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Educação para Jovens e Adultos - Artes Educação para Jovens e Adultos - Artes
• Comédia antiga: fazia alusões jocosas aos mortos, satirizava personalidades vivas e até mesmo os
deuses, e por isso, teve sempre a sua existência muito ligada à democracia. Principal autor: Aristófanes.
• Comédia nova: na comédia nova, diferentemente da comédia antiga, o coro já não é um elemen-
to atuante, sendo sua participação resumida à coreografia dos momentos de pausa da ação, e a política
quase não é discutida. Seu tema são as relações humanas, como por exemplo, as intrigas amorosas. A
comédia nova é mais realista e procura, utilizando uma linguagem bem comportada, estudar as emoções
do ser humano. Principal autor: Menandro.
Teatro no Brasil
A implantação do teatro no Brasil ocorreu no século XVI,
tendo como motivo a propagação da fé religiosa, ou seja, de-
vido ao empenho dos jesuítas em catequizar os índios. Deste
período, podemos destacar o padre José de Anchieta, que es-
creveu alguns autos (antiga composição teatral) que visavam
a catequização dos indígenas, bem como a integração entre
portugueses, índios e espanhóis.
Só a partir do século XIX, com a vinda da corte para o
Brasil que se deu o progresso do teatro em terras brasileiras.
Em 1867, Gonçalves de Magalhães, introduziu no Brasil a in-
fluência romântica, que iria orientar escritores, poetas e dra-
maturgos, sendo Gonçalves Dias (poeta romântico) um dos
autores mais representativos dessa época.
O século XX despontou com um sólido teatro de variedades,
mistura do varieté francês e das revistas portuguesas. O teatro ain-
da não recebera as influências dos movimentos modernos que se
destacavam na Europa desde o final do século anterior.
A partir da encenação de Vestido de Noiva, de Nélson Rodri-
gues, que nasce o moderno teatro brasileiro, não somente do pon-
to-de-vista da dramaturgia, mas também da encenação, e em pleno
Estado Novo. Surgiram grupos e companhias estáveis de repertório,
como (a partir da década de 1940): Os Comediantes, o TBC, o Tea-
tro Oficina, o Teatro de Arena, o Teatro dos Sete, a Companhia Celi-
-Autran-Carrero, entre outros.
Com a ditadura militar, veio a censura prévia a autores e ence-
nadores, o que levou o teatro a um retrocesso produtivo, mas não
criativo. Com o fim do regime militar, no início da década de 1980,
o teatro tentou recobrar seus rumos e estabelecer novas diretrizes.
Surgiram grupos e movimentos de estímulo a uma nova dramatur-
gia, traduzida no que vemos hoje em dia.
Gêneros Teatrais
Gêneros Teatrais são formas de apresentação teatral. Como toda a gene-
ralização, será sempre marcada por questões e pontos de vista de cultura e
de cada época. Novas formas de teatro vão surgindo e fundindo-se umas nas
outras. Vejamos as principais formas de teatro:
• Auto – é um subgênero da literatura dramática. Visava satirizar pessoas. A moral é um elemento
decisivo nesse subgênero.
• Comédia – tem o propósito de provocar riso nos espectadores, tanto pelas situações cômicas, pela
caracterização de tipos e de costumes, quanto pelo absurdo da história.
Comédie-Française em Paris
• Drama – o enredo se baseia principalmente em conflitos sentimentais humanos, muitas vezes com
um tema geral triste. É entendido também como uma forma acentuada de tragédia.
• Farsa – é uma modalidade burlesca, caracterizada por personagens e situações caricatas. Não pre-
tende o questionamento de valores.
• Melodrama – procura efeitos fáceis e conhecidos de envolvimento do público, com a utilização de
fundos musicais que procuram induzir a platéia ao choro ou ao suspense, com um sentimentalismo exa-
gerado. Conta, em sua construção dramática, com a alternância de elementos da tragédia e da comédia.
• Ópera – um gênero artístico que consiste num drama encenado com música.
• Mímica – peça de teatro em que os atores representam apenas por gestos.
Marcel Marceau – Mago da mímica
• Monólogo – é uma longa fala ou discurso pronunciado por uma única pessoa ou enunciador.
• Musical – estilo de teatro que combina música, canções, dança, e diálogos falados.
• Revista – gênero de teatro, de gosto marcadamente popular, que tem como características principais
a apresentação de números musicais, apelo à sensualidade e à comédia leve, com críticas sociais e políticas.