Manejo das principais verminoses e protozoários em cães e gatos. Apresentar aos colaboradores os principais parasitos gastrintestinais que acometem cães e gatos, com atenção aos sinais clínicos, diagnóstico e tratamento.

Apresentar aos colaboradores os principais parasitos gastrintestinais que acometem cães e gatos, com atenção aos sinais clínicos, diagnóstico e tratamento. Evidenciando a importância do manejo quanto ao risco dos parasitos com potenciais zoonóticos. Apresenta a importância do diagnóstico de infecções concomitantes para o perfeito tratamento.
Conteúdo Programático:
1. Casuística;
2. Sinais clínicos;
3. Diagnóstico;
4. Tratamento.

1. Paulo Daniel Sant'Anna Leal 1
Doenças infecciosas
31 de maio, 01 e 02 de junho de 2024

2. Paulo Daniel Sant'Anna Leal 2

3. Paulo Daniel Sant’ Anna Leal
MV, MSc, DScV, Pós-Doutorado UFRRJ;
Membro da Academia de Medicina
Veterinária do Estado do Rio de Janeiro.
Paulo Daniel Sant'Anna Leal 3

4. Paulo Daniel Sant'Anna Leal 4
Manejo das principais verminoses
e protozoários em cães e gatos.

5. Manejo das principais verminoses e
protozoários em cães e gatos.

6. Elevada morbidade e mortalidade;
Variedades de agentes etiológicos!
Casuística frequente;
Concomitante a outras infecções;
Fator de risco para outras doenças.

7. Sinais clínicos e achados comuns:
Diarreia (mucoide; fétida; hemorrágica; melena).
Estrias de sangue;
Vômitos;
Flatulência;
Anorexia;
Prostração/Apatia;
Dor abdominal;
Alteração no peristaltismo.

8. Protozoários e Helmintos.

9. Sarcocystis spp.

10. Parasitam hospedeiros vertebrados;
Carne crua contendo cistos;
Evolução subclínica;
Animais assintomáticos disseminam este
parasito no meio ambiente através das fezes;
Várias espécies do gênero Sarcocystis
(diferentes espécies animais).

11. Diagnóstico

12. Observação de oocistos nas fezes
(microscopia);
Histórico (ingestão de carne crua).

14. Tratamento:
Sulfonamidas (trimetoprim):
15 a 30 mg/kg/BID/7 dias.

15. Cistoisosporose

16. Cães:
Cystoisospora canis, C. ohioensis,
Gatos:
C. felis, C. rivolta

17. Parasito do intestino de cães e gatos;
Associado a sinais intestinais com
diarreia pastosa e/ou líquida.

18. Cães jovens (adultos e idosos
imunossuprimidos);
Aglomeração;
Manejo inapropriado;
Higiene insuficiente;
Oocistos contaminam o ambiente;
Esporulados passam a ser infectantes;
Surtos em canis de criação ou se
manifestando após a troca de ambiente pelo
estresse (vendas em Pet shop).

19. Diagnóstico:

20. Observação de oocistos nas fezes através de
microscopia (espécie hospedeiro ).

22. Tratamento:
Associações de sulfonamidas com
trimetoprim na dose de 15 a 30 mg/kg, a
cada 12 horas durante 7 dias.
Infecções concomitantes!

23. Giardíase

24. Gênero: Giardia
Espécie: G. intestinalis
Sinônimos:
Giardia duodenalis ou G. lamblia).
Complexo de espécies que englobam sete
grupos ou assemblages com poucas diferenças
morfológicas, mas que se dividem com base
na análise genética.

26. As assemblages A e B:
Humanos e outros primatas;
Animais domésticos e selvagens;
Importância zoonótica.
Animais de companhia:
Cães: assemblages C e D;
Gatos: assemblage F.

27. Episódios de diarreia aguda intermitente;
Comuns em locais com elevada densidade
animal;
Prevalência em cães pode potencializar o
seu risco zoonótico;
O ppp em cães e gatos é 5 a 16 dias e a
excreção dos cistos é muitas vezes
intermitente.

28. Diagnóstico

29. Os testes de imunocromatografia
(pesquisa de antígeno).

30. Observação dos cistos ou trofozoitos nas
fezes (teste ouro);
Análise molecular.

32. Tratamento:

34. Resultados indicam que a presença de
Giardia duodenalis não modifica
substancialmente a ecologia microbiana do
intestino nem os marcadores hematológicos;
Assim, os tratamentos contra a giardíase
devem ser considerados com cautela em
indivíduos assintomáticos.

35. Metronidazol
25mg/Kg/PO/BID/5 dias.
Eficácia de 67% nos cães;
Efeitos adversos:
Vómito;
Sinais neurológicos;
Hepatoxicidade;
Hematúria;
Primeiro quinzena de gestação.

36. Fenbendazol
50mg/Kg PO SID.
Durante 3 a 5 dias, podendo ser repetida
(eliminação de cistos).
Eficácia acima de 90%;
O fenbendazol é relativamente seguro,
mesmo em animais gestantes e apresenta
menos efeitos secundários que o
metronidazol.
Hipoplasia da medula óssea no cão.

37. Febantel
15,0mg/Kg, pamoato de pirantel 14,4mg/Kg
e praziquantel 5,0mg/Kg, SID/3 dias;
Eficácia de 92,1% a 99% na interrupção da
eliminação de cistos.

38. Secnidazol:
30 mg / kg por via oral (dose única).
Eliminação de 100% na eliminação dos cistos.

40. A presença de Giardia duodenalis, bem como
diferentes assemblages, não teve efeito sobre
sinais clínicos gastrointestinais, em cães, exceto
a presença de muco nas fezes;

41. Taxas iguais de infecção por G. duodenalis em
cães sintomáticos e assintomáticos é
provavelmente consequência de muitos
fatores diferentes, como sistema imunológico
do hospedeiro, microbiota intestinal,
adaptação do parasito ao hospedeiro.

42. Tricomoníase
Tritrichomona foetus

44. Infecção feco-oral T. foetus
Transmissão direta, através da ingestão das
fezes contaminadas (parasitos), feco-oral.

45. Diagnóstico diferencial:
Duas espécies de parabasalídeos podem ser
encontradas em gatos, T. foetus e
Pentatrichomonas hominis (cães).
As principais características que diferenciam
uma espécie da outra estão relacionadas ao
número de flagelos, três em T. foetus e cinco
em P. hominis (difícil de observar).
Giardia intestinalis (trofozoito).

46. Exame a fresco;

Análise molecular-PCR;
Cultura em meio próprio.

47. Tratamento de Pentatrichomonas hominis pode
variar de uma simples mudança na dieta ao
uso de drogas como metronidazol, que não
possui efeito sobre T. foetus isolados de gatos.

50. Tratamento T. foetus:
Ronidazol na dose de 30 mg/Kg a cada
24 horas por 14 dias.

51. Helmintos gastrintestinais.

52. Platinosomíase
Platynosomum illiciens (Braun, 1901) Kossack,
1910 (Trematoda: Dicrocoeliidae).

53. Difícil diagnóstico;
Elevada frequência;
Raramente pesquisada;
Subestimada clinicamente;
Evolução lenta/crônica.

54. Sinonímias:
P. illiciens. P. fastosum. P. concinnum.

55. Doença dos dutos biliares e hepática:
Reação inflamatória e aumento gradativo do
calibre ductal;
Hiperplasia adenomatosa;
Inflamação grave ao redor dos ductos;
Fibrose ao redor dos ductos;
Neoplasia (adenocarcinoma,colangiocarcinoma,
colangiossarcoma);
FibroseeLipidose;
Obstrução;
Morte.

56. Diagnóstico:

57. Exame coproparasitológico.
Ovos com peso específico elevado.
Exame direto.
Quantidade de ovos eliminada é pequena;
1-5 parasitos eliminam de 2-10 ovos/gr de
fezes;
Eliminação dos ovos é irregular (10-100
ovos/dia).

58. Como melhorar o diagnóstico:
Ácido ursodesoxicólico-Ursacol:
Colagogo e colerético.
Ácido biliar natural hidrofílico.
Secretado no sistema biliar.
Dose: 15mg/kg/SID e proceder exames
coproparasitológicos em série (mínimo de 5
dias).

60. Tratamento:
Praziquantel: 20 a 25 mg/kg/PO/SID/3 dias.
Terapia de suporte;
Antibióticos;
Antinflamatórios.

61. Trichuris vulpis (zoonose):
Ceco e colon;
Colite;
Muco nas fezes;
Sangue nas fezes.

63. Strongyloides stercoralis (zoonose):
Apenas as fêmeas são parasitos;
Ovos larvados;
Parasitismo inespecífico (homem e outros
mamíferos).

64. Exame de fezes direto.

66. Ancylostoma caninum e Toxocara spp.

67. Migração cutânea e visceral;
Zoonose.

68. Paulo Daniel Sant'Anna Leal
Ovos Adulto
Endoscopet – Dr. Franz Yoshitoshi

69. O período pré-patente é de 4 a 5 semanas
(infecção percutânea) e de 2 a 3 semanas (via
oral).
Os adultos têm uma vida média de 6 meses e
cada fêmea de A. caninum é capaz de produzir
cerca de 16.000 ovos por dia.
Paulo Daniel Sant'Anna Leal 69

70. Encistam no músculos esqueléticos onde
ficam mais de 240 dias em estado latente.
Paulo Daniel Sant'Anna Leal 70

71. Reativadas por situações de stress, doenças
concomitantes e uso de corticosteroides
(imunossupressão/quimioterápicos), podendo
colonizar o ID vários meses após a infecção.
Paulo Daniel Sant'Anna Leal 71

72. Causa importante da reativação é a gestação;
Migram para o útero e glândula mamária,
podendo infectar os fetos (transplacentária) e
neonatos por via galactogênia;
Larvas eliminadas no leite durante as 3
primeiras semanas de lactação e em 3 a 4
lactações (gestações) consecutivas sem
necessidade de reinfecção da cadela.
Paulo Daniel Sant'Anna Leal 72

73. Larva migrans cutânea “bicho geográfico”
Paulo Daniel Sant'Anna Leal 73

76. Paulo Daniel Sant'Anna Leal

77. Lesões em órgãos, associados a outras
síndromes clínicas, incluindo enterite
eosinofílica, pneumonite eosinofílica,
possivelmente devido a migração
envolvendo os pulmões, com risco de
óbito.
Paulo Daniel Sant'Anna Leal

78. Levantamento em cães urbanos com atendimento
de rotina em serviços veterinários mostraram
positividade em 41,60%.
Paulo Daniel Sant'Anna Leal

79. Diagnóstico
Paulo Daniel Sant'Anna Leal

80. Franz Naoki Yoshitoshi, MV
Endoscopet
@endoscopet

81. Franz Naoki Yoshitoshi, MV
Endoscopet
@endoscopet

82. Franz Naoki Yoshitoshi, MV
Endoscopet
@endoscopet

85. Diagnóstico Clínico-Laboratorial:
Bioquímica Sérica são inespecíficos
(hipoalbuminemia, eosinofilia, anemia).
Exame ouro – Coproparasitológico.
Não há falso positivo!
Falsos negativos!
Paulo Daniel Sant'Anna Leal

86. Cães adultos:
Exame a cada quatro ou seis meses, ou
obrigatório na presença de sinais clínicos;
Fêmeas no início do cio;
Aos 40 dias de gestação;
Após o parto para evitar a transmissão pelo
leite a ninhada;
A cada 15 dias até o desmame ou conforme o
fator de risco.

87. Tratamento

88. Paulo Daniel Sant'Anna Leal
Várias apresentações

89. Conclusão
Esses dados demonstram conclusivamente a resistência
anti-helmíntica múltipla em múltiplos isolados
independentes de A. caninum.

90. Praziquantel-cães e gatos = 5-10 mg/kg
Pamoato de pirantel-cães e gatos = 5-10 mg/kg
Febantel-cães e gatos = 10-15 mg/kg
Ivermectina-cães e gatos = 0,2-0,4 mg/kg
Moxidectina-cães e gatos = 250-300 mcg/kg
Selamectina-cães = 6 mg/kg
Disofenol-cães (eficácia de 99%) = 7,5 mg/kg (>de 5 kg).
Emodepsida+Praziquantel – gatos (spot-on/Profender)

91. Ancylostoma caninum

92. Ancylostoma caninum – Ancilostomídeos.
Jejum maior que 6 horas para a administração
do vermífugo, alimentar 4 horas após a
administração do vermífugo oral.
Repetir a cada 21 dias, 4 doses.
Paulo Daniel Sant'Anna Leal

93. Amostras de fezes e Diagnóstico!
Paulo Daniel Sant'Anna Leal
Fezes frescas;
Evitar diluir as fezes (MIF);
Evitar congelar as fezes;
Evitar fezes desidratadas.

94. Exame coproparasitológico.
Exame direto (lugol);
Método de sedimentação:
Técnica de sedimentação com
centrifugação em formalina-éter
Método de flutuação:
Técnica de centrifugo-flutuação em
solução saturada (sacarose).

95. Dependente das técnicas;
Dependente do técnico;
Dependente da amostra;
Dependente da eliminação das formas
parasitárias.

96. Paulo Daniel Sant'Anna Leal
Infecções concomitantes!

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Paulo Daniel Sant'Anna Leal 98