Inclusao do Aluno Deficiente Intelectual nos Anos Iniciais.pdf

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O presente artigo tem por finalidadeabranger o processo de inclusão de crianças com Deficiência Intelectual (DI) nas escolas de ensino regular, com ointuito de avaliar a respeito da direção da educação inclusiva, dos direitos e dos benefícios da inclusão,que sãoindispensáveisà aplicaçã...


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1
INCLUSÃO DO ALUNO DEFICIENTE INTELECTUAL NOS ANOS INICIAIS


Aparecida Hisae SatoTatibana
1

Clara Inês Pereira de Souza Ferrari
2

Eucléia dos Santos Santana
3
Glauber Eduardo Aragon Pereira
4
Prof
a
. M
a
. Adriana de Oliveira Hansen
5



RESUMO: O presente artigo tem por finalidadeabranger o processo de inclusão de crianças
com Deficiência Intelectual (DI) nas escolas de ensino regular, com ointuito de avaliar a
respeito da direção da educação inclusiva, dos direitos e dos benefícios da inclusão,que
sãoindispensáveisà aplicação de uma proposta diferenciada que atenda às reais
necessidadesdo aluno com Deficiência Intelectual. O objetivo do estudo foi abraçar o método
de inclusão escolar, as propostas e desafios para a inclusão do aluno com Deficiência
Intelectual. Este estudo nos apresentou a importância da inclusão do aluno com DI nas
escolas, mas a principal conscientização deve vir da família, que compreende que a criança é
capaz de desenvolver-se, socializar-se, sendo papel da escola designarocasiões que incluam
este aluno e levem todos à compreensão da importância da convivência deles em sala de aula
comum. Para a concretização desta pesquisa, a metodologia utilizada foi a revisão
bibliográfica, por meio de livros de autores conceituados, artigos científicos e revistas de sites
confiáveis. Esta investigação é relevante, pois ampliou os nossos conhecimentos no que diz
respeito à inclusão da pessoa com Deficiência Intelectual, como também deu a oportunidade
de distinguirmos, por meio das ideias dos autores mencionados, como se dá a inclusão.
PALAVRAS-CHAVE: Deficiência Intelectual; Educação Inclusiva; Aprendizagem.

ABSTRACT: The purpose of this article is to cover the process of inclusion of children with
Intellectual Disability (DI) in regular schools, in order to evaluate the direction of inclusive
education, the rights and benefits of inclusion, which are indispensable to the application of a
differentiated proposal that meets the real needs of the student with Intellectual Disability.
The objective of the study was to embrace the method of school inclusion, the proposals and
challenges for the inclusion of the student with Intellectual Disability. This study showed us
the importance of including students with ID in schools, but the main awareness should come
from the family, who understands that the child is able to develop, socialize, and the school's
role is to designate occasions that include this student and lead everyone to an understanding
of the importance of their coexistence in the common classroom. For the accomplishment of
this research, the methodology used was the bibliographical revision, through books of
authoritative authors, scientific articles and magazines of reliable sites. This research is

1
Pós-Graduanda em Deficiência Intelectual pelas Faculdades Integradas Urubupungá-(FIU). E-mail:
[email protected]
2
Pós-Graduanda em Deficiência Intelectual pelas Faculdades Integradas
Urubupungá-(FIU). E-mail: [email protected]
3
Pós-Graduanda em Deficiência Intelectual pelas
Faculdades Integradas Urubupungá-(FIU). E-mail:[email protected]
4
Pós-Graduando em Deficiência Intelectual pelas Faculdades Integradas Urubupungá-(FIU). E-mail:
[email protected]
5
Prof
a
Orientadora das FIU. E-mail: [email protected]

2
relevant because it has broadened our knowledge regarding the inclusion of the person with
Intellectual Disability, but also gave us the opportunity to distinguish, through the ideas of the
authors mentioned, how the inclusion occurs.
KEY WORDS: Intellectual Deficiency; Inclusive education; Learning.


1. INTRODUÇÃO

O presente artigo tem em vistaanalisar a inclusão de alunos com deficiência no
sistema regular de ensino, anos iniciais, com afinalidade de avaliara respeito da direção da
educação inclusiva, as melhoras ocorridas através de movimentos de diversos grupos que
cobraram do Poder Público e da sociedade a garantia dos direitos destes cidadãos e as diversas
reformulações ocorridas na legislação com o propósito de atingir afinalidade da educação para
todos.
O objetivo geral do artigo é discutir o procedimento de inclusão escolar, as propostas
e desafios para a inclusão do aluno com deficiência intelectual.
Como objetivos específicos o mesmo prevê: determinar e compreender a deficiência
intelectual; entender como se dá a inclusão escolar da pessoa com deficiência intelectual; e
destacar a proposta de ensino colaborativo como possibilidade de inclusão do deficiente
intelectual.

1.1 Metodologia

Por meio de uma pesquisa bibliográfica, estudaremos artigos científicos disponíveis
em sitesconfiáveis, livros impressos e documentos oficiais:

A pesquisa bibliográfica ou de fontes secundárias, abrange toda bibliografia já
tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins,
jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico, etc., até
meios de comunicação oral: rádio, gravações em fita magnética e audiovisuais:
filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com
tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive
conferências seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma,
quer publicadas, quer gravadas (LAKATOS; MARCONI, 2010, p. 166).

De tal modo, nossa pesquisa bibliográfica está baseada teoricamente a partir dos
aportes de autores ou pesquisadores na área da Educação Especial/Inclusiva, que tratam do
tema Inclusão de alunos com Deficiência Intelectual.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

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Com achegada da Constituição Federal de 1.988, a educação passa a ser direito de
"todos" conforme prescreve o artigo 205 e o Estado tem o dever de propiciar o atendimento
para as crianças com deficiência preferencialmente na rede regular de ensino (BRASIL,
1.988), desde então, os progressos em relação à educação inclusiva vem
acontecendogradualmente até os dias de hoje.
Neste assunto de se obter uma sociedade inclusiva, onde não haja preconceitos e
diferenças, é importante observar a Declaração de Salamanca, ocorrida na cidade de
Salamanca na Espanha (1.994 p.1) que surgiu das agitações de pessoas no mundo todo, na
luta pelos direitos das pessoas com deficiência, o Documento foi preparado na Conferência
Mundial sobre Educação Especial preparada pelo governo da Espanha em cooperação com a
UNESCO, com a participação de mais de oitenta países, inclusive do Brasil, e trouxe novas
finalidades para fornecer diretrizes básicas para a formulação e reforma de políticas e sistemas
educacionais, sendo acatadocomo um dos principais documentos mundiais visando à inclusão
social, isto foi o resultado de uma tendência mundial que concretizou a educação inclusiva.
Mais um ponto importante a salientar a respeito da Declaração de Salamanca, é o
fato de além de tratar sobre as crianças com dificuldades de aprendizagem e com deficiências,
essas mesmas crianças foram vistas como parte de um grupo mais amplo de crianças do
mundo, às quais estava sendo negado seu direito à educação.
Esse grupo mais amplo inclui crianças: que vivem nas ruas ou que são obrigadas a
trabalhar em condições, muitas vezes estarrecedoras; que são vítimas de guerra,
doenças e abusos; de comunidades longínquas e nômades; de outros grupos sociais
em desvantagem e grupos sociais marginalizados; portadoras de deficiência ou com
altas habilidades (MITTLER, 2003, p.43).

É de extraordinária importância a inclusão desses alunos com deficiência intelectual
na escola, uma vez que, é um direito de todos oingresso às escolas de ensino regular, mas,
excepcionalmente, ainda muitas escolas fecham os olhos para essa inclusão, sabendo que
muitos profissionais não são capacitados para ensinar esses alunos, havendo um grande
preconceito de nossos profissionais quanto à inclusão, pois creem que eles não são alunos
apropriados para aprender e sim irão atrapalhar o desenvolvimento do restante da sala.
O ensino colaborativo veio para contribuir com a inclusão das pessoas com
deficiência nas escolas de ensino regular, pois com a parceria entre professores de
sala regular e professores especializados, a inclusão desses alunos terá grande
rendimento (MENDES, 2006a).

A expectativa da escola inclusiva é projetar um espaço no qual o aluno que necessite
de atenção especial possa interagir com o professor de acordo com as suas competências, a

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fim deampliar as seus potenciais e crescer como cidadão. Sob esse ponto de vista, também
sustentamos o entendimento de que:
Aideia da inclusão se fundamenta numa filosofia que reconhece e aceita a
diversidade na vida em sociedade. Isto significa garantia de acesso de todos a todas
as oportunidades, independentemente das peculiaridades de cada indivíduo e/ou
grupo social. (ARANHA, p. 179, 2.000).

As práticas pedagógicas em uma escola inclusiva precisam refletir uma abordagem
mais diversificada, flexível e colaborativa do que em uma escola tradicional. A
inclusão pressupõe que a escola se ajuste a todas as crianças que desejam matricular-
se em sua localidade, em vez de esperar que uma determinada criança com
necessidades especiais se ajuste à escola. (PACHECO, p. 15, 2007)

Segundo o último manual da Associação Americana em Deficiência Intelectual
(AAIDD), a terminologia “retardo mental” passou a ter uma nova definição, tornando-se
“Deficiência Intelectual”. O termo “retardo mental” trazia às pessoas com deficiência
certamoléstia, não apresentava respeito, desvalorizando-as.
Conforme Machado e Almeida (2010):
A mudança do termo para “Deficiência Intelectual” fez com que as pessoas se sen-
tissem mais valorizadas quanto à sua deficiência, tornando-se um termo menos
ofensivo. Com a mudança da terminologia, a mesma população antes diagnosticada
com “retardo mental” faz parte da população.

Já paraHonora e Frizanco(2008, p. 103):
A deficiência intelectual não é considerada uma doença ou um transtorno psiqui-
átrico, e sim um ou mais fatores que causam prejuízo das funções cognitivas que
acompanham o desenvolvimento diferente do cérebro. Normalmente, a Deficiência
intelectual se caracteriza pelo desenvolvimento mais lento e abaixo do esperado para
a idade da criança ou do adulto.

Assim emSantos (2012):
A deficiência intelectual é considerada como um funcionamento intelectual (QI)
inferior à média, havendo limitações significativas das competências práticas,
sociais e emocionais, além de limitações adaptativas em pelo menos duas das
seguintes habilidades: comunicação, autocuidado, vida no lar, interação social,
saúde e segurança, uso de recursos da comunidade, autodeterminação, funções
acadêmicas, lazer e trabalho.

Segundo a Unicef, as principais causas das deficiências no Brasil são a nutrição
inadequada de mães e crianças, doenças infecciosas, acidentes e ocorrências de
acontecimentos anormais nas fases pré-natais e pós-natais. Além de problemas
sociais que são responsáveis por deficiências como violência, acidentes, baixo nível
sócio-econômico, falta de conhecimentos, uso de drogas, exclusão e abandono
social. (HONORA & FRIZANCO, 2008).

O caso de o aluno ser colocado numa turma que tenha sua “idade mental”, ao invés
de contribuir para seu desenvolvimento, irá infantilizá-lo, o que dificulta seu desenvolvimento
psíquico-social.
Não existem “receitas” prontas para o trabalho com alunos tanto com deficiência
intelectual, ou com outra deficiência, quanto com os sem deficiência. Devemos ter

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em mente que cada aluno é um e que suas potencialidades, necessidades e
conhecimentos ou experiências prévias devem ser levados em conta, sempre.
(HONORA & FRIZANCO, 2008, p. 107)

O AEE (atendimento educacional especializado),complementa e/ou suplementa a
formação do aluno, visando a sua autonomia na escola e fora dela, constituindo oferta
obrigatória pelos sistemas de ensino. É realizado, de preferência, nas escolas comuns, em um
espaço físico denominado Sala de Recursos Multifuncionais. Portanto, é parte integrante do
projeto político pedagógico da escola. (BRASIL, 2010)
O AEE tem como incumbência, identificar, planejar e efetuar recursos tanto de,
acessibilidade, quanto, pedagógicos que promovam a participação dos alunos incluídos no
ensino regular, dirigindo principalmente seu desenvolvimento e sua aprendizagem.
Dentre as populações historicamente excluídas do contexto do ensino comum eque
atualmente passam a ser inseridas nessa realidade, cabe destacar o público formado poralunos
com deficiência intelectual, visto que esses indivíduos representam a maiorparte das crianças
com deficiência matriculadas em salas de aulas regulares (BUENO, MENDES e SANTOS,
2008).
Gomes (2005) aponta que a legislação educacional brasileira assume comorelevante
o atendimento amplo e sem restrições das crianças que apresentam
deficiênciapreferencialmente na rede regular de ensino de forma que a Educação Especial não
sejamais vista como um sistema de ensino paralelo à educação regular. No que se refere
àescolarização do aluno com deficiência intelectual inserido em classes comuns, essaautora
destaca a necessidade que ao conceito de “escola inclusiva” sejam atreladas as ideias de
“escola para todos” e de “escola de qualidade”, defendendo que o progressoacadêmico desses
indivíduos deve ser mensurado tomando como base os avanços queapresentam em todas as
esferas do seu desenvolvimento.
Muitas vezes o teor acadêmico trabalhado com o aluno com deficiênciaintelectual é
apresentado desprovido de sentido, sendo centralizado em dinâmicas que tomam como base o
treino e a memorização, se guiando por atividades simplesque não conseguem instigar as
crianças a incluírem a dimensão social essencialàmetodologia de ensino-aprendizagem. Essa
verificaçãoadverte que o sucesso domovimento inclusivo depende da reorganização da prática
docente de maneira que essasiniciativas aconteçam sobre todas as variantes que praticam
influência sobre aaprendizagem do aluno, atribuindo uma realidade na qual os professores
compreendamesses sujeitos a partir do potencial que dominam.

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A inclusão escolar conseguiu avanços significativos no transcorrer de sua história,
mas ainda há oimperativo de envolvimento político, institucional e familiar para que esses
progressos continuem ocorrendo e pensando sempre na criança especial, uma vez que estamos
lidando com pessoas, indivíduos únicos, que têm sentimentos e expectativas e de nenhuma
forma podemos desvaler as emoções dessas pessoas tão especiais.

2.1 A Deficiência Intelectual

A Deficiência Intelectual (DI) é uma das deficiências mais achada em crianças e
adolescentes, atingindo 1% da população jovem (VASCONCELOS, 2004). Caracterizada
pela redução no desenvolvimento cognitivo, ou seja, no QI, normalmente abaixo do esperado
para a idade cronológica da criança ou adulto, acarretando muitas vezes um desenvolvimento
mais lento na fala, no desenvolvimento neuropsicomotor e em outras habilidades.
Prover conhecimentos que beneficiem a estruturação do real, por intermédio dos
esquemas, envolve um trabalho com objetivos cognitivos e que não se reduz ao mero
treinamento de habilidades perceptivo-motoras.

Ao considerar o deficiente mental a partir do que ele é capaz de ser, de fazer, de
enfrentar, de assumir como pessoa, revelam-se a todos nós e a ele próprio
possibilidades que se escondiam, que não lhe eram creditadas, por falta de
oportunidades de emergirem espontaneamente. Os pais, professores, especialistas e a
sociedade em geral terão clarificados os quadros de deficiência mental, na medida
em que derem um crédito de confiança para competência e o desempenho dos
deficientes, no dia-a-dia da casa, nos estudos, no esporte, no lazer, nas atividades
culturais e religiosas. É preciso, aum só tempo, reconhecer a especialidade e a
generalidade de cada aluno e, nesse sentido, a educação tem muito ainda a realizar.
Ocorre que os professores, ao trabalharem com alunos deficientes, prendem-se
unicamente ao que é próprio de sua condição; aqueles que se dedicam ao ensino de
alunos normais ficam restritos ao que é característico da maioria, sem levar em conta
que cada aluno é um indivíduo, com suas particularidades de desenvolvimento.
(MANTOAN, 1989, p.161)

As crianças com DI precisam de confiança, necessitam que acreditemos em seu
aprendizado. Quando instigadas e estimuladas, as crianças com DI nos mostram
aprendizagens e desenvolvimentos que nos admiram.
Quando uma criança ou adolescente, com qualquer tipo de deficiência, chega a um
estabelecimento de ensino, o mesmo necessita ser adaptado para essa criança, e não a criança
se adaptar à instituição de ensino.

Conceitua-se a inclusão social como o processo pelo qual a sociedade se adapta para
poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades especiais e,
simultaneamente, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. A
inclusão social constituí, então, um processo bilateral no qual as pessoas, ainda

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excluídas, e a sociedade buscam em parceria, equacionar problemas, decidir sobre
soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos. (SASSAKI, 1997,
p.3)

A inclusão escolar causa uma mudança de perspectiva educacional, pois não se limita
a ajudar somente os alunos que apresentam dificuldades na escola, mas apoia a todos.
Eladiscute a formação dos professores do ensino regular especial, pois a grande
maioria deles está acostumada a atuar somente com as dificuldades específicas do aluno com
deficiência, esquecendo-se da busca de uma formação continuada, sabendo que professores
com mais informações são professores com possibilidades diversas:
Mesmo que os conteúdos do AEE não precisem ser relacionados diretamente com o
ensino da sala de aula comum, é importante a interação entre os professores do AEE
e da sala de ensino comum para uma maior efetividade do trabalho de ambos. Por
consequência, o professor de ensino regular tem a possibilidade de conhecer mais
peculiaridades do aluno, ao passo que o professor do AEE pode ter acesso ao modo
como o aluno se comporta em sala de aula comum (SANTOS, 2012, p. 944).

Aceitamos que o ensino colaborativo é de máxima importância, e que os professores
do ensino regular juntos com os do ensino especializado devem andar unidos, e assim criar
alternativas para aprender e originar apoio a todos os alunos com deficiência em sala de aula,
A seriedade do ensino colaborativo não acontece somente pela união entre
professores do ensino especializado com o professor do ensino regular, mas igualmente
envolve todo ocorpo docente, funcionários, alunos e a família, quando há a cooperação
familiar nos casos de inclusão, o progresso que a criança apresenta é bem maior.
A inclusão não é somente colocar alunos com deficiência dentro das unidades
escolares e crer que isso é o satisfatório, o que muito se constata, hoje, no procedimento de
inclusão é a agitação que se faz entre os termos integração e inclusão.
A noção de integração tem sido compreendida de diversas maneiras, quando
aplicada à escola. Os diversos significados que lhe são atribuídos devem-se ao uso
do termo para expressar fins diferentes, sejam eles pedagógicos, sociais, filosóficos
e outros. O emprego do vocábulo é encontrado até mesmo para designar alunos
agrupados em escolas especiais para deficientes, ou mesmo em classes especiais,
grupos de lazer, residências para deficientes. Por tratar-se de um constructo histórico
recente, que data dos anos 60, a integração sofreu a influência dos movimentos que
caracterizaram e reconsideraram outras ideias, como as de escola, sociedade,
educação. O número crescente de estudos referentes à integração escolar e o
emprego generalizado do termo têm levado a muita confusão a respeito das ideias
que cada caso encerra. (MANTOAN, p.2, 1993).

A sugestão atual da inclusão ao aluno com Deficiência Intelectual garante um
atendimento à variedade que protege a proposta de que todos os alunos devem estudar juntos
sem que haja qualquer forma de discriminação.


3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

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É correto que todapessoa é cidadão de direitos e como tal faz jus a uma educação de
qualidade. Compreendemos que a educação é abase para o acréscimo de qualquer residente da
cidade e dessa forma a inclusão vem para constituir um novo modelo onde a escola tem que se
adaptar às necessidades educativas de toda uma variedade de alunos a fim de obter umensino
de qualidade para todos.
A DI passou a ter uma nova nomenclatura, que trouxe à pessoa com deficiência uma
nova expectativa. Por diversas causas, a DI pode aparecer até os 18 anos e proporciona
limitações no desenvolvimento, afetando principalmente as adaptações cognitivas e mentais.
É avaliadacomo uma incapacidade, e, quando diagnosticada, é de extrema importância aajuda
dos familiares e acompanhamento de profissionais para conseguir um desenvolvimento
absoluto em suas competências, sendo essa pessoa alguém capaz de aprender e crescer dentro
de suas capacidades.
Entretanto, também compreendemos que somente colocar o aluno na sala de aula e
não garantir o atendimento que ele necessita, não será inclusão, já que não basta apenas
atender a legislação em vigência, é preciso ter soluções apropriadas para garantir seu efetivo
cumprimento. A proposta de educação inclusiva estabelece um redimensionamento de
recursos financeiros, pois as escolas regulares necessitam estar organizadas e equipadas para
receber esse alunado com necessidades educacionais especiais. É imperativa a formação
adequada para os profissionais que vão receber e trabalhar com esses alunos. Além do mais,
ainda tem a questão cultural, conscientizar toda a sociedade, família e até mesmo alguns
professores de que estamos diante de uma variedade, que somos diferentes sim, mas que
temos os mesmo direitos adquiridos ao longo do tempo.
O ensino colaborativo veio a colaborar com a inclusão de alunos com DI nas escolas
de maneira positiva, com a finalidade principal de ligar professores de sala de aula comum
com professores de classes de recurso, para que a parceria entre elesorigine apoio e juntos
entendam os principais pontos que devem ser trabalhados com o aluno, e a principal
finalidade é dar benefícios aos alunos especiais, com essa parceria entre todos envolvidos,
sejam professores, alunos, pais e equipe escolar, auxiliando o desenvolvimento do aluno.
Muito se progrediu no processo de inclusão, muito ainda se falta prosseguir, muitas
conquistas e direitos foram adquiridos para essas crianças. A luta é permanente, não podemos
ceder. A cada dia que passa mais se progride nesse procedimento, mais pessoas entram nessa
luta, mais crianças se favorecem do que lhes é de direito.

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A esse respeito, mais do que sugerir ajustes curriculares que tenham como meta
atender as demandas originadas por essa população, é preciso possibilitar conhecimentos e
condições de trabalho aos profissionais da educação para que possam realizar interferências
pedagógicas que beneficiem o procedimento de ensino-aprendizagem desses sujeitos.

4. REFERÊNCIAS

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Associação Americana em Deficiência Intelectual. Disponível em: <http://www.aaidd.org>.
Acesso em: 01. Out. 2018.


ARANHA, Maria Salete Fábio.Educação Especial:Inclusão Social e Municipalização -
Temas atuais/organizado por Eduardo José Manzini. Marília: Unesp - Marília - Publicações,
2.000.


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____. Declaração de Salamanca: sobre Princípios, Políticas e Práticas na área das
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Escola Comum Inclusiva, Fascículo I, Brasília, 2010.


BUENO, J. G. S.; MENDES, G. M. L.; SANTOS, R. A. Deficiência e escolarização: novas
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Dissertação(Mestrado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação,
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para contribuir com uma sociedade inclusiva. Barueri: Ciranda Cultural, 2008.


LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de metodologia cientifica. 7. ed. São
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10
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MANTOAN M. T. E., Compreendendo a deficiência mental: novos caminhos
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MENDES, E. G. A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil. Revista
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