MODULO 2. AULA 4 PARTE 1 CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS ALIMENTOS UTILIZADOS PARA RUMINANTES.pptx

dallasantarithadekas 18 views 80 slides Sep 10, 2025
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PRINCIPAIS ALIMENTOS PARA RUMINANTES


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CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS ALIMENTOS UTILIZADOS PARA RUMINANTES

O QUE É BROMATOLOGIA

COMPOSIÇÃO BROMATOLÓGICA As diferenças entre a composição química de diferentes forrageiras e entre forrageiras em diferentes idades de corte. BROMATO = ALIMENTO LOGOS = ESTUDO ESTUDO DOS ALIMENTOS

IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO ANIMAL Ela se expressa de quatro maneiras: Como fator de exaltação de capacidade produtiva dos animais; a potencialidade genética só aparece na sua plenitude se for dada ao animal toda a condição favorável, especialmente alimentação. Como fator indireto de melhoramento animal; evidentemente ao se dar oportunidade ao animal, através da alimentação, de mostrar o que ele pode produzir, automaticamente está sendo dada a oportunidade de ser escolhido para participar do processo de reprodução e de participar na formação e melhoramento da descendência.

IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO ANIMAL 3. Como fator sanitário e de prevenção de enfermidades; é bastante claro que um animal bem nutrido oferecerá maior resistência à incidência de doenças, o que vem a se refletir na produtividade. 4. Como fator econômico da produção zootécnica; o aspecto econômico em zootecnia não pode ser descurado. Há necessidade de se estabelecer um equilíbrio econômico desejável entre alimentação e custo.

INTRODUÇÃO É importante que o nutricionista saiba classificar os alimentos para que possa utiliza-los racional e adequadamente. Assim, ele poderá elaborar dietas nutricionalmente equilibradas que resultarão em desempenhos animais satisfatórios. Os alimentos são classificados de acordo com os seus conteúdos de fibra bruta e de outros nutrientes, em cinco grandes grupos:

Grupo Descrição Exemplos 1. Volumosos Secos Alimentos com alta fibra bruta (>18%) , baixa umidade; usados como base da dieta. Fenos, palhadas, cana-de-açúcar seca 2. Volumosos Suculentos Alta fibra, porém com muita umidade (50-70%) . Silagens (milho, sorgo, capiaçu ), capins verdes 3. Concentrados Energéticos Baixa fibra ( <18% FB ) e alta energia; pobres em proteína. Milho, sorgo, cevada, mandioca 4. Concentrados Proteicos Teor de proteína bruta >20% ; usados para complementar a dieta. Farelo de soja, farelo de algodão, ureia pecuária 5. Minerais e Vitaminas Fornecem minerais e vitaminas essenciais; sem valor energético. Sal mineral, fosfato bicálcico, premixes

1. ALIMENTOS VOLUMOSOS São os que contêm mais de 18% de fibra bruta (FB) na matéria seca e englobam forrageiras secas e grosseiras (fenos e palhas), pastagens cultivadas, pastos nativos, forrageiras verdes e silagens. ALIMENTOS COM MUITA FIBRA !!!

VOLUMOSOS • Alto teor de fibra (FDN > 18%) • Baixo teor energético por kg de matéria seca • Ex.: Pastagens, silagem de milho, silagem de capiaçu, feno de alfafa

2.ALIMENTOS CONCENTRADOS São os que possuem menos de 18% de fibra bruta (FB) e podem ser divididos em: concentrados energéticos: contêm menos de 20% de proteína bruta (PB). Como exemplo, têm-se: milho, sorgo, trigo, aveia, cevada, frutas, nozes e algumas raízes; concentrados proteicos: contêm mais de 20% de PB e têm-se como exemplo os farelos de soja, de amendoim, de girassol, de algodão, glúten de milho e alguns subprodutos de origem animal, tais como a farinha de peixe.

CONCENTRADOS ENERGÉTICOS • Energia alta, PB < 20% • Função: fornecer energia (carboidratos) • Ex.: Milho, sorgo, cevada, polpa cítrica

CONCENTRADOS PROTEICOS • PB > 20% • Suprir aminoácidos para crescimento e produção • Ex.: Farelo de soja, farelo de algodão, ureia pecuária

Minerais e Vitaminas • Minerais : sal mineralizado , fosfato bicálcico , calcário calcítico • Vitaminas : A, D, E ( importantes em confinamento ou seca )

4. SUPLEMENTOS VITAMÍNICOS Constituem misturas de vitaminas que são adicionadas às rações para complementar as deficiências dos alimentos

3. SUPLEMENTOS MINERAIS São fontes de macronutrientes, como cálcio (Ca), fósforo (P), potássio (K), cloro (Cl), sódio (Na) e magnésio (Mg), que são expressos em percentagem E de micronutrientes, como cobalto (Co), cobre (Cu), ferro (Fe), iodo (I) selênio (Se) e zinco (Zn), que são expressos em parte por milhão ( ppm ) ou miligrama por quilograma (mg/kg).

Aditivos • Melhoram desempenho e saúde ruminal • Ex.: Ionóforos , probióticos , enzimas , tamponantes Esses aditivos são amplamente utilizados para aumentar os ganhos e reduzir custos na produção de ruminantes, mas é importante considerar as regulamentações e os efeitos potenciais sobre a saúde animal. 

VARIAÇÕES NAS COMPOSIÇÕES DOS ALIMENTOS Podem ocorrer grandes variações nas composições dos alimentos devido a fatores, tais como: 6.1. Cultivares (variedades) Pode-se tomar a planta de sorgo como exemplo. Existem cultivares com e sem tanino , outros com açúcares no colmo, enquanto muitos não os possuem. Da mesma maneira, a colza apresenta variedades com diferentes porcentagens de princípios goitrogênicos , e a mandioca apresenta cultivares com e sem ácido cianídrico, dentre outros.

TANINOS Ganho de peso Qualidade da carne Melhoria na produção e na qualidade do leite Maior produção de lã Potencial anti-helmíntico

6.2. Armazenamento As condições de armazenamento podem modificar a composição dos alimentos. Fenos armazenados ao sol perdem mais β-caroteno que os armazenados em condições adequadas. Misturas minerais armazenadas sob condições inadequadas (exposição ao ar, ao sol, à umidade) podem sofrer alterações nas suas composições pela ocorrência de reações químicas. 6.3. Condições do solo As forrageiras podem apresentar diferentes composições de oxalato de acordo com o local em que são plantadas. Alguns cultivares de mandioca podem ter sua toxidez alterada em função dos locais onde são cultivados. 6.4. Teor de água A quantidade de água presente nos alimentos alterará a relação e a proporção entre os outros nutrientes. Por exemplo, o milho úmido tem menor concentração energética por unidade de peso que o mesmo milho seco

6.5. Condições de processamento As condições de processamento podem alterar a composição dos alimentos. As temperaturas de secagem e/ou de cocção podem danificar a lisina (aminoácido essencial) de muitos alimentos, tais como do farelo de soja e farinhas de origem animal. O método de processamento pode alterar a concentração energética do farelo de algodão, (torta gorda versus torta em que o óleo foi extraído por solventes). Nos subprodutos de origem vegetal, a inclusão de cascas, geralmente em níveis superiores aos permitidos pelo Ministério da Agricultura, provoca grandes alterações na composição desses alimentos, que geralmente apresentam menores valores nutritivos. Para a formulação de dietas bem equilibradas, deve-se, sempre que possível, mandar analisar os alimentos que serão utilizados no balanceamento. Dessa forma, as dietas apresentar-se-ão o mais próximo possível das necessidades da categoria animal em questão e refletirão em desempenhos satisfatórios.

CANA-DE-AÇÚCAR NA ALIMENTAÇÃO DE GADO DE LEITE O fato de atingir o máximo valor nutritivo durante o período seco do ano, quando a disponibilidade de forragem é baixa, tem impulsionado sua divulgação como forrageira adequada para cultivo em fazendas que utilizam pastagens e que visam minimizar o uso de tempo e capital em práticas de ensilagem.

A variedade de cana IAC86-2480 apresenta as seguintes características Altos teores de açúcares; Baixa FDN; Boa conversão alimentar; Boa produtividade agrícola; Longevidade de socas; Porte ereto; Despalha espontânea; Uniformidade de altura e diâmetro de colmos; Maior rendimento de corte.

COMPOSIÇÃO BROMATOLÓGICA A cana-de-açúcar, como alimento básico para ruminantes, apresenta limitações de ordem nutricional, devido aos baixos teores de proteína, minerais e ao alto teor de fibra de baixa degradação ruminal (Leng, 1988).

Na Tabela 1, encontra-se a composição bromatológica da cana-de-açúcar, em porcentagem da matéria seca

MILHETO Cultivo depende de pouca quantidade de insumos, reduzindo diretamente o custo de produção

MILHETO Época do plantio: A melhor época para realizar o plantio é no início do período de chuvas.

MILHETO Quando é dado no cocho, a colheita precisa ser realizada na época do emborrachamento à do florescimento Já quando é para ensilagem, a melhor estação para se colher é quando se percebe que os grãos estão pastosos. 

UTILIZAÇÃO DE GRÃO DE MILHETO

CASCA DE SOJA Classificada como coproduto energético. Casca de soja nada mais é do que uma fina camada fibrosa que recobre o grão, sendo obtida após o processamento industrial da soja para produção do farelo “high pro” (farelo com alta proteína, tipo exportação). Permite substituir os grãos mais utilizados na produção animal, como milho e o sorgo.

Composição

Figura 1. Casca de soja peletizada e normal. Quanto menor o teor de proteína bruta do farelo, menor será a quantidade de cascas produzidas, não sendo todas as indústrias de óleo de soja que são fornecedoras de cascas de soja .

CASCA DE SOJA Fibra em detergente neutro (FDN) 70% MS total 95% desse FDN apresenta potencial de ser aproveitado, uma vez que é composto por elevadas quantidades de hemicelulose e celulose e ao baixo conteúdo de lignina (aproximadamente 2,0%)

CASCA DE SOJA Apesar destas características, a casca de soja não deve ser utilizada como exclusiva fonte de volumoso nas dietas, uma vez que sua efetividade ruminal é inferior as fibras de volumosos. Quando analisada a fração de carboidratos solúveis, rapidamente fermentáveis no  rumen 62% destes são pectina, componente este que tem alta digestibilidade ruminal como o amido (WAHLBERG, 2009).

CASCA DE SOJA Como outros coprodutos que são utilizados em substituição aos grãos na produção animal, os níveis de inclusão ou substituição de  casca de soja  nas dietas dependem de fatores como: tipo de dieta, categoria animal, nível de concentrado e volumoso das dietas.

Sorgo ( Sorghum bicolor L. Moench ) Pode ser fornecido aos animais na forma de forragem, silagem e grãos. O grão de sorgo apresenta composição semelhante à do milho, com menor teor de energia e maior de proteína, em que o teor de proteína bruta varia de 9 a 13%, dependendo da variedade, e contém menor teor de caroteno. Além disso, é deficiente em pigmentos xantofílicos , e pobre em isoleucina e leucina em relação ao milho

Sorgo ( Sorghum bicolor L. Moench ) O grão de sorgo, destinado ao consumo animal, deve ser isento de fungos, micotoxinas, sementes tóxicas, pesticidas, e conter no máximo 1% de taninos, expressos em ácido tânico.

Sorgo ( Sorghum bicolor L. Moench ) Deve ser fornecido triturado ou moído por causa da baixa digestibilidade do grão inteiro (LANA, 2000). Um dos grandes pretextos para o uso do sorgo em substituição seria o baixo custo do produto. O grão contém composição semelhante à do milho, com pouco menos de energia e pouco mais de proteína, que varia de 9 a 13%, dependendo da variedade.

Sorgo ( Sorghum bicolor L. Moench ) Menor valor nutritivo em relação à silagem de milho, principalmente se colhida quando o grão passa do ponto ideal (entre a fase leitosa e farinácea) Menor poder de mastigação (grão menor se comparado ao milho). Grão Pode substituir todo milho para vacas leiteiras, desde que moídos. • Reduz eficiência de utilização em 10%, devido ao tanino.

Comparação entre grãos de milho e sorgo Semelhante ao milho na composição e valor nutritivo (90 a 95% do milho). Mais pobre em gordura e energia metabolizável. 90 a 95% da energia do milho. Níveis de vitaminas do complexo B semelhantes. Tende a apresentar maior conteúdo de PB. Disponibilidade de aminoácidos menor (88,9%) e o milho (94%).

Comparação entre grãos de milho e sorgo Menor digestibilidade. Menor quantidade de ácido linoleico. CUSTO REDUZIDO (É mais barato). Ricos em energia (EE 3,6%). Triglicerídeos, AG e fosfolipídeos. Amido é o principal glicídio (65 a 75% grãos). A porcentagem de PB é bastante variável, 8 a 18%. Coloração do grão: branca, creme, marrom e vermelha.

Desvantagens do uso do sorgo Limitante em lisina, treonina e metionina. Grão é muito pequeno e a casca é dura e indigestível. Não contém pigmentos (caroteno e xantofila). Grande perda, quando da moagem, em decorrência da grande quantidade de pó. Produção de compostos fenólicos: tanino.

Comparação entre grãos de milho e sorgo Palatabilidade : adstringente, amargo. Digestibilidade : complexa com proteína (aminoácidos nas fezes). CHO impede ataque enzimático. Coloração : escura. Vantagens agronômicas : resistência e proteção.

Mandioca ( Manihot esculenta Crantz ) O valor nutritivo do farelo de ramas e hastes desidratadas se aproxima à da alfafa. Pode ser oferecida na forma de planta inteira ou só a raiz picada e secada na forma de raspas, além do uso na forma de farelos e farinhas Todas as plantas apresentam princípio tóxico, devido à presença de glicosídeos cianogênicos conhecidos como Linamarina e Lotaustralina

Mandioca ( Manihot esculenta Crantz ) Adose letal de HCN é de 1 mg kg/PV. Estes efeitos tóxicos podem ser evitados pela desidratação da mandioca, que consiste em picá-la e deixá-la espalhada ao ar livre por 24/72 horas; Fervura (5-15 minutos – redução de 83% na toxidez); Ensilagem ou fermentação (redução de 70-80%); torrefação (farinhas, redução de 100%); Maceração; Embebição em água; ou combinação destes processos.

Mandioca ( Manihot esculenta Crantz ) A raiz fresca é recomendada de 2 a 3% do peso do animal/dia. A raspa de mandioca moída não tem caroteno e é deficiente em proteína, metionina e pigmentantes (LANA, 2000). Com isso, recomenda-se ignorar a proteína como fonte de aminoácidos. Como fonte de energia, seu uso é significante, pois apresenta elevada concentração de amido (65-75%), com baixa amilose, o que acarreta uma melhora na digestão, principalmente, a farinha integral.

Mandioca ( Manihot esculenta Crantz ) A raspa possui ainda poder aglutinante, facilitando o processamento de rações (extrusão e peletização).

Mandioca ( Manihot esculenta Crantz )

Farelo de Soja O farelo de soja é um dos ingredientes proteicos mais utilizados na nutrição de ruminantes. Subproduto da extração de óleo da soja. Excelente fonte de proteína de alta qualidade e aminoácidos essenciais. Amplamente utilizado em sistemas de recria, crescimento e terminação

Principais Características I ngrediente de alta digestibilidade . Rico em proteína bruta (~44 a 48%). Boa fonte de energia (carboidratos não fibrosos). Contém aminoácidos como lisina e metionina. Favorece ganho de peso e produção de leite

Composição Nutricional (Valores Médios) Nutriente Teor (%) Proteína Bruta (PB) 44 – 48% Extrato Etéreo (EE) 1,5 – 2% Fibra Bruta (FB) 6 – 7% NDT (Energia) ~84% Matéria Mineral (MM) 6 – 7% Cálcio 0,3% Fósforo 0,65%

Armazenamento Correto Local seco, ventilado e protegido de pragas . Umidade abaixo de 13% para evitar fungos. Utilizar silos, bags ou sacarias bem fechadas. Manter longe da luz solar direta e calor. Rotação de estoque ( PEPS – Primeiro que Entra, Primeiro que Sai )

Vantagens do Farelo de Soja Alta disponibilidade e custo competitivo. Boa palatabilidade. Alta degradabilidade no rúmen, favorecendo crescimento microbiano. Pode ser utilizado em todas as fases produtivas.

O farelo de soja é insubstituível em muitos sistemas devido ao alto teor proteico . É um ingrediente estratégico para dietas de alta performance . A correta armazenagem e manejo garante qualidade nutricional. Sempre formular com acompanhamento de um profissional zootecnista .

Exemplo de Formulação de Ração para Bovinos de Corte em Confinamento Objetivo: Ganho de 1,2 kg/dia em animais de 400 kg. Ingrediente % na Ração Total Silagem de Milho 40% Milho Moído 35% Farelo de Soja 15% Núcleo Mineral 2% Casca de Soja 8%

Milho Moído na Nutrição de Ruminantes O milho moído é a principal fonte de energia utilizada na alimentação de ruminantes. Fornece amido de alta digestibilidade no rúmen e intestino. Amplamente utilizado em dietas de crescimento, terminação e produção de leite . Ingrediente estratégico para ganhos de peso, acabamento de carcaça e aumento da produção.

Principais Características Rico em energia (NDT ~85-90%) . Baixo teor de proteína (8-9%) → precisa de suplemento proteico. Boa aceitação pelos animais. Pode ser fornecido inteiro, quebrado ou moído (melhora digestibilidade). Moagem ajusta a velocidade de fermentação ruminal .

Composição Nutricional (Valores Médios) Nutriente Teor (%) Proteína Bruta (PB) 8 – 9% Extrato Etéreo (EE) 3 – 4% Fibra Bruta (FB) 2 – 3% NDT (Energia) 85 – 90% Matéria Mineral (MM) 1,3% Cálcio 0,03% Fósforo 0,3%

Armazenamento Correto Local seco, arejado, sem incidência de sol ou umidade. Umidade do milho ≤ 13% para evitar fungos e micotoxinas. Utilizar silos, bags ou armazéns limpos e higienizados. Fazer controle de pragas (carunchos, roedores). Respeitar PEPS – Primeiro que Entra, Primeiro que Sai .

Vantagens do Milho Moído Alta densidade energética , essencial em dietas de alto desempenho. Favorece acabamento de carcaça e produção de leite. Fácil aquisição e grande disponibilidade. Possibilita diferentes formas de processamento (grão úmido, moído fino/grosso, floculado).

" Farelo de Soja x Milho Moído: Estratégias para Nutrição de Ruminantes" INGREDIENTE % NA RAÇÃO TOTAL Silagem de Capiaçu 40% Milho Moído 45% Farelo de Soja 10% Núcleo Mineral 2% Casca de Soja 3%

O milho moído é o principal ingrediente energético para ruminantes. Requer armazenamento correto para evitar perdas e contaminações. Sua inclusão deve ser equilibrada para prevenir distúrbios ruminais (ex.: acidose).

Farelo de Soja (15%) : Fonte principal de proteína de alta qualidade , essencial para crescimento muscular e desenvolvimento do animal. Milho Moído (35%) : Fornece energia via amido, permitindo ganho de peso. Silagem de Milho (40%) : Base volumosa da dieta, garante fibra para boa fermentação ruminal. Casca de Soja (8%) : Ingrediente fibroso que aumenta a digestibilidade da dieta. Núcleo Mineral (2%) : Suplementa minerais e vitaminas, corrigindo deficiências. Objetivo da Dieta: Atender exigências de proteína com destaque ao farelo de soja, favorecendo ganho de peso e crescimento em recria e terminação.

Milho Moído (45%) : Principal fonte de energia . Ideal para dietas de engorda rápida e acabamento de carcaça. Farelo de Soja (10%) : Complementa a proteína da dieta, mas com menor inclusão que na primeira formulação. Silagem de Capiaçu (40%) : Base volumosa com boa fibra e energia. Casca de Soja (3%) : Fonte adicional de fibra digestível. Núcleo Mineral (2%) : Essencial para manter equilíbrio mineral. Objetivo da Dieta: Maximizar energia para animais em confinamento com foco em terminação rápida , utilizando alto nível de milho moído.

Dieta com Farelo de Soja X Dieta com Milho Moído Aspecto Dieta com Farelo de Soja Dieta com Milho Moído Foco Principal Proteína Energia Fase mais indicada Recria e Crescimento Terminação Intensiva Teor de Farelo de Soja 15% 10% Teor de Milho Moído 35% 45% Função Principal Ganho muscular, crescimento Engorda, acabamento de carcaça Risco se mal balanceada Excesso de proteína Acidose ruminal

Farelo de Soja é essencial para suprir proteína da dieta, estimulando crescimento e bom desenvolvimento muscular. Milho Moído é estratégico para fornecer energia e acelerar ganho de peso, sendo indispensável na fase de terminação. A escolha do nível de cada ingrediente depende da fase de produção , peso do animal, custo dos insumos e objetivo final (crescimento ou acabam e nto).

Aspecto Dieta com Ênfase no Farelo de Soja Foco Principal Proteína de alta qualidade Teor de Farelo de Soja 15% Teor de Milho Moído 35% Volumoso Base Silagem de milho Função Principal Ganho muscular, crescimento Indicação de Uso Recria, crescimento Risco se mal balanceada Excesso de proteína Dieta com Ênfase no Milho Moído Energia de rápida fermentação 10% 45% Silagem de capiaçu Terminação rápida, acabamento de carcaça Confinamento, engorda intensiva Acidose ruminal

Aspecto Dieta com Ênfase no Farelo de Soja Dieta com Ênfase no Milho Moído Foco Principal Proteína : a dieta prioriza alto teor proteico para desenvolvimento muscular e ganho de massa corporal magra. Energia : busca fornecer calorias suficientes para engorda rápida e acabamento de carcaça. Fase mais indicada Recria e Crescimento : animais em fase de crescimento demandam proteína para formação de músculos e tecidos. Terminação Intensiva : animais prontos para abate precisam mais energia que proteína para ganhar peso rapidamente. Teor de Farelo de Soja 15%: alto nível para atender exigências proteicas. 10%: menor inclusão porque a prioridade é energia, não proteína. Teor de Milho Moído 35%: energia moderada, combinada com proteína. 45%: maior inclusão para fornecer energia rápida e concentrada. Função Principal Crescimento estrutural e ganho muscular equilibrado. Engorda rápida, acabamento de gordura na carcaça, aumento de peso final. Risco se mal balanceada Excesso de proteína pode aumentar custo e sobrecarregar metabolismo. Excesso de amido pode levar a acidose ruminal e problemas digestivos.

A dieta com farelo de soja é voltada para crescimento estrutural: ela ajuda animais em recria a formar músculos e ossos de forma eficiente. A dieta com milho moído foca em fornecer calorias para terminação, ajudando no acabamento de carcaça e ganho de peso em curto prazo. FOCO DA DIETA

Fase de Uso Em recria , o animal ainda não tem tamanho final. Por isso, a proteína é o nutriente mais importante. Em terminação , a prioridade é energia para engorda rápida e acabamento, e por isso o milho moído domina a formulação.

Função da Dieta A dieta proteica (mais farelo de soja) é construtiva : ideal para desenvolvimento. A dieta energética (mais milho) é finalizadora : promove peso final, acabamento e rendimento de carcaça.

Riscos de Desequilíbrio Dieta proteica em excesso: custo alto, perda de eficiência, sobrecarga hepática. Dieta energética em excesso: risco de acidose ruminal , laminite , queda na ingestão se não houver fibra efetiva. Farelo de soja = “músculo e crescimento”. Milho moído = “energia e acabamento”. Em ambos os casos, a fibra (silagem, casca de soja) e o núcleo mineral garantem saúde ruminal e equilíbrio nutricional.