Aula da lição EBD 13 da editora betel. O tema é o quinto mandamento; Não Matarás.
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Language: pt
Added: Sep 18, 2025
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LIÇÃO 7 NÃO MATARÁS: PROTEGENDO E PRESERVANDO A VIDA COMO UM FUNDAMENTO MORAL UNIVERSAL PROF. EV. ANDERSON PEREIRA / BSB, 13/11/2024 NÃO MATARÁS!
TEXTOS DE REFERÊNCIA ÊXODO 20 13. Não matarás. NÚMEROS 35 16. Porém, se a ferir com instrumento de ferro, e morrer, homicida é; certamente o homicida morrerá. 17. Ou, se a ferir com pedra à mão, de que possa morrer, e ela morrer, homicida é; certamente o homicida morrerá. 18. Ou, se a ferir com instrumento de pau que tiver na mão, de que possa morrer, e ela morrer, homicida é; certamente morrerá o homicida. 19. O vingador do sangue matará o homicida; encontrando-o, matá-lo-á.
CATEGORIAS DA LEI A Lei Moral de Deus é o padrão eterno de justiça que reflete Seu caráter santo, definindo o que é bom e justo para toda a humanidade. Deus não pode voltar atrás nessa Lei porque ela é imutável e parte de Sua própria natureza perfeita e justa (Sl19.7 / Mt5.18). A Lei Cerimonial inclui regulamentos dados a Israel sobre rituais, sacrifícios e práticas de pureza para adoração no templo. Estas leis eram símbolos temporários que apontavam para Cristo e sua obra redentora, sendo cumpridas e abolidas com sua morte e ressurreição (Hb 10.1).
INTRODUÇÃO Esse ainda é um mandamento bem aceito em muitas nações. Praticamente ninguém aprova que se tire a vida de ninguém. Ele é tão contrário à natureza que existe um tipo de proibição contra ele em todas as culturas ( Ex 20.13 ).
1. ASPECTOS ESSENCIAIS DO SEXTO MANDAMENTO Este mandamento não se refere ao homicídio involuntário, mas ao homicídio, ao fato de tirar a vida com premeditação e traição, motivado por desejos perversos, ambiciosos ou desleais ( Gn9.6 ).
1.1. O aspecto espiritual do mandamento . O mandamento reflete o valor sagrado da vida, baseada em sermos feitos à imagem de Deus e Ele como doador da vida ( Gn1.26; 2.7; 9.6 ), lembrando a todos da proteção contra mortes injustas. 1.2. O aspecto legal do mandamento . A lei israelita exigia testemunhas para comprovar o assassinato, evitando injustiças e abusos ( Nm 35.30; Ex 23.7 ). . Falsos testemunhos eram seriamente punidos, conforme o nono mandamento ( Êx 20.16; Dt 19.16-21 ), para garantir a justiça e prevenir vinganças. 1.3. O aspecto intencional do mandamento . Em casos de homicídio involuntário, Deus estabeleceu cidades de refúgio para proteger o acusado da vingança familiar ( Nm35.15-21 ). . O acusado ficava na cidade até a morte do sumo sacerdote, mas se fosse comprovado homicídio intencional, ele seria entregue ao vingador ( Dt19.11-13 ). OBJETIVO DO CAPÍTULO 1: “EXPOR O ASPECTO ESPIRITUAL E LEGAL DO SEXTO MANDAMENTO”.
TEOLOGIA COMPLENTAR PARA O CAPÍTULO 1 . No Antigo Testamento, a vida é vista como um presente divino, com o termo hebraico nefesh נֶפֶשׁ) ) representando a totalidade do ser humano. O mandamento "Não matarás" (Êx20.13) destaca a sacralidade da vida, que deve ser preservada e respeitada. . No Novo Testamento, a vida é ampliada por Jesus, que, em Mateus 5.21-22, ensina que não basta evitar o homicídio, mas também evitar a ira e o desprezo pelo próximo, apontando para uma vida plena em Deus (Jo10.10).Em termos gregos, psyche ( ψυχή) se refere à alma ou vida interior, a essência imortal do ser humano, como em Mateus 16.26, onde Jesus fala sobre a importância de preservar a psyche. Já zoe ( ζωή) descreve a vida física e a vida abundante que Jesus oferece, como em João 10.10, onde Ele fala sobre ter vida em abundância. . As leis seculares modernas também protegem a vida, com legislações que garantem direitos humanos, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Embora com menos ênfase na dimensão espiritual, tanto as Escrituras quanto as leis seculares reconhecem o valor fundamental da vida humana.
2. JESUS CRISTO E O SEXTO MANDAMENTO Jesus apresentou quão amplo é o alcance do sexto mandamento para os cristãos. Ele não somente proíbe o assassinato e a violência, como também as palavras provo- cativas e os maus pensamentos contra o próximo.
2.1. Uma questão do coração . Jesus ensina que "não matarás" inclui tanto ações quanto intenções (Mt5.21-26), criticando os fariseus por ignorarem o aspecto interno da Lei. . Jesus afirma que o coração não regenerado é a fonte de intenções homicidas, exemplificado na ira de Caim (Gn4.6; Mt15.19). 2.2. Uma ação motivada pela ira . No Sermão da Montanha, Jesus amplia o sexto mandamento, incluindo a ira pecaminosa como violação, corrigindo a visão limitada dos fariseus que focavam apenas na ação física (Mt5.21-22). . Jesus ensina que Deus julga tanto o ato quanto a motivação interna, tornando a ira e o desejo de matar ou adulterar igualmente condenáveis. 2.3. Tratando do coração . No Sermão da Montanha, Jesus revela que o sexto mandamento inclui a ira pecaminosa, corrigindo a visão legalista dos fariseus, que focavam apenas na ação externa. Ele destaca que Deus julga a motivação interna, tornando a ira e o desejo pecaminoso tão condenáveis quanto o próprio ato (Mt5.21-22). OBJETIVO DO CAPÍTULO 2: “MOSTRAR A INTERPRETAÇÃO DE JESUS DO SEXTO MANDAMENTO”.
TEOLOGIA COMPLEMENTAR PARA O CAPÍTULO 2 . No Antigo Testamento, as intenções do coração são fundamentais para entender o comportamento humano, com o termo hebraico "Lêb" (לֵב) representando o centro dos pensamentos, sentimentos e motivações. A verdadeira moralidade não vem apenas da obediência externa, mas de um coração transformado, como ensinado em Provérbios 4.23 e nas advertências de Jeremias 17.9 sobre a corrupção do coração humano. . No Novo Testamento, o termo grego kardia ( καρδία) também se refere ao coração, enfatizando que as intenções internas são mais importantes do que as ações externas. Jesus ensina que a pureza do coração é essencial para uma relação com Deus, como visto em Mateus 5.8 e 15.18-19, onde Ele fala que os maus pensamentos vêm do coração, mostrando que a moralidade começa internamente. . Na psicologia moderna, as intenções do coração são vistas como processos mentais e emocionais que influenciam o comportamento, sendo moldadas por crenças e experiências. Assim como nas Escrituras, a psicologia sugere que para mudanças reais, é necessário tratar tanto as ações quanto as motivações internas, que podem ser inconscientes ou influenciadas por fatores emocionais e sociais.
3. O RESPEITO AO DOM DA VIDA O sexto mandamento tem implicações importantes para a sociedade contemporânea. Há um grande desrespeito insensível à vida, e a morte está em toda a parte. Como bons servos temos o dever de preservá-la, pois é dom de Deus e somente Ele tem pleno direito e poder de estabelecer o tempo de existência na terra ( Gn9.6; Dt 32.39 ).
3.1. O cuidado em preservar a vida . O sexto mandamento, "Não matarás" ( Êx20.13 ), destaca a preservação da vida como uma responsabilidade divina. . A vida é sagrada porque foi dada por Deus, e cabe a nós protegê-la, jamais extingui-la (Êx21.12-14). Este princípio é universal, aplicando-se a todos os indivíduos e nações, convidando-nos à paz (Tg3.18; Hb12.14). 3.2. Um código a ser respeitado . Desde os primórdios, o respeito à vida já fazia parte da humanidade, como em Gn4.14 e 9.6 , onde Caim sabia das consequências por matar Abel. . A proibição de matar era reconhecida em culturas antigas, como no Código de Hamurabi, mas sem autoridade divina. No Sinai, Deus introduziu a lei de maneira nova, colocando-a no coração e na consciência dos povos (Rm1.19; 2.14-15). 3.3. A violação do mandamento . A violação do sexto mandamento é evidente em um tempo de desumanização e falta de temor a Deus. Além de crimes e disputas, práticas como aborto e eutanásia, legalizadas, também desrespeitam a vida. Apesar das leis humanas, é Deus quem dá o fôlego de vida e deve ter a última palavra. OBJETIVO DO CAPÍTULO 3: “FALAR SOBRE O DESRESPEITO Á VIDA E RESPONSABILIDADE”.
TEOLOGIA COMPLEMENTAR PARA O CAPÍTULO 3 . O Código de Hamurabi, promulgado por volta de 1750 a.C., é um dos primeiros e mais completos códigos legais, abordando questões como contratos, propriedade e punições para crimes. Sua autoridade é puramente secular, com punições retributivas baseadas no princípio "olho por olho", sem origem divina. . A Torah é a lei divina dada por Deus ao povo de Israel, abrangendo aspectos morais, civis e espirituais. O termo hebraico Torah תּוֹרָה) ) significa "instrução" e visa regular a relação com Deus e com os outros, buscando a santidade e a justiça divina. Diferente do Código de Hamurabi, a Torah tem autoridade divina e foca não apenas na punição, mas na restauração do indivíduo, com mishpat מִשְפָּט) ) representando justiça e mitzvah מצוה) ) referindo-se aos mandamentos divinos para garantir as bênçãos de Deus. . As implicações de violar a Torah são espirituais e sociais, pois a transgressão das leis divinas é vista como rebeldia contra Deus, com consequências graves, como o exílio e a perda de bênçãos (Lv26.14-39; Dt28.15-68). No Novo Testamento, a violação dessas leis também afeta o kardia ( καρδία), o coração humano, corrompendo as intenções internas e afetando as ações externas (Mt15.18-19).
CONCLUSÃO Convictos do que as Escrituras Sagradas revelam acercam da vontade de Deus e das inclinações pecaminosas da natureza humana, perseveremos no andar em Espírito ( Gl5.16, 25 ), para sermos agentes de defesa da vida. não apenas evitando prejudicar o próximo, mas promovendo a paz, harmonia e um ambiente saudável, de acordo com a Palavra de Deus, visando o testemunho cristão, o bem da sociedade e a glória de Deus.