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5.3 A IMPORTÂNCIA DO CÁLCIO
Principal composto da cal e do gesso, o cálcio (Ca) constitui um mineral de suma
importância para os seres humanos, estando diretamente relacionado a alguns processos
metabólicos, a exemplo da coagulação sanguínea, contração e excitabilidade muscular,
transporte de íons das membranas celulares, secreção de hormônios, controle da atividade
enzimática, transmissão de impulsos e, sobretudo, constituição dos ossos e dentes
(CARVALHO, 1999).
5.3.1 Nos ossos
O cálcio é o mineral de maior presença no corpo humano, podendo corresponder de
1,5 a 2% de toda a massa corporal, estando localizado, sobretudo, nos ossos e nos dentes –
cerca de 99%. Apenas 1% deste cálcio está disponível para ser utilizado em atividades
metabólicas que exijam mais deste mineral, como, por exemplo, no período de crescimento,
gestação e amamentação (CARVALHO, 1999).
Uma vez que o corpo humano não consegue sintetizar cálcio, a correta ingestão deste
mineral está associada a um bom desenvolvimento da estrutura muscular durante a infância e
a adolescência, auxiliando, inclusive, na prevenção da osteoporose e de fraturas na terceira
idade (RAMALHO, 1998).
No entanto, caso não esteja presente na dieta, o cálcio será transportado do tecido
ósseo para a corrente sanguínea. Desta forma, e como resultado do déficit da substância na
constituição esquelética, os ossos tendem a serem mais frágeis (RAMALHO, 1998).
Na alimentação, os leites e seus derivados são a principal fonte de cálcio para o
homem, já que a absorção dos laticínios é mais eficaz. É necessário ressaltar, ainda, que
diversos fatores interferem no aproveitamento do cálcio pelo organismo, como a ingestão
excessiva de gorduras, a hipocloridria, e ácido oxálico (C2H2O4), presente, por exemplo, no
chocolate e no espinafre (MAGNONI & CUKIER, 2004).
Estudos apontam que, à medida que os indivíduos envelhecem, há uma necessidade
maior de cálcio. Isto se deve ao fato da diminuição da eficiência de absorção desta substância
pelo aparelho digestivo, ocorrendo uma perda progressiva de 0,5 a 1% ao ano desta
capacidade, efeito que é intensificado nas mulheres após o período da menopausa
(MAGNONI & CUKIER, 2004).