HERBICIDA 2,4-D E ASPECTOS DE SEGURANÇA À SAÚDE E AO MEIO AMBIENTE
1. Introdução
O 2,4-D, nome simplificado do ácido diclorofenoxiacético, é um dos herbicidas mais comuns e antigos
do mundo. Foi desenvolvido na década de 40 como parte do esforço de um grupo de cientistas.
No início de 1941 verificou-se que o 2,4-D tinha potencial para afetar os processos de crescimento em
plantas de um modo semelhante aos reguladores de crescimento naturais de planta, razão pela qual o
produto foi descrito depois como “hormonal”. O termo hormonal foi posteriormente corrigido para
regulador de crescimento, visto que hormônios são substâncias produzidas apenas por animais e não
se aplica a plantas.
Após o final da década de 40, vários grupos continuaram a pesquisar o produto e desenvolveram o seu
uso como herbicida.
Hoje o 2,4-D e outros produtos da mesma família química, conhecidos como fenoxiacéticos e
atualmente classificados como ácido ariloxialcanóico, estão sendo usados mundialmente como uma
ferramenta básica na agricultura moderna. A razão para esse sucesso não é só devido à sua grande
atividade como herbicida, mas também devido a um dos melhores perfis toxicológicos disponíveis e
uma excelente relação custo benefício.
O uso do 2,4-D vem crescendo desde a sua introdução no mercado, no início devido às suas
vantagens como um herbicida seletivo de baixo custo e, ultimamente com a adoção do
desenvolvimento da prática do plantio direto (que iniciou o conceito de agricultura ambientalmente
sustentável) como uma ferramenta insubstituível para controle de plantas daninhas.
Com mais de 60 anos no mercado, o 2,4-D é uma das substâncias químicas mais estudadas no
mundo. Para atender atualmente uma regulamentação mais detalhada, mais de 40.000 estudos foram
realizados por diferentes instituições de pesquisas acadêmicas e governamentais de diferentes países.
O 2,4-D é sob este ponto de vista normativo, é um produto que apesar de estar há mais de 60 anos no
mercado obedece às regulamentações atuais ao redor do mundo.
2. Situação Regulatória
O 2,4-D é uma das substâncias químicas mais estudadas no mundo. Mais de 40.000 estudos foram
realizados por diversas instituições de pesquisas acadêmicas e governamentais de países diferentes.
O 2,4-D está registrado em mais de 70 países incluindo: Adria, Algeria, Argentina, Austrália, Belarus,
Belize, Bolívia, Brasil, Bulgária, Camerões, Canadá, Chile, China, Colombia, Costa Rica, Costa do
Marfim, Croácia, Cuba, Cyprus, Equador, El Salvador, Etiópia, Finlândia, França, French Dom-Tom,
Gana, Guatemala, Grécia, Guiana, Honduras, Hungria, Iraque, Itália, Jamaica, Japão, Latvia, Líbia,
Lituania, Madagascar, Malásia, Ilhas Mauricius, México, Morrocos, Nova Caledônia, Nova Zelândia,
Nicaragua, Panamá, Paraguai, Peru, Filipinas, Polonia, Porto Rico, República Tcheca, República
Dominicana, Romênia, Russia, África do Sul, Espanha, Taiwan, Trinindade & Tobago, Turquia,
Ucrânia, Reino Unido, Estados Unidos, Uruguai, Venezuela, Vietnã, Zambia, etc...
O 2,4-D está incluído no Anexo I da Comunidade Européia em 2001, o que significa que o registro de
formulações a base de 2,4-D pode ser solicitado em qualquer país membro da Comunidade Européia.
A Comissão Européia através de sua Diretoria Geral de Proteção ao Consumidor e à Saúde concluiu o
seguinte na revisão final do 2,4-D:
“’... resíduos provenientes dos usos propostos, consequentes de aplicações consistentes com boas
práticas agrícolas, não apresentam efeitos danosos para saúde humana ou animal”
“...nas condições de uso propostas não existem efeitos inaceitáveis ao meio ambiente...”
Não existe evidência de carcinogenicidade para mamíferos.