absorventes de umidade que cobriam as barras de
combustível não foram removidos da forma
correta. Como conseqüência, o combustível sofreu
superaquecimento, levando à corrosão do reator.
Segundo a Agência Internacional de Energia
Atômica, não há estimativas adequadas sobre
feridos ou mortos porque, na ocasião, o acidente
teria sido encoberto pelo governo soviético. O que
se sabe é que os gases radioativos se espalharam
por toda a usina.
Three Mile Island (1979) - A central nuclear de
Three Mile Island foi cenário de um acidente que
atingiu o nível 5 na Escala Internacional de
Eventos Nucleares, em 28 de março de 1979.
Localizada próxima a Harrisburg, capital da
Pensilvânia, a usina sofreu superaquecimento
devido a um problema mecânico, mas não chegou
a explodir, pois os técnicos optaram pela liberação
de vapor e gases.
Apesar de não haver casos de mortes em razão da
radiação, cerca de 25 mil pessoas entraram em
contato com os gases, que foram liberados para
evitar a explosão. No mesmo ano, uma comissão
presidencial e a Comissão Nuclear Reguladora
chegaram a seguinte conclusão: “ou não haverá
casos de câncer ou o número será tão pequeno
que nunca será possível detectá-los.”
Chernobyl (1986) - O maior desastre nuclear
da história ocorreu em Chernobyl, na região da
Ucrânia, em 26 de abril de 1986, quando um
reator da usina apresentou problemas técnicos,
liberando uma nuvem radioativa, com 70
toneladas de urânio e 900 de grafite, na
atmosfera. O acidente é responsável pela morte
de mais de 2,4 milhões de pessoas nas
proximidades e atingiu o nível 7, o mais grave da
Escala Internacional de Acidentes Nucleares
(INES).
Após a explosão do reator, vários
trabalhadores foram enviados ao local, para
combater as chamas. Sem equipamento
adequado, eles morreram em combate e ficaram
conhecidos como “liquidadores”. A solução foi
construir uma estrutura de concreto, aço e
chumbo, para cobrir a área da explosão.
No entanto, a construção foi feita com
urgência e apresenta fissuras, tanto que o local
até hoje é nocivo, pela radiação. Para se ter uma
ideia da magnitude do acidente, o volume de
partículas radioativas em Chernobyl foi 400 vezes
maior do que o emitido pela bomba atômica de
Hiroshima, lançada no Japão, após a Segunda
Guerra.
Prypiat, cidade elaborada para ser moradia dos
trabalhadores da usina, teve seus habitantes
mortos ou evacuados. Animais, rios e florestas
também foram contaminados e diversas
anomalias genéticas se deram na região, que
engloba antigos países do bloco soviético, como
Bielorrúsia, Ucrânia e Rússia. Hoje, 26 anos após a
catástrofe, foi iniciada a construção de uma nova
estrutura, para reduzir a ameaça de
radioatividade no local. Atualmente a cidade de
Prypiat é desabitada.