África antes dos europeus

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História da África para o ensino médio


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História da África Antiga e Medieval

África: uma invenção europeia O problema da colonização do saber O problema da homogeneidade O problema da representação Violência; Atraso; Selva; Seca; Fome; Animais Atualmente a África é formada por 54 países e nove territórios independentes e abriga mais de  duas mil línguas  e  etnias. Diversidade étnica da África

Principais organizações políticas da África antiga Introdução à História da África Berço da humanidade Relação com a identidade brasileira Estudos começaram após a Segunda Guerra Processo de independência e descolonização Continente formado a 500 milhões de anos Costa com raras entradas a portos naturais Rios parcialmente navegáveis (cataratas e corredeiras) Dois desertos imensos Florestas tropicais Dificuldade de encontro por terra entre regiões Exceções : Regiões litorâneas ao Mediterrâneo e Mar Vermelho Contato com outros continentes e povos

DIVERSIDADES AFRICANAS Políticas Confederações com povos de mesma língua Pequenas aldeias com chefes locais Grupos nômades de caçadores coletores Grupos de pescadores sedentários Reinos com poder centralizado e sucessão dinástica Impérios que subjugava reinos vizinhos Povos do deserto Dinâmicas sociais Poder exercido quase sempre pelos homens, mas havia lideranças femininas Organizações sociais hierarquizadas Divididas por clãs Ancestral em comum: real ou mítico Poligamia Tradição oral Sociedades, populações e histórias diversificadas e complexas Figura em terracota de um cavaleiro do Mali; entre os séculos XIII e XV d. C.

EM TORNO DO SAARA Saara : maior deserto do mundo; formado por volta de 1000 a.C. Registros sobre designação da parte ao sul do Saara são de origens muçulmana ou cristã A partir do séc. 7, árabes islâmicos conquistaram região do Sahel (margem do deserto) Do séc. 15 em diante, cristãos europeus deixaram relatos sobre costa atlântica Bilad al- Sudan – “Terra dos Negros” Sudão : nome usado inicialmente por ocidentais África Ocidental: geografia atual

REINOS E IMPÉRIOS AFRICANOS Reino de Gana Entre rios Níger e rio Senegal Constituiu Estado centralizado a partir do século IV Fundadores: soninqueses Organização militar para defender-se dos berberes (povos do deserto) que saqueavam aldeias “Gana” (senhor da guerra): nome dado ao reino, à sede e ao rei Reino do Ouro : controle do comércio de ouro na região Os grandes impérios Localização: Sudão ocidental Exemplos: Gana e Mali Enriquecido, conquistou cidades, populações, aldeias e reinos próximos: i mposição de pagamento de impostos Apogeu entre séculos IX e X: controle de entrepostos de caravanas que atravessavam deserto Guerras feitas por Gana geraram um produto valioso: escravizados

ALMORÁVIDAS: O IMPÉRIO DAS DUAS MARGENS A tomada de Gana Em 1077, outros seguidores do Islã e grupos contrários ao poderia ganês se juntaram aos Almorávidas, invadiram e saquearam a capital Gana Problemas internos fragilizaram o poder dos almorávidas Gana recuperou sua autonomia, mas não conseguiu se reerguer Insegurança na região fez comerciantes do Saara mudarem rota para outras cidades, como Tombucto , Gao e Jena Fragilidade de Gana abriu caminho para disputa pelo controle do comércio de ouro Outro reino se expandiu: Mali Expansão Muçulmana no norte da África Almorávidas ( al- morabitin ) : povos berberes convertidos ao Islã no séc. X Ocupação do Magreb e da Península Ibérica Máscara de marfim do século XVI, Corte de Benin

Império do Mali Inicialmente povos caçadores e agricultores de terras comunais, região aurífera “ Simbon ” (mestre-caçador): primeiros líderes políticos, detinham monopólio de pepitas de ouro Expansão ligada à islamização e rotas do Saara Enorme diversidade cultural: tolerância cultural e religiosa REINOS E IMPÉRIOS AFRICANOS Novos caminhos: preço do sucesso Século XV: problemas para manter dominação a leste Novas rotas comerciais ligando a Trípoli: cidades como Gao viraram centros comerciais (população songai ) Perda de poder econ ômico e lutas internas devido ausência de regra de sucessão real Decadência: conquistado pelos Songai (soberanos ficaram conhecidos por sua violência e foram derrotados, no século XVI, por povos islâmicos do Marrocos) Chegada de portugueses e o comércio de ouro, marfim e escravizados

Tumbuctu , capital do Mali

CURIOSIDADES Mansu Musa , o imperador de Mali no século XVI, foi o homem mais rico da história Sua fortuna hoje valeria o equivalente a US$ 400 bilhões de dólares na ocasião de sua morte, em 1331 Nascido em 1280, Musa, que ganhou o título de Mansu , que significava rei dos reis, foi o rei do Império Mali por 25 anos.  Musa foi um devoto muçulmano que ajudou a difundir a fé islâmica pela África e fez do M ali uma potência. Ele investiu fortemente na construção de mesquitas e escolas e fez da capital de seu império, Timbuktu , um centro de comércio, saber e peregrinação religiosa. O império de Musa respondeu pela produção de mais de a metade do suprimento mundial de ouro e sal, de onde o governante tirou boa parte de sua vultosa fortuna. Muitos comerciantes vindos da Europa foram a Timbuktu , atraídos pelo ouro e pelas oportunidades de negócios oferecidos pela capital do império malinense . Informações do site: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2012/10/121016_homem_rico_bg

Hauçás Entre rio Níger e lago Chade: rotas transaarianas Variados grupos étnicos e culturais Cidades eram fortalezas para evitar saques Camponeses ao redor das cidades trocavam alimentos por proteção Chefes militares se tornaram soberanos Cidades se tornaram também pontos de trocas comerciais: tecidos, calçados, artigos de metal (tecidos hauçás eram valorizados) REINOS DO SUDÃO DO SUL Até século XVI, populações do Sudão central não constituíam impérios Ficavam sob domínio de reinos do norte; ou Organizavam-se em cidades-Estado autônomas Região islamizada e escrita árabe disseminada por influência do Mali Guerra: prática comum (ingresso no comércio de escravizados no séc. 15)

REINOS DO SUDÃO DO SUL Iorubás Atuais territórios da Nigéria, Benin e Togo Povos de língua iorubá: sociedades independentes com traços culturais comuns Olodumaré : antepassado em comum – tradição oral Descendentes fundaram reinos: Benin, Ile Ifé , Oyo , etc. Desenvolvimento artístico: bronze, terracota, marfim, ferro e madeira (peças e tambores utilizados em rituais religiosos e muito valorizados em outras regiões) Força econômica: comércio – contas, tecidos, cobres e escravizados Estátua de bronze do Benin, reino iorubá Ilé Ifé Centro espiritual Governada por oni (grande sacerdote), que era escolhido por conselho de Estado e governava por tempo determinado Conselho era responsável pela conservação de costumes e segurança (famílias importantes) Benin Governado por obá: monarca com poderes absolutos, mas fiscalizado por conselho Obá era maior sacerdote e comandava ritos que incluíam sacrifícios de escravizados

Região de floresta tropical e equatorial Povos de língua banto Agricultura e pastoreio REINOS DA ÁFRICA CENTRO-OCIDENTAL Reino do Congo Formada no séc. XIV – idioma bacongo “ Manicongo ” (senhor do Congo): título do rei Capital Mbanza -Congo: 100 mil hab ./Séc. XV Sociedade fortemente militarizada Exército de homens a pé, flechas envenenadas ( 28 flechas sucessivas ) comunicação por trompas de marfim e tambores Religião animista, culto aos ancestrais Dois mundos: negros (vivos) e brancos (mortos) Uso cotidiano da escravidão I ncorporados à família do senhor com status inferior Sem divisão sexual de tarefas Da região que hoje é Congo, Zaire e Angola saiu maior parte de escravizados enviados às Américas (exceto Bahia, cuja maioria veio dos hauçás e iorubás)

ESCRAVIDÃO NA ÁFRICA E RELAÇÕES COM OUTROS POVOS Presença em praticamente todas as sociedades africanas Escravidão de linhagem Pequenas sociedades agrícolas e pastoris Escravidão de dependência pessoal Inicialmente servo de um determinado chefe Fonte de escravidão Dívida, punição por crime, prisão de guerra, venda de parentes (raridade) Trabalho de escravizados Agricultura, pastoreio, mineração, esfera doméstica, construção, guerra e burocracia Muçulmanos e a escravidão Corão não permite escravizar pessoa de mesma religião Tinham predileção por mulheres: serviam como concubinas Escravos mais caros: eunucos – cuidavam dos haréns Europeus e a escravidão Estabelecimento do capitalismo Trabalho compulsório Escravo visto como “coisa” Escravizados identificados como moçambiques , nome no porto onde embarcaram; tatuagens são referências a suas etnias

Bibliografia consultada MUDIMBE, Y. V. A invenção de África : gnose, filosofia e ordem do conhecimento. Luanda: Mulemba , 2013. SILVA, A. da Costa e. África explicada a meus filhos . Rio de Janeiro: Agir, 2018. SOUZA, M. de M. e. África e Brasil Africano . São Paulo: Ática, 2006. VAINFAS, R. et. al. História 1 . Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2016. Slides produzidos por: Munís Pedro Alves Mestre em história (UFU) Prof. do Instituto Federal do Triângulo Mineiro Contato E-mail: [email protected] Site: www.youtube.com/diacronico