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g(x) =
{
|x|, x̸= 0
−1, x= 0
.
Observação. Existe certa ambiguidade em terminologia de pontos extremos. O ponto extremo
x0, o valor da função nesse pontof(x0)e o ponto do gráfico da funçãoP0= (x0, f(x0))podem
ser chamados de ponto extremo. Normalmente isso não gera confusão alguma porque o significado
específico desse termo fica claro do contexto considerado.
Exemplos.
1a.f(x) =x,S=X=R.
Comof(x)cresce estritamente em todo seu domínioR, não pode haver máximo ou mínimo, pois
qualquer que for o pontox0, a direita delef(x)assume valores maiores e a esquerda – menores.
1b.f(x) =x,S= [0,+∞).
No conjuntoS= [0,+∞), a funçãof(x)tem mínimo global estritox0= 0, poisf(x) =x >0 =
f(0),∀x >0. Mas o máximo global não existe, porque qualquer que for o pontox0∈S, a direita
delef(x)assume valores maiores.
1c.f(x) =x,S= [0,10].
No conjuntoS= [0,10], a função tem tanto mínimo como máximo global: o pontox1= 0é o
mínimo global estrito, poisf(x) =x >0 =f(0),∀x∈(0,10]; e o pontox2= 10é o máximo global
estrito, poisf(x) =x <10 =f(10),∀x∈[0,10).
1d.f(x) =x,S= (0,10).
No conjuntoS= (0,10), a função não tem nem mínimo nem máximo global. Realmente,
escolhendo qualquerx0∈(0,10), sempre podemos encontrar um ponto, por exemplo, o ponto
médio entre0ex0,x1=
x0
2
∈(0,10), ondef(x1)< f(x0), isto é,x0não pode ser mínimo global.
Pelas mesmas razões, escolhendo qualquerx0∈(0,10), sempre podemos encontrar um ponto, por
exemplo, o ponto médio entrex0e10,x2=
x0+10
2
∈(0,10), ondef(x2)> f(x0), isto é,x0não é
máximo global.
2a.f(x) =|x|,S=X=R.
Considerando todos os reais, a funçãof(x) =|x|tem apenas mínimo global estrito no ponto
x0= 0. Realmente, conforme definição do mínimo,f(x) =|x|>0 =f(0),∀x̸= 0.
Para mostrar que não há máximo global, usamos a definição. Tomando qualquer pontox0̸= 0,
podemos escolherx1= 2x0e temosf(x1) = 2|x0|>|x0|=f(x0)o que contradiz a definição do
máximo no pontox0. Parax0= 0simplesmente tomamos qualquerx1̸= 0, por exemplo,x1= 1, e
temosf(x1) =|x1|= 1>0 =f(0).
2b.f(x) =|x|,S= (−3,2].
No intervalo(−3,2], a funçãof(x) =|x|tem o mínimo global estrito no pontox0= 0, mas não
tem máximo global. Realmente, para qualquerx∈(−3,2], x̸= 0temosf(x) =|x|>0 =f(0), e,
portanto,x0= 0é o mínimo global estrito. Para mostrar que não há máximo, notamos primeiro
que qualquerx0∈[−2,2]não pode ser máximo, uma vez quef(x0)≤f(2) = 2< f(2,5) = 2,5,
onde o pontox1= 2,5é do intervalo(−3,2]. Tomamos agora qualquerx0∈(−3,−2)e escolhemos
o ponto médio entre−3ex0:x1=
−3+x0
2
∈(−3,−2). Entãof(x0) =−x0<
3−x0
2
=f(x1)o que
significa quex0não é ponto máximo.
2c.f(x) =|x|,S= [−3,2).
No intervalo[−3,2), a funçãof(x) =|x|tem o mínimo global estrito no pontox0= 0e
máximo global estrito no pontox1=−3. Realmente, para qualquerx∈[−3,2), x̸= 0temos
f(x) =|x|>0 =f(0), e, portanto,x0= 0é o mínimo global estrito. Ao mesmo tempo, para
qualquerx∈(−3,2)temosf(x) =|x|<3 =f(−3), o que mostra quex1=−3é o máximo global
estrito.
2d.f(x) =|x|,S= (1,2).
No intervalo(1,2), a funçãof(x) =|x|não tem mínimo global nem máximo global. Realmente,
para qualquerx0∈(1,2)escolhemos o ponto médio entre1ex0,x1=
1+x0
2
∈(1,2)e obtemos