JORNAL DO SUDESTEgoiás, 22 de dezembro de 20112
Em 1824, entrou em Goiás o primeiro carro
de boi, proveniente de Minas Gerais, segundo
o historiador Ubirajara Galli: “essa informação
não é precisa. Após alguns tempos depois da
vinda defi nitiva - 1726 do Anhanguera, Filho,
acredito que já vieram para a capitania os pri-
meiros carros de bois”.
O telégrafo chegou a Goiás 1891.
No ano de 1925, uma carta demorava trinta
dias do Rio de Janeiro à cidade de Goiás.
A primeira usina hidrelétrica foi construída
na cidade de Ipameri, assim como a inaugu-
ração do cinema e do primeiro estúdio fotográf-
ico, segundo o historiador Ubirajara Galli, como
o cinema, e também a fotografi a.
No fi nal do século XIX, os trilhos de ferros
adentra quase a fronteira de Goiás com Minas
Gerais, chegando ate as margens do rio Paranaí-
ba. A continuação da ferrovia teve inicio em
1929, e no ano de 1912, a linha atravessava o
rio Paranaíba e penetrava em território goiano,
margeando as antigas picadas das bandeiras,
posteriormente dos carros de bois e depois dos
tropeiros. Bern antes a ferrovia paulista prolon-
garam seu trilhos rumo as estado de Goiás, per-
mitindo a penetração da economia de mercado
ao sul de Goiás, incentivando nesta região a
economia as exportadoras, colocando a referida
região da divisão regional do trabalho no Brasil.
Foi assim, que no ano de 1904, cria a Fazenda
Modelo para aperfeiçoar a produção primária
na região da futura Urutaí, e no ano de 1911,
e fundada a vila de Urutaí e no ano de 1913,
inaugura a estação ferroviária de Urutaí. Os
acidentes de trabalho e as doenças, no entanto,
eram frequentes entre os operários da com-
panhia, ate o ano de 1910, foram aviadas 8.157
prescrições medicas nos atendimentos, sendo
20 dos quais para intervenções cirúrgicas. Bern
como diariamente aconteciam brigas entre os
operários ocasionadas pelo excesso de bebidas
alcoólicas e brigas motivadas também pela pre-
sença de grande quantidade de prostitutas que
seguiam a construção da ferrovia. No ano de
1915, na região de Ouvidor, ouve um violento
confl ito entre a polícia goiana e os operários da
ferrovia, que reivindicavam melhores salári-
os, diminuição na carga horaria de trabalho e
tratamento respeitoso pela ferrovia. A partir de
1921, passou a dispor de urna agencia do banco
do Brasil, a primeira do estado de Goiás. Foram
consolidadas indústrias com instalações moder-
nas, como, charqueadas e máquinas de benefi -
ciamento de arroz movidas a energia elétrica ou
a vapor. Ipameri tornou-se signifi cativo sendo
comercial no estado de Goiás. A sua posição
geográfi ca possibilitou aos comerciantes locais
controlassem o comercio do Planalto Central,
enviando regularmente carros de bois e tropas
de burros carregados de mercadorias impor-
tadas as cidades de Planaltina, Formosa, Santa
Luzia, Cristalina, Jaraguá, Bela Vista, Campi-
nas, cidade de Goiás, Porangatu e Niquelândia,
e dessas cidades enviados os produtos regionais
para serem exportados pela estação de Ipameri
quando ainda era fi m de linha.
Há uma cultura de nossos políticos de tratar
assuntos relevantes casuisticamente. A lei da
palmada é exemplo disso. Qual lei proíbe a
violência física de fi lhos contra pais? Que leis
proíbem os bombados e musculosos, ou não, de
espancarem pessoas de bem em boates, shows,
restaurantes, botecos e espaços públicos? Ha
punições para quem vê e não denuncia? Múlti-
plas leis tratam da violência física de seres hu-
manos uns contra os outros e ate contra animais
que compartilham conosco a Terra.
Não seria mais racional trabalhar uma lei
que tratasse da violência física contra nossos
semelhantes e contra outros seres vivos? Assim
não teríamos a difi culdade de buscar amparo le-
gal para punir qualquer pessoa que use a violên-
cia física. A cultura do uso da forca física e inata
ao ser vivo, uma contrariedade, um xingamento,
uma agressão verbal desencadeiam agressões
físicas para muitas pessoas socialmente pouco
evoluídas. Temos que banir esse comportamen-
to das nossas relações. Chegou a hora de punir
todo tipo de agressão física. Isso é degradante e
revive o modelo selvagem de sobrevivência e
existência. Nesse rumo, quem sabe, brevemente
nossos políticos também determinarão o tem-
po que as crianças poderão gastar no banho,
estabelecerão punições para os fi lhos que não
quiserem comer, dormir na hora certa, voltar
cedo para casa e outros problemas de suma im-
portância para a nação...! nessa onda de mor-
alização do comportamento dos brasileiros,
bem que também poderia ser aprovada lei que
permitisse ao eleitor dar umas chineladas em
políticos corruptos, que não trabalham, que se
locupletam com dinheiro dos nossos impostos,
que mudam de partido a toda hora, etc. Sera que
haveria chinelo sufi ciente?
se os trilhos fossem fonte histórica
Palmadas Ficha limpa
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ubiratan
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William
kalil
Escritor e empresário
Escritor
EXPEDIENTE
Puxa vida, que país é esse onde um dos
maiores corruptos volta a ter lugar no Senado
Federal? É vergonhoso, principalmente por
ter sido aprovado pelo supremo. Onde vamos
parar? Nosso Brasil não tem mesmo jeito, es-
tou cada vez mais desiludido com tudo o que
acontece nessa politicagem brasileira.
Campeia por todos os lados e nada de
punição seria como devolução aos cofres pú-
blicos e prisão desses meliantes. Enquanto
nosso STF vai enrolando, trocando o nome
de Ficha Limpa para Ficha Suja, e ainda deve
ser pré-requisito para o Legislativo e para os
cargos do executivo em seus vários escalões,
sobrando para o judiciário o nepotismo e a
submissão mercenária. Mas a piada e que
o Ficha Limpa e uma iniciativa popular.
William Kalil
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