Se, desde o princípio, os sindicantes, houvessem dito: “Não pretendas
tal ou tal coisa porque não a obtereis, talvez não os teriam
decepcionado; foi porque deixaram de fazer, a verdade saiu da
observação. As verdades devem ser ditas para desencorajar os
parasitas que se retiram da Maçonaria, e nela, permaneça só os
adeptos sinceros”.
Todas as doutrinas e Instituições têm o seu Judas; a Maçonaria não
poderia deixar de ter os seus, e não lhe faltam. São os Maçons de
contrabando, mas que têm também a sua utilidade; ensinam o
verdadeiro Maçom a ser prudente na escolha de seus afilhados e os
sindicantes a não se fiarem nas aparências.
Em princípio, é necessário desconfiar dos ardores muito fervorosos
que, sempre, são fogos de palha, ou disfarçados, cópias grosseiras do
homem de bons costumes, que suprem aos atos pela abundância de
palavras.
A verdadeira convicção é calma, refletida, motivada; ela se revela,
como verdadeira coragem, pelos fatos, quer dizer, pela firmeza,
perseverança, e, sobretudo pela abnegação. O desinteresse material e a
moral constituem a verdadeira pedra de toque da sinceridade. A
Maçonaria nos revela que a falsidade não consegue jamais simular
completamente.
Entre os adeptos convencidos, não há deserções na acepção da palavra,
porque aquele que desertaria por um motivo de interesse, ou qualquer
outro, jamais teria sido Maçom sincero; Há sim, os que não renunciam,
mas se esfriam; vivem para si e não para os outros; quer muito se
beneficiar da Ordem, mas com a condição de que isso não custe nada.
Certamente, aqueles que assim agem, podem “estar Maçons”, mas
infalivelmente são Maçons egoístas, nos quais a Maçonaria não
conseguiu colocar em seus corações o fogo sagrado do devotamento e
da abnegação. Fazem número nominalmente, mas não se pode contar
com eles. Todos os outros são Maçons que merecem verdadeiramente
este nome; aceitam, por si mesmos, todas as conseqüências; e não são
reconhecidos pelos esforços que fazem para se melhorarem. Sem
negligenciarem, senão com razão, os interesses materiais são, para eles
(verdadeiros) o acessório e não o principal; não se desgostam nunca
com os obstáculos que encontram no caminho, as vicissitudes, as
decepções são provas diante das quais não se desencorajam nunca,