce, ficavamm os mais
adiantados na matéria do dia, eles podiam
interpelar a Ministra. O Governador determinou
esta regra para todas as aulas para evitar as
opiniões pessoais e perda de tempo.

Veneranda chegou com duas outras
Ministras da Comunicação.

Capítulo 37- A Prelecao da Ministra
Vim para conversar com vocês sobre o pensamento.
•O Pensamento é a base das relações espirituais dos seres entre
si é a linguagem universal.
•A criação mental é quase tudo em nossa vida.
Somos milhões de almas dentro do Universo, ainda insubmissos
as leis Universais. Não somos comparáveis aos irmãos mais sábios
e vivemos nos caprichosos “mundos inferiores” do nosso “eu”.
Em geral recebemos instruções sobre as leis dos princípios
divinos, mas não nos submetemos a elas, tomamos conhecimento
dessas verdades sem lhes consagrarmos nossas vidas.
Estamos conscientes que é
o pensamento a base para
nossa vida? Temos agido
como tal ? Policiando ou
deixando nosso
pensamento correr solto
sem maiores
responsabilidades com o
que liberamos para o
Universo em forma de
energia?
Recebemos estes
ensinamentos através dos
estudos e palestras e muitos
de nós não colocamos em
prática por ser “DIFICIL”
Este é o nosso desafio
Quando começaremos?

Capítulo 37- A Prelecao da Ministra
•Aprendemos a respeito da força mental em
vários cursos de espiritualização nas escolas
religiosas, mas esquecemos que toda nossa
energia, tem sido empregada em milênios
sucessivos nas criações mentais destrutivas
ou prejudiciais a nós mesmos.
Pensa-
mento
•Mesmo tendo aprendido que o pensamento é
força essencial, continuamos agindo no terreno
das afirmativas verbais. Ninguém atenderá ao
dever apenas com palavras, a reforma é
interna. Cada espirito é compelido a manter e
nutrir as criações que lhe são peculiares.
Afirmativas
Verbais
•Ensina a Bíblia que o próprio Senhor da
Vida não estacionou no Verbo e continuou
o trabalho criativo na Ação.
Senhor da Vida
Como somos vistos não
retrata quem somos,
pois o que
verbalizamos não é o
nosso estado íntimo, o
que nos relela é o que
pensamos.

Capítulo 37- A Prelecao da Ministra
•Uma idéia criminosa produzira gerações
mentais da mesma natureza; um princípio
elevado obedecerá a mesma lei.
Pensamento

•"O pensamento � força viva, em toda parte; �
atmosfera criadora que envolve, a Causa e os
Efeitos, no Lar Universal. Nele, transformam-se
homens a caminho do c�u ou se fazem g�nios
diabólicos, a caminho do inferno.
Força
Viva

•Entre os desencarnados e encarnados, basta o
intercâmbio mental sem necessidade das formas. O
pensamento em si é a base de todas as mensagens
silenciosas da idéia, nos maravilhosos planos da intuição
entre os seres de todas especies. Compreendamos a
grandiosidade das leis do pensamento e submetamo-nos
a elas, desde hoje."
Base
das
Idéias
Nós espiritas temos acesso
a este conhecimentos em
cada linha das obras da
Codificacao. Devemos
aplica-lo, pois conscientes
estamos que o nosso
mundo real não é o das
palavras e sim o nosso
mundo interno.

Quando vi os companheiros levantarem-se para as despedidas, ao som da
música habitual, indaguei de Narcisa, surpreendido:
- Que é isso? Acabou a reunião?
A enfermeira bondosa esclareceu, sorridente:
- A Ministra Veneranda é sempre assim. Finaliza a conversação em meio
do nosso maior interesse. Ela costuma afirmar que as preleções
evangélicas começaram com Jesus, mas ninguém pode saber quando e
como terminarão.

80
CAPÍTULO 37 - A preleção da Ministra – Observações sobre Pensamento
– pensamento: força essencial em todo o
Universo, capaz de gerar o que se queira
— bom ou mau...
VENERANDA: Mas, só por admitirmos o
poder do pensamento, ficaremos libertos
de toda a condição inferior?
Impossível! Uma existência terrestre,
representa período demasiadamente
curto para aspirarmos a posição de
cooperadores divinos, METABOLIZAÇÃO
FLUIDOSFLUIDOS
ENERGIASENERGIAS
VIBRAÇÕES EVIBRAÇÕES E
PENSAMENTOSPENSAMENTOS
Afinamo-nos uns com outros, em núcleos insulados ainda,
compelidos a prosseguir nas construções transitórias da Terra.
Não saímos das nossas afirmativas exclusivistas, estacionados
no verbo, sem o contínuo trabalho criativo da ação. Viciamos e
desviamos essa força e cada Espírito é compelido a manter e
nutrir as criações que lhe são peculiares.

“Como podem os Espíritos, dispersos pelo espaço ou
pelos diferentes mundos, ouvir as evocações que lhes são
dirigidas de todos os pontos do Universo?”
“Muitas vezes são prevenidos pelos Espíritos familiares que
vos cercam e que os vão procurar. Porém, aqui se passa um
fenômeno difícil de vos ser explicado porque ainda não
podeis compreender o modo de transmissão do pensamento
entre os Espíritos. O que te posso afirmar é que o Espírito
evocado, por muito afastado que esteja, recebe, por assim
dizer, o choque do pensamento como uma espécie de
comoção elétrica que lhe chama a atenção para o lado de
onde vem o pensamento que o atinge. Pode dizer-
-se que ele ouve o pensamento, como na Terra ouves a voz.”
“Será o fluido universal o veículo do pensamento, como o ar o � do som?”
“Sim, com a diferença de que o som não pode fazer-se ouvir senão dentro
de um espaço muito limitado, enquanto que o pensamento alcança o infinito.
O Espírito, no Além, é como o viajante que, em meio de vasta planície,
ouvindo pronunciar o seu nome, se dirige para o lado de onde o chamam.”
Capítulo XXV.
Item 282.

“Dar-se-á que o pensamento do evocador seja mais ou
menos facilmente percebido, conforme as circunstâncias?”
Capítulo XXV.
Item 282.
“Sem dúvida alguma. O Espírito é mais vivamente atingido,
quando chamado por um sentimento de simpatia e de
bondade. É como uma voz amiga que ele reconhece.
Dá-se com os Espíritos o que se dá com os homens; se
aquele que os chama lhes é indiferente ou antipático,
podem ouvi-lo, porém, as mais das vezes, não o
atendem.”
O pensamento que se desprende da evocação toca o
Espírito; se é mal dirigido, perde-se no vácuo.
A não se dar isso, acontece com frequência que a evocação
nenhum efeito produz.

• Para falar em saúde, precisamos entender a harmonia compreendendo
corpo, mente e Espírito.
• Quando as várias funções corporais se desenvolvem em conjunto dentro
de uma harmonia, o ser humano se encontra num estado que
denominamos de saúde.
• Levando em conta que nosso Espírito ainda
carece de um maior equilíbrio, no estágio
evolutivo em que nos encontramos, não
podemos dizer que temos uma saúde perfeita.
Isto é uma expectativa para futuras encarnações.
• Se uma função falha, ela compromete a
harmonia do todo e então falamos que o ser
humano se encontra num estado de doença.
• A doença é a perda relativa da harmonia.

METABOLIZAÇÃO
FLUIDOSFLUIDOS
ENERGIASENERGIAS
VIBRAÇÕES EVIBRAÇÕES E
PENSAMENTOSPENSAMENTOS A natureza é um imenso oceano de vibrações e energias, onde os seres
transitam, influenciando e sendo influenciado por essa torrente energética e
vibratória.
O ser humano absorve-as de forma automática; metaboliza-as em sua
estrutura energética, (o perispírito), fazendo parte normal do
funcionamento do complexo humano, de maneira automática,
independente da percepção ou decisão voluntária da pessoa.
Essas energias se constituem de elementos presentes na natureza (Fluido
Cósmico Universal) e de emissões energéticas de processos orgânicos ou
perispirituais de outros seres da criação e de vibrações e pensamentos
advindos de outros seres humanos ou espíritos.
A metabolização transforma essas
energias absorvidas em componentes
específicos da nossa “circulação”
energética, distribuindo estes em todo o
nosso organismo físico e perispiritual,
servindo como verdadeiro “alimento”
para o complexo humano

DESEQUILÍBRIO / INVIGILÂNCIA
ENERGIAS RUINSENERGIAS RUINS
BOAS ENERGIASBOAS ENERGIAS EQUILÍBRIO E HARMONIA
BOAS ENERGIASBOAS ENERGIAS
ENERGIAS RUINSENERGIAS RUINS O equilíbrio ou o desequilíbrio no campo
mental e espiritual do indivíduo,
determina, portanto, que “qualidade” ou
“tipo” de energia será absorvido por ele
Se estamos desequilibrados,
desarmonizados, invigilantes com nossos
pensamentos, nosso patamar vibratório
se ajusta com energias “ruins”, e nosso
filtro bloqueia a absorção das energias
boas e promove a assimilação de energias
desequilibradas.
Se estamos equilibrados, harmonizados,
vibrando no bem, nosso “filtro” promove
a absorção de boas energias,
correspondentes ao nosso “patamar
vibratório”, bloqueando a absorção de
padrões energ�ticos “ruins”.

Sempre que pensamos em
algu�m, “sintonizamos” com
essa pessoa, e emitimos
automaticamente para elas
uma parte de nossas energias e
fluidos.
A outra pessoa absorverá ou
não nossas energias, fluidos,
vibrações e pensamentos, de
acordo com a afinidade e
sintonia que tenha conosco,
podendo ou não perceber
impressões dessas energias, de
acordo com sua sensibilidade,
com a intensidade da emissão,
sua “qualidade”, etc.
Emanações Energéticas
características de cada
pessoa
PENSAMENTO
Transferência
Energética

Metabolização Acelerada no
Perispírito
Transferência Energética
Concentração, “focagem”
Vontade, pensamento
Absorção Acelerada
de Fluidos e Energias
MECANISMO GERAL DA
IRRADIAÇÃO E DO PASSE

O teor vibratório de
cada pensamento
estimula a
consciência celular,
gerando saúde, ou
se desarmoniza,
produzindo doença.

Essas enfermidades somente se
farão recuperar quando houver
transformação estrutural do
pensamento, que se
encarregará de construir novos
alicerces super sutis, que se
consubstanciarão nos futuros
códigos de DNA, restabelecendo a
consciência individual das células
e, por fim, integrando a
consciência do ser no conjunto da
harmonia da Consciência Cósmica.

Conceito de Pensamento
É força eletromagnética.

Pensamento, eletricidade e
magnetismo conjugam-se em todas
as manifestações do Universo –

Emmanuel - Pensamento e Vida
É uma radiação da mente espiritual.

Configura-se como matéria viva e
plástica

Aureo – Universo e Vida

A Gênese
•Item 14 do Cap. XIV:
•“Para os Espíritos, o pensamento e a
vontade são o que é a mão para o
homem. Pelo pensamento, eles
imprimem àqueles fluidos tal ou qual
direção, os aglomeram, combinam ou
dispersam, organizam com eles conjuntos
que apresentam uma aparência, uma
forma, uma coloração determinadas; (...).
•É a grande oficina ou laboratório da vida
espiritual. (...) Por análogo efeito, o
pensamento do Espírito cria
fluidicamente os objetos que ele esteja
habituado a usar...

A Gênese
•Ítem 16 do Cap. XIV:
•“Sendo esses fluidos o veículo do
pensamento e podendo este
modificar-lhes as propriedades, é
evidente que eles devem achar-
se impregnados das qualidades
boas ou más dos pensamentos
que os fazem vibrar, modificando-
se pela pureza ou impureza dos
sentimentos.”

96
(Aulus: Nos domínios da mediunidade).

‘’O pensamento não escapa às realidades do mundo corpuscular, e
assim como temos a química física/terrena, temos no pensamento
a química mental. Têm natureza diferenciada, com características e
pesos próprios, adensando a alma ou sutilizando-a, além de lhe
definir qualidades magnéticas.

A onda mental possui coeficientes de força... Somos naturalmente
vítimas ou beneficiários de nossas próprias criações, segundo as
correntes mentais que projetamos conforme nossas deliberações e
atividades, em harmonia ou em desarmonia com as Leis eternas.’’

Compreendamos a grandiosidade das leis do pensamento e
submetamo-nos à elas, desde hoje.
Conceito de Pensamento

Emmanuel, no livro “Roteiro” (páginas 31 a 33) ... O perispírito é
organização formada por substâncias químicas que transcendem a série
conhecida pela ciência terrena, é aparelhagem delicado, extremo
poder plástico, modifica-se sob o comando do pensamento. É
necessário, porém, acentuar que o poder apenas existe onde
prevaleçam a agilidade e a habilitação que só a experiência consegue
conferir. Nas mentes primitivas, ignorantes e ociosas, semelhante
vestidura se caracteriza pela feição pastosa, verdadeira continuação do
corpo físico, ainda animalizado ou enfermiço.

Aniceto, em “Os Mensageiros” (página 219): Aquele é o nosso irmão
Fábio Aleto, que vai dar a interpretação espiritual do texto lido. Os que
estiverem nas mesmas condições dele, poderão ouvir-lhe os
pensamentos; mas, os que estiverem em zona mental inferior,
receberão os valores interpretativos, como acontece entre os
encarnados, isto é, teremos a luz espiritual do verbo de Fábio na
tradução do verbo materializado de Isabel.

A irradiação de vibrações ou ondas de pensamento.
Da mesma forma como a queda de um pedra so-
bre um lago produz ondulações que se irradiam
do centro do impacto sobre a superfície da água,
em todas as direções, nossos pensamentos tam-
bém se espalham pelo ambiente circundante que
seja capaz de recebê-la.
No caso do impulso mental, a irradiação não se faz
somente no plano mental, mas em muitas outras
dimensões/planos (simetria).
Cada vez que a onda de pensamento toca outro
Corpo Mental, tende a determinar nele vibrações
similares àquelas a que deu origem.
Isso quer dizer que quando o Corpo Mental de
um homem é tocado por uma onda de pensa-
mento, forma-se em sua mente uma tendên-
cia para produzir um pensamento idêntico ao
que foi formado antes na mente de quem ori-
ginou a onda.

A irradiação de vibrações ou ondas de pensamento.
A onda-pensamento, ou onda mental, torna-se menos poderosa na proporção da distância
em que está da sua fonte, perdendo sua força só a enormes distância de sua fonte.
A distância a que chega uma onda de pensamento, a força e a persistência com que penetra
no Corpo Mental de outros, depende da força e clareza do pensamento de origem.
Assim, um pensamento forte irá além do que alcança um pensamento fraco e indeciso, mas a
clareza e a precisão têm maior importância do que a força.
Outros fatores que afetam a distância que uma onda de pensamento pode alcançar são a sua
natureza e a oposição que encontra.
Tal como no desenho ao lado. No meio
do ruído de uma cidade desaparece
inteiramente um som suave.
As ondas inferiores, por exemplo, são
desviadas, ou dominadas por uma quan-
tidade de outras vibrações, bem depres-
sa por alcançarem a matéria astral.

A irradiação de vibrações ou ondas de pensamento.
É igualmente verdade, como é natural, que o pensamento benéfico
pode afetar outros para o bem, da mesma maneira. Por isso mesmo,
o homem pode, e deve, irradiar constantemente sobre todos as
pessoas, amigos e vizinhos pensamentos de amor, calma, paz, etc.
Há momentos que não se pode ajudar a uma pessoa
fisicamente. As vezes a presença física não ajudaria em
nada, em virtude da pessoa não estar receptiva a ajuda
naquele momento, mas seus corpos astrais e mentais
são mais facilmente impressionáveis do que
o físico, e sempre é possível abordá-los com
uma onda de pensamentos de auxílio, de
afeição, de sentimentos consoladores, e
assim por diante.

No início do seu processo evolutivo, o espírito não consegue ter um domínio
pleno das percepções e os rudimentos da telepatia apenas completam a
linguagem articulada, estabelecendo-se inicialmente, entre espíritos afins, mas
essa capacidade vai se dilatando a ponto de substituir a língua falada.

Em sua evolução, o pensamento puro e límpido é capaz de saltar a distâncias
incomensuráveis e, quanto mais elevado o intelecto do seu emissor e mais
sublime o seu conteúdo, maior o salto, mais pronunciada e distância
“percorrida”.

Ao elevar o pensamento, alteramos a fisiologia do corpo perispiritual,
produzindo eflúvios energéticos e luz não visível aos nossos olhos de
encarnados. Aliás, não é isso que muitas vezes os clarividentes observam na
fluidoterapia e no passe?

Essas emanações constituem o campo áurico do perispírito, tanto encarnado
quanto desencarnado, e reflete as aquisições e o estado de momento de cada
um de nós, transmitindo simpatia ou antipatia, como Kardec já havia relatado na
codificação.
O PENSAMENTO – Criação e Evolução

Os espíritos também sugerem a existência de planos vibratórios. O
universo teria suas contrapartes espirituais, como parte de uma grande
simetria.

A matéria que constitui esses planos é, para os espíritos, tão palpável
quanto a matéria comum o é para nós; ainda manifestação bastante
sutil do fluído cósmico universal. A matéria mental sofre influência de
nossos pensamentos e, por sua vez, influencia as condições do
ambiente em que vivemos, tanto na crosta quanto nas esferas
espirituais.

Portanto o pensamento com o tempo pode adquirir formas e
aparências que denotam a condição intelectual e moral de encarnados
e desencarnados, daí originando as formas-pensamento podem ser
mais perenes ou transitórias dependendo da vontade e do poder
mental de quem a manipulou.

O PENSAMENTO: Ideoplastia

Essas formas pensamentos (ideoplastias) influenciam aqueles que as
geraram e reduzem a condição vibratória de todo o ambiente, criando
verdadeiras egrégoras locais, densas e carregadas, que podem ser
sentidas por todos, médiuns ou não.










Nos centros espíritas, há espíritos responsáveis, em parte, pelo preparo
do entorno da casa e dependências, principalmente para aquelas
reuniões que se fazem próximas de ambientes agrestes. Na eliminação
de fluídos mais densos, energias deletérias e formas-pensamento
apresentam grande capacidade de ação, transmutando-as, com
facilidade, em formas neutras que desaparecem do recinto.
Compreender sua natureza dá outro sentido à expressão evangélica que
coloca que cada palavra e pensamento trazem um teor ou poder de
modificar o ambiente.

Egrégora, (do grego egrêgorein, «velar, vigiar»), é como se denomina a força espiritual
criada a partir da soma de energias coletivas (mentais, emocionais) fruto da
congregação de duas ou mais pessoas.
[
O termo pode também ser descrito como sendo
um campo de energias extrafísicas criadas no plano astral a partir da energia emitida
por um grupo de pessoas através dos seus padrões vibracionais.

Além disso, o efeito da mente do espírito afeta a
própria intimidade dos constituintes do
perispírito do desencarnado (e mesmo de
encarnados com pensamentos viciados),
constituindo a base dos fenômenos de
animalização do psicossoma: a zoantropia.
Grande parte das características do umbral se
deve aos efeitos crônicos dos pensamentos
enfermiços de bilhões de espíritos infelizes ao
longo de eras geológicas.

Existência dessas formas-pensamento é abordada
nas obras de André Luiz, como nas páginas 235 e
250 de “Os Mensageiros”, quando fala da criação
de larvas mentais por meio de pensamentos
enfermiços, ou as inúmeras citações de larvas
geradas por todo tipo de excesso comportamental.

Ovoidização: o perispirito perde a
forma humana

Ovoidização

Alexandre acrescenta: (em “Missionários da Luz”, página 47)... Você (André)
está observando o setor das larvas com justificável admiração. Não tenha
dúvida. Nas moléstias da alma, como nas enfermidades do corpo físico, antes
da afecção existe o ambiente. As ações produzem efeitos, os sentimentos
geram criações, os pensamentos dão origem a formas e consequências de
infinitas expressões; cada um de nós é responsável pela emissão das forças
que lançamos em circulação nas correntes da vida. A cólera, a desesperação,
o ódio e o vício oferecem campo a perigosos germens psíquicos na esfera da
alma (...)


O oposto também ocorre: pensamentos elevados podem modificar a
estrutura da matéria mental, moldando-a e criando formas que traduzem paz
e harmonia, como as pétalas de luz que Ismália produz durante oração em “Os
Mensageiros” e que tantas vezes foram observadas por diferentes médiuns,

“E a Vida Continua” (82 e 83): —...O mundo terrestre é aquilo que o
pensamento do homem faz dele. Aqui, é a mesma coisa. A matéria se resume
a energia. Cá e lá, o que se vê é a projeção temporária de nossas criações
mentais...

Em “Obreiros da Vida Eterna”, lê-se que a espiritualidade mandou instalar
aparelhos capazes de prover registros vibratórios do pensamento daqueles
que entravam no templo destinado à materialização e comunicação de
entidades espirituais sublimes. Com tais aparelhos instalados, a vigilância
podia verificar a natureza dos pensamentos emanados no recinto e manter
possíveis infratores afastados, para o bem comum.


Para finalizar esse ponto da discussão, perguntamos: para onde iremos após o
desencarne?
Iremos para onde a nossa mente e o nosso coração nos mandarem.
Ninguém nos envia para o céu, inferno ou purgatório, tampouco escolhe o
plano vibratório que nos receberá. Onde nossos sentimentos e pensamentos
estiverem, automaticamente lá estaremos e nisso reside a perfeição da
justiça divina.

Disse Jesus: Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo
consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no
céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não
minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também
o vosso coração. (Mateus 6:19-21)

No dia 14 de novembro de 2014, quando já tinhamos terminado o
estudo do pensamento, um fato singular aconteceu. Ao abrirmos a
internet, deparamos com o seguinte artigo, no site:
(www.inovacaotecnologica.com.br/noticias)

Controle seus genes com o pensamento.

Marc Folcher e seus colegas do Instituto Federal de Tecnologia da Suíça desenvolveram
um método de regulação genética que usa ondas cerebrais específicas para controlar a
conversão de genes em proteínas - a chamada expressão genética. O sistema,
controlado por ondas cerebrais humanas, foi testado e funcionou em culturas de
células humanas e em camundongos.
"Pela primeira vez conseguimos captar ondas cerebrais humanas, transferi-las sem
fios , para uma rede de genes e regular a expressão de um gene dependendo do tipo
de pensamento. Ser capaz de controlar a expressão genética através do poder do
pensamento é um sonho que estamos perseguindo há mais de uma década," disse o
professor Martin Fussenegger.
Fussenegger espera que um implante controlado pelo pensamento possa um dia ajudar
a combater doenças neurológicas, como síndrome do encarceramento, dores de cabeça
crônicas, dores nas costas e epilepsia, através da detecção de ondas cerebrais
específicas em um estágio inicial, usando o pensamento para desencadear e controlar a
produção de determinados agentes no momento certo e no local certo do corpo.

Produção de proteínas controlada pelo pensamento

O sistema usa um capacete com sensores para captar ondas cerebrais,
como em um eletroencefalograma. As ondas cerebrais são analisadas,
gravadas e transmitidas sem fio via Bluetooth para um dispositivo que
controla um gerador de campo eletromagnético. Esta bobina fornece
uma corrente de indução para o dispositivo principal, o implante que
foi testado em culturas de células humanas e em camundongos.

A corrente induzida acende uma luz no implante: um LED integrado
emite luz na faixa do infravermelho próximo e ilumina uma câmara de
cultura contendo células geneticamente modificadas. Quando a luz
infravermelha ilumina as células, elas começam a produzir a proteína
desejada.
E ainda no mesmo artigo.... Controle
seus genes com o pensamento,
com um significativo título, o
autor continua:

Produção de proteínas controlada pelo pensamento:
Concentração, meditação e biofeedback

O sistema foi controlado pelos pensamentos de vários voluntários. Durante os
testes, os pesquisadores usaram uma proteína humana fácil de detectar a partir da
câmara de cultura do implante na corrente sanguínea do animal de laboratório e os
voluntários foram classificados de acordo com três estados mentais: concentração,
meditação e biofeedback.

Os voluntários em concentração - induziram a produção de valores médios na
corrente sanguínea dos camundongos.

Aqueles completamente relaxados - em meditação - induziram valores muito
elevados nos animais de laboratório.

Para o biofeedback, os voluntários observavam o LED do implante no corpo do
camundongo e então conseguiam conscientemente ligar e desligar a luz do LED, o
que gerou a produção de quantidades variáveis na circulação sanguínea dos
animais, de acordo com a vontade de cada um.

"Controlar genes dessa forma é algo completamente novo e é único em sua
simplicidade," explicou Fussenegger.
(www.inovacaotecnologica.com.br)

Ao findar dos estudos da semana anterior,
recebemos orientação espiritual para focarmos o
assunto: Pensamento e Obsessão

Pode um fenômeno psicológico
transformar-se em fisiológico?
Fisiológico – relativo à fisiologia, que é a ciência que trata das
funções orgânicas nos animais e vegetais.

Psicologia – parte da filosofia que trata da alma e das suas
manifestações

Pensamentos Obsessivos, obsessões ou pensamentos intrusivos
Pensamentos obsessivos são pensamentos automáticos geralmente representando
algo com conteúdo absurdo ou extremamente desagradável para pessoa ao ponto
de provocar ansiedade. São considerados obsessivos porque aparecem com muita
freqüência e de forma persistente. E são intrusivos porque surgem mesmo a
contragosto do sujeito. Por serem pensamentos que causam ansiedade acabam
provocando uma reação comportamental que tem por objetivo diminuir a
ansiedade (fugas). Esses comportamentos passam a ser tão frequentes quanto as
obsessões e a ocorrência de um está atrelada ao outro. Esses comportamentos são
chamados de compulsões.

Compulsão ou comportamento compulsivo:
Compulsão é qualquer comportamento que passa ser utilizado para se livrar ou
fugir de um pensamento obsessivo. No caso de quem tem pensamentos obsessivos
em relação à limpeza, a compulsão seria lavar o local físico ou alguma parte do
corpo que se pensa estar contaminado. Outras pessoas podem desenvolver rituais
de contagem (contar número em seqüência), por acreditarem que isso evitará que
algo de mal aconteça a algum familiar, por exemplo. Na verdade qualquer
comportamento cotidiano pode se transforma em uma compulsão se ficar
associado a um pensamento obsessivo tendo uma finalidade de diminuir a
ansiedade deste.
PSICOPATOLOGIA > Terapia Cognitivo- comportamental

Funcionamento do TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo)
O esquema a seguir mostra como funciona e se retro-alimenta o ciclo do transtorno.
PSICOPATOLOGIA > Terapia Cognitivo- comportamental
O tratamento do TOC na TCC (terapia cognitivo-comportamental) vai
acontecer tanto ao nível dos pensamentos, com a prática
do questionamento socrático, quanto ao nível comportamental com a
“exposição e prevenção de respostas”.

Para a doutrina espírita, o estudo do pensamento é fundamental.
Pensar é criar, portanto, o ato de pensar está relacionado diretamente
à nossa origem espiritual. Fomos criados à imagem e semelhança de
Deus, com a capacidade de interferir em sua obra.

André Luiz sustenta a mesma idéia: “Nos fundamentos da criação
vibra o pensamento imensurável do Criador e sobre esse pensamento
divino vibra o pensamento mensurável da criatura, a constituir-se no
vasto oceano de força mental em que os poderes do espírito se
manifestam”.

Somos capazes de influir positiva ou negativamente, ainda que de
forma restrita, nesse vasto oceano de energias desconhecidas.

Temos, assim, a possibilidade de co-criar, moldando o fluido cósmico
universal, ou plasma divino, através da força mental inerente ao
nosso espírito. Realizamos esse processo através das ideoplastias.

A Gênese, cap. 14, parágrafo 15.
Criando imagens fluídicas, o pensamento se reflete no
envoltório perispirítico, como num espelho; toma nele corpo e
aí de certo modo se fotografa.

Tenha um homem, por exemplo, a ideia de matar a outro:
embora o corpo material se lhe conserve impassível, seu corpo
fluídico é posto em ação pelo pensamento e reproduz todos os
matizes deste último; executa fluidicamente o gesto, o ato que
intentou praticar.

O pensamento cria a imagem da vítima e a cena inteira é
pintada, como num quadro, tal qual se lhe desenrola no
espírito.

Ação dos Espíritos sobre os
homens
Quando um Espírito quer agir sobre
uma pessoa, dela se aproxima e a
envolve, por assim dizer, com o seu
perispírito, como num manto; os
fluidos se interpenetram, os dois
pensamentos e as duas vontades se
confundem e, então, o Espírito pode
servir-se daquele corpo como se fora
o seu próprio, fazê-lo agir à sua
vontade, falar, escrever, desenhar, etc.
Revista Espírita, Ano V, dezembro de 1862

Embora no dia a dia o ser humano
vivencie os mais variados sentimento /
emoções, podendo fazer uso da
vontade e livre escolha, ,as obsessões
estão em constante manipulação no
CAMPO AFETIVO DO SER se
integrando, se necessitando
mutuamente, numa união
PARASITÁRIA ( Dr. Jorge Andréa )
OBSESSÃO SIMPLES  Podemos fazer escolhas através do uso da VONTADE.

FASCINAÇÃO  Esssas idéías são absorventes, insidiantes, nos comprazem,
afirmando-se coerentes, TOLHENDO MINHA VONTADE pois as considero corretas
embora só eu as sinta assim.

SUBJUGAÇÃO Idéias que tomam vulto tamanho que não consigo subtrair-me a
elas. Elas me conduzem ,me constrangem, como fantoche, ANULANDO MINHA
VONTADE

Obsessão Telepática
Telepatia: comunicação direta e a distância
entre duas mentes, ou conhecimento, por
alguém, dos processos mentais de outrem,
além dos limites da percepção ordinária.
Na obsessão telepática, estamos
diante da influência negativa de almas
entre si, que se traduz pela guerra de
pensamentos, “assumindo as mais
diversas formas de angústia e
repulsão”.

E é muito mais comum do que
podemos imaginar.

Televidência de imagens e de pensamentos, de sentimentos e de
sensações invasoras variadas.

Trata-se da invasão de pensamentos estranhos, isto é, não ‘fabricados’ pela
própria pessoa; os mesmos vem de fora, de alguma fonte via telepatica
transferindo, mental e parcialmente, à distância, pensamentos,
sentimentos, sensações, imagens, movimentos, ações, parasitismos, e
obsessões. Se prejudiciais e obsessivos, o bom senso recomenda repeli-los
e cortar tais fluxos de pensamentos etc.,

-SINTONIA MENTAL OU RESSONÂNCIA MENTAL COM AMBIENTES E
CORRENTES MENTAIS: “Assim também na vida comum, a alma entra em
ressonância com as correntes a b mentais em que respiram as almas que se
lhe assemelham. Assimilamos os pensamentos daqueles que pensam como
pensamos e respectivos comportamentos; atraímos e captamos via
telepatia e intuição e, também, alguns de seus parasitismos, obsessores,
magias negras e problemas. XAVIER, Francisco C., p/espírito de Emmanuel,
XAVIER, Francisco C, p/espírito de Emmanuel, Pensamento e vida.

Nunca se esquecer
Sendo os fluidos o veículo do pensamento e podendo
este modificar-lhe as propriedades, é evidente que eles
devem achar-se impregnados das qualidades boas ou
más dos pensamentos que os fazem vibrar,
modificando-se pela pureza ou impureza dos
sentimentos.
Os maus Espíritos corrompem os fluidos pelos seus
pensamentos, tornando-os pestilentos
Os bons Espíritos os eterizam de acordo com sua
elevação moral, tornando-os um remédio salutar para
os que são objeto de sua ação.

Formas Pensamento

DEUS Fluido Cósmico Universal
Matéria
Fluido Vital
Perispírito
Espírito
Grau de Condensação

Vida Inteligência

Formas Pensamento
Kardec
14. Os espíritos agem sobre os fluidos espirituais, não os
manipulando como os homens manipulam os gases, mas com a
ajuda do pensamento e da vontade..... Algumas vezes, essas
transformações são o resultado de uma intenção, outras,
são o produto de um pensamento inconsciente. Ao espírito
basta pensar em uma coisa para que ela se produza.
Kardec, A Gênese, Cap. XIV, item 14.

Ao raciocínio do Codificador, podemos acrescentar que o espaço está repleto
de ondas de rádio, ondas de luz, etc., ou seja, de ondas eletromagnéticas,
que se entrecruzam sem se misturar, porque cada qual apresenta uma
frequência diferente.
Esse estado vibratório tem a propriedade de se exteriorizar (fração
exteriorizada)e também de atrair a si condições análogas (fração absorvida).
Quando, por exemplo, ligamos o rádio e sintonizamos uma determinada
estação, estamos, na verdade, ajustando o aparelho para que ele entre em
sintonia com a frequência das ondas eletromagnéticas emitidas pela estação
selecionada e, uma vez sintonizados naquela estação, só ouviremos os sons
transmitidos por ela.
Assim acontece com nossa mente e pensamento através do cérebro (seu
instrumento físico).

Ora, esse estado vibratório da fração exteriorizada do “corpo
mental”, tem a propriedade de atrair a si, no meio etérico,
substância sublimada análoga à sua.

Assim é que se produz uma “forma-pensamento”, que é, de
certo modo, uma entidade animada de intensa atividade, a
gravitar em torno do pensamento gerador...
Vide
anotação

.... o pensamento constrói paisagens terrificantes pela sordidez, pela
qualidade inferior, nas quais o indivíduo fica submerso, respirando o
bafio pestilencial que organiza a paisagem infeliz.

Semelhantemente, a construção mental de formas sensuais,
hediondas, vingadoras, adquire plasticidade e vida, tornando-se
parte integrante da psicosfera do seu autor.

À medida que se concretizam, na razão direta em que são vitalizadas,
essas construções passam a agir sobre o paciente, causando-lhe
conflitos muito desgastantes.

Essas imagens vivas adquirem identidade e espontaneidade,
agredindo e ultrajando aquele que as estimula e mantém.

MEDIUNIDADE DESAFIOS E BENÇÃOS – CAP.4
Divaldo Pereira Franco/ Manoel Philomeno de Miranda

Quando em parcial desprendimento pelo sono, torna-se vitimado
pela multidão que o envolve, encarcerando-o no círculo de viciações
nas quais se compraz.

Alimentando-se dos vibriões mentais — aspirações perniciosas que o
pensamento elege - parecem seres reais ameaçadores que exaurem a
fonte na qual se originam.

Estimulados e direcionados por afinidades morais inferiores de
Espíritos perversos, zombeteiros ou vulgares, transformam-se em
processos obsessivos que assumem caráter de crescente gravidade.
MEDIUNIDADE DESAFIOS E BENÇÃOS – CAP.4
Divaldo Pereira Franco/ Manoel Philomeno de Miranda

AUTO OBSESSÃO: aprisionamento de si mesmo através da
forma de pensar, sentir e agir (animico).

Isso pode ocorrer no encarnado e no desencarnado no
presente momento ou com lembranças do passado
"Não se interessando por outro
assunto a não ser o da própria dor,
da própria ociosidade ou do próprio
ódio, a criatura desencarnada,
ensimesmando-se, é semelhante ao
animal no sono letárgico da
hibernação. Isola-se do mundo
externo, vibrando tão-somente ao
redor do desequilíbrio oculto em que
se compraz. Nada mais ouve, nada
mais vê e nada mais sente, além da
esfera desvairada de si mesma".
--------------------------------------------------------
Andre Luiz / Chico Xavier
Trecho do Livro "Nos domínios da mediunidade"

São comuns esses fenômenos de auto-obsessão entre as criaturas
humanas por cultivarem pensamentos negativos e insensatos que os
aprisionam nas malhas fortes das próprias ondas mentais enfermiças.

Diante das injunções de tal natureza, como de outras, o valioso
recurso da oração é terapia poderosa que desagrega essas energias
mórbidas e propicia aragem mental salutar para novas e superiores
formulações, que passarão a envolver o paciente, restaurando-lhe o
equilíbrio.

Especialmente antes do repouso pelo sono diário, a vigilância mental
se torna de alta importância, a fim de que as propostas enobrecidas
do pensamento induzam o espírito a viajar às regiões ditosas de onde
retornará renovado, edificado e predisposto à conduta correta.
MEDIUNIDADE DESAFIOS E BENÇÃOS – CAP.4
Divaldo Pereira Franco/ Manoel Philomeno de Miranda

...sutil tecelagem energética que se condensa e constitui o campos
mentais e estruturas psíquicas interpenetram-se, tomando formas,
alterando contornos, surgindo e desaparecendo ininterruptamente...

... ondas mentais contínuas, sincroniza com outras de teor vibratório
equivalente, que passam a corporificar-se em organização delicada,
sendo reabsorvidas e eliminadas conforme a intensidade da ideação ...
Em saúde e doença, equilíbrio, desarmonia emocional e mental são
resultados inevitáveis ;

...oceano de vibrações em que se encontram mergulhados, os
indivíduos conduzem-se nas faixas de identificação própria,
sintonizando com os semelhantes e deles haurindo idênticas
exteriorizações.

Quanto mais se fixam os pensamentos nas preferências habituais,
passam a condensar com os elementos da Natureza formas que se
materializam e os acompanham,

MEDIUNIDADE DESAFIOS E BENÇÃOS – FORMAS IDEOPLÁSTICAS

Além das sincronizações com outras mentes – encarnadas ou
desencarnadas - que produzem obsessões, elaboram estranhas e
perigosas formações que empestam a psicosfera dos pacientes;

....produzem aglutinações de partículas que se transformam em
vibriões agressivos e vorazes, que se nutrem do continuum mental,
encarcerando o paciente aprisionando-o nas malhas das próprias
elucubrações doentias.

Larvas, formas pensamento agressivas, vírus desconhecidos fixam-se
no campo áurico e passam a invadir o corpo perispiritual,
manifestando distúrbios mentais e orgânicos de difícil diagnose e mais
desafiadora terapia. Lentamente, essas vidas ínfimas agridem os seus
vitalizadores, que se desorganizam, experimentando males estranhos e
degenerativos.


MEDIUNIDADE DESAFIOS E BENÇÃOS –FORMAS IDEOPLÁSTICAS

Perseguidos por essas ideações plásticas, ao ocorrer a
desencarnação, os mesmos continuarão sob a indução malévola das
vis construções que mobilizaram e sustentaram...

No sentido oposto, as ideoplastias felizes que compõem as formas
pensamento superiores propiciam o êxtase, emulam ao avanço,
fortalecem o ânimo para o ininterrupto crescimento íntimo e o
autotransformar-se, esteja o espírito no corpo físico ou liberado da
sua injunção...

Não foi por outra razão que Jesus acentuou:
"O reino dos Céus está dentro de vós" —
................................................................e certamente o inferno
também

MEDIUNIDADE DESAFIOS E BENÇÃOS – FORMAS IDEOPLÁSTICAS

Pensar é a arte de emitir
ondas.

Conforme o conteúdo
mental, como efeito do
comportamento moral, ou
vice-versa, adquirem formas
que se plasmam nas
delicadas vibrações
pulsantes do universo.
Sejam, portanto, quais forem as circunstâncias da existência, cabe
ao viajante carnal manter o pensamento em alto nível de reflexões,
cultivando as ideias otimistas e iluminativas, de modo a criar
campos saudáveis dos quais se exteriorizarão as construções
equilibradas da emoção e do organismo físico.

I - O pensamento é uma força
II - O pensamento age sobre os fluidos ambientes
III- A vontade é o pensamento tornado força motriz
IV - Há ondas e raios de pensamentos nos fluidos ambientes
V – Para produzir efeitos, não é preciso que o pensamento seja formulado em
palavras
VI- Nas reuniões homogêneas e simpáticas se adquirem novas forças morais
VII - A Comunhão de Pensamentos é um conjunto harmônico de pensamentos.
(unidade de intenção, vontade, desejo,e aspiração)

ALLAN KARDEC

VIII- Sendo a Vontade uma Força Ativa, esta Força é multi-plicada pelo número
de Vontades Idênticas, como a força muscular é multiplicada pelo número dos
braços.
SEGUE
REVISTA ESPÍRITA - DEZEMBRO DE 1868
CONDIÇÕES PARA A AÇÃO COLETIVA
“DAS FORÇAS DO PENSAMENTO ”

IX – Nas relações com os Espíritos, se houver perfeita Comunhão de
Pensamentos, haverá uma força atrativa ou repulsiva que nem sempre possui
o indivíduo isolado.
X- Quanto maior o número de pessoas nas reuniões, mais aí se misturam
elementos heterogêneos que paralisam a ação dos bons elementos.
XI - Um conjunto de pensamentos idênticos, tendo o bem por objetivo, terá
mais força para neutralizar a ação dos maus Espíritos.
XII- “A UNIÃO FAZ A FORÇA” é verdadeiro tanto no aspecto moral quanto no
físico.
ALLAN KARDEC

REVISTA ESPÍRITA - DEZEMBRO DE 1868
CONDIÇÕES PARA A AÇÃO COLETIVA
“DAS FORÇAS DO PENSAMENTO ”

QUESTÕES MATRIMONIAIS
Cap. 38 > O caso Tobias

140
38 - O CASO TOBIAS
Ao fim do terceiro dia de trabalho, Tobias convida AL para conhecer sua
família. Logo na entrada apresentou duas senhoras, uma já idosa (Luciana)
e outra madura (Hilda). Tobias fora, na última reencarnação, casado duas
vezes. Hilda, a primeira esposa, faleceu quando nasceu o segundo filho do
casal. Um ano depois, Tobias desposou Luciana para organizar a vida
familiar. Mas Hilda (desencarnada) continuou agarrada à família, revoltou-se
tornando-se obsessora da rival, até que sua avó chamou-lhe a atenção para
a importância de Luciana cuidar de sua família. Hilda, aos poucos se
modificou, aprendeu que as pessoas não são umas das outras mas estão
umas com as outras para as experiências do conviver.

•Andre> Mas como solucionar aqui semelhante
situação? Como resolver a questão afetiva,
considerando a espiritualidade eterna? Os laços da
alma prosseguem, atrav�s do Infinito? Como proceder?
Condenar o homem ou a mulher que se casaram mais
de uma vez?
Segundas
Núpcias
•Pois não será motivo de júbilo vencer o monstro do
ciúme inferior, conquistando, pelo menos, alguma
expressão de fraternidade real?
•Entre o irracional e o homem há uma série gradativa
de posições, assim também entre nos outros e os
seres angélicos. Se ainda não somos nem mesmo
fraternos uns com os outros, como podemos aspirar
a companhia de anjos?
•"Que é isso, minha neta? Que papel é o seu na vida?
Você é leoa ou alma consciente de Deus?
A experi-
ência

André indagou: Como se processa o
casamento aqui?

Tobias: Pela combinação vibratória ou
afinidade máxima; esclarecendo que
a união no mundo espiritual se dá
com a pessoa com quem se tem
maior afinidade, e isto acontece
com ele e Hilda (a primeira mulher),
mas unidos os três pelos laços da
fraternidade real.

AL: E quanto a Luciana?
Hilda explicou que o companheiro de Luciana um nobre
companheiro de muitas etapas terrenas, que a havia
precedido no retorno às lutas terrestres e no próximo ano
ela seguirá para encontrá-lo.

AL: Mas qual a posição de Luciana
neste casamento?

Luciana: Quando aqui cheguei
aprendi que existem casamentos
de amor, fraternidade, provação
ou de dever.

Quando desposei Tobias teria
facilitado ter entendido que nossa
união era fraternal. Foi o que me
custou aprender.

Alguns aspectos afetivos da vida espiritual foram paulatinamente revelados
na obra que hoje estudamos, como a possibilidade do matrimônio se
estender além da morte do corpo físico, como ocorria com Tobias, em
“Nosso Lar”. Vimos então que Tobias mantinha núpcias com sua primeira
esposa, enquanto a segunda esposa, com a qual contraíra núpcias na Terra,
após a viuvez, convivia no mesmo lar, na condição de uma quase irmã da
primeira esposa, preparando-se para o retorno ao plano físico.

Em “E a Vida Continua”, fica claro que os relacionamentos afins, que se
estabelecem em consequência da lei de afinidade, não se dissolvem com a
morte física, pelo contrário, se fortalece e estreita nessas condições. Essa
afinidade, quando profunda, também denota relacionamentos anteriores na
mesma família espiritual, sendo que, geralmente, nos é vedado saber, em
profundidade, esse passado reencarnatório, mesmo após a morte do veículo
físico.

As últimas linhas desse lindo livro, “E a Vida Continua“, são dedicadas a um
discurso de um instrutor espiritual que mais se assemelha a uma cerimônia
de casamento. Belas palavras que fazem sentido em qualquer plano de vida:

– Senhor Jesus, abençoa os teus servos que se consagram hoje um ao
outro em sublime união! (...) Ilumina-lhes, cada vez mais, os anseios
transfigurados para o teu reino, através da abnegação com que souberam
esquecer dificuldades e agravos para se deterem tão-somente no auxílio
aos companheiros de caminhada, ainda mesmo quando esses
companheiros lhes apunhalassem os corações! (...)

Ensina-lhes, oh! Mestre, que a felicidade é uma obra de construção
progressiva no tempo e que o matrimônio deve ser realizado, de novo,
todos os dias, na intimidade do lar, de maneira que os nossos defeitos se
extingam, nas fontes da tolerância recíproca, a fim de que as nossas
almas encontrem a perfeita fusão, diante de ti, aos clarões do amor
eterno! (...)

Pode não existir uma cerimônia de casamento espírita, mas palavras de paz
e estímulo devem ser proferidas por todos que se encontram diante de
parceiros afins, que se amam, independentemente da religião que
professam. Vemos nos exemplos, que a atração e o amor, continuam a
florescer de forma natural após a morte.

Em “Os Mensageiros”, André Luiz relata uma conversa com duas jovens
desencarnadas que discorrem sobre um casamento no plano espiritual, onde
o noivo (Antônio) leva a esposa (Isaura) para viver em Nosso Lar, embora ela
morasse em uma colônia (Campo de Paz) situada em uma região mais
próxima da crosta, com menor elevação espiritual. Para vencer a diferença,
os superiores da jovem pediram para que ela se preparasse por 6 anos, para
poder se adaptar à nova morada. O bem comum sempre recebendo uma
atenção especial.

Nesse mesmo livro (“Os Mensageiros”), o diretor do Posto de Socorro de
Campo de Paz recebe a visita da esposa, que habita um plano superior, mas
que por débitos do passado não pode se juntar a ela, mostrando que os
casais ainda mantêm, quando desejam, os vínculos afetivos e de lealdade.

Como o sexo ainda é considerado um tabu entre nós, percebe-se que existe
todo o cuidado na abordagem desse assunto na obra de André Luiz e não
nos cabe agora discutir esse ponto tão ligado ao relacionamento humano e
parte da vida conjugal, mas não podemos nos furtar de fazê-lo no futuro
próximo, nos estudos da obra de André Luiz (Missionários da Luz).

147
Luciana:
Há quatro tipos de casamentos: O casamento de amor, de fraternidade, de
provação e de dever. O verdadeiro casamento, o de amor, é o de almas, e
essa união ninguém poderá quebrantar. Este, o de matrimonio espiritual,
realiza-se alma com alma, estruturado no amor, por combinação vibratória
e afinidade legítima; os demais representam simples conciliações
indispensáveis à solução de necessidades ou processos retificadores,
embora todos sejam sagrados.

Tobias:
Entre o irracional e o homem há uma série gradativa de posições, assim
também entre nos outros e os seres angélicos. Se ainda não somos nem
mesmo fraternos uns com os outros, como podemos aspirar a companhia
de anjos?. A maioria de nós não prescinde de pontes ou do socorro de
guardiães caridosos, devendo pois, alicerçarmos nosso casamento em
bases fraternas.

•Casamento

•Kardec ao indagar aos Benfeitores se a união permanente de dois seres seria
contrária à Lei Natural (LE- pergunta: 695) recebeu seguinte resposta:
"Não. A união de dois seres � um progresso na marcha da Humanidade.”
•E acrescentam (LE- pergunta: 701): “Na poligamia nada mais há que
sensualidade."

•Allan Kardec, examinando a resposta dos Guias espirituais, vai lembrar que a
abolição do casamento seria um retorno à infância da Humanidade, à vida dos
animais, porque a monogamia é um sinal indicativo do progresso da
civilização.
•O casamento representa um alto estágio de evolução do ser, quando se
reveste de respeito e consideração pelo cônjuge, firmando-se na fidelidade.

•Naturalmente, o casamento civil é um dever a ser cumprido pelos espíritas,
porque legitima a união perante as leis vigentes, que asseguram ao homem e
à mulher direitos e deveres.

148

Há no homem alguma coisa mais, além das
necessidades físicas: há a necessidade de progredir. Os
laços sociais são necessários ao progresso e os de
família mais apertados tornam os primeiros. Eis que os
segundos constituem uma lei da Natureza. Quis Deus
que, por essa forma, os homens aprendessem a amar-
se como irmãos.


O livro dos espíritos. Questão 774,

A família é, pois [...] uma instituição divina cuja
finalidade precípua consiste em estreitar os laços
sociais, ensejando-nos o melhor modo de aprendermos
a amar-nos como irmãos.

CALLIGARIS, Rodolfo. As leis morais. 11. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2004 (A Família), p. 115.

A [...] família, genericamente, representa o clã
social ou de sintonia por identidade que reúne
espécimes dentro da mesma classificação.
Juridicamente, porém, a família se deriva da união de
dois seres que se elegem para uma vida em comum,
através de um contrato, dando origem à genitura da
mesma espécie. [...] A família tem suas próprias leis, que
consubstanciam as regras do bom comportamento
dentro do impositivo do respeito ético, recíproco entre os
seus membros, favorável à perfeita harmonia que deve
vigir sob o mesmo teto em que se agasalham os que se
consorciam. [...]

FRANCO, Divaldo Pereira. Estudos espíritas. 6. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1995. Pelo Espírito Joanna de
Ângelis. Cap. 24, p. 175.

Por intermédio da paternidade e da maternidade,
o homem e a mulher adquirem mais amplos créditos da
Vida Superior. [...] Os filhos são liames de amor
conscientizado que lhes granjeiam proteção mais
extensa do Mundo Maior, de vez que todos nós
integramos grupos afins.
A parentela no Planeta faz-se filtro da família
espiritual sediada além da existência física, mantendo os
laços preexistentes entre aqueles que lhe comungam o
clima. Arraigada nas vidas passadas de todos aqueles
que a compõem, a família terrestre é formada, assim, de
agentes diversos, porquanto nela se reencontram,
comumente, afetos e desafetos, amigos e inimigos, para
os ajustes e reajustes indispensáveis, ante as leis do
destino.

XAVIER, Francisco Cândido. Vida e sexo. Pelo Espírito Emmanuel. 24. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2003.
Cap. 2, p. 14.

CONCLUSÃO: FAMÍLIA E LAÇO DE PARENTESCO
Na [...] esfera do grupo consanguíneo o
Espírito reencarnado segue ao encontro dos laços
que entreteceu para si próprio, na linha mental em
que se lhe caracterizam as tendências. A chamada
hereditariedade psicológica é, por isso, de algum
modo, a natural aglutinação dos Espíritos que se
afinam nas mesmas atividades e inclinações.

XAVIER, Francisco Cândido. Pensamento e vida. Pelo Espírito Emmanuel. 13. ed. Rio de Janeiro: FEB,
2004. Cap. 12 (Família), p. 60.

ACIDENTAIS PROVACIONAIS SACRIFICIAIS
AFINS TRANSCENDENTES

•Tipos de Casamento
•Martins Peralva em (Estudando a Mediunidade)
apresenta uma divisão dos diferentes tipos de casamento:

Afins: São aqueles formados por parceiros simpáticos, afins, onde
há uma verdadeira afeição da alma. Geralmente, eles sobrevivem
à morte do corpo e mantém-se em encarnações diversas. Pouco
comuns na Terra.

Transcendentais: São casamentos afins entre almas enobrecidas,
que juntas, vão dedicar-se a obras de grande valor para a
Humanidade.
Provacionais: São uniões entre almas mutuamente
comprometidas, que estão juntas para pacificarem as
consciências ante erros graves perpetrados no passado e
simultaneamente desenvolverem os valores da paciência, da
tolerância e da resignação. São os mais comuns.


160

Sacrificiais: São aqueles que se caracterizam por uma grande diferença
evolutiva entre os cônjuges. Um Espírito de mais alta envergadura que
aceita o consórcio com outro menos adiantado para ajudá-lo em seu
progresso espiritual.

Acidentais: São os casamentos que não foram programados no mundo
espiritual. Obedecem apenas à afeição física, sem raízes na afetividade
sincera. Não sabemos em qual categoria nos achamos, mas não existe o
acaso, ninguém se acha sob o mesmo teto por mera casualidade.

“Deus permite, nas famílias, encarnações de espíritos antipáticos ou
estranhos com o duplo fim de servir de prova a uns e de avanço aos
outros”.
161
•O matrimônio espiritual realiza-se alma com
alma.
•"Os demais representam simples
conciliações para a solução de processos
retificadores"

“No casamento, o que é de ordem divina é a união dos sexos,
para que se opere a substituição dos seres que morrem; mas,
as condições que regulam essa união são de tal modo
humanas, que não há, no mundo inteiro, nem mesmo na
cristandade, dois países onde elas sejam absolutamente
idênticas, e nenhum onde não hajam, com o tempo, sofrido
mudanças.
(Evangelho Segundo o Espiritismo -Cap. 22, item 2) A reprodução é uma lei natural. Devido a esta lei se
entranhar na mente humana temos costumes que são
marcos na marcha evolutiva da sociedade, como por
exemplo, o casamento monogâmico.
Por outro lado, existem costumes que denotam a nossa
inferioridade e mostram o quão distantes estamos da
perfeição tanto moral como espiritual.

Relações extra conjugais








•Divaldo: “são uma forma de promiscuidade e desrespeito. É
sempre uma ofensa...”

•"Ouviste o que foi dito aos antigos: não adulterarás. Eu, porém,
vos digo que todo o que olhar para uma mulher cobiçando-a, já
no seu coração cometeu adultério com ela". (Mateus 5:27-28) 163

•Emmanuel - Vida e Sexo:

•"E para não nos delongarmos em considerações
desnecessárias, concluiremos que, em torno do sexo, será justo
sintetizarmos todas as digressões nas normas seguintes:
•não proibição, mas educação; não abstinência imposta, mas
emprego digno, com o devido respeito aos outros e a si mesmo;
não indisciplina, mas controle; não impulso livre, mas
responsabilidade.

•Fora disso, é teorizar simplesmente, para depois aprender ou
reaprender com a experiência".

FINAL

CAP 39 OUVINDO A SENHORA LAURA
(sobre a união conjugal e o sexo)

166
Aquelas observações da casa de Tobias torturavam-me o cérebro.
Não conseguia encontrar esclarecimentos que pudessem
satisfazer-me. Ansioso de explicações expus à generosa amiga o
problema que me apoquentava, não sem natural acanhamento.

Ela sorriu, com a grande experiência da vida, e começou a dizer:
Você fez bem em trazer a questão ao nosso estudo recíproco. O
caso Tobias é apenas um dos inumeráveis que conhecemos aqui e
noutros núcleos espirituais, que se caracterizam pelo pensamento
elevado.
André, impressionado pelo caso
Tobias, reflete que se fosse com
ele, seria insuportável uma
segunda união da esposa deixada
em Terra, e que não aceitaria tal
imposição. Recorre então à dona
Laura.

167
Mas, choca-nos o sentimento, não é
verdade? - atalhei com interesse.

Quando nos atemos aos pontos de
vista propriamente humanos, essas
coisas dão até para escandalizar;
entretanto, meu amigo, é
necessário, agora, sobrepormos a
tudo os princípios de natureza
espiritual.

Precisamos compreender o espírito de sequência que rege os
quadros evolutivos da vida. Se atravessamos longa escala de
animalidade, é justo que essa animalidade não desapareça de um
dia para outro.

168
Empregamos muitos séculos para
emergir das camadas inferiores. O
sexo participa do patrimônio de
faculdades divinas, que
demoramos a compreender.

Nem todos conseguem substituir
cadeias de sombra por laços de luz
em tão pouco tempo.

O sexo é faculdade divina que
custamos a compreender, e
demoramos muito a penetrar no
sentido elevado da organização
domestica alicerçada nas bases da
compreensão pura e da felicidade.

169
Muitos tem afeições mas não tem
compreensão, não conseguindo
ultrapassar as fronteiras da Lei de
Fraternidade real.

São incontáveis as criaturas que
padecem longos anos sem
qualquer alívio espiritual,
simplesmente porque se esquivam
à fraternidade legítima e se
reencarnam para receber em laços
de consanguinidade aqueles que
afastaram deliberadamente pelo
veneno do ódio ou da
incompreensão.

170
É imprescindível destacar não só a experiência do casamento,
mas toda experiência de sexo, por afetar profundamente a vida
da alma.

Toda experiência sexual da criatura que já recebeu alguma luz
do espírito, é acontecimento de enorme importância para si
mesmo.

Não esqueça que nossas construções vibratórias são muito mais
importantes que as da Terra. O caso Tobias é o caso de vitória da
fraternidade real, por parte das três almas interessadas na
aquisição de justo entendimento. Quem não se adaptar à lei de
fraternidade e compreensão, logicamente não atravessará essas
fronteiras. Há muitos espíritos que gastam séculos tentando
desfazer animosidades e antipatias na existência terrestre e
refazendo-as após a desencarnação.

•O Umbral está cheio de entidades que não resistiram a
semelhantes provas. Enquanto odiarem assemelham-se a
agulhas magnéticas sofrendo, sem poder penetrar em zonas
superiores.
Jesus nos convida
a uma imediata
reconciliação com
os adversario, que
antes de tudo
interessa a nós
mesmos.

172
O problema do perdão, com Jesus, é problema sério. Não se resolve
em conversas. Perdoar verbalmente é questão de palavras; mas
aquele que perdoa realmente precisa mover e remover pesados fardos
de outras eras, dentro de si mesmo.

É por isso que o entendimento fraterno precede a qualquer trabalho
verdadeiramente salvacionista. Toda caridade, para ser divina, precisa
apoiar-se na fraternidade. (Laura)

Depois de padecimentos verdadeiramente infernais, pelas
criações inferiores que inventam para si mesmas, voltam ao
corpo para realizar o que não conseguiram na experiencia
expiritual. A bondade Divina através do esquecimento concede-
lhes a chance de receber em laços de consanguinidade aqueles
de quem se afastaram deliberadamente.

Quando estudamos as obras espíritas, verificamos que o acaso não
existe e tudo vem no momento certo, quando estamos preparados e
receptivos ao conteúdo que recebemos. Esse processo é a base da
revelação gradativa a que Kardec se referiu inúmeras vezes.

Inicialmente, nas obras de André Luiz, vê-se uma distinção, entre o ato
sexual e o sentimento “amor”, que se comportam como estrelas
binárias, uma gravitando em torno da outra e rumando para um destino
único.

Essa dicotomia “sexo-amor” vai se tornando cada vez mais indistinta e
percebe-se que todos esses sentimentos e atos se ajustam à condição
espiritual do indivíduo e vão ganhando cores diferentes na medida em
que os degraus da evolução vão sendo palmilhados, no dia a dia. Logo
se vê que o sexo animalizado caminha em direção a sentimentos mais
fluídos e puros e, por fim, ao amor sem limites, como também o fazem
muitos outros sentimentos, que apenas ganham cores mais nítidas e
vibrantes quando se transmutam na química do verdadeiro amor ao
próximo.

Para ilustrar o que acabamos de colocar, lembramos que no capítulo 18
de “Nosso Lar”, onde André declara que o amor é o nutriente universal
das criaturas, enquanto o sexo é uma manifestação sagrada do amor
puro e infinito que emana de Deus.... Daí resulta a necessidade de
educação sexual e respeito entre os seres. Da mesma forma, nada que
emana do Criador deve ser condenado em princípio; o ato sexual não é
algo impuro ou sujo, mas podemos torná-lo menos digno em função de
nossos pensamentos e desejos. Como em tudo na vida, o mundo se
torna aquilo que dele fazemos.

A evolução da criatura em direção ao Criador está profundamente ligada
às transformações que o sexo e o amor passam a campear. Tudo parece
conduzir o filho em direção a uma nova compreensão do Todo e do seu
Arquiteto, sublime Senhor de tudo que nos envolve. Essa evolução da
sexualidade e a transformação dos sentimentos humanos não traduzem
que a relação sexual tenha se tornado ou se tornará algo a ser extirpado
ou considerado impuro. Sua sublimação está de acordo com os ditames
culturais e sociais das épocas em que se deu e dará o processo, de forma
natural e gradativa.

O MESMO
ESPÍRITO

DE HOMEM;
OU DE MULHER.
PODE ANIMAR CORPOS:
“VIDA E SEXO” Cap. I – F.C. XAVIER /
EMMANUEL
200. Têm sexos os Espíritos?
R. “Não como o entendeis, pois que os
sexos dependem da organização. Há entre
eles amor e simpatia, mas baseados na
concordância dos sentimentos.”
201. Em nossa existência, pode o Espírito
que animou o corpo de um homem animar o
de uma mulher e vice-versa?
R. “Decerto; são os mesmos os Espíritos
que animam os homens e as mulheres.”

A ENERGIA SEXUAL
É RECURSO
DA LEI DE ATRAÇÃO
L. E. 60
É a mesma a força que une os elementos da matéria nos corpos
orgânicos e nos inorgânicos?
R: “A LEI DE ATRAÇÃO É A MESMA
PARA TODOS OS ELEMENTOS DA MATÉRIA”(*)
VIDA E SEXO – Cap. 5 – Energia
Sexual - EMMANUEL
(*)É PORTANTO, UMA LEI DA NATUREZA.
A energia sexual, como
recurso da lei de atração, na
perpetuidade do Universo, é
inerente à própria vida,
gerando cargas magnéticas
em todos os seres, à face
das potencialidades criativas
de que se reveste.

CRIAR;
SUSTENTAR

PARA
“VIDA E SEXO” Cap. 5 – F.C. XAVIER / EMMANUEL

REENCARNAÇÃO;
O LAR;
BENÇÃOS DE FAMÍLIA;
ALEGRIAS DO AFETO .
“VIDA E SEXO” – F.C. XAVIER / EMMANUEL

O SEXO É

A SOMA DAS QUALIDADES:
FEMININAS OU MASCULINAS QUE
CARACTERIZAM A MENTE;
“AÇÃO E REAÇÃO” CAP. 15 – Anotações Oportunas – F.C. XAVIER / ANDRÉ
LUIZ – Pág: 203

É UMA ENERGIA VARIÁVEL DA ALMA,
NÃO É UMA ENERGIA FIXA DA NATUREZA.
(INSTRUTOR SILAS)

O SEXO RESIDE
“AÇÃO E REAÇÃO” - CAP. 15 – F.C. XAVIER / ANDRÉ LUIZ
NA MENTE
EXPRESSA-SE

NO CORPO ESPIRITUAL;
E NO CORPO FÍSICO, COMO SANTUÁRIO CRIATIVO DE
NOSSO AMOR PERANTE A VIDA.

ATRIBUTO NÃO APENAS
RESPEITÁVEL MAS
PROFUNDAMENTE
SANTO,
EDUCAÇÃO CONTROLE
RESPONSABILIDADE DISCERNIMENTO
ONDE E QUANDO SE
EXPRESSE.
“VIDA E SEXO” Cap. I – F.C. XAVIER /
EMMANUEL
Através dele dimanam forças
criativas, às quais devemos,
na Terra, o instituto da
reencarnação, o templo do
lar, as bênçãos da família, as
alegrias revitalizadoras do
afeto e o tesouro
inapreciável dos estímulos
espirituais.
Sexo é espírito e vida, a serviço da
felicidade e da harmonia do Universo.
Nossos irmãos e irmãs precisam e
devem saber o que fazem com as
energias genésicas, observando como,
com quem e para que utilizam de
semelhantes recursos, entendendo -se
que todos os compromissos na vida
sexual estão igualmente subordinados à
Lei de Causa e Efeito; e, segundo esse
exato princípio, de tudo o que dermos a
outrem, no mundo afetivo, outrem
também nos dará.

CAPITULO 40 - COLHEITA: Quem semeia colherá
O Caso Elisa

40 - QUEM SEMEIA
COLHERÁ
> A ATRAÇÃO
André não sabia explicar uma forte atração pela visita ao
departamento feminino das Câmaras de Retificação e Narcisa
falou que devemos estar atentos a circunstâncias
aparentemente casuais, quando o Criador nos convoca a
determinado lugar é porque temos alguma tarefa a fazer

185
No mesmo dia visitou a ala feminina, no Pavilhão 7, onde filas
de leitos bem cuidados, exibiam mulheres que mais se
assemelhavam a frangalhos humanos, quando deparou com
alguém.

Quem seria aquela mulher que a velhice prematura deixara
os olhos embaçados e tristes?

186
Filas de leitos muitos alvos e bem
cuidados exibiam mulheres, que mais se
assemelhavam a frangalhos humanos.
Aqui e ali, gemidos lancinantes;
angustiosas exclamações. Quem seria
aquela mulher amargurada, de
aparência original?
Velhice que parecia prematura
tipificava-lhe o semblante, em cujos
lábios pairava um ricto, misto de ironia e
resignação.
Os olhos, embaciados e tristes,
mostravam-se defeituosos. Memória
inquieta, coração oprimido, em poucos
instantes localizei-a no passado. Era
Elisa. Aquela mesma Elisa que
conhecera nos tempos de rapaz.

Narcisa, pelo olhar que me endereçou, parecia tudo compreender.
Comecei a falar, contendo o pranto, mas, a certa altura da confissão
penosa, minha amiga obtemperou: - Não precisa continuar. Adivinho o
epílogo da história. Não se entregue a pensamentos destrutivos.
Conheço o seu martírio moral, de experiência própria. Entretanto, se o
Senhor permitiu que reencontrasse agora esta irmã, é que já o
considera em condições de resgatar a dívida.
Elisa, agora, vencida e humilhada! Por onde vivera a mísera criatura, tão
cedo atirada a doloroso capítulo de sofrimentos? Donde vinha? Ah!...
não me defrontava o Silveira, de quem pudera repartir o débito com
meu pai. A dívida, agora, era inteiramente minha. Cheguei a tremer,
envergonhado daquelas reminiscências, mas, qual criança ansiosa de
perdão pelas faltas cometidas, dirigi-me a Narcisa, pedindo orientação.
Talvez nunca tivesse coragem de pedir a Clarêncio e, possivelmente,
outra seria minha conduta, se tivesse Tobias a meu lado. Considerando
que a mulher generosa e cristã é sempre mãe, voltei-me para a
enfermeira, confiando mais que nunca.

188
Nos tempos da mocidade eu era pobre e consegui um
emprego em casa de um abastado comerciante, onde a vida
me impôs imensa transformação. Esse negociante tinha um
filho tão jovem quanto eu e depois da intimidade
estabelecida começou uma vida de prazer, luxo e conforto
material. Tempos depois veio a sífilis, o hospital, o
abandono de todos e as tremendas desilusões que
terminaram na cegueira e depois na morte do corpo. Roguei
tanto à Virgem de Nazaré que mensageiros do bem me
trouxeram a esta casa abençoada.
André: Aproximei-me e perguntei o
seu nome, ela disse:
“- Elisa”.

Aquele nome me fez tremer, mas
continuei... “- E qual é a sua
história?”.

189
Comovidíssimo até às lágrimas, perguntei: “- Como se chamava o
homem que a fez tão infeliz?”. Ela pronunciou então o seu nome e o
de seus pais.
AL perguntou ainda: “- E você o odeia ?”...
“- Antes de chegar aqui, sim, mas aprendi que para odiá-lo teria que
odiar a mim mesma. No meu caso a culpa deve ser repartida.

André tomou-lhe então as mãos e disse com emoção: “- Minha
amiga, eu também me chamo André e estou aqui para ajudá-la. A
partir de hoje você será aqui minha irmã do coração”.

190
ATRAÇÃO
Quando o Pai nos convoca a determinado lugar, é que lá nos aguarda
alguma tarefa. Cada situação, na vida, tem finalidade definida... Não
deixe de observar este princípio em suas visitas aparentemente casuais.
Desde que nossos pensamentos visem à prática do bem, não será difícil
identificar as sugestões divinas. (Narcisa,)
SEMEADURA E COLHEITA
Todos nós encontramos no caminho os frutos do bem ou do mal que
semeamos. Esta afirmativa não é frase doutrinária, é realidade
universal. Bem-aventurados os devedores em condições de pagar.
(Narcisa)
LESÕES AFETIVAS
Recordei o dia em que minha genitora me chamou a conselhos justos.
Aquela intimidade, dizia, não ficava bem. Era razoável que
dispensássemos à serva generosidade afetuosa, mas convinha pautar
nossas relações com sadio critério. Sob enorme angústia moral,
abandonou Elisa, mais tarde, a nossa casa, sem coragem de me lançar
em rosto qualquer acusação

As provas rudes, ouvi-me bem, são quase
sempre indício de um fim de sofrimento e
de um aperfeiçoamento do Espírito, quando
aceitas com o pensamento em Deus.

É um momento supremo, no qual,
sobretudo, cumpre ao Espírito não falir
murmurando, se não quiser perder o fruto
de tais provas e ter de recomeçar.
ESE Cap XIV (9)

LEI DE AÇÃO E REAÇÃO ou RETORNO
Lei do carma ou de causa e efeito
Toda ação gera uma força energética que retorna a nós da
mesma forma. O que semeamos é o que colhemos.

Assim é que, gerando
novas causas com o bem,
praticado hoje, podemos
interferir nas causas do
mal, praticado ontem,
neutralizando-as e
reconquistando, com
isso, o nosso equilíbrio.

LEI DE AÇÃO E REAÇÃO ou RETORNO
Para muitos de nós com consciência intranquila,
a morte não significa libertação
Imagine a mente como um lago, se as águas estão pacíficas reflete a
luz, se turvas ou revoltas perde-se a imagem.
Perdemos o corpo mais
estamos atados as nossas
culpas. O inferno é criado
pelas mentes culposas.
Nossa consciência reflete a
treva ou a luz de nossas
criações individuais.

Este capítulo nos remete a observar nossas
relações familiares, a posição que nos
encontramos e os relacionamentos que
cultivamos. Com o objetivo de termos uma
atitude cada vez mais consciente do desenlace
necessário das situações provocadas no
passado. Nossa responsabilidade está em tudo que
estamos envolvidos, mesmo que não presentes.
Fazendo mal aos outros, praticamos o mal contra
nós mesmos. Ferindo ao próximo ferimos a
obra de Deus.
Não podemos limitar as loucuras humanas a função do sexo. O sexo
é a força atuante da vida, uma energia variável da alma. É uma foça
do Criador na criatura, destinada a expandir-se em obras de amor e
luz. É preciso dilatar a definição para arredá-la do campo erótico em
que foi circunscrita, pela energia do AMOR, buscando os prazeres
mais nobres. Temos assim o prazer de ajudar, descobrir, iluminar,
elevar, aprender e estudar.

SEMEADURA E COLHEITA
As ações produzem efeitos, os
sentimentos geram criações, os
pensamentos dão origem a
formas e consequências de
infinitas expressões.

E, em virtude de cada Espírito
representar um universo por si,
cada um de nós é responsável
pela emissão das forças que
lançamos em circulação nas
correntes da vida

Capítulo 41 – Convocados à luta

198
Capítulo 41 – Convocados à luta

A guerra europeia – Nos primeiros
dias de setembro de 1939, "Nosso
Lar" sofreu o choque que abalou
outras colônias espirituais ligadas à
civilização americana. Muitas
entidades não conseguiam disfarçar
o imenso terror de que estavam
possuídas.
O Governador determinou cuidado na esfera do
pensamento. As nações agressoras não são consideradas
inimigas pelos Espíritos superiores, mas como nações
desordeiras cuja atividade criminosa é preciso reprimir.

199
Evidentemente, todas as nações agressoras pagarão por isso
um preço terrível. Tais países convertem-se em núcleos
poderosos de centralização das forças do mal.

Seus povos embriagam-se ao contato dos elementos de
perversão, que invocam das camadas sombrias, e legiões
infernais precipitam-se sobre as grandes oficinas de trabalho,
transformando-as em campos de perversidade e horror.

200
Capítulo 41 – Convocados à luta
O clarim dos Espíritos vigilantes –
Instalada a guerra na Polônia, um
inesquecível clarim se fez ouvir por
mais de 15 minutos. Era a convocação
superior aos serviços de socorro à
Terra. Cessado o som, inúmeros
pontos luminosos, parecendo
pequenos focos resplandecentes e
longínquos, apareceram no
firmamento.
O clarim é utilizado por Espíritos vigilantes de elevada
expressão hierárquica, explicou Tobias, e só vem até nós em
circunstâncias muito graves. O movimento de súplicas
aumentara muito, nos últimos meses, no Ministério do
Auxílio. E, na Regeneração, a vigilância contra as vibrações
umbralinas fora redobrada

201
... observávamos a multidão espiritual, atingimos o Ministério da
Comunicação, detendo-nos ante os enormes edifícios consagrados
ao trabalho informativo. Milhares de entidades acotovelavam-se,
aflitivamente. Todos queriam informações e esclarecimentos.

Extremamente surpreendido com o vozerio enorme, vi que alguém
subira a uma sacada de grande altura, reclamando a atenção
popular. Era um velho de aspecto imponente, anunciando que,
dentro de dez minutos, far-se-ia ouvir um apelo do Governador.

Serenado o barulho, daí a momentos ouviu-se a voz do próprio
Governador, através de numerosos alto-falantes. Aquela voz clara e
veemente, de quem falava com autoridade e amor, operou singular
efeito na multidão. No curto espaço de uma hora, toda a colônia
regressava à serenidade habitual.

Palavras do
Governador
– "Irmãos de "Nosso Lar", não
vos entregueis a distúrbios do
pensamento ou da palavra.
A aflição não constrói, a
ansiedade não edifica.
Saibamos ser dignos do clarim
do Senhor, atendendo-lhe a
Vontade Divina no trabalho
silencioso, em
nossos postos."

203
Quando um país toma a iniciativa da guerra, encabeça a
desordem da Casa do Pai, e pagará um preço terrível. (Salústio,
cap. 41)

Se devemos lastimar a criatura em oposição à lei do bem, com
mais propriedade devemos lamentar o povo que olvidou a
justiça. (André Luiz, cap. 41)

Helvécio: A doença é mestra da saúde, o desastre dá
ponderação. (...) Mas agora parece que serei compelido a
modificar meu programa de trabalho... Helvécio, Helvécio,
esqueçamos o "meu programa" para pensar em "nossos
programas". (Um Espírito, cap. 41)

O receio de uma esposa insegura – O medo da guerra era
generalizado, e uma jovem mulher estava preocupada com a
possibilidade de seu marido Everardo desencarnar. Ela receava
que ele a procurasse na qualidade de esposa, porque não mais
poderia suportá-lo. Sendo muito ignorante, ele com certeza a
submeteria a novas crueldades.

No cap.24, André Luiz nos fala das
comunicações entre as coletividades
espirituais destacando-se uma rádio
espiritual que solicitava auxílio para as
vítimas de flagelações de guerra na
Europa, transmitindo apelos em favor
da paz e concórdia entre as nações que
se preparavam para o conflito.
Em outros momentos, espíritos mais elevados fazem uso do
pensamento para transmissão de informações, solicitações e
apelos, enquanto outros, menos libertos das amarras de vida física,
ainda têm de fazer uso de dispositivos de comunicação
desenvolvidos para esse fim. Isso está de pleno acordo com o que a
espiritualidade nos informa sobre o progresso no atual momento
evolutivo dos espíritos que habitam as diferentes esferas do orbe
terreno.
COMUNICAÇÃO

A Guerra segundo o Espiritismo

A humanidade mais uma vez se vê sob a tensão de um novo
conflito mundial. Ameaças proliferam a toda hora. O fio da
racionalidade pode se romper a qualquer momento. A tensão
aumenta, fazendo com que muitos cheguem a duvidar de uma
solução obtida por meios diplomáticos.

Conflitos de consequências imprevisíveis se desenha no cenário
sombrio do Planeta, atemorizando a todos.

E o Espiritismo, o que pode nos dizer a respeito?

Como Doutrina filosófica, de bases científicas e consequências
morais, o Espiritismo se relaciona com tudo o que diz respeito
ao nosso processo existencial, pois objetiva contribuir para o
progresso da humanidade, tornando-a melhor.

LIVRO DOS ESPIRITOS – GUERRAS
742. Qual a causa que leva o homem à guerra?
— Predominância da natureza animal sobre a espiritual e a
satisfação das paixões. No estado de barbárie, os povos só
conhecem o direito do mais forte, e é por isso que a guerra, para
eles, é um. estado normal. A medida que o homem progride, ela se
torna menos frequente, porque ele evita as suas causas e, quando
ela se faz necessária, ele sabe adicionar-lhe humanidade.

De todos os flagelos destruidores, provocados pela incúria e
imprevidência humanas, a guerra traduz-se, possivelmente,
como sendo o mais doloroso.

743. A guerra desaparecerá um dia da face da Terra?
— Sim, quando os homens compreenderem a justiça e
praticarem a lei de Deus. Então todos os povos serão irmãos.

LIVRO DOS ESPIRITOS – GUERRAS

Infelizmente, o ser humano ainda não está preparado para
viver a paz, de forma que a guerra representa, ao lado das
graves tragédias, um doloroso processo de conquista da
liberdade e do progresso.
No futuro, quando a Terra passar, definitivamente, para a
categoria de mundo de regeneração, estando o Planeta livre
de expiações, as guerras serão banidas. Mas isto somente
ocorrerá quando, efetivamente, [...] os homens
compreenderem a justiça e praticarem a lei de Deus. Nessa
época, todos os povos serão irmãos.

744. Qual o objetivo da Providência ao tornar a guerra necessária?
— A liberdade e o progresso.

744 – a) Se a guerra deve ter como efeito conduzir à liberdade,
como se explica que ela tenha geralmente por fim e por
resultado a escravização?
— Escravização momentânea para sovar os povos, a fim de
fazê-los andar mais depressa.

745. Que pensar daquele que suscita a guerra em seu
proveito?
— Esse é o verdadeiro culpado e necessitará de muitas
existências para expiar todos os assassínios de que foi causa,
porque responderá por cada homem cuja morte tenha causado
para satisfazer a sua ambição.

O livro “Guerra no Além”, de Abel Glaser, pelo espírito de Caibar
Schutel, descreve a ação de agremiações espirituais das trevas sobre os
encarnados, criando condições para que as grandes guerras mundiais
tivessem início e interferindo com os destinos dos povos, ao mesmo
tempo em que atacam os seus adversários no plano espiritual contíguo
à crosta e mesmo os postos de socorro das colônias espirituais, como
os postos da colônia-cidade Alvorada Nova, a mesma citada por André
Luiz em “Nosso Lar”. O capítulo 20 de “Os Mensageiros” é
integralmente dedicado ao setor
defensivo de uma instituição de
auxílio que também atua como um
pronto-socorro para espíritos
sofredores e como um ponto de
pouso seguro para mensageiros das
colônias que se dirigem à crosta
terrena. André Luiz faz uma breve
descrição das defesas da instituição.

No capítulo referente à Lei de Destruição, a guerra foi arrolada
pelos Espíritos como um de seus agentes. Indagados, os
orientadores espirituais afirmaram que é consequência da
predominância da natureza animal do homem sobre a espiritual e
do transbordamento de suas paixões. Esclarecem, ainda, que Deus
permite que assim aconteça para propiciar ao homem a
oportunidade de uma evolução mais rápida, no sentido de atingir a
liberdade e o progresso.

Temos aí, portanto, pelo ensinamento da Espiritualidade, um
diagnóstico das causas desse mal. Ensinam, também, os benfeitores
espirituais que, no estado de barbaria, os povos somente conhecem
o direito dos mais fortes, daí vivenciarem um estado de guerra
permanente, que vai se modificando à medida que o homem
progride. Fica-nos, então, um questionamento: da época da
revelação dos Espíritos até os dias de hoje, decorridos mais de cento
e cinquenta anos, não terá a humanidade progredido o suficiente
para evitá-la?

A Humanidade terrena aproxima-se, dia a dia, da esfera de
vibrações dos invisíveis de condição inferior, que a rodeia em todos
os sentidos. Mas, segundo reconhecemos, esmagadora
percentagem de habitantes da Terra não se preparou para os atuais
acontecimentos evolutivos... A Ciência progride vertiginosamente
no planeta, e, no entanto, à medida que se suprimem sofrimentos
do corpo, multiplicam-se aflições das almas. Outras necessidades de cima se revelarão e
vemos agora a criatura terrestre assoberbada
de problemas graves, não só pelas
deficiências de si própria, senão também pela
espontânea aproximação psíquica com a
esfera vibratória de milhões de
desencarnados, que se agarram à Crosta
planetária, sequiosos de renovar a existência
que menosprezaram, sem maior consideração
aos desígnios do Eterno.

A explicação vamos encontrar no capítulo que estuda a Lei do
Progresso. Lá encontramos que o progresso possui duas
vertentes: a moral e a intelectual. Vemos mais: que o progresso
moral decorre do intelectual, que faz o homem compreender a
diferença entre o bem e o mal. Enquanto não desenvolve o senso
moral, o progresso intelectual é utilizado para a prática do mal,
servindo-lhe de instrumento.

Não há como deixar de reconhecer o quanto a humanidade
progrediu em termos científicos e tecnológicos, trazendo
condições de vida mais seguras e confortáveis a muitos.
Todavia, o progresso moral, como disseram os Espíritos, é sempre
mais demorado e não consegue acompanhar o avanço da
inteligência.

As consequências de uma guerra somente são avaliadas em
termos materiais. Estima-se o seu custo econômico e quantas
vidas físicas serão ceifadas. Mas as consequências espirituais
sequer são mencionadas, permanecendo ignoradas pela imensa
maioria.

O Espiritismo esclarece que os danos materiais são passageiros,
são ínfimos, se comparados ao custo espiritual que o indesejado
acontecimento acarreta. Os seus responsáveis terão de suportar,
no mundo espiritual e em encarnações futuras, os efeitos da lei
de ação e reação que rege o Universo.

Os Espíritos ensinam que “grande culpado é esse e muitas
existências lhe serão necessárias para expiar todos os assassínios
de que haja sido causa, porquanto responderá por todos os
homens cuja morte tenha causado para satisfazer à sua
ambição”.

5
Capítulo 42 – A palavra do Governador

Para o domingo imediato à visita
do clarim, prometeu o Gover-
nador a realização do culto
evangélico no Ministério da
Regeneração. O objetivo
essencial da medida, esclareceu
Narcisa, seria a preparação de
novas escolas de assistência no
Auxílio e núcleos de ades-
tramento na Regeneração.

Narcisa> ...Precisamos organizar
serviços hospitalar urgente bem
como exercícios adequados
contra o medo...
AL.> Contra o medo?........
Capítulo 42 – A palavra do Governador

217
.
"E ouvíreis falar de guerras e de rumores de guerras; olhai,
não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça,
mas ainda não é o fim.” - Mateus, cap 24, v 6. ...
André:.. Ia ver pela 1ª vez
o governador ao meu
lado....

O velhinho enérgico e
amorável passeou o olhar
pela assembleia compacta,
constituída de milhares de
assistentes. Em seguida, abriu um livro luminoso que o companheiro me
informou ser o Evangelho de Nosso Senhor Jesus-Cristo.
Folheou-o atento e, depois, leu em voz pausada: –

218
.
E orou comovidamente, invocando as
bênçãos do Cristo, saudando, em
seguida, os representantes da União
Divina, da Elevação, do Esclare-
cimento, da Comunicação e do
Auxílio, dirigindo-se, com especial
atenção, a todos os colaboradores
dos trabalhos de nosso Ministério. É para vós, irmãos meus, cujos labores se aproximam das
atividades terrestres, que dirijo meu apelo pessoal, muito
esperando da vossa dedicação. Elevemos ao máximo nosso
padrão de coragem e de espírito de serviço. Quando as forças
da sombra agravam as dificuldades, é imprescindível acender
novas luzes que dissipem as trevas densas. Consagrei o culto
de hoje a todos os servidores deste Ministério, votando-lhes de
modo particular a confiança do meu coração.

219
Não me dirijo, pois, aos irmãos cujas mentes já funcionam em
zonas mais altas, mas a vós outros, que trazeis nas sandálias
da recordação os sinais da poeira do mundo, para exalçar a
tarefa gigantesca.

Nosso lar precisa de 30 mil trabalhadores que não meçam
necessidades de repouso, nem conveniências pessoais
enquanto perdurar nossa batalha com as forças do crime e da
ignorância.... Somos, em "Nosso Lar", mais
de um milhão de criaturas
devotadas aos desígnios
superiores e ao melhoramento
moral de nós mesmos. Seria
caridade permitir a invasão
de vários milhões de
espíritos desordeiros?

220
Não podemos, portanto, hesitar no que se refere à defesa do
bem. Não podemos esperar o adversário em nossa morada
espiritual. Sei que muitos de vós recordais, neste instante, o
Grande Crucificado. Sim, Jesus entregou-se à turba de
amotinados e criminosos, por amor à redenção de todos nós,
mas não entregou o mundo à desordem e ao aniquilamento.
Todos devemos estar prontos
para o sacrifício individual, mas
não podemos entregar nossa
morada espiritual aos
malfeitores. Haverá serviços
para todos nos limites da
região vibratória entre nós e os
planos inferiores. "Nosso Lar', é
um patrimônio divino, que
precisamos defender com todas
as energias do coração.

221
Narcisa - Treinamento para o medo
Precisamos organizar - dizia ela - determinados
elementos para o serviço hospitalar urgente,
embora o conflito se tenha manifestado tão
longe, bem como exercícios adequados contra
o medo.
– Contra o medo? - acrescentei, admirado.
– Como não? - objetou a enfermeira, atenciosa. É elevada a porcentagem de existências humanas estran-
guladas simplesmente pelas vibrações destrutivas do terror,
que é tão contagioso como qualquer moléstia de perigosa
propagação. O medo é um dos piores inimigos da criatura,
por alojar-se na cidadela da alma, atacando as forças mais
profundas.
A Governadoria coloca o treinamento contra o medo muito
acima das próprias lições de enfermagem. A calma é garantia
do êxito.

Livro dos Espíritos - Ideias inatas
218. Encarnado, conserva o Espírito algum vestígio das percepções
que teve e dos conhecimentos que adquiriu nas existências
anteriores?

“Guarda vaga lembrança, que lhe dá o que se chama ideias inatas.”

a)- Não é, então, quimérica a teoria das ideias inatas?
“Não; os conhecimentos adquiridos em cada existência não mais
se perdem. Liberto da matéria, o Espírito sempre os tem presentes.
Durante a encarnação, esquece-os em parte, momentaneamente;
porém, a intuição que deles conserva lhe auxilia o progresso. Se
não fosse assim, teria que recomeçar constantemente. Em cada
nova existência, o ponto de partida, para o Espírito, é o em que, na
existência precedente, ele ficou.”
312. E a lembrança dos sofrimentos por que passaram na última
existência corporal, os Espíritos a conservam?
“Frequentemente assim acontece....

Livro dos Espíritos - Ensaio teórico da sensação nos Espíritos

257. O corpo é o instrumento da dor. Se não é a causa primária
desta é, pelo menos, a causa imediata. A alma tem a percepção da
dor: essa percepção é o efeito. A lembrança que da dor a alma
conserva pode ser muito penosa, mas não pode ter ação física. De
fato, nem o frio, nem o calor são capazes de desorganizar os tecidos
da alma, que não é suscetível de congelar-se, nem de queimar-se.
Não vemos todos os dias a recordação ou a apreensão de um mal
físico produzirem o efeito desse mal, como se real fora?

A dor que sentem não é, pois, uma dor física propriamente dita: é
um vago sentimento íntimo, que o próprio Espírito nem sempre
compreende bem, precisamente porque a dor não se acha
localizada e porque não a produzem agentes exteriores; é mais uma
reminiscência do que uma realidade, reminiscência, porém,
igualmente penosa.

Dra Maria Julia Peres, psiquiatra e criadora da Terapia Reestruturativa
Vivencial Peres – TRVPeres e o Dr. Jaider Rodrigues de Paulo (AME-MG).

O medo é uma emoção presente em quase todos os seres da
natureza, representada por um conjunto de sentimentos que se
manifestam com grande inquietação e angústia diante de um perigo
real ou imaginário de um fato desencadeante de ameaça, pavor,
susto, perdas e dor profunda (física ou mental), entre outros.

Ele é expressado nos seres humanos por reações corporais como o
susto, olhar espantado, boca seca, taquicardia e sudorese, entre
outros, traduzindo o incômodo físico e mental que provoca. Sua
presença excessiva é um dos grandes fatores de angústia para o ser.
“O medo, em si, não constitui uma patologia e sim, um compor-
tamento de cautela para maior segurança do indivíduo.

Para a ciência psíquica, um dos diferenciais do medo com a
ansiedade é o fato de ele ter um objeto real e ela nem sempre.

“O medo se caracteriza a partir de uma vivência objetiva, como, por
exemplo, de animais, altura e escuro, entre outros. A ansiedade
expressaria mais os fantasmas internos”, completa. De acordo com
Dr. Jaider, o medo se origina de quatro vertentes.
A primeira seria criada pelo instinto de conservação, evitando que
o indivíduo se exponha a perigos desnecessários. Este é um fator
positivo do medo, segundo o médico. “Dentro deste pensamento,
temos, também, o medo do desconhecido, como da imensidão do
mar e do cosmo, ou quando viajamos para algum local sem
referências”.
A segunda vertente seria fruto do complexo de culpa, originado de
atos que julgamos delituosos, em vidas passadas ou nesta própria.
“É quando o culpado instala em sua intimidade o tribunal da
consciência, o pior de todos, criando o seu inferno particular,
despertando este sicário de todos nós, o medo”.

A terceira vertente seria fruto dos sofrimentos atrozes que
experimentamos nas zonas inferiores da erraticidade, quando
brinquedos de inteligências perversas. “Nesses casos, seriam os
egressos do suicídio, do homicídio, os viciados de toda sorte, os quais
não fazem nenhum movimento para a sua redenção.

(Quarta).... Mas o medo pode ser consequência de educação
equivocada, quando os familiares, no intuito de controlar as suas
crianças, criam em suas mentes figuras de monstros, como de
assombração, bicho-papão e demônios, sem saberem que estão
formando clichês mentais torturantes, que podem perturbá-las. “O
indivíduo, quando vive sob o guante do medo, é uma pessoa
basicamente insegura, assustada e raivosa. Estes sentimentos podem
torná-la agressiva, retraída, aparentemente pouco responsável e, às
vezes, paradoxalmente temerária”.

Fobia: A fobia é um transtorno neurótico, relacionado ao estresse,
que apresenta reações somatoformes (psicossomáticas); ela é um
medo patológico, exagerado, persistente e irracional, que ocorre em
relação, entre outros, a objetos. Pode aparecer em vários períodos
da vida atual e em suposta vida passada.

Em geral, são resultantes do contato do paciente com algum fato
marcante ocorrido em algum período do seu passado, que ficou
reprimido em sua mente inconsciente e bloqueado pela consciente.

Com este bloqueio consciente a fobia se torna irracional e se
manifesta com atitudes evitativas em relação ao objeto ou situação
causadores da mesma. “Assim, um paciente que tem fobia em dirigir
carro, pode ter sofrido um acidente de automóvel enquanto estava
no útero materno. Outro pode ter fobia de galinha, porque, quando
criança, foi atacado quando tentou pegá-la para brincar”.

... “Assim quando o medo tentar tomar conta de ti, pensa que
estás encarnado na Terra para triunfar. O triunfo, no entanto, não
está nos aplausos ou nas luzes da ribalta, nem nos sucessos
mundanos, que cegam o coração e a mente. O triunfo é sobre ti
mesmo, e para consegui-lo é preciso lutar. Portanto, ora e pede
orientação do Amigo Maior, que é Jesus; deixa os receios e
expulsa o medo, para que possas agir com dignidade. E, se a
situação for tão aflitiva que não vês saída, confia e segue em
frente com alegria, pois a vida eterna está à tua frente, e jamais
estará só aquele que contribui para a construção do reino de
amor e paz.”


Joanna de Ângelis

232
Cap. 43
EM CONVERSAÇÃO
O setembro negro de
1939: as origens da 2ª
Guerra Mundial; Uma
Grande Catástrofe

A Segunda Guerra
mundial envolveu 72
nações e foi travada
em todos os
continentes direta ou
indiretamente. O
número de mortos é
de cerca de 70
milhões, havendo
ainda uns 28 milhões
de mutilados.
A GUERRA EUROPEIA

Capítulo 43- Em conversação
Após a palestra do Governador, André procura Tobias para saber
quais seriam as suas tarefas..

Tobias: “– André, você está começando agora uma tarefa nova.
Não se precipite, solicitando acréscimo de responsabilidade.

Haverá serviço para todos.Não se esqueça de que as nossas
Câmaras de Retificação constituem núcleos de esforço ativo, dia e
noite. Recorde que trinta mil servidores vão ser convocados para
a vigilância permanente. Destarte, na retaguarda, serão muito
grandes os claros a preencher. Contente-se com a matricula na
escola contra o medo, lhe fará enorme bem”.

Nesse ínterim, André recebe o abraço de Lísias que o convida a
conhecer 0 Ministro da Regeneração, Benevenuto, que acabara de
chegar da Polônia, no grupo o qual estava, discutia-se a situação
terrestre.

234
Dificuldades na Polônia – O Ministro Benevenuto, descreveu
o quadro doloroso que ele viu nos campos daquela nação,
invadida pelos soldados alemães. Tudo obscuro, tudo difícil.

As vítimas entregavam-se totalmente a pavorosas
impressões e não ajudavam, apenas consumiam as forças
dos diligentes assistentes espirituais que ali atuavam.

Apesar disso, as tarefas de assistência imediata
funcionavam perfeitamente, a despeito do ar asfixiante,
saturado de vibrações destruidoras.

O campo invisível da batalha era verdadeiro inferno de
indescritíveis proporções, esclareceu o Ministro. Aos fluidos
venenosos das metralhas, casavam-se às emanações
pestilentas do ódio, e isso tornava quase impossível
qualquer auxílio.

235
Benevenuto: Será sempre possível
atender aos loucos pacíficos, no lar; mas
que remédio se reservará aos loucos
furiosos, senão o hospício? (...) É
razoável, portanto, que as missões de
auxílio recolham apenas os predispostos
a receber o socorro elevado.

Quando algum militar agressor
desencarnava, era logo dominado por
forças tenebrosas e fugia dos Espíritos
missionários. A falta de preparação
religiosa constituía, no seu
entendimento, a causa de semelhante
calamidade.

Ministro Benevenuto: “Não se podem, ali, esperar claridades de
fé nos agressores, tampouco na maioria das vítimas, que se
entregam totalmente a pavorosas impressões”.
As igrejas são sempre santas em seus fundamentos e o
sacerdócio será sempre divino, quando cuide essencialmente
da Verdade de Deus; mas o sacerdócio político jamais
atenderá a sede espiritual da civilização. Sem o sopro divino,
as personalidades religiosas poderão inspirar respeito e
admiração, não, porém, a fé e a confiança.
Não basta ao homem a inteligência apurada, é-lhe necessário
iluminar raciocínios para a vida eterna.

- Mas, o Espiritismo? - perguntou abruptamente um dos
circunstantes. Não surgiram as primeiras florações doutrinárias na
América e na Europa, há mais de cinquenta anos? Não continua
esse movimento novo a serviço das verdades eternas?
Valendo-se de ligeiro intervalo, outro companheiro opinou: - É
quase incrível que a Europa, com tantos patrimônios culturais, se
tenha abalançado a semelhante calamidade.
- Falta de preparação religiosa, meus amigos -definiu o Ministro
com expressiva inflexão de voz -, não basta ao homem a
inteligência apurada, é-lhe necessário iluminar raciocínios para a
vida eterna.
Nunca, como na guerra, evidencia o espírito humano a condição
de alma decaída, apresentando características essencialmente
diabólicas.

238
Benevenuto: O Espiritismo é a nossa
grande esperança e, por todos os
títulos, é o Consolador da humanidade
encarnada; mas a nossa marcha é
ainda muito lenta. Trata-se de uma
dádiva sublime, para a qual a maioria
dos homens ainda não possui "olhos
de ver".
Esmagadora porcentagem dos aprendizes novos aproxima-se
dessa fonte divina a copiar antigos vícios religiosos. Querem
receber proveitos, mas não se dispõem a dar coisa alguma de
si mesmos. Invocam a verdade, mas não caminham ao
encontro dela. (...)

.....Enquanto muitos estudiosos
reduzem os médiuns a cobaias
humanas, numerosos crentes
procedem à maneira de certos
enfermos que, embora curados,
crêem mais na doença que na saúde,
e nunca utilizam os próprios pés.

Enfim, procuram-se, por lá, os
espíritos materializados para o
fenomenismo passageiro, ao passo
que nós outros vivemos à procura de
homens espiritualizados para o
trabalho sério.
O trocadilho arrancou expressões de bom humor
geral, acrescentando o Ministro, gravemente:

240

Não esqueçamos que todo homem
é semente da divindade.
Ataquemos a execução de nossos
deveres com esperança e
otimismo, e estejamos sempre
convictos de que, se bem fizermos
a nossa parte, podemos
permanecer em paz, porque o
Senhor fará o resto.

CAPITULO 44 – AS TREVAS

(no cap. anterior)......estávamos no grande recinto verde,
consagrado aos trabalhos desse Ministro da Regeneração, que eu
apenas conhecia de vista. Numerosos grupos de visitantes
permutavam ideias sob a copa das grandes árvores.
Enriquecendo as alegrias da reunião, Lísias deu-me a conhecer
novos valores da sua cultura e sensibilidade. Dedilhando com
maestria as cordas da cítara, fez-nos lembrar velhas canções e
melodias da Terra. Quando me vi a sós com o bondoso enfermeiro
do Auxílio, procurei transmitir-lhe minhas sublimes impressões

André .....dia verdadeiramente maravilhoso! Sucediam-se júbilos
espirituais, como se estivéssemos em pleno paraíso.

-Não tenha dúvida disse Lísias sorrindo, quando nos reunimos
àqueles a quem amamos, ocorre algo de confortador e
construtivo em nosso íntimo. É o alimento do amor, André.
-Quando numerosas almas se congregam no círculo de tal ou
qual atividade, seus pensamentos se entrelaçam, formando
núcleos de força viva, através dos quais cada um recebe seu
quinhão de alegria ou sofrimento, da vibração geral. É por essa
razão que, no planeta, o problema do ambiente é sempre fator
ponderável no caminho de cada homem. Cada criatura viverá
daquilo que cultiva. Quem se oferece diariamente à tristeza,
nela se movimentará; quem enaltece a enfermidade, sofrer-lhe-
á o dano.

Foi, então, que me lembrei de interpelá-lo
sobre uma coisa que me torturava a mente.
Referira-se o Governador, aos círculos da
Terra, do Umbral e das Trevas, mas,
francamente, não tinha eu, até então,
qualquer notícia deste último plano.
“– Lísias, poderá você dar-me
uma idéia da localização dessa zona
de Trevas? Se o Umbral está ligado à mente
humana, onde ficará semelhante lugar de
sofrimento e pavor?
– Há esferas de vida em toda parte. Em tudo há energias viventes
e cada espécie de seres funciona em determinada zona da vida.
– Você situou como região de existência, além da morte do corpo,
apenas os círculos a se iniciarem da superfície do globo para cima,
esquecido do nível para baixo. A vida, contudo, palpita na
profundeza dos mares e no âmago da terra”

245
As Trevas

"Chamamos Trevas às regiões mais
inferiores que conhecemos",
explicou Lísias.

Há espíritos que, preferindo
caminhar às escuras, pela excessiva
preocupação egoística que os
absorve, costumam cair em
precipícios.

Há também princípios de gravitação
para os espíritos, como ocorre com
os corpos materiais.

246
A alma esmagada de culpas não
pode subir à tona do lago
maravilhoso da vida.

As aves livres ascendem às alturas;
as que se embaraçam no cipoal
sentem-se tolhidas no vôo, e as que
se prendem a peso considerável são
meras escravas do desconhecido.
O abismo atrai o abismo e cada
um de nós chegará ao local para
onde esteja dirigindo os próprios
passos.

247
Repetindo marchas e refazendo velhos esforços, ficam à
mercê de inúmeras vicissitudes. Assim é que muitos costumam
perder-se em plena floresta da vida...

Classificam-se aí os milhões de seres que perambulam no
Umbral... preferindo caminhar às escuras, pela preocupação
egoística que os absorve, costumam cair em precipícios,
estacionando no fundo do abismo por tempo indeterminado.
É a essas regiões mais inferiores que chamamos Trevas.

Não seria região trevosa o próprio Umbral, onde vivera, por minha
vez, em sombras densas, durante anos consecutivos? Não via, nas
Câmaras, numerosos desequilibrados e doentes de toda espécie,
procedentes das zonas umbralinas?

As elucidações não poderiam ser mais claras

Depois de pequeno intervalo, em
que me pareceu meditar
profundamente, continuou:

-Naturalmente, como
aconteceu a nós outros, você
situou como região de
existência, além da morte do
corpo, apenas os círculos a se
iniciarem da superfície do
globo para cima, esquecido do
nível para baixo.

Sensibilizado, porém, com a extensão e complexidade do assunto,
ponderei:
-Entretanto, que me diz dessas quedas? Verificam-se apenas na
Terra? Somente os encarnados são suscetíveis de precipitação
no despenhadeiro?

Lísias pensou um minuto e respondeu:
-Sua observação é oportuna. Em qualquer lugar, o espírito pode
precipitar-se nas furnas do mal, salientando-se, porém, que nas
esferas superiores as defesas são mais fortes, imprimindo-se,
consequentemente, mais intensidade de culpa na falta
cometida.

Avaliei, de pronto, o quadro imenso de lutas purificadoras, a
desenhar-se ante meus olhos espirituais, nas zonas mais baixas da
existência.

Como alguém que precisa ponderar bastante, para exprimir-se, o
companheiro pensou, pensou... e concluiu:

-Qual acontece a nós outros, que trazemos em nosso íntimo o
superior e o inferior, também o planeta traz em si expressões
altas e baixas, com que corrige o culpado e dá passagem ao
triunfador para a vida eterna.

Você sabe, como médico humano, que há elementos no cérebro do
homem que lhe presidem o senso diretivo. Hoje, porém, reconhece
que esses elementos não são propriamente físicos e sim espirituais,
na essência.
Quem estime viver exclusivamente nas sombras, embotará o
sentido divino da direção. Não será demais, portanto, que se
precipite nas Trevas, porque o abismo atrai o abismo e cada um de
nós chegará ao local para onde esteja dirigindo os próprios passos.

251
Capítulo 44 – As trevas (a sós com Lísias)
Referira-se o Governador, aos círculos da Terra, do Umbral e das Trevas,
André pergunta: Não seria região trevosa o próprio Umbral, onde vivera, por
minha vez, em sombras densas, durante anos consecutivos?

... Das reuniões de fraternidade, de esperança, de amor e de alegria,
sairemos com a fraternidade, a esperança, o amor e a alegria de todos;
mas, de toda assembleia de tendências inferiores, em que predominam o
egoísmo, a vaidade ou o crime, sairemos envenenados com as vibrações
destrutivas desses sentimentos.
"Chamamos Trevas às regiões mais inferiores que conhecemos“. Há
espíritos que, preferindo caminhar às escuras, pela excessiva preocupação
egoística que os absorve, costumam cair em precipícios. Há também
princípios de gravitação para os espíritos, como ocorre com os corpos
materiais. A alma esmagada de culpas não pode subir à tona do lago
maravilhoso da vida. As aves livres ascendem às alturas; as que se
embaraçam no cipoal sentem-se tolhidas no voo, e as que se prendem a
peso considerável são meras escravas do desconhecido. O abismo atrai o
abismo e cada um de nós chegará ao local para onde esteja dirigindo os
próprios passos.
45 - No campo de música

252
À tardinha, Lísias convidou AL para uma visita ao Campo da
Música e intercedeu junto a Tobias sua liberação.
•Acompanhei Lísias, reconhecidamente. Atingindo-lhe a residência,
no Ministério do Auxílio, tive a satisfação de rever a senhora Laura e
informar-me quanto ao regresso da abnegada mãe de Eloísa, que
deveria regressar do planeta, na próxima semana. A casa estava
repleta de contentamento. Havia mais beleza no interior doméstico,
novas disposições no jardim.
•Despedindo-nos, a dona da casa me abraçou e falou, bem-
humorada:
•- Então, doravante, a cidade terá mais um frequentador para o
Campo da Música! Tome cuidado com o coração!...
•Quanto a mim, ainda ficarei hoje em casa. Vingar-me-ei de vocês,
porém, muito breve! Não me demorarei a buscar meu alimento na
Terra!...

253
Em meio da geral alegria, ganhamos a via pública. As jovens
faziam-se acompanhar de Polidoro e Estácio, com quem
palestravam animadamente.
Lísias, a meu lado, logo que deixamos o aeróbus numa das praças
do Ministério da Elevação, disse carinhoso:
•- Finalmente, vai você conhecer minha noiva, a quem tenho
falado muitas vezes a seu respeito.
•- É curioso - observei, intrigado - encontrarmos noivados,
também por aqui...
•- Como não? Vive o amor sublime no corpo mortal, ou na alma
eterna?
Noivado espiritual – André ficou sabendo que existe
noivado nos círculos espirituais e ele é muito mais belo
do que na Terra, onde os desejos e os estados
inferiores abafam as belezas do amor puro.

254
Lísias e Lascínia estavam noivos e pretendiam, em breve,
unir-se em matrimônio. O casal já experimentara muitos
fracassos nas experiências materiais, mas Lísias esclareceu
que todos os desastres do passado tiveram origem na sua
imprevidência e absoluta falta de autodomínio. –

Sim, o noivado no mundo espiritual é muito mais belo, sem os
véus de ilusão”. Voltariam à Terra dali a 30 anos.
•- André -, tem você em mira novos planos para os círculos
carnais?
•- Nem podia ser de outro modo - explicou ele, pressuroso -,
necessito enriquecer o patrimônio das experiências e, além disso,
minhas dívidas para com o planeta são ainda enormes. Lascínia e
eu fundaremos aqui, dentro em breve, nossa casinha de
felicidade, crendo que voltaremos à Terra precisamente daqui a
uns trinta anos.

..alcançado as cercanias do Campo da Música; Luzes de indescritível
beleza, ostentavam encantamentos de verdadeiro conto de fadas.
Fontes luminosas traçavam quadros surpreendentes: um espetáculo
absolutamente novo para André. Antes que pudesse manifestar sua
admiração, Lisias recomendou bem-humorado:
- Lascínia sempre se faz acompanhar de duas irmãs, às quais, espero
faça você as honras de cavalheiro.
- Mas, Lísias... - considerando minha antiga posição conjugal - você deve
compreender que estou ligado a Zélia.
O enfermeiro amigo, nesse instante, riu a valer, acrescentando:
- Era o que faltava! Ninguém quer ferir seus sentimentos de fidelidade.
Não creio, no entanto, que a união esponsalícia deva trazer o
esquecimento da vida social. Não sabe mais ser o irmão de alguém,
André?
Ri-me, desconcertado, e nada pude replicar.

Já na periferia do Campo da Música,
fontes luminosas e um pequeno
corpo orquestral executava música
ligeira e Lísias explicou que nas
extremidades do Campo, a música
atende ao gosto pessoal de cada
grupo que ainda não entendem a
arte sublime, mas no centro do
parque tinham música universal e
divina
Depois de atravessarem alamedas chegaram ao centro do Campo
onde pares afetuosos, grupos de senhoras e cavalheiros
conversavam sobre o amor, sobre a cultura intelectual, ciência,
filosofia, sem qualquer atrito de opinião

257
Campo da Música – Luzes de
indescritível beleza banhavam
extenso parque, onde se
ostentavam encantamentos de
verdadeiro conto de fadas. Era
o Campo da Música, cujo
ingresso foi pago por Lísias. Grande número de passeantes, em torno de gracioso coreto,
ouvia uma orquestra de reduzidas figuras executar música
ligeira. Nas extremidades do Campo havia músicas para todos
os gostos.
Imperava, porém, no centro a música universal e divina, a arte
santificada por excelência, que atrai multidões de espíritos, ao
contrário do que se verifica na Terra.
O elemento feminino aparecia na paisagem revelando
extremo apuro de gosto individual, sem desperdício de
adornos.

258
Discutia-se o amor, a cultura intelectual, a pesquisa científica, a
filosofia edificante, mas todos os comentários tendiam à esfera
elevada do auxílio mútuo, sem qualquer atrito de opinião.
Em palestras numerosas, viam-se referências a Jesus e ao
Evangelho. Aquela sociedade otimista encantou André Luiz.
Lísias explicou, então, que os orientadores em harmonia da
colônia absorviam raios de inspiração nos planos mais altos
Grandes árvores, diferentes das
que se conhecem na Terra,
guarneciam belos recintos,
iluminados e acolhedores.

Nas palestras, nada de malícia
ou de acusações.

.. diante da música sublime,
Lísias esclareceu que grandes
compositores terrestres são
trazidos às esferas como Nosso
Lar onde recebem expressões
melódicas e transmitem-nas aos
ouvidos humanos floreando-as
com o gênio que possuem
Na Terra, há pequenos grupos para o culto da música fina e
multidões para a música regional. Ali, contudo, verificava-se o
contrário. O centro do campo estava repleto. Eu havia presenciado
numerosas agregações de gente, na colônia, extasiara-me ante a
reunião que o nosso Ministério consagrara ao Governador, mas o
que via agora excedia a tudo que me deslumbrara até então.

O Universo, André, está cheio de beleza e sublimidade. O facho
resplendente e eterno da vida procede originariamente de
Deus.
Obras Postumas, A Musica Celeste, A Música Espírita
Uma dissertação sobre a música celeste! Quem poderia disso
encarregar-se? Que espírito sobre-humano poderia fazer vibrar a
matéria em uníssono com esta arte encantadora? Que cérebro
humano, que espírito encarnado poderia apreender os
matizes variados ao infinito?... Quem possui, a esse ponto, o
sentimento de harmonia?... Não, o homem não é feito para
semelhantes condições!... Mais tarde!... Bem mais tarde!...
Rossini
(Médium, Sr. Desliens).

Kardec, na Revista Espírita, exemplar de setembro
de 1864, nos traz essa importante revelação: A
música comove as fibras entorpecidas da
sensibilidade e as predispõe a receber as
impressões morais. A música amolece a alma (...)

Música
(...) a música exerce salutar influência sobre a
alma e a alma que a concebe também exerce
influência sobre a música. (...) Ref. Obras Póstumas

(...)Por outro lado, os ouvintes que o Espiritismo terá
preparado para receber facilmente a harmonia,
ouvindo música séria, sentirão um verdadeiro
encanto; desdenharão a música frívola e licenciosa,
que se apodera das massas (...) Revista Espírita 1869

(....) Não te detenhas. Cede à cariciosa influência
da melodia que te impele à distância da sombra,
para que a luz te purifique, pois a música que te
eleva a emoção e te descerra a grandeza da vida
significa, entre os homens, a mensagem
permanente de Deus.

F.C Xavier/Emmanuel, em Trilha de Luz

Capítulo 46- Sacrifício de mulher
Reencarnação da mãe de André
Um ano após iniciar trabalhos
A.Luiz sentia imensas saudades do
lar terrestre.
Sua mãe informa-lhe que breve ela
reencarnará, visando amparar o ex-
marido, mergulhado em
problemas, perseguido por
mulheres com as quais não
procedeu corretamente.
Essas mulheres, no futuro,
reencarnarão como suas filhas

265
Capítulo 46 – Sacrifício de mulher
Saudades do lar terreno
Setembro de 1940
Um ano havia-se passado em
trabalhos construtivos.
André aprendera a ser útil, encontrara o prazer do serviço,
experimentara crescente júbilo e confiança, mas ainda não
voltara ao lar terrestre. A saudade, evidentemente, doía-lhe
muito. Por isso, à medida que se consolidava seu equilíbrio
emocional, intensificava-se nele a ansiedade de rever os
seus.
Cumpria, pois, aguardar a palavra de ordem. Além disso, não
obstante desdobrar atividades na Regeneração, o Ministro
Clarêncio continuava a responsabilizar-se pela sua
permanência na colônia. A senhora Laura e o próprio Tobias
não se cansavam de lembrar esse fato.

266
A saudade doía fundo. Em
compensação, de longe em longe era
visitado por sua mãe, que nunca o
abandonou à própria sorte, embora
permanecesse em círculos mais altos.
A última vez que a avistara, ela disse
que tencionava cientificá-lo de
projetos novos.
Clarêncio sempre de atitude reservada, pelo
Natal, quando me encontrara nos festejos da
Elevação, tocara levemente no assunto,
adivinhando-me as saudades da esposa e dos
filhinhos. Comentara as alegrias da noite e
asseverara não andar longe o dia em que me
acompanharia ao ninho familiar.

267
A volta da mãe de André – Em setembro de 1940, sua
mãe comunicou-lhe o propósito de voltar à Terra.

André protestou. Não entendia por que sua mãe voltaria à
carne agora, sem necessidade imediata. Ela lhe explicou
então que Laerte, seu ex-esposo, transformara-se num
cético de coração envenenado e que todos os esforços que
ela fez para reerguê-lo haviam sido improfícuos.

Ora, Laerte não poderia persistir em semelhante posição,
sob pena de mergulhar em abismos mais profundos. E ela
não podia ficar a distância. Depois de estudar detidamente
o assunto, concluiu que, se ela não podia trazer o inferior
para o superior, poderia fazer o contrário: Laerte seria de
novo seu marido, e as entidades que o obsidiavam seriam
suas filhas.

268
Ele (Laerte), por sinal, já havia sido encaminhado à reencarnação na
semana anterior. Revelando o desejo de fugir das mulheres que
ainda o subjugavam, essa disposição foi aproveitada para jungi-lo à
nova situação.

Se não fosse a Proteção Divina por intermédio de guardas
espirituais, talvez as infelizes irmãs lhe subtraíssem a oportunidade
da nova encarnação.

André estranhou o fato e perguntou se somos simples joguetes em
mãos inimigas. Sua mãe respondeu-lhe: "Essas interrogações, meu
filho, devem pairar em nossos corações e em nossos lábios, antes de
contrairmos qualquer débito, e antes de transformarmos irmãos em
adversários para o caminho. Não tomes empréstimos à maldade!
Ninguém ajuda eficientemente, intensificando as forças contrárias,
como não se pode apagar na Terra um incêndio com petróleo. É
indispensável amar, André!

“– Há reencarnações que funcionam como drásticos. Ainda que o
doente não se sinta corajoso, existem amigos que o ajudam a sorver
o remédio santo, embora muito amargo.

Relativamente à liberdade irrestrita, a alma pode invocar esse
direito somente quando compreenda o dever e o pratique.

Quanto ao mais, é indispensável reconhecer que o devedor é
escravo do compromisso assumido.

Deus criou o livre-arbítrio, nós criamos a fatalidade.
É preciso quebrar as algemas que fundimos para nós mesmos”.

Desde aquela hora, minha mãe não era apenas minha mãe. Era
muito mais que isso. Era a mensageira do Amparo, que sabia
converter verdugos em filhos do seu coração, para que eles
retomassem o caminho dos filhos de Deus.

270
Capítulo 47 – A volta de Laura

Capítulo 47- A volta de Laura
Chegou a época da reencarnação da Senhora Laura. Certa noite
numerosos amigos foram até sua casa cumprimentá-la e desejar
bom retorno à carne. Foi uma reunião agradável onde André
aprendeu muito e ao final foi convidado para participar de uma
reunião íntima na noite seguinte.
Recomendou Laura aos
cooperadores técnicos da
reencarnação o máximo cuidado no
trato com os ascendentes biológicos
que vão entrar em função para
constituir seu novo organismo
“– Pedi essa providência para que
não me encontre demasiadamente
sujeita à lei da hereditariedade”

272
A volta de Laura
A encarnação teria início daí a dois dias. Haviam terminado
as aplicações do Serviço de Preparação, do Ministério do
Esclarecimento, mas Laura estava triste e apreensiva.

O Ministro Genésio a estimulou a não pensar em fracassos
e a confiar na Providência Divina e nos amigos que ficariam
à retaguarda.

273
Laura expressou seus receios pelo esquecimento
temporário em que todos se precipitam ao reencarnar. Ela
entendia que na Terra nossa boa intenção é como luz
bruxuleante num mar imenso de forças agressivas.

Genésio pediu-lhe que repelisse tal pensamento. Não se
pode dar tamanha importância às influências inferiores.

Com as palavras do Ministro, Laura ficou mais confiante.
Lísias acrescentou que ele e as irmãs não ficariam inativos
em "Nosso Lar".

O otimismo voltou, assim, a reinar na casa e todos
lembraram que a volta à Terra é uma bendita oportunidade
de recapitular e aprender, para o bem.

O LIVRO DOS ESPÍRITOS
258. No estado errante, e antes de
começar nova existência corporal, o
Espírito tem consciência e previsão das
coisas que lhe vão acontecer durante a
vida?
“Ele próprio escolhe o gênero de
provas que deseja sofrer e nisto consiste
o seu livre-arbítrio.”

259. Se o Espírito pode escolher o gênero de
provas que deve sofrer, seguir-se-á que todas as
tribulações que experimentamos na vida foram
previstas e escolhidas por nós?
“Todas não é bem o termo, porque não
escolhestes nem previstes tudo o que vos
sucede no mundo, até as menores coisas.
Escolhestes apenas o gênero das provações; os
detalhes são conseqüências da posição e,
muitas vezes, das vossas próprias ações.(...) Só
os grandes acontecimentos, os que influenciam
no destino, estão previstos.(...)”

Todos os Espíritos que vão renascer
tem a sua programação reencarnatória,
adequada às suas necessidades evolutivas.
•Projeto elaborado pelo Espírito junto
com o mentor espiritual

•Projeto elaborado só pelos mentores
espirituais

Geometria transcendente (EVDM- 7 – Evolução e hereditariedade)

.... a criatura submete-se à lei da hereditariedade, com o direito de
alterar-lhe as disposições fundamentais até ponto não distante do
limite justo, segundo o merecimento de que disponha.

Para ajudar aos semelhantes na escalada a mais amplas aquisições
na senda evolutiva, recolhe, assim, concurso precioso dos
Organizadores do Progresso, na mitose do ovo que lhe facultará
novo corpo no mundo, de vez que toda permuta de cromossomos,
no vaso uterino, está invariavelmente presidida por agentes
magnéticos ordinários ou extraordinários, conforme o tipo da
existência que se faz ou refaz, com as chaves da hereditariedade
atendendo aos seus fins.

A volta ao corpo físico e o esquecimento do passado
Em anos recentes muitos livros em assuntos de “terapia de vidas
passadas” ; “reencarnação ”; experiências de quase morte; vêm
sendo lançados e passou a se entreter com histórias,
principalmente quando associados à literatura romanceada
espírita: amor, ódio, obsessão e redenção.

Quase sempre o personagem A compromete penosamente sua
relação com personagem B, logo no início da trama, em um
ambiente C, e o restante da história nos mostra como ambos irão
resolver seus problemas nas décadas seguintes ou nas
encarnações vindouras. O inverso também é muito comum,
partindo de problemas atuais dos personagens, temos um retorno
ao passado comum de ambos.

A volta ao corpo físico e o esquecimento do passado
Não são apenas as tramas espiritualistas que têm invadido as
novelas brasileiras, mas, da mesma forma, as novelas invadiram a
literatura espírita e muito deveríamos ponderar sobre o papel
dessa literatura. Confortar, sim; iludir, jamais. Tem muita gente
achando que o “al�m da vida” � capítulo de novela.
No início de “Nosso Lar” vemos um André Luiz com remorso de
não ter dado o devido valor à vida terrena, quando viu que seu
retorno ao corpo denso se deu em função do empenho dos
maiores das esferas superiores (“...A longa tarefa, que lhe foi
confiada pelos Maiores da Espiritualidade Superior, foi reduzida a
meras tentativas de trabalho que não se consumou”, segundo
palavras do Dr. Henrique de Luna, que atendeu André após a sua
remoção do umbral).

A experiência mostra que o remorso é algo que, se por um lado
está associado à corrigenda de um erro, por outro, é a porta da
obsessão. Lembrar-se do passado pode ser algo muito
complicado e contraindicado na maioria dos casos.

Dentro da literatura espírita poucos assuntos adquirem maior
relevância do que o esquecimento do passado, que constitui
evento de primeira grandeza no processo reencarnatório,
constituindo, segundo Emmanuel, conforme informação fornecida
na apresentação de “Nosso Lar”, verdadeira demonstração da
misericórdia divina.

Em função dessas crises de remorso, a espiritualidade quase sempre
desaconselha a realização de consultas ao passado, como bem
evidenciado em “E a Vida Continua” onde Ernesto Fantini solicita uma
consulta aos seus arquivos reencarnatórios. O instrutor Ribas
responde, de forma clara e segura, com essas palavras :

– Não, Fantini. Desaconselhável a providência, conquanto possível.
Você e Evelina estão abraçando longa empresa de serviço em nosso
plano. Terão muitos problemas a resolver, muito trabalho a realizar...
Desidério, Elisa, Amâncio, Brígida, Caio, Vera, Túlio, Evelina e você
formam uma equipe de corações comprometidos uns com os outros,
perante as Leis de Deus, há muitos séculos... Todos reciprocamente
enlaçados no clima da provação, lembrando elementos químicos em
cadinho fervente para o acrisolamento indispensável! (...)

Posturas semelhantes são encontradas em diversos pontos da obra de
André. Em “Entre a Terra e o Céu”, o capítulo 8 faz uma defesa
vigorosa do esquecimento do “ontem” em prol de uma mente mais
saudável e voltada para o “amanhã”, ao mesmo tempo em que, no
capítulo 17, as memórias fragmentárias de um irmão são parcialmente
apresentadas para que ele entendesse melhor as suas condições de
momento e a história do delito que ele imputava a outro.

O Ministro Clarencio diz: – Acalma-te, amigo! – Não somos quem
julgas. Estamos aqui para que te lembres... É indispensável te recordes.

Nesse caso de profundo drama passional, o acesso aos arquivos
presentes no corpo mental do espírito foi liberado com a utilização de
passes magnéticos, mas tal acesso foi restrito ao evento que causava
rusgas e cólera na mente dos interessados. Em nenhum caso há o
acesso irrestrito ou amplo aos dados pretéritos

Por que isso é assim? Por que tantos cuidados?

Porque eles, nossos amigos, sabem exatamente os riscos
envolvidos no processo. Isso sem falar daqueles que buscam
informações por puro capricho ou curiosidade.

Nesses casos, o passado pode se comportar como uma caixa de
Pandora e não sabemos o que dele emergirá quando abrirmos os
últimos liames que o mantém inacessível.

Como o capítulo 13 de “Sexo e Destino” nos exorta, deixemos o
passado para trás e trabalhemos em auxílio ao próximo, o que nos
traz para uma nova condição vibratória. É o nascer de novo, em
vida física ainda, aproveitando melhor o tempo de nossa
permanência na crosta.

A união da alma com o corpo ocorre desde a
concepção, se completando no momento do
nascimento. O espírito nesse período se liga ao corpo
por um laço fluídico, que vai se encurtando conforme
o período de gestação vai acabando.

Uma vez ligado ao corpo, o espírito nunca será
substituído por outro naquele corpo. O que pode
acontecer é uma renúncia do espírito ao corpo , por
sua fragilidade em enfrentar a prova iminente. Nesse
caso, a criança não vinga.

Retorno à Vida Corporal

No intervalo entre a concepção e o nascimento o
espírito não goza de todas as suas faculdades
numa totalidade. Pois ele ainda não esta
encarnado, apenas ligado ao corpo.

A partir do instante da concepção, começa o
Espírito tomado de perturbação, que o adverte de
que lhe soou o momento de começar nova
existência corpórea. Essa perturbação cresce de
contínuo até ao nascimento. Nesse intervalo, seu
estado é quase idêntico ao de um Espírito
encarnado durante o sono.
Retorno à Vida
Corporal

À medida que a hora do nascimento se aproxima,
suas idéias se apagam, assim como a lembrança do
passado, do qual deixa de ter consciência na
condição, de homem, logo que entra na vida. Essa
lembrança, porém, lhe volta pouco a pouco, ao
retornar ao estado de Espírito. Esse estado de
perturbação é maior no nascimento do que no
desencarne.
Ao nascer, o espírito não recobra imediatamente a plenitude das suas
faculdades. Elas se desenvolvem gradualmente com os órgãos. O
Espírito se acha numa existência nova; preciso é que aprenda a servir-
se dos instrumentos de que dispõe.

Desde o inicio da vida, que se dá no momento da concepção, a
responsabilidade é grande , pois já temos um espírito destinado a esse
ser que se aproxima de nós através de um filho, e tem sua missão.

ESQUECIMENTO DO PASSADO
O esquecimento do passado não é absoluto. Durante o sono,
libertado do corpo, podemos nos lembrar do pretérito, e bem
como manifesta-se em formas de impressões, algumas
recordações, tendências, simpatias inexplicáveis, idéias inatas,
pendores artísticos, etc. Com a desencarnação e liberto das
contingências materiais, o Espírito poderá retomar a consciência
do seu passado.

Esse mecanismo do esquecimento é prova da Sabedoria Divina,
pois o conhecimento total das vidas passadas apresentaria
grandes inconvenientes para a reeducação dos indivíduos e para o
progresso da humanidade. Implicaria no prolongamento dos seus
conceitos falsos, errôneos e de seu orgulho e preconceitos.

ESQUECIMENTO DO PASSADO
Para nos melhorarmos, dá-nos Deus exatamente
o que nos é necessário e basta: a voz da
consciência e os pendores instintivos, que nos
adverte a não reincidir nos mesmos erros.
A observação de suas más tendências e
inclinações por que passa são o suficiente para
que saiba o que foi e o que fez e o que é
necessário fazer. Acrescentemos que, se nos
recordássemos dos nossos precedentes atos
pessoais, igualmente nos recordaríamos dos,
dos outros homens, do que resultariam talvez os
mais desastrosos efeitos para as relações
sociais.

Capítulo 48 – Culto familiar
REUNIÃO DIFERENTE
Visita de Ricardo (reencarnado)

291
Visita de Ricardo – Convidado por Laura, André compareceu
à reunião em que a família receberia a visita de Ricardo, pai
de Lísias.

Na sala de jantar, pouco mais de trinta pessoas se faziam
presentes quando Clarêncio deu início aos trabalhos.

A uma distância de quatro metros, mais ou menos, havia um
globo cristalino de dois metros de altura, envolvido na parte
inferior em longa série de fios que se ligavam a pequeno
aparelho, idêntico aos nossos alto-falantes. Ricardo
encontrava-se então na fase de infância terrestre e viria falar
aos familiares naquela noite.

292
O globo cristalino, constituído de material isolante, tinha a
função de protegê-lo das emoções emitidas pelos familiares
e da energias mentais dos presentes.

Em dado momento Lísias foi chamado ao telefone por
funcionários do Ministério da Comunicação: chegara o
momento culminante.
O dispositivo serviria para receberem o Sr. Ricardo, já
reencarnado. Estava na fase infantil, mas era Espírito
experiente e, portanto, desprenderia do corpo físico e
compareceria na forma adulta e perfeitamente lúcido.

293
Visita de Ricardo –O relógio da parede marcava 0h40. Na
Terra, os pais de Ricardo dormiam... Clarêncio pediu a todos
homogeneidade de pensamentos e fusão de sentimentos;
depois, orou. Fez-se grande quietude.

A pedido de Clarêncio, Lísias executou na cítara uma canção
harmoniosa. Em seguida, a um sinal de Clarêncio, Judite,
Iolanda e Lísias, com o auxílio do piano, da harpa e da
cítara, tendo ao lado Teresa e Eloísa, cantaram uma melodia
maravilhosa, composta por eles mesmos. Quando a música
chegou ao fim, o globo se cobriu, interiormente, de
substância leitoso-acinzentada, apresentando, em seguida, a
figura simpática de um homem na idade madura. Era
Ricardo.

294
A emoção foi geral quando o visitante, dirigindo-se a Laura
e aos filhos, pediu que repetissem a suave canção filial,
que ele ouviu banhado em lágrimas.

Depois, quando o esposo comovidamente fazia sua
saudação, Laura chorava discretamente e os filhos tinham
os olhos marejados de pranto. Ricardo informou que Laura
iria ter com ele em breve, e que mais tarde todos eles
também iriam. A essa altura, o choro era geral. Quase à
despedida, Ricardo deixou bem claro que não desejava
dispor de facilidades na Terra. Finda a comunicação, sua
imagem se desfez no globo e Clarêncio, com uma oração,
encerrou a reunião.

ENCARNADOS VISITANDO O MUNDO DOS ESPÍRITOS
Intercâmbio é troca entre pessoas, podendo ser entre grupos
também, e até entre nações. Há intercâmbio de coisas e de
ideias. Aqui falaremos do intercâmbio entre pessoas, entre
seres, entre espíritos, de duas dimensões diferentes, que são o
mundo material e o espiritual.
Com o Espiritismo o intercâmbio entre os encarnados e os
desencarnados aumentou muito o seu fluxo, e o “tráfego” de
informações se multiplicou enormemente.
Muita gente se lembra, ao acordar, das experiências que teve na
outra dimensão! Muitos se recordam dos locais onde estiveram,
e das pessoas que encontraram e com as quais conversaram!

Através da projeção astral ou desdobramento podemos manter
intercâmbio com os espíritos que vivem no chamado mundo
espiritual. Podemos nos lembrar dos encontros com parentes e
amigos desencarnados, e muito mais. Podemos aprender e
trabalhar, auxiliando os espíritos sofredores desencarnados, e
também podemos socorrer encarnados.

Com a popularização da projeção astral no futuro, o intercâmbio
com o mundo espiritual será ainda maior do que aquele que hoje
temos por meio dos médiuns. Cada um poderá ir até o mundo
espiritual, e ver por si mesmo o que existe lá, como é a vida lá, e
poderá conscientemente ter uma vida paralela a esta vida no
mundo material.

Não é novo o fenômeno da saída do corpo. Povos antigos já
conheciam e praticavam essas saídas, que tinham denominações
diversas. Hoje, a saída do corpo é chamada de projeção astral,
nome mais conhecido no meio espiritualista em geral, e ainda de
desdobramento, pelos espíritas. Experiências fora do corpo,
viagens fora do corpo, viagens astrais, projeções da consciência e
projeções astrais são os nomes também conhecidos.

Todos nós, ou quase todos, saímos temporariamente do corpo
quando ele dorme. Isso independe do fato de recordarmos ou
não das experiências que tivermos enquanto estivermos fora do
corpo. O fato de não nos lembrarmos sempre do que fizemos
fora do corpo durante a noite não significa que nem toda noite
saímos do corpo.

Não só os espíritos desencarnados vêm nos visitar aqui, e se
comunicam através de médiuns, mas também nós podemos ir
até eles, no seu mundo normal, onde eles vivem, e visitá-los.

Quando as pessoas aprenderem de fato a sair do corpo
conscientemente, e também a reconhecerem um sonho que é
recordação das experiências fora do corpo, a saudade que
sentem dos entes queridos vai diminuir, porque poderão
encontrar com esses entes queridos quase que diariamente.

Muitas vezes um ente querido não está em condições de vir até
nós, mas estamos em condições de ir até eles. A recíproca
também é verdadeira.

Capítulo 49
Regressando à casa

300
A volta ao lar – No mesmo dia em que Laura partiu para
reencarnar, André Luiz teve permissão para visitar, pela
primeira vez, sua casa terrestre. André estava embriagado
de alegria. Clarêncio abraçou-o e disse que ele teria uma
semana livre e que passaria ali diariamente para revê-lo.

O coração de André batia descompassado à medida que se
aproximava do grande portão de entrada. Em frente à casa,
ostentava-se, garbosa, a palmeira que ele e Zélia plantaram
no primeiro aniversário de casamento.

A mudança dos móveis e a ausência do retrato de família,
tudo o oprimia ansiosamente. Na sala de jantar, a filha mais
nova já estava em idade casadoura. Ele viu, então, Zélia
saindo de um quarto, acompanhado de um médico.

301
André gritou sua alegria, mas as palavras não atingiam os
ouvidos dos circunstantes.

Abraçou-se à companheira, com o carinho de uma saudade
imensa, mas Zélia parecia insensível àquele gesto de amor.

Alguma coisa me oprimia ansiosamente. Que teria
acontecido? O retrato dele com a família fora retirado....

Cambaleando de emoção percebeu, então, que ela havia
casado outra vez e que seu esposo atual, Dr. Ernesto,
encontrava-se gravemente enfermo. "Um corisco não me
fulminaria com tamanha violência", registrou André Luiz!

Zélia chorava e torcia as mãos, demonstrando imensa angústia.

Perdia-me num mar de indagações, quando ouvi minha esposa
suplicar, ansiosa:
– Mas, doutor, salve-o, por caridade! Peço-lhe! Oh! não
suportaria uma segunda viuvez.

O interlocutor, baixando a voz, respondeu, respeitoso:
– Só amanhã poderei diagnosticar seguramente, porque a
pneumonia se apresenta muito complicada, em virtude da
hipertensão. Todo o cuidado é pouco, o Dr. Ernesto reclama
absoluto repouso.

UMA CENA DE CIÚMES
Dificil testemunho

Outro homem se apossara do meu lar. A esposa me esquecera. A
casa não mais me pertencia. Valia a pena de ter esperado tanto
para colher semelhantes desilusões?

Corri ao meu quarto, no leito, estava um homem de idade
madura, evidenciando melindroso estado de saúde. Ao lado dele,
três figuras negras iam e vinham, mostrando-se interessadas em
lhe agravar os padecimentos.

De pronto, tive ímpetos de odiar o intruso com todas as forças,
mas já não era eu o mesmo homem de outros tempos. O Senhor
me havia chamado aos ensinamentos do amor, da fraternidade e
do perdão. Verifiquei que o doente estava cercado de entidades
inferiores, devotadas ao mal; entretanto, não consegui auxiliá-lo
imediatamente.

305
Difícil testemunho – André se
assentou decepcionado e
acabrunhado, vendo Zélia entrar no
quarto e dele sair várias vezes,
acariciando o enfermo com a
ternura que lhe coubera noutros
tempos, e, depois de algumas
horas de amarga observação e
meditação, voltou, cambaleante, à
sala de jantar, onde encontrou as
filhas conversando. A mais velha se
casara e tinha um filhinho ao colo.

306
Ela viera ter notícias do Dr. Ernesto, mas dizia que, naquele dia,
tivera singulares saudades de seu pai. Não chegou a terminar.
Lágrimas abundantes encheram seus olhos.

Zélia a repreendeu bruscamente. – Ora essa! Era o que nos
faltava!... Aflitíssima como estou, tolerar as suas perturbações.
Que passadismo é esse, minha filha? Já proibi a vocês,
terminantemente, qualquer alusão, nesta casa, a seu pai. Não
sabe que isso desgosta o Ernesto? Já vendi tudo quanto nos
recordava aqui o passado morto; modifiquei o aspecto das
próprias paredes, e você não me pode ajudar nisso?

A filha mais jovem também interveio: "Desde que a pobre mana
começou a se interessar pelo maldito Espiritismo, vive com essas
tolices na cachola. Onde já se viu tal disparate? Essa história dos
mortos voltarem é o cúmulo dos absurdos".

307
Lágrimas amargas – André confortou
a filha chorosa, murmurando palavras
de coragem e consolo, que ela não
registrou auditivamente, mas
subjetivamente, sob a feição de
pensamentos confortadores.
Compreendia agora por que seus verdadeiros amigos haviam
procrastinado tanto o seu retorno ao lar terreno. As
decepções e angústias ali sucediam-se. Nem haveres, nem
títulos, nem afetos. Somente uma filha permanecia de
sentinela ao seu velho e sincero amor. Nem os longos anos
de sofrimento, nos primeiros dias de além-túmulo, lhe haviam
proporcionado lágrimas tão amargas.

308
O lembrete de Clarêncio – No dia
seguinte André estava ainda
perplexo com aquela situação. De
tarde, Clarêncio foi visitá-lo e
percebeu o abatimento do pupilo.
"Compreendo suas mágoas e rejubilo-me pela ótima
oportunidade deste testemunho", disse-lhe o Ministro, que,
abstendo-se de dar conselhos, lembrou apenas que a
recomendação de Jesus para que amemos a Deus e ao
próximo opera sempre, quando seguida, verdadeiros
milagres de felicidade e compreensão, em nossos caminhos.

309
André passou a refletir com mais serenidade.

Afinal de contas, por que condenar Zélia? Se fosse ele o
viúvo na Terra, teria por acaso suportado a solidão?

Dominado por novos sentimentos, sentia que a linfa do
amor começava a brotar das feridas benéficas que a
realidade lhe abrira no coração. Já não era o mesmo
homem de outros tempos.

Ponderou sobre se ele seria capaz de ficar só na viuvez, se
suportaria a solidão e considerou que Zélia e sua família
precisavam de amparo material. Pensou durante muitas
horas.

EM CASA - ROGANDO AUXÍLIO

311
O amor vence o egoísmo – André lembrou-se dos conselhos
de Laura e dos exemplos que sua mãe e tantos amigos em
"Nosso Lar" lhe proporcionaram, como Veneranda, Narcisa e
Hilda.

Procurou abstrair-se do que ouvia em seu lar, colocando
acima de tudo o amor divino, e foi à luta, para auxiliar o
restabelecimento do Dr. Ernesto. Zélia e o novo esposo se
amavam intensamente e ele não tinha o direito de interferir,
a não ser para auxiliar. Sentia-se porém sem condições de
afastar, sozinho, os espíritos infelizes que se mantinham em
estreita ligação com o enfermo. Estava muito abatido.
Preciso era, pois, lutar contra o egoísmo feroz. Jesus
conduzira-me a outras fontes.

312
Não podia proceder como homem da Terra. Minha família
não era, apenas, uma esposa e três filhos na Terra. Era, sim,
constituída de centenas de enfermos nas Câmaras de
Retificação e estendia-se, agora, à comunidade universal.
Dominado de novos pensamentos, senti que a linfa do
verdadeiro amor começava a brotar das feridas benéficas
que a realidade me abrira no coração.

Ao final da segunda noite estava cansado. Compreendia o
valor do alimento espiritual através do amor que o nutria em
Nosso Lar e que o fazia atravessar vários dias de serviço
ativo sem alimentação comum, bastava a presença dos
amigos queridos e as manifestações de afeto, além da
absorção do ar e da água puros.

FLUIDOTERAPIA

Andre> ....lembrei certa lição de Tobias, quando me dissera: -
"aqui, em 'Nosso Lar', nem todos necessitam do aeróbus para se
locomoverem, porque os habitantes mais elevados da colônia
dispõem do poder de volitação; e nem todos precisam de
aparelhos de comunicação para conversar a distância, por se
manterem, entre si, num plano de perfeita sintonia de
pensamentos. Os que se encontrem afinados desse modo,
podem dispor, à vontade, do processo de conversação mental,
apesar da distância".

Lembrei quanto me seria útil a colaboração de Narcisa e
experimentei. Concentrei-me em fervorosa oração ao Pai e, nas
vibrações da prece, dirigi-me a Narcisa encarecendo socorro.

315
Passados vinte minutos, mais ou menos, alguém o tocou no
ombro. Era Narcisa.

Ela aplicou passes no doente, isolando-o das formas
escuras, que se afastaram como por encanto; manipulou
certa substância com as emanações do eucalipto e da
mangueira e, durante toda a noite, aplicaram o remédio ao
enfermo, através da respiração comum e da absorção pelos
poros. Ernesto melhorou sensivelmente. O médico que o
assistia disse: "Verificou-se esta noite extraordinária reação!
Verdadeiro milagre da Natureza!" Zélia estava radiante.

André reconheceu que vigorosos laços de inferioridade se
haviam rompido dentro de si, para sempre.

Capítulo 50 – Cidadão de Nosso Lar

317
Cidadão de "Nosso Lar" – André voltou a "Nosso Lar" em
companhia de Narcisa, experimentando pela primeira vez a
capacidade de volitação, que possibilitava ganhar distâncias
em poucos minutos. Narcisa esclareceu, então, que grande
parte dos companheiros poderia dispensar o aeróbus e
transportar-se, à vontade, nas áreas de seu domínio
vibratório, mas, visto a maioria não ter adquirido essa
faculdade, eles se abstinham de exercê-la nas vias públicas
da colônia. Nos dias seguintes, ele passou a ir de “Nosso Lar”
à sua casa na Crosta, e vice-versa, sem dificuldade de vulto,
intensificando o tratamento de Ernesto, cujas melhoras se
firmaram, francas e rápidas. Clarêncio o visitava diariamente,
mostrando-se satisfeito com o seu trabalho.

318
Cidadão de "Nosso Lar" –A alegria tornara aos cônjuges, que
André passou a estimar como irmãos. Naqueles sete dias, ele
aprendera preciosas lições práticas no culto vivo da
compreensão e da fraternidade. Uma surpresa, porém, o
aguardava. Quando retornou a “Nosso Lar”, findos os sete
dias da licença, mais de duzentos companheiros vieram ao
seu encontro e todos o saudaram, generosos e acolhedores.
Lísias, Lascínia, Narcisa, Silveira, Tobias, Salústio e
numerosos companheiros das Câmaras ali estavam. Foi
então que Clarêncio, surgido à frente de todos, estendeu-lhe
a destra e informou: "Até hoje, André, você era meu pupilo na
cidade; mas, doravante, em nome da Governadoria, declaro-o
cidadão de `Nosso Lar’". André Luiz atirou-se aos braços
paternais do venerável amigo e, chorando de gratidão e
alegria, abraçou-o calorosamente.

319
Toda criatura, no testemunho, deve proceder como a
abelha, acercando-se das flores da vida, que são as
almas nobres, no campo das lembranças, extraindo
de cada uma a substância dos bons exemplos, para
adquirir o mel da sabedoria. (Laura)

Nada existe de inútil na Casa de Nosso Pai. Em toda
parte, se há quem necessite aprender, há quem
ensine; e onde aparece a dificuldade, surge a
Providência. O único desventurado, na obra divina, é
o espírito imprevidente, que se condenou às trevas da
maldade. (Narcisa)

Até hoje, André, você era meu pupilo na cidade; mas, doravante,
em nome da Governadoria, declaro-o cidadão de "Nosso
Lar".
Por que tamanha magnanimidade se meu triunfo era tão pequenino?
Não conseguia reter as lágrimas de emoção que me embargavam a voz. E,
considerando a grandeza da Bondade Divina, atirei-me aos braços
paternais de Clarêncio, a chorar de gratidão e de alegria.
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