Instrumentação cirúrgica aula completa.pptx

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instrumentação cirurgica, contexto historico, zonas do centro cirurgico, estrutura fisica, tempos cirurgicos, tratamento cirurgico e suas classificações, terminologias cirurgicas, degermação, tempos cirurgicos e outros.


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Enf. Profª : Milka Passos Instrumentação cirúrgica Enf. Profª : Milka Passos

plano de aula Organização da unidade de Centro Cirúrgico Rotinas e competências da equipe cc Atribuições do Instrumentador Legislação vigente terminologia cirúrgica Posicionamento do paciente para cirurgia Conceitos de esterilização e antissepsia paramentação Instrumental, montagem da mesa cirúrgica Tempo cirúrgico Preparação da sala de cirurgia, com equipamentos, mesas, medicamentos, material de sutura e anti-sepsia . Preparação o instrumental cirúrgico, segundo o tipo de cirurgia.

apresentação A Instrumentação Cirúrgica é uma das áreas importantes para o sucesso de uma cirurgia, pois ela é de fundamental importância para o êxito de cada tempo cirurgia reduzindo assim o tempo de internação dos pacientes e diminuindo as possíveis complicações da cirurgia. Os cuidados prestados ao paciente cirúrgico variam de acordo com o tipo de cirurgia e de paciente para paciente, atendendo suas necessidades básicas e suas reações psíquicas e físicas manifestadas durante este período.

objetivos Atualizar o profissional de enfermagem, graduandos de enfermagem e técnicos de enfermagem acerca da instrumentação cirúrgica e dos cuidados prestados ao paciente cirúrgico. Possibilitar ao aluno e ao profissional de enfermagem o conhecimento teórico sobre a instrumentação cirúrgica e a assistência ao paciente no centro cirúrgico.

PREMISSAS Centro Cirúrgico é definido como um lugar especial dentro do hospital, convenientemente preparado segundo um conjunto de requisitos que o tornam apto à prática da cirurgia. setor do hospital onde se realizam intervenções cirúrgicas, visando atender a resolução de intercorrências cirúrgicas, por meio da ação de uma equipe integrada. Nele são realizadas técnicas estéreis para garantir a segurança do cliente quanto ao controle de infecção. A equipe cirúrgica trabalha em conjunto para implementar os padrões de cuidado profissional, controlar os riscos iatrogênicos e individuais e para promover resultados de alta qualidade para pacientes. Quando o paciente entra na sala de cirurgia, ele pode se sentir relaxado e preparado ou altamente estressado. Os temores do paciente a respeito da perda de controle, do desconhecido, da dor, morte, alterações na função ou estrutura do corpo e a ruptura do estilo de vida podem, sem exceção, contribuir para uma ansiedade generalizada.

É uma unidade especializada de um hospital, constituída por mais de uma sala de cirurgia, destinada tanto à realização de procedimentos de qualquer natureza, que venham requerer intervenção cirúrgica, como à recuperação pós- anestésica e pós-operatória imediata. Localização A unidade de centro cirúrgico deve ocupar uma área independente da de circulação geral, ficando livre do trânsito de pessoas e materiais estranhos ao serviço, devendo ser acessível às enfermarias cirúrgicas.

Zonas do centro cirúrgico No centro cirúrgico são consideradas três zonas distintas: de proteção, limpa e estéril.

Zonas do centro cirúrgico No centro cirúrgico são consideradas três zonas distintas: de proteção, limpa e estéril.

Zonas do centro cirúrgico No centro cirúrgico são consideradas três zonas distintas: de proteção, limpa e estéril.

Características Físicas Vestiários masculino e feminino: devem ser localizados na entrada do centro cirúrgico. Devem conter armários e sanitários anexos com chuveiros; Posto de enfermagem; Copa; Sala para material de limpeza; Sala de expurgo; Sala para estocagem de material esterilizado; Local para lavabo; Sala de cirurgia; Sala de estar para relatórios médicos; Sala de estar e de repouso para pessoal; Sala para guarda de aparelhos e equipamentos; Rouparia; Sala de reserva de medicamentos e soluções usados no centro cirúrgico; Sala de recuperação.

Dimensões e quantidade salas cirúrgicas

EQUIPAMENTOS E MÓVEIS Equipamentos e Materiais de uma Sala de Cirurgia – Equipamentos Fixos: armário embutido, balcão, negatoscópio, foco central, ar condicionado. – Equipamentos Móveis: mesa cirúrgica, mesa auxiliar, mesa para instrumental, suporte de bacia, suporte de soro, banco giratório, balde para lixo, hamper, foco auxiliar, escadinha, aspirador, portátil, bisturi elétrico, esfigmomanometro. c – Material Utilizado na Sala de Cirurgia: pacotes de avental, campo simples ou duplo, impermeável, compressas grandes ou pequenas, cuba-rim, bacias, sondas e drenos, luvas, caixa de instrumentos, anestésicos, cabo de bisturi elétrico, equipos de soro, seringas, agulhas e materiais específicos para cada cirurgia.

Para entendermos como funciona o fluxo do centro cirúrgico e sua importância, podemos demarcá-lo como o setor mais importante do hospital, que atrai a evidência dos resultados. Ser o local onde o paciente deposita toda a esperança de cura. Necessitar de tecnologia de ponta para prestar assistência a clientela. Ser praticamente o local mais caro do hospital. Ao grande número de profissionais que ali trabalham, dentre eles cirurgião, anestesiologista, enfermeiro, técnico e auxiliar de enfermagem, instrumentador cirúrgico etc. Ao grande número de alunos que ali estagiam Aos aspectos específicos, principalmente em sua construção, relacionados ao controle de infecção. A utilização racional dos recursos humanos e materiais com vistas à otimização de custos tanto para o paciente quanto para a instituição. A necessidade de controle de assepsia para minimizar o risco de infecção da ferida operatória.

Atitudes que evitam acidentes com materiais pérfurocortantes Algumas normas são de extrema relevância e devem ser plenamente definidas com base nas normas e métodos de limpeza definido pela empresa de serviços de limpeza FUTURA (2005 apud OLIVEIRA, 2006), UNIFORMES: obrigatoriamente protegido com avental de mangas longas, fechado na frente e longo (abaixo dos joelhos). CABELOS: permanentemente presos na sua totalidade. SAPATOS: exclusivamente fechados. JÓIAS E BIJUTERIAS: deve-se usar o mínimo possível. MAQUIAGEM E PERFUME: a maquiagem é uma grande fonte de partículas na área hospitalar, partículas estas que significam perigo, como também os perfumes devem ser evitados em ambientes do centro cirúrgico. UNHAS: devem ser curtas e bem cuidadas. ÓCULOS: devem ser usados para todas as áreas as atividades de risco. MÁSCARAS: devem ser usadas sempre que manipuladas substâncias químicas como alto teor de evaporação. LUVAS: obrigatórias na manipulação de qualquer material biológico, e com determinados produtos químicos.

Todo material biológico é por princípio contaminado. Todo material químico é por princípio prejudicial à saúde; As superfícies de trabalho devem ser descontaminadas pelo menos uma vez ao dia, e sempre após o respingo de qualquer material, sobretudo material biológico. O laboratório deve ser mantido limpo e livre de todo e qualquer material não relacionado às atividades nele executadas. Sempre após a manipulação de material biológico ou antes de deixar o laboratório, os técnicos devem lavar as mãos. Todos os procedimentos devem ser conduzidos com máximo cuidado, visando evitar a formação de aerossóis. Todo material biológico, sólido ou líquido, deve ser descontaminado antes da lavagem ou do descarte. O material deve ser descontaminado fora da área de atividades do laboratório. Deverá ser colocado em um recipiente a prova de vazamento e devidamente fechado antes do seu transporte.

tratamento cirúrgico e suas Classificações Momento operatório Finalidade Porte cirúrgico Duração Potencial de contaminação

tratamento cirúrgico e suas Classificações

tratamento cirúrgico e suas Classificações

tratamento cirúrgico e suas Classificações

Competências da equipe Equipe Cirúrgica Conjunto de profissionais e ocupacionais que, num processo dinâmico e interativo, prestam assistência sistematizada e global ao paciente durante sua permanência na unidade de centro cirúrgico. Quatro equipes prestam assistência direta no Centro Cirúrgico. É muito importante os seus membros atuarem de forma integrada e harmônica, visando à segurança do paciente e à eficiência do ato cirúrgico. É importante, ainda, que as boas relações humanas e o profissionalismo sempre prevaleçam sobre as tensões, inevitáveis nesse tipo de trabalho.

O instrumentador cirúrgico

Instrumentação cirúrgica é uma profissão de nível técnico, no país, em que o profissional tem a função de ajudar o cirurgião no ato cirúrgico, essas competências abrangem desde a preparação dos instrumentos até à esterilização dos mesmos, após a cirurgia. Sendo um profissional fundamental para o êxito da cirurgia e da manutenção das práticas assepticas no contexto cirúrgico. Funções do Instrumentador Cirúrgico: Portanto, dentre as inerentes funções, sua maior responsabilidade é com os instrumentos cirúrgicos. Seu objetivo maior, assim como de toda a equipe cirurgica, é a qualidade e segurança do procedimento cirurgico, atendendo ao cliente com maior eficácia e eficiência.

História da instrumentação Os relatos mais antigos da utilização de instrumental cirúrgico, ainda que rudimentares, datam de 4000 a.C Sabemos que a palavra “cirurgia” significa operação manual, pois deriva do grego kheirourgía ( kheir – mão; érgon – trabalho). Enquanto “Operação” provém do latim operatio-onis , correspondendo a um ato cirúrgico que requer também instrumentos para aumentar a destreza do operador e possibilitar a realização de manobras impossíveis de serem executadas apenas com as mãos

São relacionados, Charaka (500 a 600 a.C.), Celsus (1 a.D.), Albucasis , Avicena, Lanfranc (Idade Média), Ambroise Paré - conhecido como o pai da cirurgia -, no século XVI, Halsted (século XIX), entre muitos outros que contribuíram e que contribuem para aumentar o arsenal de instrumentos cirúrgicos que existe na atualidade

LEGISLAÇÃO VIGENTE O Plenário do Senado aprovou em 11/2022 o projeto de lei que regulamenta a profissão de instrumentador cirúrgico (PLC 75/2014) - profissional que prepara e seleciona o material cirúrgico durante uma operação. A atividade será exclusiva de quem tem curso preparatório. Poderão exercer a profissão os instrumentadores que já atuem por pelo menos dois anos. Os demais precisarão do curso, que pode ser ministrado por escolas oficiais reconhecidas pelo governo federal ou por escolas estrangeiras com revalidação de diploma no Brasil. A pessoa que trabalhar como instrumentador cirúrgico sem esses requisitos estará incorrendo em exercício ilegal da profissão. O projeto lista também os deveres e responsabilidades do profissional e elenca as infrações disciplinares. Entre elas: abandonar a cirurgia, negar a assistência com os instrumentos, colaborar com intervenções cirúrgicas desnecessárias, provocar aborto, promover eutanásia e fazer propaganda de medicamentos. Fonte: Agência Senado

A prática da IC deixou de ser realizada como parte do estágio em Centro Cirúrgico (CC), pela maioria das escolas de enfermagem, passou a ser uma das preocupações dos enfermeiros de CC, cujo intento seria resgatar a responsabilidade delegada a agentes de enfermagem ou não, como a maioria dos instrumentadores cirúrgicos, cujas atividades estão assumindo uma abrangência que engloba tarefas e procedimentos que são próprios da atuação da equipe de enfermagem. É uma atividade de enfermagem, não sendo entretanto, ato privativo da mesma, e que o profissional de enfermagem, atuando como instrumentador cirúrgico, por força de lei, subordina-se exclusivamente, ao responsável técnico pela unidade. (Resolução nº 214/1998 do COFEN). A formação do instrumentador cirúrgico no âmbito da enfermagem foi contemplada como sendo uma especialidade de nível médio na Resolução Cofen nº 418/2011, no Parecer Cofen nº 03/2015 e na Resolução Cofen nº 609/2019.

Atribuições do instrumentador As atribuições do instrumentador iniciam-se ao indicar os instrumentos necessários a cada operação, bem como todos os materiais a ser utilizado durante a operação. Já paramentado, deve escolher o local da sala menos movimentado iniciando sistematicamente a organização da mesa cirúrgica. O instrumentador é responsável pela antisepsia , e é também o elo da equipe cirúrgica com as enfermeiras, solicitando os materiais de acordo com o tempo operatório (aspirador, fios, gazes, panos, sondas, etc ). Não resta outra opção ao jovem cirurgião e ao instrumentador cirúrgico a não ser se familiarizar com a terminologia, a forma e a indicação para a utilização de um grande armamentário , composto por bisturis, tesouras, pinças, porta-agulhas e afastadores, dentre muitos outros.

Conferir os materiais e equipamentos necessários ao ato cirúrgico; paramentar-se, de acordo com técnica asséptica, cerca de 15 minutos antes do início da cirurgia; Conhecer os instrumentos cirúrgicos por seus nomes e colocá-los sobre a mesa, de acordo com sua utilização nos tempos cirúrgicos; Preparar agulhas e fios adequados a cada tempo; Auxiliar cirurgião e assistentes na paramentação; Auxiliar na colocação dos campos operatórios; Prever e solicitar material complementar ao circulante de sala; Responsabilizar-se pela assepsia, limpeza e acomodação ordenada e metódica dos instrumentais, desde o início até o fim da operação; Entregar o instrumento com presteza, de acordo com sinal manual ou pedido verbal da equipe; Sincronizar tempos e ações manuais com o cirurgião e o assistente; Desprezar o material contaminado; Observar e controlar para que nenhum material permaneça no campo operatório; Auxiliar no curativo e no encaminhamento do paciente à devida unidade; Conferir o material após o uso; Retirar o material da SO e encaminhá-lo à CME.

Terminologias cirúrgicas Os termos são formados por: Prefixo que designa a parte do corpo relacionada com a cirurgia Sufixo que indica o ato cirúrgico realizado EX (externo, fora) CINCUN (ao redor) CISÃO (separação) Ex : exoftalmia (projeção acentuada do globo ocular) Cincuncisão ou postectomia (excisão do prepúcio)

Principais prefixos Prefixo Relativo(a) adeno glândula angio vasos blefaro pálpebra cisto bexiga cole vesícula colpo vagina entero Intestino delgado espleno baço gastro estômago hepato fígado histero útero

Principais prefixos Prefixo Relativo(a) masto mama meningo meningite nefro rim oftamo olho ooforo ovário orqui testículo osteo osso oto ouvido procto reto rino nariz salpingo trompa traqueo traqueia

Principais sufixos Sufixo Significado ectomia Remoção total ou parcial pexia Fixação de um orgão plastia Alteração de forma ou função rafia sutura scopia Visualização do interior de um corpo em geral por meios de aparelhos com lentes especiais stomia Abertura de um órgão ou de uma nova boca tomia Incisão, abertura de parede ou orgão

Cirurgia para remoção de Adenoidectomia adenóides Amigdalectomia amígdalas Apendicectomia apêndice Cistectomia bexiga Colecistectomia vesícula biliar Craniectomia calota óssea Colectomia cólon Esofagectomia esôfago Esplenectomia baço Fistulectomia fístula Gastrectomia estômago Hemorroidectomia hemorróidas Hepatectomia fígado remoções

Cirurgia para remoção de Pancreatectomia pâncreas Pneumectomia pulmão Prostatectomia próstata Retosigmoidectomia retosigmóide Salpingectomia trompa Tireoidectomia tireóide remoções

Cirurgia Operações de abertura (tomia) Artrotomia abertura da articulação Broncotomia abertura do brônquio Cardiotomia abertura do cárdia (transição esôfago-gástrica) Coledocotomia abertura e exploração do colédoco Duodenotomia abertura do duodeno Flebotomia dissecção (individualização e cateterismo) de veia Laparotomia abertura da cavidade abdominal Papilotomia abertura da papila duodenal Toracotomia abertura da parede torácica aberturas

stomias Cirurgia Construção cirúrgica de novas bocas (stomia Cistostomia abertura da bexiga para drenagem de urina Colecistostomia abertura e colocação de dreno na vesícula biliar Coledocostomia colocação de dreno no colédoco para drenagem Colostomia abertura do colo através da parede abdominal Enterostomia abertura do intestino através da parede abdominal Gastrostomia abertura e colocação de uma sonda no estômago através da parede abdominal Ileostomia formação de abertura artificial no íleo Jejunostomia colocação de sonda no JeJuno para alimentação Nefrostomia colocação de sonda no rim para drenagem de urina

Principais sufixos e prefixos Cirurgia fixação ou reposicionamento (pexia) Histeropexia suspensão e fixação do útero Nefropexia suspensão e fixação do rim Orquiopexia abaixamento e fixação do testículo em sua bolsa Cistopexia Fixação da bexiga geralmente á parede abdominal

Principais sufixos e prefixos Cirurgia Alteração da forma e/ou função (plastia) Piloroplastia plástica do piloro para aumentar seu diâmetro Rinoplastia plástica do nariz Salpingoplastia plástica da trompa para sua recanalização Toracoplastia plástica da parede torácica

Principais sufixos e prefixos Cirurgia sutura (rafia) Colporrafia sutura da vagina Gastrorrafia sutura do estômago Herniorrafia sutura da hérnia Perineorrafia sutura do períneo Tenorrafia sutura de tendão

Principais sufixos e prefixos Cirurgia observação e exploração (scopia) Broncoscopia exame sob visão direta dos brônquios Cistoscopia idem para bexiga Esofagoscopia idem para esôfago Gastroscopia idem para estômago Laringoscopia idem para laringe Laparoscopia idem para cavidade abdominal Retossigmoidoscopia idem para retossigmóide

Conceitos na esterilização É o processo de destruição de todos os organismos, patogênicos e não patogênicos, incluindo os esporos.  Microrganismos: organismos vivos, invisíveis a olho nú; Microrganismos patogênicos: os que causam doenças infecciosas; Esporos: são formas inativas de bactérias; Desinfecção: é o processo de destruição de todos os organismos patogênicos exceto os esporulados; Desinfetante: é uma substância química utilizada para fazer a desinfecção; Antisséptico: é toda substância capaz de impedir a proliferação das bactérias. Inativando-as ou destruindo-as; Bactericidas: agentes que matam as bactérias.

assepsia Manobras cujo intuito é manter o doente e o meio ambiente cirúrgico livre de germes ( Goffi ): Desinfecção Esterilização Degermação Antissepsia

desinfecção Extermínio e inibição da proliferação de micro- organismos por meio de soluções químicas Todos os materiais/objetos necessitam de enxágue após desinfecção (exceto superfícies)

esterilização Eliminação total de vida microbiológica, inclusive as esporuladas, aplica-se especificamente a objetos inanimados

Degermação das mãos e antebraços Eliminar ou reduzir todos os organismos transitórios e residentes da pele, além de proporcionar efeito residual na pele. Antes da 1ª cirurgia do dia escovar por 5 minutos e nas c i r u r g i a s s u b s eq u e n t e s p o r 2 m inu t o s PVPI 10%, Clorexidina degermante2%

Antissepsia (pintura) sítio operatório Utilização de produtos ( microbiocidas ou microbiostáticos ) sobre a pele ou mucosa com o objetivo de reduzir os microrganismos em sua superfície Clorexidina alcoólica 0,5%, PVPI 10%

LIMPEZA E ESTERILIZAÇÃO DOS INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS Os instrumentos cirúrgicos representam um elevado investimento, se manuseados de maneira inadequada podem ter sua durabilidade afetada, comprometendo sua vida útil, causando prejuízos ao comprador. Um dos grandes problemas da cirurgia é o risco de infecção, assim a equipe cirúrgica deve atentar a regras rígidas de limpeza e esterilização do material envolvido nas operações, principalmente com a descoberta do vírus da AIDS e outros agentes patogênicos. O processo de limpeza pode ser mecânico manual e/ou por máquina de lavar, por limpador ultrassônico de instrumentos, removendo mancha de sangue, gorduras, pus e outras secreções, e tem padronização adequada para evitar disseminação de contaminação, e danos ao instrumental. LAVADORA ULTRASSÔNICA LAVAGEM MANUAL

Técnica para manter a integridade e durabilidade dos instrumentos 1- Separar os instrumentos mais delicados e em pequenas quantidades. Colocá-los em cestos furados e nunca devem estar misturados com instrumentos mais pesados 2- Utilize escova com cerdas naturais e macias para a limpeza de cremalheiras e serrilhas. 3- No processo de lavagem os instrumentos articulados devem ser colocados em posição aberta e os afastadores desmontáveis devem ser desmontados para efetuar a lavagem e limpeza dos mesmos. 4- Limpe atentamente o encaixe dos instrumentos, são nestes locais que se acumulam as principais sujeiras. 5- Sempre lave e limpe o instrumento imediatamente após a utilização. 6- Lave os instrumentos somente com sabão neutro à 1% ou detergente enzimático neutro (pH 7). Soluções com pH diferente podem causar manchas e corrosão. 7- Use sempre água destilada ou desmineralizada para enxágue final, seque completamente o instrumento antes de qualquer procedimento. 8- Lubrifique as partes móveis de pinças hemostáticas, porta-agulhas e tesouras, bem como todas as junções dos demais instrumentos com lubrificante (não oleoso, não pegajoso e sem silicone). 9- Não lavar os instrumentos com solução fisiológica, pois esta é corrosiva

PREVENÇÃO DE INFECÇÕES Implementar estratégias eficazes em prol da  prevenção de infecção hospitalar  é um tema relevante e que precisa ser abordado nas unidades de saúde, principalmente pela capacidade desse problema elevar o índice de mortalidade dos pacientes e a aquisição de doenças decorrentes das atividades laborais por parte da equipe de colaboradores. Esse é um fator ainda mais preocupante por se tratar de um local com bastante circulação, o que aumenta a presença de microrganismos, tanto nas superfícies quanto no ar, dificultando ainda mais esse controle .

Como prevenir o risco de infecção hospitalar? 1. Lavar as mãos com frequência 2. Usar EPI’s adequados 3. Esterilizar os materiais a cada uso 4. Usar materiais descartáveis durante os cuidados 5. Manter precauções de contato 6. Respeitar os protocolos de limpeza local

Paramentação cirúrgica

A paramentação cirúrgica resume-se em uniformes privativos, propés , toucas, máscaras cirúrgicas, aventais cirúrgicos, protetores oculares e luvas. Os tipos de paramentação são aqueles de tecido de algodão ou descartáveis. O tipo que você vai utilizar vai depender das especificações e normas técnicas do hospital. A ordem correta da paramentação é dividida em três etapas: 1ª etapa: o profissional veste o uniforme privativo, propés , touca, máscara e óculos. 2ª etapa: é feita a lavagem das mãos, superficial e escovação. 3ª etapa: o profissional veste o avental cirúrgico e as luvas estéreis.

técnica DE lavagem/ ANTISSEPSIA das mãos A antissepsia cirúrgica das mãos é o procedimento que tem como objetivo  eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na pele do profissional . A adesão da prática da  lavagem das mãos  pela equipe hospitalar é a principal forma de prevenção contra microrganismos, sendo este o método mais eficaz e de menor custo para a prevenção, detecção e controle da infecção hospitalar.

técnica DE PARAMENTAÇÃO Pegar o avental com as pontas dos dedos e depois elevá-lo, trazendo-o para fora da mesa. A maneira de pegar o avental vai depender do modo como ele é dobrado, o que varia de uma região para outra do Brasil. Qualquer que seja o modo, no entanto, é imprescindível observar o princípio fundamental de só tocar a parte interna do avental e nunca a parte externa; Abrir o avental com movimentos delicados e firmes, tendo o cuidado de não tocar sua face externa; Segurar o avental afastado do corpo e introduzir, ao mesmo tempo, os dois braços nas mangas, com um movimento para cima; Dar as costas ao circulante de sala para que as tiras do decote das costas e da cintura sejam amarradas por ele, afastando-as da cintura para facilitar a ação.

ENCONTRE O ERRO

Luvas estéreis No ambiente hospitalar o risco de infecção é muito elevado. Calçar luvas estéreis requer uma técnica correta. Podem ser encontradas em vários tamanhos. 1. lavar as mãos 2. Abrir o pacote em uma superfície limpa 3. Observe abas na parte interna da embalagem, abra-as. 4. Calçar a luva da mão dominante primeiro, Deixe a luva pendurar com os dedos apontando para baixo. Em seguida, deslize a mão dominante para dentro da luva, mantendo a manga dobrada ao nível do punho, com a palma da mão voltada para cima e os dedos abertos. 5. Coloque a segunda luva. Coloque os dedos da mão enluvada por dentro da dobra do punho da outra luva e levante-o. 6. Quando as duas mãos estiverem enluvadas, você poderá ajustá-las.

Protocolo para cirurgia segura – ms /2013 Determinar as medidas a serem implantadas para reduzir a ocorrência de incidentes e eventos adversos e a mortalidade cirúrgica, possibilitando o aumento da segurança na realização de procedimentos cirúrgicos, no local correto e no paciente correto, por meio do uso da Lista de Verificação de Cirurgia Segura desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde – OMS. A Lista de Verificação divide a cirurgia em três fases: I - Antes da indução anestésica; II - Antes da incisão cirúrgica; III - Antes do paciente sair da sala de cirurgia.

Bundle de recomendações para cirurgia segura Antes da indução anestésica: Revisar verbalmente com o próprio paciente, sempre que possível, que sua identificação tenha sido confirmada. Confirmar que o procedimento e o local da cirurgia estão corretos Confirmar o consentimento para cirurgia e a anestesia. Confirmar visualmente o sítio cirúrgico correto e sua demarcação Confirmar a conexão de um monitor multiparâmetro ao paciente e seu funcionamento Revisar verbalmente com o anestesiologista, o risco de perda sanguínea do paciente, dificuldades nas vias aéreas, histórico de reação alérgica e se a verificação completa de segurança anestésica foi concluída.

Bundle de recomendações para cirurgia segura Antes da incisão cirúrgica (Pausa Cirúrgica) A apresentação de cada membro da equipe pelo nome e função. A confirmação da realização da cirurgia correta no paciente correto, no sítio cirúrgico correto A revisão verbal, uns com os outros, dos elementos críticos de seus planos para a cirurgia, usando as questões da Lista de Verificação como guia A confirmação da administração de antimicrobianos profiláticos nos últimos 60 minutos da incisão cirúrgica. A confirmação da acessibilidade dos exames de imagens necessários

Bundle de recomendações para cirurgia segura Antes do paciente sair da sala de cirurgia A conclusão da contagem de compressas e instrumentais A identificação de qualquer amostra cirúrgica obtida A revisão de qualquer funcionamento inadequado de equipamentos ou questões que necessitem ser solucionadas A revisão do plano de cuidado e as providencias quanto à abordagem pós-operatória e da recuperação pós-anestésica antes da remoção do paciente da sala de cirurgia

APRESENTANDO O INSTRUMENTAL Os instrumentais cirúrgicos são classificados de acordo com sua função ou uso principal (pois a maioria deles possui mais de uma utilidade) e também quanto ao tempo de utilização no ato operatório. Importante, sem dúvida, é que os instrumentos estejam em perfeitas condições para o uso, de tal modo que o bisturi corte (sem dilacerar), as pinças realizem a compressão (sem esmagar) e as tesouras permitam a secção e dissecção (sem rasgar). Para que isso ocorra, se faz necessária a utilização adequada dos instrumentais cirúrgicos, já que cada um foi idealizado e projetado para uso particular, devendo ser empregado somente em sua devida finalidade, uma vez que a utilização inadequada ocasionará quebra, danificação ou inutilização dos mesmos. Os instrumentais cirúrgicos também podem ser classificados por especialidades, como sendo instrumental básico (materiais utilizados para a realização de procedimentos cirúrgicos considerados mais simples, como remoção de neoformaçoes , cirurgias abdominais e orquiectomias ), existindo ainda os instrumentais neurológicos, ortopédicos, oftálmicos, cardiovasculares, dentre outros

Organização da mesa de instrumentais As mesas auxiliares devem ser protegidas com uma folha de borracha que, ao mesmo tempo em que amortece o choque dos instrumentos com o tampo metálico, impermeabiliza a cobertura da mesa que, se molhada inadvertidamente por soro ou secreções, perderia seu poder de barreira antibacteriana, com possibilidade de contaminação dos objetos sobre ela colocados. A mesa, caso a cirurgião esteja do lado esquerdo do paciente, deverá ser posicionada do lado direito do paciente. Há muitas formas de se dispor os instrumentos numa mesa, em função do tipo de mesa, tipo de cirurgia e até da preferência do instrumentador e/ou equipe cirúrgica.

instrumentais

tempos cirúrgicos

Instrumentais de diérese Diérese advém do latim “ diaerese ” e do grego “ diaíresis ”, ambos significando divisão, incisão, secção e separação, punção e divulsão . Com o objetivo de atingir a região sobre a qual se planeja realizar o procedimento, com preservação dos planos anatômicos e finalidade terapêutica Bisturis elétricos Botão azul coagula e botão amarelo corta Também usado para fulguração: coagulação superficial de pequenas proliferações celulares cutâneas ou manchas OBS: Cuidados com o bisturi elétrico: queimaduras e choques. A placa deve ser colocada em região de grande massa muscular como panturrilhas, glúteos e face posterior da coxa

A tesoura de Metzenbaum é usada para seccionar tecidos, dividir vasos ligados e são muito usada também para dissecção de tecidos densos. São bem utilizadas em cavidades, alcançando estruturas mais profundamente situadas. As tesouras de Mayo são utilizadas para desbridar e cortar tecidos mais densos como fáscia e músculos, por serem mais robustas que as de Metzenbaum são encontradas retas ou curvas. A tesoura cirúrgica ou tesoura de uso geral são geralmente retas, pesadas e rombas, destinam-se para secção de fios ou outros materiais. Para seccionar o fio o assistente deve rotacionar as lâminas da tesoura paralelamente ao plano do tecido, permitindo a visualização da ponta do instrumento evitando a secção de tecidos adjacentes. Tesouras especificas: Baliu (para uso ginecológico, notadamente no colo uterino) e as de Potts , Dietrich e outras variações (tesouras com angulações de diversos graus em sua extremidade ativa, para uso em cirurgia vascular É utilizado para incisões ou dissecções de estruturas. Caracterizado por um cabo reto, com uma extremidade mais estreita chamada colo, no qual é acoplada uma variedade de lâminas descartáveis e removíveis. O tamanho e o formato das lâminas e dos colos dos cabos dos bisturis são adaptados aos diversos tipos de incisões, sendo principalmente utilizados os cabos de número 3 e 4.

Instrumentais de preensão São basicamente constituídos pelas pinças de preensão, que são destinadas à manipulação e à apreensão de órgãos, tecidos ou estruturas.

Pinça de Adson: A pinça de Adson, por apresentar uma extremidade distal estreita e dessa forma, uma menor superfície de contato, é utilizada em cirurgias mais delicadas, como as pediátricas. É encontrada em três versões: atraumática, a qual possui ranhuras finas e transversais na face interna de sua ponta; traumática, com endentações e um sulco longitudinal na extremidade; e dente-de-rato, com dentes na ponta que lembram os de um roedor, sendo esta última utilizada para a preensão de aponeurose, uma vez que é considerada mais traumática que a pinça anatômica. Pinça anatômica: com ranhuras finas e transversais, possuindo uma utilização universal. Pinça dente de rato: por apresentar dentes em sua extremidade, é utilizada na preensão de tecidos mais grosseiros, como plano muscular e aponeurose. Por serem consideradas instrumentais auxiliares, as pinças de preensão são geralmente empunhadas com a mão não dominante (tipo lápis), sendo que o dedo indicador é o responsável pelo movimento de fechamento da pinça, enquanto que os dedos médios e polegar servem de apoio.

Instrumentais de homeostasia A hemostasia é um dos tempos fundamentais da cirurgia e tem por objetivo prevenir ou corrigir as hemorragias, evitando, dessa forma, o comprometimento do estado hemodinâmico do paciente, além de impedir a formação de coleções sanguíneas e coágulos no período pós-operatório, fenômeno este que predispõe o paciente a infecções. Os instrumentais utilizados na hemostasia são as pinças hemostáticas, que se apresentam em vários modelos e tamanhos. Esses instrumentais são identificados pelo nome de seus idealizadores, como as pinças de Kelly, Crile , Halstead , Mixter e Kocher . Homeostasia prévia Faixa de Esmarch Hemostasia temporária Pinça Bulldog atraumática (clamps)

Hemostasia definitiva Pinça hemostática de crile - Possuem ranhuras transversais conferindo utilidade também no pinçamento de pedículos, quando a pinça é aplicada lateralmente, não sendo utilizada a extremidade. Com 14 a 16 cm de comprimento. Pinça hemostática de kelly - Apresentam ranhuras transversais em 2/3 da garra, curvas ou retas, com 13 a 16 cm de comprimento; apresentam pontas menores, utilizadas para pinçamento de vasos e fios grossos. Pinça hemostática de halsted - Serrilhado transversal delicado em toda sua parte preensora, com ou sem dentes. E com 11 a 13 cm de comprimento, utilizadas muitas vezes para pinçamento de vasos de menor calibre e reparo de fios; sendo também conhecidas como mini-Halsted , pinças mosquito ou mosquitinho. Pinça hemostática de kocher - Sua parte preensora apresenta ranhuras transversais e apresentam dentes de rato nas suas extremidades, aumentando a capacidade de preensão, tornando-a mais traumática.

Instrumentais de exposição São representados por afastadores, que são elementos mecânicos destinados a facilitar a exposição do campo operatório, afastando as bordas da ferida operatória e outras estruturas, de forma a permitir a exposição de planos anatômicos ou órgãos subjacentes, facilitando o ato operatório. Auto-estáticos: se mantem abertos e na posição por si só Gosset: usado na cavidade abdominal BBalfour: amplia a exposição cirúrgica do afastador Gosset. Finochietto: cirurgia de tórax para abrir espaços intercostais ou medioesternal.

Dinâmicos ou manuais: exigem manuseio contínuo e permitem mudança da posição a todo momento Farabeuf: com lâminas em forma de C. É usado principalmente na pele, subcutâneo e músculos Doyen : usado em cavidade abdominal Harrington: uma das extremidades com formato de coração. É muito usado em cirurgias cardíacas Espátulas: afastadores flexíveis, de uso diverso. Podem ser em forma de sola de sapato, laminares, maleáveis ou rígidas.

Afastadores dinâmicos: exigem tração manual contínua Afastador de Farabeuf : apresenta-se em formato de “C” característico, sendo utilizado no afastamento de pele, tecido celular subcutâneo e músculos superficiais. Afastador de Doyen : por se apresentar em ângulo reto e ter ampla superfície de contato, é utilizado primordialmente em cirurgias abdominais. Afastador de Deaver : por apresentar sua extremidade distal em formato de semilua , análoga ao desenho de contorno dos pulmões, é amplamente utilizado em cirurgias torácicas, podendo também ser utilizado em cirurgias abdominais. Válvula Maleável: empregada tanto em cirurgias na cavidade torácica, quanto na cavidade abdominal. Por ser flexível, pode alcançar qualquer tipo de formato ou curvatura, sendo, portanto, adaptável a qualquer eventual necessidade que venha a surgir durante o ato operatório. Outra importante função é a proteção das vísceras durante suturas na parede da cavidade abdominal. Afastadores autoestáticos : são instrumentais que por si só mantém as estruturas afastadas e estáveis Afastador de Gosset ou Laparostato : utilizado em cirurgias abdominais. Deve ser manipulado em sua extremidade proximal, para que se movimente, uma vez que a distal, que entra em contato com as estruturas a serem afastadas não cede a pressões laterais. Afastador de Balfour: uma adaptação do afastador de Gosset, acoplando-se ao mesmo uma Válvula Suprapúbica , que, quando utilizada isoladamente, consiste em um afastador dinâmico. Afastador de Finochietto : utilizado em cirurgias torácicas, possuindo uma manivela para possibilitar o afastamento da forte musculatura intercostal. Afastador de Adson: pode ser utilizado em cirurgias neurológicas, para o afastamento do couro cabeludo, bem como em cirurgias nos membros ou na coluna, para o afastamento de músculos superficiais.

Instrumentais especiais/ exérese Os instrumentais especiais são aqueles utilizados para finalidades específicas, nos procedimentos que consistem no objetivo principal da cirurgia. São muitos e variam de acordo com a especialidade cirúrgica.

Pinça de Allis: apresenta endentações em sua extremidade distal, o que a torna consideravelmente traumática, sendo utilizada, portanto, somente em tecidos grosseiros ou naqueles que irão sofrer a exérese, ou seja, naqueles que irão ser retirados do organismo. Pinça de Duval: apresenta extremidade distal semelhante ao formato de uma letra “D”, com ranhuras longitudinais ao longo da face interna de sua ponta. Por apresentar ampla superfície de contato, é utilizada em diversas estruturas, a exemplo das alças intestinais. Clamp Intestinal: apresenta ranhuras longitudinais (sendo este modelo pouco traumático) ou transversais ao longo da face interna de sua ponta. É utilizado na interrupção do trânsito intestinal, o que o classifica como instrumental de coprostase. Fórceps: utilizado em cirurgias obstétricas, apresenta ramos articulados, com grandes aros em sua extremidade, para o encaixe na cabeça do concepto durante partos em que o mesmo esteja mal posicionado ou com outras complicações. Quando desarticulado, é utilizado em cesarianas, no auxílio da retirada do neonato. Saca-bocado: semelhante a um grande alicate, é utilizado na retirada de espículas ósseas em cirurgias ortopédicas. Pinça de Backaus: é também denominada de pinça de campo, devido sua função de fixar os campos operatórios entre si. Cureta de Siemens: Também chamada de Cureta uterina. É amplamente utilizada em procedimentos obstétricos para remoção de restos placentários e endometriais da cavidade uterina especialmente após abortos, onde resquícios do feto podem permanecer na cavidade. Possui uma superfície áspera, a qual realiza a raspagem; e outra lisa, para que a parede do útero não seja lesionada durante o procedimento. Pinça de Babcock: Possui argolas e cremalheiras. Na extremidade distal possui uma pequena superfície de contato o que a torna pouco traumática. Dessa forma, pode ser utilizada na manipulação de alças intestinais.

São instrumentos que foram desenvolvidos para manobras específicas em certos órgãos ou tecidos. Há diversidade enorme e podemos grosseiramente dividi-los com o tipo de cirurgia que são utilizados como gastrintestinais, ortopédicas, cardiovasculares, obstetrícia, etc.

Intestinais Pinças gastrointestinais são pinças longas utilizadas nas técnicas de ressecção de segmentos do tubo digestivo para evitar a passagem de secreções para a área que está sendo manuseada. Adicionalmente, determinam hemostasia temporária nos vasos da parede dos órgãos. Podendo ser traumáticas ou atraumáticas , dentre as traumáticas a mais utilizada é de Payr – angulada, robusta, com 15 a 35 cm, utilizada especialmente nas ressecções gástricas subtotais.

Cardiovasculares Para hemostasia temporária, utilizam-se clampes atraumáticos que ocluem a luz dos vasos, virtualmente sem causarem danos às suas paredes. O que variam entre elas é a disposição e formato dos dentes, comprimento e curvatura. As superfícies das garras dessas pinças apresentam estrias ou serrilhados apropriados para não provocar traumatismo aos vasos por elas manuseados.

Ortopédicos As Ruginas e Costótomos são destinados ao deslocamento de periósteos e secção de costelas, respectivamente, para o acesso da cavidade torácica. Nas cirurgias são utilizadas serras elétricas com lâminas oscilatórias para secção esternal ou serra manual denominada de serra Gigli, formada de arame de aço corrugado

Ginecológicos Nas ovário-histerectomias empregam-se ganchos especiais, sendo mais utilizados a de Snook ou a de Covault . Ambos têm comprimento próximo de 20 cm. O gancho de Snook tem a haste cilíndrica, achatada na parte onde se forma a gancho. O de Covault é cilíndrico em toda a sua extensão, inclusive a gancho, que apresenta uma pequena esfera na extremidade. Isto faz do gancho de Covault um instrumento menos traumático que a de Snook . As curetas destinam-se a raspagem de tecido ou outro material de paredes cavitarias. São utilizadas para se obter enxertos de ossos esponjosos, debridar e retirar amostras de tecido osseo e remover o nucleo polposo durante fenestração de disco intervertebral. As curetas possuem conchas ovais ou redondas de bordas agudas, com variedade de tanhos

Instrumentais de síntese São os responsáveis pelas manobras destinadas à reconstituição anatômica e/ou funcional de um tecido ou órgão e do fechamento da ferida cirúrgica, através da aplicação de suturas. Para isto são utilizadas agulhas e pinças especiais para conduzi-las denominadas Porta-agulhas, para que se processem as distintas fases da cicatrização a síntese deve atentar para a justaposição das bordas e a escolha do material apropriado. Fios cirúrgicos – s ão utilizados para obtenção de hemostasia (ligadura vascular) e para aproximação de tecidos. Surgiram e foram desenvolvidos ao longo dos séculos em função da necessidade de controlar hemorragias e também de favorecer a cicatrização de ferimentos ou incisões.

Agulhas As agulhas cirúrgicas são feitas a partir do aço rico em carbono, tornando a liga de metais mais fortes e inertes. Existem vários tipos de agulhas de acordo com seu formato, curvatura e estilo da ponta caracterizando a agulha como traumática ou atraumática . São projetadas para penetrar e transpassar tecidos. Por isso, deve possuir um perfil adequado para cada tipo, condição e acesso do tecido a ser suturado e diâmetro compatível ao fio de sutura para permitir um excelente poder de penetração. A agulha curva permite que o cirurgião passe por baixo da superfície do tecido e recupere a ponta no local onde ela sai. De modo geral, quanto mais profundo o tecido na ferida cirúrgica, mais acentuada deve ser a curvatura, fazendo com que ela gire dentro do limite do seu raio. Existem sete tipos de formato de agulhas a reta, semi-reta , em “S”, e curvas de ¼, 3/8, ½ e 5/8 (grau crescente de curvatura)

Fios absorvíveis: são aqueles que, após colocados nos tecidos, sofrem a ação dos líquidos orgânicos, sendo absorvidos após algum tempo. Catgut simples: são multifilamentares torcidos de origem animal (colágeno). Mantém a tensão até 5/6 dias. É completamente absorvido em 2 a 3 semanas. É indicado para tecidos de rápida cicatrização, como mucosas Catgut cromado: é preparado com ácido crômico ou tânico, demorando mais tempo para ser absorvido (6 meses), e perde a resistência entre a 2 e 3ª semanas. Ác. Poliglicólico: sintético, multifilamentar e possui indicações gerais de cirurgia. Vicryl: sintético e multifilamentar trançado. Absorvido entre 56 e 70 dias. Indicado para sutura de músculos, aponeuroses e mucosas. Polidioxanona (PDS): sintético e monofilamentar. Indicado para procedimentos pediátricos e cardiovasculares. Monocryl: sintético e monofilamentar. É indicado para suturas intradérmicas. Absorção entre 90 e 120 dias. - Fios inabsorvíveis Seda: origem animal, multifilamentar trançado e revestido. Indicado para tecidos em geral. Algodão: origem vegetal e multifilamentar . Indicado para tecidos em geral. Nylon: sintético, mono ou multifilamentar trançado, de baixa maleabilidade e possui indicações gerais. Aço inox: sintético e monofilamentar . Indicado para áreas de lata tensão e cicatrização lenta, como esterno e tendões. Prolene : sintético e monofilamentar . Indicado para suturas vasculares.

Porta-agulhas de Mayo-Hegar : é estruturalmente semelhante às tesouras e pinças hemostáticas, apresentando argolas, para a empunhadura, e cremalheira, para o fechamento autoestático . É mais utilizado para síntese em cavidades, sendo empunhado da mesma forma descrita para os instrumentais argolados ou de forma empalmada. Porta-agulha de Mayo-Hegar . Porta-agulhas de Mathieu: possui hastes curvas, semelhante a um alicate, com cremalheira pequena. É utilizado em suturas de tecidos superficiais, especialmente na pele em cirurgias plásticas ou ainda em cirurgias odontológicas. Esse modelo de porta- agulha é empunhado sempre de forma empalmada. Porta-agulha de Mathieu. Empunhadura da porta-agulha de Mathieu.

Grampeadores Cirúrgicos A sutura mecânica tem seus primeiros registros no início do século, quando o objetivo dos cirurgiões era o de encontrar alternativas aos maus resultados das enterossínteses manuais. Os grampeadores mecânicos são aparelhos acionados pelo cirurgião para aplicação de grampos metálicos. Atualmente as técnicas de suturas se complementam para um melhor resultado e estão amplamente sendo utilizadas em cirurgia vascular, torácica, ginecológica e síntese de vísceras parenquimatosas como fígado, baço e pâncreas, incluindo instrumentos para ligar vasos e aproximar feridas, bem como seccionar, aproximar e fazer a anastomose de tecidos. Podemos dividi-los em alguns tipos básicos:  Grampeadores simples – cutâneos, de hemostasia ou de fixação;  Grampeadores que suturam apenas;  Grampeadores que suturam e cortam – anastomoses

SINALIZAÇÃO DOS INSTRUMENTOS Cada instrumento de uso corrente possui um sinal manual que facilita as manobras realizadas durante os procedimentos cirúrgicos, desta forma o cirurgião transmite a informação de qual material precisa, para realizar a manobra proposta, de maneira silenciosa e eficiente, reduzindo o tempo total da cirurgia.

Maneira de solicitar o bisturi Para pedir o bisturi o cirurgião manterá os dedos da mão direita semiflectidos e reunidos pelas pontas e descrever com a mão um arco de círculo dirigido de fora para dentro. Maneira de solicitar a tesoura Para solicitar a tesoura o cirurgião manterá estendidos o dedo indicador e o medio , enquanto os demais estão flectidos sobre a palma da mão. Os dois dedos aproximam-se e afastam-se alternadamente, imitando o movimento das lâminas da tesoura.

Maneira de solicitar a pinça hemostática Para solicitar a pinça Hemostática o anular e o mínimo são mantidos flectidos contra a palma da mão, enquanto que o polegar, o indicar e o médio são dispostos estendidos e mais ou menos paralelos. Maneira de solicitar a pinça anatômica ou de dissecação Para solicitar a pinça Anatômica ou de Dissecação o polegar e o indicador, estendids , se aproximam e se afastam

Maneira de solicitar o afastador de farabeuf Para solicitar o afastador de Farabeuf posiciona-se o indicador semiflectido e os demais dedos completamente flectidos sobre a palma da mão, realizar um pequeno movimento de aproximaçao da mão. Maneira de solicitar o afastador de gosset Para solicitar o afastador de Gosset, o indicador e o médio de ambas as mãos são semiflectidos e os demais dedos são completamente fletidos sobre a palma da mão, realiza-se então um movimento de afastamento imitando os ramos do afastador de Gosset. Maneira de solicitar uma compressa Para solicitar uma compressa o operador apresenta a mão espalmada, com os dedos juntos e a face palmar voltada para cima.

Maneira de solicitar um porta-agulha Para solicitar um porta-agulha o cirurgião sinaliza com os quatro últimos dedos mantidos juntos e em semiflexão , e o polegar semiflectido do lado oposto, e então executa pequenos movimentos de pronação e supinação. Maneira de solicitar uma pinça de bachaus Com os dedos indicador, médio e anelar flectidos, e o polegar interpondo os dedos indicador e médio

Arrumação da mesa de instrumentação cirúrgica A montagem da mesa de instrumental fica a critério do instrumentador, porém este é apenas um padrão.

Segue-se, então, com o setor de exposição, com os afastadores. O setor especial apresenta instrumentais que variam de acordo com o tipo de cirurgia. O sexto e último setor corresponde ao tempo de síntese, abrigando, portanto, materiais como agulhas e os fios e os porta-agulhas. Deve ser feita de forma padronizada, de acordo com a ordem de utilização dos instrumentais no ato operatório, a fim de se facilitar o acesso aos mesmos. Durante a arrumação da mesa, é necessário imaginá-la dividida em 6 setores, correspondentes aos 6 tempos operatórios, que iniciam a partir da diérese, que é representada pelos bisturis e pelas tesouras. Em seguida, apresenta-se o setor de preensão, com as pinças de preensão, seguidas do setor de hemostasia, que abriga materiais como gazes, compressas e fios para ligadura, bem como as pinças hemostáticas. É necessário ressaltar que, de forma geral na arrumação da mesa de instrumentação, os instrumentais menos traumáticos devem preceder os mais traumáticos, a exemplo da pinça anatômica que deve preceder as pinças dente de rato e adson em sua versão dente de rato. Bem como os curvos devem vir antes dos retos e os afastadores dinâmicos antes dos autoestáticos, a exemplo do afastador de Farabeuf que deve preceder o afastador de Gosset

O s instrumentais devem ser arrumados com suas curvaturas voltadas para cima e suas extremidades distais voltadas para o instrumentador, a menos que estes se encontrem ainda desmontados, como o cabo de bisturi ainda não acoplado a sua lâmina, e o porta-agulha sem a agulha, para evitar que instrumentais desmontados sejam repassados para o cirurgião. O sentido de arrumação da mesa varia de acordo com os tipos de cirurgia. Nos casos de cirurgia supraumbilicais, em que o cirurgião deve estar à direita do paciente, tendo o primeiro auxiliar a sua frente e o instrumentador ao lado deste, a mesa deve ser organizada em sentido horário. Há cirurgiões que optam pela mesa de Mayo, uma mesa de instrumentação auxiliar, com suporte lateral colocada sobre as pernas do paciente.

Posicionamento cirúrgico Responsabilidade da equipe multiprofissional de enfermagem, anestesiologia e cirurgia. Posição adequada – procedimento cirúrgico bem sucedido. Segurança do paciente A posição adequada do paciente é essencial para que os procedimentos cirúrgicos sejam bem-sucedidos e realizados com segurança. É necessário conhecimentos relacionados com a anatomia, fisiologia e patologia humana. Eventos adversos devido ao posicionamento inadequado. (Indicadores de Saúde). A posição adequada deve ser a que propicie as melhores condições de exposição da área operatória, facilitando o trabalho dos cirurgiões e o maior conforto possível ao paciente.

Decúbito dorsal ou Supina O dorso do paciente e a coluna vertebral ficam repousados na superfície do colchão da mesa cirúrgica A c a b e ç a fi c a a p o i a d a e m t r a v e ss e i r o , r e ti fi c a n d o a coluna cervical Os braços ficam ao longo do corpo ou abduzidos em apoios laterais, tipo braçadeiras Exemplo: Cesariana

Decúbito ventral ou Prona O paciente fica deitado de abdome em contato com a superfície do colchão da mesa cirúrgica Permite a abordagem da coluna cervical, área retal e das extremidades inferiores Os braços devem ficar estendidos para frente e apoiados em talas O sistema respiratório fica mais vulnerável Exemplos: cirurgias de coluna (hérnia de disco

Decúbito lateral O paciente permanece em decúbito lateral, esquerdo ou direito Oferece acesso à parte superior do tórax e região renal Exemplo: cirurgias torácicas

Posição de litotomia ou Ginecológica O paciente permanece em decúbito dorsal, com as pernas flexionadas , afastadas e apoiadas em perneiras acolchoadas, e os braços estendidos e apoiados Exemplo: Histerectomia vaginal

Posição Trendelenburg reverso ou Proclive Mantém as alças intestinais na parte inferior da cavidade abdominal Reduz a pressão sanguínea cerebral Exemplo: cirurgias de abdome superior e cranianas

Posição Trendelenburg Variação da posição de decúbito dorsal onde a parte superior do dorso é abaixada e os pés são elevados Mantém as alças intestinais na parte superior da cavidade abdominal Exemplo: Cirurgias pélvicas, laparatomia de abdome inferior

Posição Fowler ou Sentada O paciente é colocado em posição supina e o dorso da mesa é elevado, permanecendo semi-sentado na mesa de operação Posição utilizada para conforto do paciente quando há dispneia Exemplos: cirurgia de ombro

Posição de Canivete ( kraske ) O paciente é colocado em decúbito ventral, em seguida, com o abdome em contato com o colchão da mesa cirúrgica, flexiona-se o corpo na região do quadril, de modo que o tórax, os membros superiores e os membros inferiores fiquem em posição mais baixa do que a região a ser operada As regiões do quadril e do glúteo ficam em um plano mais elevado, em ângulo de aproximadamente 90° Exemplo: procedimentos proctológicos

Vamos aos casos cirúrgicos!

caso 1

Caso 2

Caso 3

Caso 4

Caso 5

Caso 6

Caso 7

Caso 8

Caso 9

Caso 10

Caso 11

Caso 12

Caso 13

Caso 14

Caso 15

Caso 16

A pratica leva a perfeição, e o erro, à excelência!