O controle de plantas daninhas é uma prática importante na agricultura. A
interferência de plantas daninhas na cultura do milho é um efeito negativo
causado pelas espécies competidoras, fazendo com que ocorra a redução de
produtividade.
Para manejar essas plantas daninhas e evitar interferên...
O controle de plantas daninhas é uma prática importante na agricultura. A
interferência de plantas daninhas na cultura do milho é um efeito negativo
causado pelas espécies competidoras, fazendo com que ocorra a redução de
produtividade.
Para manejar essas plantas daninhas e evitar interferências, deve-se adotar o
controle que tenha capacidade de impedir o desenvolvimento de sementes e o
crescimento dessas plantas indesejadas. Métodos como: controle preventivo,
controle cultural, controle mecânico e controle químico. A escolha do método de
controle deve levar em consideração as espécies da área, a disponibilidade de
equipamentos locais e os produtos. Vale ressaltar também que, sempre que
possível, integrar os métodos de controle, pois a diversificação das estratégias de
manejo implica maior eficiência e economia no seu controle.
O uso de herbicidas é uma das principais estratégias adotadas para o manejo de
plantas daninhas no campo. No entanto, o uso intensivo desses produtos tem
levado ao surgimento de espécies resistentes, como buva, capim colchão, caruru
e capim-pé-de-galinha. Essa resistência reduz a eficácia do produto, impacta a
produtividade das lavouras e aumenta também os custos de produção. Sendo
assim o manejo integrado e a diversificação de mecanismo de ação de herbicida
contribui para redução sobre as plantas daninhas e preserva a eficácia dos
herbicidas.
Size: 12.32 MB
Language: pt
Added: May 20, 2025
Slides: 58 pages
Slide Content
MARIA EDUARDA SILVÉRIO MATEUS
MANEJO DE PLANTAS DANINHAS
2
SUMÁRIO
1
2
3
4
5
6
INTRODUÇÃO;
CLASSIFICAÇÕES;
IDENTIFICAÇÃO;
Fonte: Blog da Aegro, 2020..
RESISTÊNCIA;
MANEJO;
BIOTECNOLOGIAS.
3
REVOLUÇÃO
VERDE
4
O QUE É UMA PLANTA
DANINHA?
5
TIGUERA
Plantas de culturas anteriores
que permanecem e se
desenvolvem na lavoura.
Fonte: Mais Soja, 2022.
6
VERDADEIRAS
Plantas que,
independentemente do local
onde se desenvolvem, são
caracterizadas como daninhas.
Fonte: Agro Bayer, 2021.
7
CLASSIFICAÇÃO E CICLO
Fonte: Maria Eduarda Silvério, 2024.
8
EUDICOTILEDÔNEASMONOCOTILEDÔNEAS
Nervaçãopeninérvea.Nervaçãoparalelinérvea.
CLASSIFICAÇÃO
Fonte: Info Escola, 2021.
Fonte: Info Escola, 2021.
13
METABOLISMO
Figura 1 –Mecanismos fotossintéticos.
Fonte: Elevagro, 2022.
14
Fonte: Elevagro, 2022.
C3
•Soja, algodão, trigo e café são
plantas com metabolismo C3;
•Alta fotorrespiração, maior perda
de água e menor eficiência em
calor e seca.
15
Fonte: Elevagro, 2022.
C4
•Milho e sorgo são plantas com
metabolismo C4;
•Baixa fotorrespiração, menor
perda de água e mais eficiente
em calor e seca.
16
IDENTIFICAÇÃO
Fonte: Maria Eduarda Moreira, 2025.
17
CAPIM-PÉ-DE-GALINHA
Eleusineindica.
•Bianual;
•Monocotiledônea;
•C4;
•Colmo achatado;
•Reproduz pela semente.
Fonte: IHARA, 2021. Elaborado por: Maria Eduarda Silvério, 2025.
18
BUVA
Conyzabonariensis.
•Anual;
•Eudicotiledônea;
•C3;
•Reproduz pela semente;
•Outra espécie comum no
cerrado: Conyzacanadensis.
Fonte: Syngenta, 2021. Elaborado por: Maria Eduarda Silvério, 2025.
19
TRAPOERABA
Commelinabenghalensis.
•Perene;
•Monocotiledônea;
•C3;
•Nervaçãoparalelinévea;
•Se reproduz por semente e
dispersão de ramos.
Fonte: IHARA, 2023. Elaborado por: Maria Eduarda Silvério, 2025.
20
CARURU
Amaranthussp.
•Anual;
•Eudicotiledônea;
•C4;
•Alta reprodução por semente;
•Uma planta pode produzir de
200.000 a 600.000 sementes.
Fonte: Syngenta, 2022. Elaborado por: Maria Eduarda Silvério, 2025.
21
ERVA-SANTA-LUZIA
Euphorbiahirta.
•Anual;
•Eudicotiledônea;
•C3;
•Reprodução por semente;
•Látex característico da família
Euphorbiaceae.
Fonte: UpHerb, 2018. Elaborado por: Maria Eduarda Silvério, 2025.
22
•Perene;
•Monocotiledônea;
•C4;
•Colmo triangular;
•Não é considerada gramínea;
•Reprodução por rizomas e
tubérculos.
TIRIRICA
Cyperusrotundus.
Fonte: Mais Agro, 2021. Elaborado por: Maria Eduarda Silvério, 2025.
23
VASSOURINHA-DE-BOTÃO
Spermacoceverticillata.
•Anual;
•Eudicotiledônea;
•C4;
•Tem sido um grande problema
nas ultimas safras;
•Reprodução por sementes.
Fonte: Rehagro, 2025. Elaborado por: Maria Eduarda Silvério, 2025.
24
CAPIM-COLCHÃO
Digitaria horizontalis.
•Perene;
•Monocotiledônea;
•C4;
•Reprodução por sementes, mas
rebrota por rizoma.
Fonte: Blog Aeagro, 2021. Elaborado por: Maria Eduarda Silvério, 2025.
25
CORDA-DE-VIOLA
Ipomoeasp.
•Anual;
•Eudicotiledônea;
•C4;
•Trepadeira;
•Reprodução por sementes.
Fonte: UpHerb, 2018. Elaborado por: Maria Eduarda Silvério, 2025.
26
LEITEIRO
Euphorbiaheterophylla.
•Anual;
•Eudicotiledônea;
•C4;
•Reprodução por sementes no
fruto;
•Látex da família Euphorbiacea.
Fonte: UpHerb, 2019. Elaborado por: Maria Eduarda Silvério, 2025.
27
MIPD
Fonte: Arquivo GEAGRA, 2023.
28
MIPD
Manejo Integrado de Plantas Daninhas
QUANTIFICAR E
CLASSIFICAR MÉTODO DE
CONTROLE ROTAÇÃO DE
MECANISMO DE
AÇÃO DE HERBICIDA
MANEJO EM
SISTEMAS
INFORMAÇÕES LOCAIS E AMBIENTE
Fonte: GizellyQPH, 2025. Elaborado por: Maria Eduarda Silvério, 2025.
29
MANEJO
PREVENTIVO, CULTURAL, MECÂNICO E
QUÍMICO
30
MANEJO PREVENTIVO
•Limpeza de máquinas e equipamentos entre uma área e outra;
•Utilizar sementes certificadas e de origem conhecida;
•Controle de plantas infestantes de áreas ao arredores.
Fonte: KarcherBrasil, 2017.
31
MANEJO CULTURAL
•Rotação de cultura;
•Uso de variedades adaptadas;
•Adubação verde;
•Consórcios de cultivos.
Fonte: Revista Cultivar, 2020.
33
MANEJO QUÍMICO
•Uso de herbicidas.
Fonte: Guilherme Rodrigues, 2025.
34
HERBICIDAS
Fonte: Maria Eduarda Silvério, 2025.
35
Fonte: Elevagro, 2025. Elaborado por: Maria Eduarda Silvério, 2025.
Figura 1. Aplicação de herbicidas na cultura do milho.
DESSECAÇÃO;
PRÉ –EMERGENTE;
PÓS –EMERGENTE.
36
Fonte: Elevagro, 2025. Elaborado por: Maria Eduarda Silvério, 2025.
Figura 1. Aplicação de herbicidas na cultura do milho.
DESSECAÇÃO;
PRÉ –EMERGENTE;
PÓS –EMERGENTE.
37
Fonte: Elevagro, 2025. Elaborado por: Maria Eduarda Silvério, 2025.
Figura 1. Aplicação de herbicidas na cultura do milho.
DESSECAÇÃO;
PRÉ –EMERGENTE;
PÓS –EMERGENTE.
41
GLIFOSATO + NICOSULFURON
VALOR: R$ 28,82 a 32,00/kg;
VALOR ha: R$72,05;
RECOMENDAÇÃO DE DOSE: 2,5 Kg/ha.MANEJO DE
DESSECAÇÃO:
PÉ-DE-GALINHA
E VASSOURINHA
VALOR: R$ 459,70/kg;
VALOR ha: RS 18,38;
RECOMENDAÇÃO: 40g/ha.
VALOR: R$ 90,43.
42
GLIFOSATO + FLUMIOZAXINA
VALOR: R$ 28,82 a 32,00/kg;
VALOR ha: R$72,05;
RECOMENDAÇÃO DE DOSE: 2,5 Kg/ha.MANEJO DE
DESSECAÇÃO:
PÉ-DE-GALINHA
E VASSOURINHA
VALOR: R$ 170,00/L;
VALOR ha: R$ 12,10;
RECOMENDAÇÃO: 100mL/ha.
VALOR: R$ 84,15.
43
KIOJIN
VALOR: R$ 485,00;
VALOR ha: R$ 169,75;
RECOMENDAÇÃO: 350mL/ha.
MANEJO DE
PRÉ-EMERGENTE:
PÉ-DE-GALINHA
E VASSOURINHA
44
ADENGO
VALOR: R$ 590,00 L;
VALOR ha: R$ 147,50;
RECOMENDAÇÃO: 250 mL/ha.
MANEJO DE
PRÉ-EMERGENTE:
PÉ-DE-GALINHA
E VASSOURINHA
45
GLUFOSINATO(SEQUENCIAL DA DESSECAÇÃO)
+ DUAL GOLD
VALOR: R$ 50,62/L;
VALOR ha: R$ 60,74;
RECOMENDAÇÃO: 1,2L/ha.
VALOR: R$ 21,50/L;
VALOR ha: R$ 64,50;
RECOMENDAÇÃO: 3L/ha.
MANEJO DE
PRÉ-EMERGENTE:
PÉ-DE-GALINHA
E VASSOURINHA
VALOR: R$ 125,24.
46
VALOR: R$ 21,50/L;
VALOR ha: R$ 64,50;
RECOMENDAÇÃO: 3L/ha.
MANEJO DE
PÓS-EMERGENTE:
PÉ-DE-GALINHA
E VASSOURINHA
VALOR: R$ 136,55.
GLIFOSATO + GLUFOSINATO
SEQUENCIAL DE TERBUTILAZINA + TOLPIRALATE
VALOR: R$ 28,82 a 32,00/kg;
VALOR ha: R$72,05;
RECOMENDAÇÃO DE DOSE: 2,5 Kg/ha.
47
MANEJO DE
PÓS-EMERGENTE:
PÉ-DE-GALINHA
E VASSOURINHA
GLIFOSATO + GLUFOSINATO
SEQUENCIAL DE TERBUTILAZINA + TOLPIRALATE
VALOR: R$ 150,00/L;
VALOR ha: R$ 210,00;
RECOMENDAÇÃO: 1,4L/ha.
48
MANEJO DE
PÓS-EMERGENTE:
PÉ-DE-GALINHA
E VASSOURINHA
TEMBOTRIONA
SEQUENCIAL DE GLIFOSATO
VALOR: R$ 607,08/L
VALOR ha: R$ 145,69;
RECOMENDAÇÃO: 240mL/ha.
VALOR: R$ 28,82 a 32,00/kg;
VALOR ha: R$72,05;
RECOMENDAÇÃO DE DOSE: 2,5 Kg/ha.
49
PÓS-EMERGENTE
•Multiespigamento, greensnap,
falha de polinização e despadrão
do estilo-estigma com pendão.
PRECOCE TARDIO
Aplicação VE até V5
Aplicação depois de V5
•É mais recomendada pois
as plantas daninhas estão
em estádios iniciais;
•Milho fica mais suscetível a
fitotoxidez.
52
Fonte: Blog Aegro, 2021. Elaborado por: MikaelaTavares, 2024.
RESISTÊNCIA CRUZADA
Quando um biótipo é resistente a dois ou mais
herbicidas de diferentes grupos químicos
pertencentes ao mesmo mecanismo de ação.
•Exemplo: Capim-amargoso (Digitaria insularis).
Apresenta resistência aos inibidores da
ACCase(haloxifopee cletodim).
53
Fonte: MaisSoja, 2022. Elaborado por: MikaelaTavares, 2024.
RESISTÊNCIA MÚLTIPLA
•Exemplo: Buva(Conyzabonariensis).
Apresenta resistência aos inibidores da ALS
+ inibidores EPSPse aos mimetizadoresde
auxina (clorimurom, glifosato e 2,4 -D).
Quando um biótipo possui a capacidade de
sobreviver a dois ou mais herbicidas, de
diferentes mecanismos de ação.
54
Fonte: Syngenta, 2021. Elaborado por: MikaelaTavares, 2024.
RESISTÊNCIA SIMPLES
Quando um biótipo é resistente apenas a um
grupo químico.
•Atualmente no Cerrado não há nenhuma
planta daninha com resistência simples, se
evoluíram para resistência múltipla ou
cruzada.
55
BIOTECNOLOGIAS
Fonte: Matheus Caetano, 2025.
56
POWERCORE
ULTRA ENLIST
ENLIST
ROUNDUP
READY
CONVENCIONAL
GLIFOSATO GLUFOSINATO HALOXIFOPE
Elaborado por: Maria Eduarda Silvério, 2025.
BIOTECNOLOGIAS
Tabela 1. Biotecnologias no mercado que auxiliam no manejo de plantas daninhas.
57
Fonte: Maria Eduarda Silvério, 2025.
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