Farmacologia Cardiovascular II Tratamento medicamentoso das patologias cardíacas.
Sumário • Introdução à Farmacologia Cardiovascular • Farmacologia da Insuficiência Cardíaca • Farmacologia das Arritmias Cardíacas • Novas Terapias e Efeitos Adversos • Contraindicações e Precauções
Introdução à Farmacologia Cardiovascular A farmacologia cardiovascular é crucial para o manejo de patologias complexas como hipertensão e insuficiência cardíaca, visando restaurar a função e preservar a saúde do coração. O tratamento medicamentoso é essencial para melhorar a qualidade de vida e prolongar a sobrevida dos pacientes.
Definição Essencial Mecanismos Adaptativos e Maladaptativos O coração falha em bombear sangue suficiente para as necessidades metabólicas do corpo. Isso compromete a oxigenação e nutrição dos tecidos. Inicialmente, há hipertrofia e dilatação para compensar. Contudo, essa sobrecarga leva a danos estruturais e funcionais progressivos, incluindo remodelação cardíaca e arterial.
Anatomia do coração humano e seu sistema circulatório. Inibidores da ECA e BRAs • Bloqueiam sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA). • Reduzem pré e pós-carga cardíaca. • Previnem remodelação ventricular na IC. • Ex: Captopril, Losartana.
Betabloqueadores na Insuficiência Cardíaca (IC) Betabloqueadores inibem o SNS, reduzindo FC, contratilidade e demanda de O₂ miocárdica. Melhoram a função ventricular e a sobrevida. Exemplos: Carvedilol, Metoprolol.
Diuréticos: Indicações e Efeitos • Reduzem edema e congestão pulmonar (ICC). • Tratam hipertensão arterial e insuficiência renal. • Efeitos adversos: hipocalemia, desidratação, hipotensão. • Monitorar eletrólitos e função renal é crucial.
Antagonistas da Aldosterona Digoxina (Glicosídeo Cardíaco) Bloqueiam os receptores de aldosterona. Reduzem a fibrose miocárdica e remodelamento ventricular. Exemplos: espironolactona, eplerenona, usados na IC. Inibe a Na+/K+-ATPase, aumentando Ca++ intracelular. Aumenta a contratilidade miocárdica (efeito inotrópico positivo). Usada na IC e fibrilação atrial.
Novas Terapias para IC ARNI e iSGLT2 revolucionam o tratamento da IC. ARNI otimiza peptídeos natriuréticos, enquanto iSGLT2 oferece múltiplos benefícios cardiorrenais. Ambos melhoram prognóstico e qualidade de vida.
Arritmias Cardíacas: Classificação A Classificação de Vaughan Williams categoriza antiarrítmicos em 4 classes principais, baseando-se em seus mecanismos de ação nos canais iônicos e receptores cardíacos. Isso ajuda a restaurar o ritmo normal do coração. Sistema de condução elétrica e circulação sanguínea do coração.
Antiarrítmicos Classe I: Bloqueadores de Canais de Sódio • Bloqueiam canais de sódio rápidos (Na+) • Reduzem velocidade de condução e excitabilidade • Estabilizam membranas cardíacas excitáveis • Tratam arritmias ventriculares e supraventriculares
Antiarrítmicos Classe II e III Classe II: Betabloqueadores Reduzem a atividade simpática no coração, diminuindo a frequência cardíaca e a contratilidade. Exemplos: Propranolol, Metoprolol. Úteis em taquicardias e fibrilação atrial. Classe III: Bloqueadores de K+ Prolongam o potencial de ação e o período refratário, estabilizando o ritmo. Exemplo: Amiodarona, Sotalol. Eficazes em arritmias ventriculares e supraventriculares.
Antiarrítmicos Classe IV e Outros Classe IV: Bloqueadores de Canais de Cálcio Não-diidropiridínicos (verapamil, diltiazem) reduzem a condução AV. Diminuem a frequência cardíaca e a contratilidade miocárdica. Adenosina Fármaco de escolha para taquicardia supraventricular paroxística. Bloqueia transitoriamente o nó AV, restaurando o ritmo sinusal. Digoxina Utilizada para controle da frequência em fibrilação atrial e flutter. Aumenta o tônus vagal e inibe a bomba Na+/K+ ATPase.
Anatomia dos rins e sistema urinário, com foco em saúde. Efeitos Adversos dos Diuréticos • Distúrbios eletrolíticos (hipoK, hipoNa, hipoMg). • Hipotensão: tontura, síncope. • Ototoxicidade: Furosemida (altas doses). • Hiperuricemia: risco de gota.
Contraindicações dos Diuréticos Evitar diuréticos em anúria, hipersensibilidade e desequilíbrios eletrolíticos graves. Usar com cautela em pacientes com gota ou insuficiência renal severa para prevenir complicações. Ilustração dos rins e ureteres do sistema urinário.
Monitoramento tecnológico do sistema circulatório e atividade cardíaca. Efeitos Adversos Betabloqueadores • Bradicardia e hipotensão: monitorar frequência e pressão. • Broncoespasmo: evitar em asmáticos (beta-1 seletivos). • Fadiga e letargia: impacto na qualidade de vida. • Disfunção erétil: efeito colateral possível, mas reversível.
Contraindicações Betabloqueadores Considerando as contraindicações como asma grave, DPOC severa, bradicardia acentuada e bloqueios AV, qual o risco de prescrever um betabloqueador a um paciente sem uma avaliação cardíaca e pulmonar completa?
Conclusão • A IC exige abordagem multifarmacológica para otimizar a função ventricular. • Antiarrítmicos agem em canais iônicos para restaurar o ritmo cardíaco. • Novas terapias oferecem avanços significativos no tratamento da IC. • O manejo dos efeitos adversos é crucial para a segurança do paciente. • A compreensão das contraindicações guia a prática clínica segura.