MONTE DAS OLIVEIRAS - GEOGRAFIA BÍBLICA

MenezesScribe1 128 views 179 slides May 31, 2024
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About This Presentation

Em maio de 2023 pisei no monte das Oliveiras. O que dizer do Monte das Oliveiras??? Aqui Jesus teve vivencias incríveis, do monte das Oliveiras Jesus orou com grande agonia, local que foi construído a igreja de Todas as Nações. Daqui ele subiu aos céus. No Monte das Oliveiras está o túmulo de...


Slide Content

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 2 ]
FINALIDADE DESTA OBRA
Este livro como os demais por mim publicados
tem o intuito de levar os homens a se tornarem melhores,
a amar a Deus acima de tudo e ao próximo com a si
mesmo. Minhas obras não têm a finalidade de
entretenimento, mas de provocar a reflexão sobre a nossa
existência. Em Deus há resposta para tudo, mas a
caminhada para o conhecimento é gradual e não
alcançaremos respostas para tudo, porque nossa mente
não tem espaço livre suficiente para suportar. Mas neste
livro você encontrará algumas respostas para alguns dos
dilemas de nossa existência.
AUTOR: O PEREGRINO CRISTÃO é licenciado em
Ciências Biológicas e História pela Universidade Metropolitana de
Santos; possui curso superior em Gestão de Empresas pela
UNIMONTE de Santos; é Bacharel em Teologia pela Faculdade das
Assembléias de Deus de Santos; tem formação Técnica em Polícia
Judiciária pela USP e dois diplomas de Harvard University dos EUA
sobre Epístolas Paulinas e Manuscritos da Idade Média. Radialista
profissional pelo SENAC de Santos, reconhecido pelo Ministério do
Trabalho. Nasceu em Itabaiana/SE, em 1969. Em 1990 fundou o
Centro de Evangelismo Universal; hoje se dedica a escrever livros e
ao ministério de intercessão. Não tendo interesse em dar palestras ou
participar de eventos, evitando convívio social.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 3 ]
CONTRIBUIÇÃO PARA ESTA MISSÃO
Esta versão do meu livro está disponível gratuitamente na
internet. Se você a leu, gostou e lhe edificou, peço que faça uma
doação ao meu ministério fazendo um pix, nem que seja de
um dólar [ou cinco reais BR],
assim continuaremos produzindo livros que edifiquem:
PIX
Valdemir Mota de Menezes,
Banco do Brasil
CPF 069 925 388 88
Este material literário do autor não tem fins lucrativos,
nem lhe gera quaisquer tipos de receita. Sua satisfação consiste
em contribuir para o bem da educação uma melhor qualidade de
vida para todos os homens e seres vivos, e para glorificar o
único Deus Todo-Poderoso.
OBRIGADO PELA COLABORAÇÃO!

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[ 4 ]
CONTATO:
Whatsapp Central de Ensinos Bíblicos com
áudios, palestras e textos do Escriba de Cristo
Grupo de estudo no whatsapp
55 13 996220766 com o Escriba de Cristo
E-MAIL: [email protected]

Dados Internacionais da Catalogação na Publicação (CIP)


M543 O PEREGRINO CRISTÃO , Central de
Ensinos Bíblicos 1969 –

MONTE DAS OLIVEIRAS

Jerusalém, Livrorama
Bibliomundi, Amazon.com, 2024, 178 p. ; 21 cm

ISBN: 979-8883093745 Edição 1°

1. Igreja de Todas as Nações 2. Capela da Ascenção
3. Monte das Oliveiras 4. Igreja de Maria Madalena
5. Hospital Augusto Vitoria
CDD 220

CDU 22

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 5 ]
Sumário
INTRODUÇÃO ...................................................................... 8
ORIGEM DO NOME .......................................................... 15
CEMITÉRIO JUDAICO ...................................................... 16
História .................................................................................. 20
Domínio jordaniano .............................................................. 21
Domínio israelense ................................................................ 22
Sepulturas notáveis ................................................................ 24
VIDA DE JESUS ................................................................... 25
TURISMO ............................................................................. 25
Geografia e geologia .............................................................. 25
História .................................................................................. 27
STATUS DESDE 1948 .......................................................... 28
STATUS SOB O ESTADO DE ISRAEL .............................. 30
Referências no Antigo Testamento ....................................... 31
Apocalipse, ressurreição e sepultamentos ............................ 32
Referências do Novo Testamento ......................................... 33

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 6 ]
Referências gnósticas ............................................................ 34
Marcos ................................................................................... 34
Hospital Augusta Vitória ...................................................... 36
História .................................................................................. 39
Hoje ....................................................................................... 44
Tumba de Absalão ................................................................ 47
Descrição ............................................................................... 48
Atribuição tradicional ............................................................ 53
Característica moderna ......................................................... 54
Caverna de Josafá .................................................................. 54
Inscrições bizantinas ............................................................. 55
Lendas ................................................................................... 56
Igreja de Maria Madalena ..................................................... 57
História .................................................................................. 59
Dedicatória ............................................................................ 59
Enterros ................................................................................. 59
Princesa Alice de Battenberg ................................................ 60

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 7 ]
Igreja de Todas as Nações .................................................... 61
História .................................................................................. 62
Use por outras denominações ............................................... 65
Projeto e construção .............................................................. 66
Hotel Sete Arcos .................................................................... 68
História .................................................................................. 69
Hoje ....................................................................................... 70
Túmulo de Zacarias .............................................................. 70
UNIVERSIDADE MÓRMON ............................................. 75
Tumba dos Profetas .............................................................. 85
Capela da Ascensão ............................................................... 91
História .................................................................................. 92
Descrição da capela ............................................................... 98
Necrópole de Silwan ........................................................... 102
AS SETE COLINAS .................................................................. 108
O Monte das Oliveiras e a Bíblia ........................................... 110
Túmulo da Virgem Maria ...................................................... 112

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[ 8 ]
História e arqueologia ........................................................... 115
Autenticidade ........................................................................ 121
Jardim do Getsêmani ........................................................... 123
At-Tur – bairro Árabe ........................................................... 132
IGREJA DO PATER NOSTER ................................................... 139
APÊNDICE ............................................................................. 152
1 – ESTUDO GENÉTICO DE OLIVEIRAS DO JARDIM DO
GETSÊMANI .......................................................................... 152



INTRODUÇÃO

Em maio de 2023 pisei no monte das Oliveiras. O
que dizer do Monte das Oliveiras??? Aqui Jesus teve
vivencias incríveis, do monte das Oliveiras Jesus orou
com grande agonia, local que foi construído a igreja de
Todas as Nações. Daqui ele subiu aos céus. No Monte
das Oliveiras está o túmulo de Zacarias. Aqui, a Igreja
Mórmon construiu uma importante Universidade. No

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 9 ]
monte das Oliveiras se localiza o famoso hotel Sete
Arcos, como também está o túmulo de Maria, segundo
uma tradição. Aqui está a necrópole de Silwan. No monte
das Oliveiras se localiza a caverna de Josafá, e por aqui
tem inscrições da época bizantina, o jardim do
Getsêmani, o bairro At-tur. A igreja do Pater Noster etc.
O monte das Oliveiras já foi domínio de várias
impérios que conquistavam Israel e consequentemente o
Monte das Oliveiras, mas na história moderna foi
possessão da Jordânia, até que na Guerra dos Seis Dias,
Israel reconquistou-a. Diariamente judeus, muçulmanos e
cristãos sobem e descem o monte das Oliveiras tratando-
o como um lugar sagrado. Aqui está o cemitério mais
importante dos judeus, pois acreditam que os primeiros a
ressuscitarem se levantarão do gigantesco cemitério
judaico que fica aqui.

VISTA PANORÂMICA

A sequencia de fotos que eu inseri adiante neste
capítulo é sem dúvida uma das coisas mais lindas que os
meus olhos viram na terra. Poder olhar para Jerusalém do

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 10 ]
alto do monte das Oliveiras não tem preço... para as
outras coisas tem MASTERCARD... Ir a Jerusalém e não
visitar o monte das Oliveiras para dali ver as muralhas de
Jerusalém, é imperdoável.

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[ 11 ]

Do alto do monte das Oliveiras você praticamente vê dezenas de
lugares sagrados ou pontos de visitação. Daqui você vê o vale
de Cidron e o vale do Geena abaixo, você vê o cemitério judaico
e muçulmano, vê o glorioso Domo da Rocha, o túmulo de
Absalão a casa do sumo sacerdote Caifás. Em termos de visão
panorâmica, no local que eu tirei estas fotos, eu não consigo
descrever a emoção. Eu ficava imaginando quantos eventos
bíblicos ocorreram neste local que o meu campo de visão
comtemplava.

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[ 12 ]

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[ 13 ]


Cemitério do monte das Oliveiras em Jerusalém.
Dali Jesus subiu aos céus e ali retornará em glória. Os
judeus acreditam que os primeiros a ressuscitarem serão
os que estão enterrados no monte das Oliveiras. Hoje
existe mais de 150 mil sepulturas, são 3 mil anos que este
cemitério é usado.

Onde fica o Monte das Oliveiras?
O Monte das Oliveiras faz parte do que às vezes
é chamado de “as sete colinas de Jerusalém”. A cidade
de Jerusalém está, de facto, situada a cerca de 700
metros acima do nível do mar, numa região montanhosa:
de um lado, o Vale do Jordão, o Mar Morto e o Deserto da
Judeia; do outro, uma planície costeira que se estende
até às margens do Mediterrâneo. Entre os dois, uma
sucessão de morros.

As colinas de Jerusalém

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 14 ]
Elaborar uma lista exata, que chegue a consenso,
acaba por ser mais complicado ;) Na verdade, este nome
muito antigo, que estabelece um paralelo com as “sete
colinas de Roma”, é meio geográfico, meio bíblico.

Esta é uma característica de Jerusalém muito
confusa para o visitante de Israel... porque de uma
religião para outra há diferentes visões das coisas: assim,
para os muçulmanos, é ao nível da Esplanada das
Mesquitas que o profeta Maomé iria subiram ao céu
durante uma viagem noturna... enquanto para os cristãos,
Jesus subiu ao céu desde o Monte das Oliveiras, até o
local onde fica a capela da 'Ascensão, da qual falarei no
artigo.

Outro exemplo: o que chamamos de “Monte Sião”
refletiu, na verdade, diversas realidades geográficas ao
longo do tempo. Chamamos por sua vez de "Monte Sião"
o que hoje chamamos de cidade de David (sítio
arqueológico correspondente ao local onde se diz que
Jerusalém viu a luz do dia), o Monte do Templo (onde se
encontra o primeiro Templo de Jerusalém) e o atualmente
Monte Sião, ao sul da antiga cidade de Jerusalém. [18]

Onde fica o Monte das Oliveiras?

Está localizado a leste de Jerusalém e é separado
da cidade velha por um vale, o Vale do Cedron.

Quando você estiver na encosta oeste do Monte
das Oliveiras, poderá contemplar a antiga cidade de
Jerusalém que se estende à sua frente. É nesta encosta

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[ 15 ]
que encontramos mais locais de interesse para ver: todas
as igrejas de que vos vou falar, o jardim do Getsêmani, os
túmulos dos profetas, que se estendem desde o alto da
montanha até 'para o próprio Vale do Cédron. As outras
encostas do Monte das Oliveiras são essencialmente
constituídas por aldeias, como Al-Eizariya (também
conhecida como Betânia), uma aldeia árabe palestina
(aquela de onde veio "Lázaro de Betânia", ressuscitado
por Jesus, na Bíblia).

A altitude do Monte das Oliveiras mantém-se
razoável, 818 metros, assinalada no cume pela aldeia de
At-Tur.

É um cemitério extremamente antigo, já utilizado
como tal vários séculos antes de Cristo. Na altura em que
o Segundo Templo de Jerusalém ain da existia, ali
também eram organizadas cerimónias para celebrar o
início de um novo mês... e após a destruição do Templo,
os judeus continuaram a ir para lá, nomeadamente para
lamentar esta destruição. ... porque estando localizado
em frente ao local do Templo, era um local onde a sua
ausência deve ter deixado o vazio mais visível.

ORIGEM DO NOME

O Monte das Oliveiras ou Monte das Oliveiras
(hebraico: ר ַה ַה זםי ִתי, romanizado: Har ha-Zeitim; árabe: لبج
نوتيزلا, romanizado: Jabal az-Zaytūn; ambos iluminados.
'Monte das Oliveiras'; em árabe também طلارو, Aṭ-Ṭūr, 'a

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 16 ]
Montanha') é uma cordilheira a leste e adjacente à Cidade
Velha de Jerusalém. É nomeado para os olivais que
outrora cobriam suas encostas. A parte sul do monte era
a necrópole de Silwan, atribuída à elite do antigo Reino de
Judá.

Estar ao lado destas oliveiras centenárias, pisar
neste solo que Jesus tantas vezes pisou... Só quem
seguiu Jesus boa parte da vida é que pode compreender
a minha emoção neste dia.

CEMITÉRIO JUDAICO

O monte tem sido usado como cemitério judaico
por mais de 3.000 anos e possui aproximadamente
150.000 sepulturas, tornando-o central na tradição dos
cemitérios judaicos.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 17 ]


O Cemitério Judaico no Monte das Oliveiras, com
155 anos de diferença. O mapa, de 1858, considerado o
mais preciso existente na época, marca claramente as
sepulturas judaicas no canto inferior esquerdo.


Cemitério Judaico Monte das Oliveiras

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[ 18 ]
O Cemitério Judaico no Monte das Oliveiras, com
155 anos de diferença. O mapa, de 1858, considerado o
mais preciso existente na época, mostrando cerca de 40–
50 sepulturas judaicas (marcadas no canto inferior
esquerdo).


A foto aérea, de 2013, é tirada do sul; o número
de tumbas está agora em torno de 70.000–150.000.

O Cemitério Judaico no Monte das Oliveiras é o
cemitério judeu mais antigo e importante de Jerusalém. O
Monte das Oliveiras tem sido um local tradicional de
sepultamento hebraico/judaico desde a antiguidade, e a
parte principal do cemitério atual tem aproximadamente
cinco séculos de idade, tendo sido arrendada pela
primeira vez ao Waqf islâmico de Jerusalém no século
XVI. O cemitério contém entre 70.000 e 150.000 tumbas,
incluindo tumbas de figuras famosas do início da história
judaica moderna. É considerado o maior e mais sagrado
cemitério judeu histórico do planeta.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 19 ]

Nesta foto estou descendo o monte das Oliveiras
com o pastor Marcio ao meu lado. Vê-se os milhares de
túmulos do cemitério judaico.


É adjacente ao sítio arqueológico muito mais
antigo conhecido como necrópole de Silwan.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 20 ]
História

Século 19 – 1948

No século XIX, foi atribuído um significado
especial aos cemitérios judaicos em Jerusalém, uma vez
que foram o último ponto de encontro não só de
Jerusalém, mas também de judeus de todo o mundo. Ao
longo dos anos, muitos judeus na sua velhice vieram para
Jerusalém para viver lá o resto das suas vidas e serem
enterrados no seu solo sagrado. O desejo de ser
sepultado no Monte das Oliveiras resultou em parte das
vantagens atribuídas ao sepultamento, segundo várias
fontes.

Durante os Períodos do Primeiro e do Segundo
Templo, os judeus de Jerusalém foram enterrados em
cavernas funerárias espalhadas nas encostas do Monte, e
a partir do século XVI o cemitério começou a tomar a
forma atual.

O antigo cemitério judaico espalhava-se pelas
encostas do Monte das Oliveiras, com vista para o Vale
do Cedron (Vale de Josafá), irradiando-se da parte antiga
e inferior, que preservou os túmulos judaicos do período
do Segundo Templo; aqui houve uma tradição de enterro
ininterrupta por milhares de anos. O cemitério ficava bem
perto da Cidade Velha, e seu principal mérito era que
ficava do outro lado do Vale do Cédron, do Monte do
Templo: de acordo com um midrash, é aqui que a
Ressurreição dos Mortos começaria. O Messias

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 21 ]
aparecerá no Monte das Oliveiras e seguirá em direção
ao Monte do Templo. Como dizem os sábios: “Nos dias
que virão, os justos aparecerão e se levantarão em
Jerusalém, como está dito: “E eles brotarão da cidade
como a grama do campo” – e não há cidade além de
Jerusalém ".

Domínio jordaniano

Durante o domínio jordaniano, o cemitério judeu
sofreu danos em lápides e tumbas.

Entre 1949 e 1967, Israel acusou os jordanianos
de não protegerem o local. Já no final de 1949,
telespectadores israelenses estacionados no Monte Sião
relataram que os residentes árabes estavam arrancando
algumas lápides. Em 1954, o governo isra elense
apresentou uma queixa formal à Assembleia Geral da
ONU relativamente à destruição adicional de sepulturas e
à aragem na área. Israel também afirmou que no final da
década de 1950 o exército jordaniano usou lápides para
construir um acampamento militar nas proximidades de
al-Eizariya para pavimentar tendas e banheiros, e que
algumas lápides foram transferidas para o pátio da
Cidadela de David, onde foram destruídos e fragmentos
dos quais foram usados como marcadores para o campo
de desfile. Israel também afirmou que quando novas
estradas foram construídas - uma para o novo Hotel Inter-
Continental Jerusalém ("Sete Arcos") no topo do Monte
das Oliveiras, uma estendendo a estrada para Jericó e

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 22 ]
outra expandindo a estrada de acesso para a aldeia de
Silwan – numerosas sepulturas foram destruídas no
processo.

Pouco depois de 1967, estas reivindicações
transformaram-se numa guerra de palavras entre Zerah
Warhaftig, o Ministro israelense dos Assuntos Religiosos,
e o padre franciscano e guardião da Terra Santa, Padre
Isaias Andrés.

Domínio israelense



Tumbas judaicas no Monte das Oliveiras

Em 1992, com o sepultamento do Primeiro-
Ministro Menachem Begin no Mo nte das Oliveiras,
decidiu-se criar uma empresa de segurança dedicada ao
cemitério e aumentar a proteção dos visitantes do local.
Em 2005, intensificaram-se os atos de assédio contra os

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 23 ]
judeus e foi criada uma unidade de guarda para escolta
pessoal ou em grupo aos que se dirigiam ao cemitério.
Em 2009, carros foram atacados e muitos visitantes
ficaram feridos a caminho do cemitério. A associação
“Jerusalém para gerações” recorreu a figuras públicas,
seguida de um debate no Kness et. Em 2011, o
presidente da organização Almagor (associação de
vítimas do terrorismo) foi atacado e ferido a caminho dos
túmulos dos seus pais sobreviventes do Holocausto.
Como resultado, foi feita uma tentativa de aumentar a
consciência pública sobre este ataque e de mobilizar as
autoridades e organizações voluntárias contra ele. A
partir de 2010, o serviço de segurança e escolta pessoal é
gratuito, financiado pelo Ministério da Habitação. Até
hoje, cemitérios e tumbas permanecem em estado de
abandono. Os terrenos das sepulturas sofrem
vandalismo, incluindo a profanação de lápides e a
destruição de sepulturas. Uma série de decisões
governamentais para reabilitar partes da montanha, bem
como fundos atribuídos para manutenção e renovação,
ainda não conseguiram mudar a situação.


Panorama do Monte do Templo, visto do Monte
das Oliveiras

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 24 ]

Sepulturas notáveis

Muitos nomes famosos estão enterrados no
cemitério como o rabino Chaim ibn Attar, conhecido como
Ohr ha-Chaim, e o rabino Yehuda Alcalay que estavam
entre os arautos do sionismo ; Rebes hassídicos de várias
dinastias e rabinos de "Yishuv haYashan" (o antigo
assentamento judaico - pré-sionista) junto com o Rabino
Avraham Yitzchak Kook, o primeiro Rabino Chefe
Ashkenazi, e seu círculo; Henrietta Szold, fundadora da
organização Hadassah; o poeta Else Lasker-Schüler,
Eliezer Ben-Yehuda, o pai do hebraico moderno, Shmuel
Yosef Agnon, o Prêmio Nobel de Literatura, e Boris
Schatz, o fundador da Escola de Arte Bezalel; o sexto
primeiro-ministro de Israel, Menachem Begin; as vítimas
dos motins árabes de 1929 e da revolta árabe de 1936–
39, os mortos da Guerra Árabe-Israelense de 1948 junto
com judeus de muitas gerações em sua diversidade. [10]

A foto aérea, de 2013, é tirada do sul.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 25 ]

VIDA DE JESUS

Vários eventos importantes na vida de Jesus,
conforme relatados nos Evangelhos, ocorreram no Monte
das Oliveiras, e nos Atos dos Apóstolos é descrito como o
lugar de onde Jesus ascendeu ao céu.

TURISMO

Por causa de sua associação com Jesus e Maria,
o monte tem sido um local de adoração cristã desde os
tempos antigos e hoje é um importante local de
peregrinação para católicos, ortodoxos orientais e
protestantes.

Grande parte do topo da colina é ocupada por At-
Tur, um antigo vilarejo que hoje é um bairro de Jerusalém
Oriental.


Geografia e geologia

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 26 ]

Oliveira no Monte das Oliveiras que tem 2.000
anos.
O Monte das Oliveiras é um dos três picos de
uma cordilheira que se estende por 3,5 quilômetros (2,2
milhas) a leste da Cidade Velha, atravessando o Vale do
Cedrom, nesta área chamada Vale de Josafá. O pico ao
norte é o Monte Scopus, a 826 metros (2.710 pés),
enquanto o pico ao sul é o Monte da Corrupção, a 747 m
(2.451 pés). O ponto mais alto do Monte das Oliveiras é
At-Tur, com 818 m (2.684 pés). A cordilheira atua como
um divisor de águas e seu lado leste é o início do deserto
da Judéia.

A cordilheira é formada por rochas sedimentares
oceânicas do Cretáceo Superior e contém um giz macio e
uma pederneira dura. Embora o giz seja facilmente
extraído, não é uma força adequada para a construção e
apresenta muitas cavernas funerárias feitas pelo homem.
[1]

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 27 ]
História


Monte das Oliveiras, ano 1899

Desde os tempos bíblicos até o presente, os
judeus foram enterrados no Monte das Oliveiras. A
necrópole na cordilheira sul, local da moderna vila de
Silwan, foi o local de sepultamento dos cidadãos mais
importantes de Jerusalém no período dos reis bíblicos.

A cerimônia religiosa marcando o início de um
novo mês foi realizada no Monte das Oliveiras nos dias do
Segundo Templo. Soldados romanos da 10ª Legião
acamparam no monte durante o Cerco de Jerusalém no
ano 70 DC. Após a destruição do Segundo Templo, os
judeus celebraram o festival de Sucot no Monte das
Oliveiras. Eles faziam peregrinações ao Monte das
Oliveiras porque era 80 metros mais alto que o Monte do

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 28 ]
Templo e oferecia uma vista panorâmica do local do
Templo. Tornou-se um lugar tradicional para lamentar a
destruição do Templo, especialmente em Tisha B'Av. Em
1481, um peregrino judeu italiano, Meshullam de Volterra,
escreveu: "E toda a comunidade de judeus, todos os
anos, sobe ao Monte Sião no dia de Tisha B'Av para
jejuar e lamentar, e de lá eles descem ao longo Yoshafat
Valley e até o Monte das Oliveiras. De lá eles veem todo
o Templo (o Monte do Templo) e lá eles choram e
lamentam a destruição desta Casa." Em meados da
década de 1850, os aldeões de Silwan receberam £ 100
anualmente pelos judeus em um esforço para evitar a
profanação de sepulturas no monte.

O primeiro-ministro de Israel, Menachem Begin,
pediu para ser enterrado no Monte das Oliveiras, perto
dos túmulos dos membros do Etzel, Meir Feinstein e
Moshe Barazani, em vez do cemitério nacional do Monte
Herzl.

STATUS DESDE 1948

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 29 ]

Cemitério judaico no Monte das Oliveiras

O acordo de armistício assinado por Israel e
Jordânia após a Guerra Árabe-Israelense de 1948 exigia
o estabelecimento de um Comitê Especial para negociar
desenvolvimentos, incluindo "livre acesso aos locais
sagrados e instituições culturais e uso do cemitério no
Monte das Oliveiras". No entanto, durante os 19 anos que
durou a anexação da Cisjordânia pela Jordânia, o comitê
não foi formado. Peregrinos cristãos não-israelenses
foram autorizados a visitar o monte, mas judeus de todos
os países e a maioria dos cidadãos israelenses não-
judeus foram impedidos de entrar na Jordânia e, portanto,
não puderam viajar para a área.

No final de 1949, e durante todo o domínio
jordaniano do local, alguns residentes árabes arrancaram
lápides e araram a terra nos cemitérios, e cerca de 38.000
lápides foram danificadas no total. Durante este período,
uma estrada foi pavimentada através do cemitério, no
processo destruindo túmulos, incluindo os de pessoas
famosas. Em 1964, o Hotel Intercontinental foi construído
no cume do monte. Túmulos também foram demolidos

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 30 ]
para estacionamentos e um posto de gasolina e foram
usados em latrinas em um quartel do exército jordaniano.
As Nações Unidas não condenaram o governo jordaniano
por essas ações. [1]


STATUS SOB O ESTADO DE ISRAEL

Após a Guerra dos Seis Dias de 1967, o trabalho
de restauração foi feito e o cemitério foi reaberto para
enterros. A anexação unilateral de Jerusalém Oriental por
Israel em 1980 foi condenada como uma violação do
direito internacional e declarada nula e sem efeito pelo
Conselho de Segurança da ONU na Resolução 478 do
CSNU.

Túmulos no Cemitério Judaico Monte das
Oliveiras têm sido propensos a vandalismo, entre eles os
túmulos de Gerrer Rebe e Menachem Begin.

Em 6 de novembro de 2010, um comitê
internacional de vigilância foi criado pelos judeus da
diáspora com o objetivo de reverter a profanação do
cemitério judaico. Segundo um dos fundadores, a
iniciativa foi desencadeada ao testemunhar lápides que
foram destruídas com "o tipo de malícia que desafia a
imaginação".

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 31 ]
Referências no Antigo Testamento

Davi e Absalão

O Monte das Oliveiras é mencionado pela
primeira vez em conexão com a fuga de Davi de Absalão
(2 Samuel 15:30): "E Davi subiu a subida do Monte das
Oliveiras e chorou enquanto subia." A subida foi
provavelmente a leste da cidade de David, perto da aldeia
de Silwan.

Lugar da "Glória do Senhor"

O caráter sagrado da montanha é mencionado no
Livro de Ezequiel (11:23): "E a glória do Senhor subiu do
meio da cidade, e parou sobre a montanha que está ao
leste da cidade."

"Monte da Corrupção"

A designação bíblica Monte da Corrupção, ou em
hebraico Har HaMashchit (1 Reis 11: 7–8), deriva da
adoração de ídolos ali, iniciada pelo rei Salomão
construindo altares aos deuses de suas esposas
moabitas e amonitas no pico sul, "na montanha que está
diante (leste de) Jerusalém" (1 Reis 11:7), fora dos limites
da cidade santa. Este local era conhecido pela adoração
de ídolos durante o período do Primeiro Templo, até que
o rei de Judá, Josias, finalmente destruiu "os altos que
estavam diante de Jerusalém, à direita de Har
HaMashchit..." (2 Reis 23: 13)

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 32 ]


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Apocalipse, ressurreição e sepultamentos

Uma profecia apocalíptica no Livro de Zacarias
afirma que YHWH permanecerá no Monte das Oliveiras e
a montanha se dividirá em duas, com metade se
deslocando para o norte e a outra metade se deslocando
para o sul (Zacarias 14:4). De acordo com o Texto
Massorético, as pessoas fugirão através deste vale
recém-formado para um lugar chamado Azal (Zacarias
14:5). A Septuaginta (LXX) tem uma leitura diferente de
Zacarias 14:5 afirmando que um vale será bloqueado
como foi bloqueado durante o terremoto durante o reinado
do rei Uzias. O historiador judeu Flávio Josefo menciona
em Antiguidades dos Judeus que o vale na área dos
Jardins do Rei foi bloqueado por escombro s de
deslizamento de terra durante o terremoto de Uzias. Os
geólogos israelenses Wachs e Levitte identificaram o
remanescente de um grande deslizamento de terra no
Monte das Oliveiras, diretamente adjacente a esta área.
Com base em evidências geográficas e linguísticas,
Charles Simon Clermont-Ganneau, um linguista e
arqueólogo do século XIX na Palestina, teorizou que o
vale diretamente adjacente a este deslizamento de terra é
Azal. Esta evidência está de acordo com a leitura da LXX
de Zacarias 14:5, que afirma que o vale será bloqueado
até Azal. O vale que ele identificou (que agora é
conhecido como Wady Yasul em árabe e Nahal Etzel em

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 33 ]
hebraico) fica ao sul de Jerusalém e do Monte das
Oliveiras.

Muitos judeus queriam ser enterrados no Monte
das Oliveiras desde a antiguidade, com base na tradição
judaica (do versículo bíblico Zacarias 14:4) de que
quando o Messias vier, a ressurreição dos mortos
começará ali. Existem cerca de 150.000 sepulturas no
Monte. Rabinos notáveis enterrados no monte incluem
Chaim ibn Attar e outros desde o século XV até os dias
atuais. A tradição identifica os túmulos do período romano
no sopé do monte como os de Zacarias e Absalão, e um
complexo funerário do mesmo período na encosta
superior como o Túmulo dos Profetas Ageu, Zacarias e
Malaquias.

Referências do Novo Testamento


Flevit super illam (Ele chorou por isso); por
Enrique Simonet , 1892

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 34 ]
O Monte das Oliveiras é frequentemente
mencionado no Novo Testamento como parte da rota de
Jerusalém a Betânia e o lugar onde Jesus estava quando
chorou sobre Jerusalém (um evento conhecido como
Flevit super illam em latim).

Diz-se que Jesus passou um tempo no mon te,
ensinando e profetizando aos seus discípulos (Mateus
24–25), incluindo o discurso do Monte das Oliveiras,
retornando após cada dia para descansar (Lucas 21:37, e
João 8:1 na seção adicional do Evangelho de João
conhecido como Pericope Adulterae ), e também
chegando lá na noite de sua traição. Ao pé do Monte das
Oliveiras fica o Jardim do Getsêmani. O Novo Testamento
conta como Jesus e seus discípulos cantaram juntos -
“Depois de cantarem o hino, saíram para o Monte das
Oliveiras” Evangelho de Mateus 26:30. Jesus ascendeu
ao céu do Monte das Oliveiras de acordo com Atos 1:9–
12.

Referências gnósticas

Novamente, a história de Jesus com seus
discípulos no Monte das Oliveiras pode ser encontrada no
texto gnóstico Pistis Sophia, datado por volta do século III
ao IV dC.

Marcos

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 35 ]

Os marcos no topo do Monte das Oliveiras
incluem o Hospital Augusta Victoria com a Igreja Luterana
da Ascensão e sua enorme torre sineira de 50 metros, a
Igreja Ortodoxa Russa da Ascensão com sua torre sineira
alta e esbelta, a Mesquita ou Capela da Ascensão, a
Igreja do Pater Noster e o Hotel Sete Arcos. Na encosta
oeste estão o histórico cemitério judeu, o Túmulo dos
Profetas, a Igreja Católica de Dominus Flevit e a Igreja
Ortodoxa Russa de Maria Madalena. Ao pé do monte,
onde encontra o Vale do Cedron, está o Jardim do
Getsêmani com a Igreja de Todas as Nações. Dentro do
próprio Vale do Cedron estão o Túmulo da Virgem Maria,
a Gruta do Getsêmani, e o túmulo próximo do historiador
medieval Mujir ed-Din, e mais ao sul estão os túmulos de
Absalão (nome hebraico: Yad Avshalom), o sacerdotal
Hezir da família e de Zacarias Na margem norte do
Monte das Oliveiras fica a Universidade Mórmon com o
Jardim Memorial Orson Hyde e o assentamento judaico
de Beit Orot, na fronteira com o Vale Tzurim e o local
Mitzpe Hamasu'ot ('Beacons Lookout'), onde o Projeto de
Peneiração do Monte do Templo e instalações estão
localizadas. O que fica ao norte daqui pertence ao Monte
Scopus. Na encosta sudeste do Monte das Oliveiras fica a
aldeia árabe palestina de al-Eizariya, identificada com a
antiga aldeia de Betânia mencionada no Novo
Testamento; a pouca distância do centro da vila, em
direção ao topo do monte, encontra-se o tradicional sítio
de Betfagé, marcado por uma igreja franciscana.

A construção do Centro de Estudos do Oriente
Próximo da Universidade Brigham Young em Jerusalém,

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 36 ]
mais conhecido localmente como Universidade Mórmon,
de propriedade e operado pela Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias (SUD) perto do Vale Tzurim que
separa o Monte das Oliveiras do Monte Scopus
inicialmente gerou polêmica por causa da preocupação de
que os mórmons se envolvessem em atividade s
missionárias. Depois que os mórmons se comprometeram
a não fazer proselitismo em Israel, o trabalho na
construção foi autorizado a prosseguir. [1]

Hospital Augusta Vitória

Coordenadas : 31°47′12″N 35°14′57″E

Geografia
Localização Leste de Jerusalém
Financiamento 1910
Filiação Religiosa União Prussiana de Igrejas
Patrono Augusta Vitória de Schleswig-Holstein

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 37 ]

Estas fotos tirei enquanto subia o monte das Oliveiras no
ônibus fretado da caravana de peregrinos liderados pela
Lauf Im Tali Viagens. Na segunda foto estamos passando
em frente ao hospital Augusta Victoria.


O Complexo Augusta Victoria é um hospital
comunitário e complexo de igrejas no lado norte do Monte
das Oliveiras em Jerusalém Oriental e um dos seis
hospitais da Rede de Hospitais de Jerusalém Oriental. O
complexo foi construído entre 1907 e 1914 pela Fundação
Imperatriz Augusta Victoria como um centro para a
comunidade protestante alemã na Palestina Otomana,
além da Igreja do Redentor, um pouco mais antiga, na
Cidade Velha de Jerusalém. Além do hospital, hoje o
complexo também inclui a Igreja Protestante Alemã da
Ascensão com o campanário de 50 metros de altura,
centro de encontro para peregrinos e turistas, jardim de
infância inter-religioso e café, bem como filial de

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 38 ]
Jerusalém do Instituto Protestante A lemão de
Arqueologia.


Os ônibus de turistas estão por todos os lados em Israel,
em tempo de paz, é claro. Na segunda foto, tirei uma self
com o hospital Augusta Victoria ao fundo. Praticamente
todos os peregrinos que sobem o Monte das Oliveiras
passam em frente a este hospital.

Ao longo de grande parte da sua história, o
complexo foi usado principalmente como hospital, quer
pelos militares (durante a Primeira e Segunda Guerras
Mundiais e durante o domínio jordaniano), quer por
refugiados palestinos e pelo público em geral (de 1950
até hoje), e às vezes também como governo ou quartel-
general militar (1915–1927).

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 39 ]

Hoje, o Hospital Augusta Victoria presta cuidados
especializados a palestinianos de toda a Cisjordânia e da
Faixa de Gaza, com serviços que incluem um centro
oncológico, uma unidade de diálise e um centro
pediátrico. É o segundo maior hospital de Jerusalém
Oriental, bem como a única unidade de cuidados
especializados remanescente localizada na Cisjordânia
ou na Faixa de Gaza.

História


Vista aérea de Augusta Victoria

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 40 ]

Igreja da Ascensão, complexo Augusta Victoria

O complexo foi nomeado em homenagem a
Augusta Viktoria de Schleswig-Holstein, esposa do Kaiser
alemão Guilherme II, que visitou Jerusalém em 1898. O
arquiteto, Robert Leibnitz, inspirou-se em palácios
alemães, como o Castelo alemão Hohenzollern. O
complexo foi fotografado em detalhes em 1910, junto com
as celebrações inaugurais, por Khalil Raad, o primeiro
fotógrafo árabe da Palestina. Embora inaugurada
oficialmente em 10 de abril de 1910, a construção só foi
finalizada em 1914.

Após a visita do Kaiser em 1898, ele encomendou
a construção de uma pousada para peregrinos alemães.
Doações privadas foram coletadas em toda a Alemanha e

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 41 ]
os doadores homenageados com a Cruz do Monte das
Oliveiras. Muitos dos materiais de construção foram
importados da Alemanha. Foi construída uma torre de
igreja de 60 metros de altura com quatro sinos, o maior
deles pesando seis toneladas. Para transportar estes
sinos de Jafa, a estrada para Jerusalém teve que ser
alargada e pavimentada. A despesa foi mais que o dobro
do custo do transporte dos sinos de Hamburgo para Jaffa.
O Augusta Victoria foi o primeiro edifício do país a ter
energia elétrica, fornecida por um gerador a gasóleo.

Durante a Primeira Guerra Mundial, o Hospital
serviu como hospital militar alemão. De 1915 a 1917 o
complexo foi usado como quartel-general otomano por
Djemal Pasha. De junho a dezembro de 1917, o hospital
foi usado como quartel-general do alto comando alemão
do corpo expedicionário alemão (Asienkorps). Após a
conquista britânica, o complexo de Augusta Victoria serviu
como quartel-general da Força Expedicionária Egípcia do
General Allenby e mais tarde como quartel-general da
Administração Militar Britânica do Território Inimigo
Ocupado (Sul).

De 1920 a 1927, Augusta Victoria foi a residência
oficial do Alto Comissário Britânico do Mandato da
Palestina. Em 1927, os edifícios foram severamente
danificados por um terremoto e o telhado pontiagudo do
campanário foi reconstruído 10 metros mais curto. A sede
britânica mudou-se para Armon HaNetziv, nos arredores
de Talpiot. Em 1928, o complexo foi devolvido ao seu
proprietário alemão antes da guerra, a Fundação Kaiserin
Augusta Victoria.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 42 ]

O partido nazista realizou reuniões e assembleias
em Augusta Victoria sob a liderança de Ludwig
Buchhalter, um Templário que vivia na Colônia Alemã e
foi nomeado chefe da filial de Jerusalém do partido
nazista em 1934. Em meados da década de 1930,
quando o edifício estava prestes a reabrir como albergue
administrado por diaconisas, a administração decidiu
proibir hóspedes judeus para preservar o caráter cristão
da instituição.

Durante a Segunda Guerra Mundial, o complexo
foi novamente usado como hospital pelos britânicos.

Augusta Victoria do ar 1948

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 43 ]

Um bunker jordaniano nas terras de Augusta
Victoria
Sob administração jordaniana, tecnicamente sob
controle da Organização de Supervisão da Trégua das
Nações Unidas, era um hospital militar para soldados da
Legião Árabe.

Após a Segunda Guerra Mundial, todas as
propriedades da missão evangélica alemã na Palestina
foram transferidas para a responsabilidade fiduciária da
Federação Luterana Mundial (FLM); em 1950, a FLM
estabeleceu um grande hospital para refugiados no
complexo. O diretor do hospital era o médico de longa
data do Hospital das Diaconisas Alemãs de Jerusalém, o
árabe palestino Dr. Tawfiq Canaan, que manteve esta
posição até 1956.
Antes da Guerra dos Seis Dias de 1967, o
campus foi fortificado com vários bunkers. Durante aquela
guerra o edifício foi fortemente danificado, o andar

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 44 ]
superior foi devastado por um incêndio e só foi
reconstruído em 1988.

Hoje


Pátio Augusta Vitória

Hoje, o Hospital Augusta Victoria presta cuidados
especializados a palestinianos de toda a Cisjordânia e da
Faixa de Gaza, com serviços que incluem um centro
oncológico, uma unidade de diálise e um centro
pediátrico. Em 2016, inaugurou uma unidade de
transplante de medula óssea. É o segundo maior hospital
em Jerusalém Oriental, além de ser o único hospital de
cuidados especializados remanescente localizado na
Cisjordânia ou na Faixa de Gaza. Possui 120 leitos de
internação e trata vários pacientes ambulatoriais que
chegam para tratamento de diálise e radioterapia, sendo a

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 45 ]
única instalação que atende 4,5 milhões de palestinos na
área de radioterapia.
Em Maio de 2016, a Joint Commission
International, um organismo sediado nos EUA que avalia
hospitais e instalações de cuidados de saúde a nível
mundial, recredenciou o hospital por mais três anos.
O hospital é um dos seis centros médicos
especializados da Rede de Hospitais de Jerusalém
Oriental, compreendendo o Hospital de Caridade Islâmico
Makassed, o Hospital Augusta Victoria, o Hospital
Maternidade do Crescente Vermelho, o Hospital têm sido
os principais prestadores de cuidados terciários de
referência aos palestinianos na Cisjordânia e na Faixa de
Gaza para serviços de saúde que o Ministério da Saúde
não tem condições de fornecer, tais como cuidados
oncológicos, cirurgias cardíacas e oftalmológicas,
cuidados intensivos neonatais, diálise infantil e
reabilitação física de crianças.
Desde o seu restabelecimento em 1950, o
Hospital Auguste Victoria tem sido administrado e
financiado principalmente pela Federação Luterana
Mundial e pela Agência das Nações Unidas de
Assistência e Obras para Refugiados da Palestina no
Oriente Próximo (UNRWA). A declaração de missão do
hospital inclui a prestação de cuidados de saúde
independentemente de raça, credo, sexo ou origem
nacional.

O hospital atualmente (2022) possui 171 leitos.
Em 2022 foram realizadas 22.717 sessões de diálise,
18.800 sessões de quimioterapia e 31.717 sessões de
radioterapia.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 46 ]
Em 2022, o presidente dos EUA, Joe Biden,
visitou o hospital. Em 27 de novembro de 2023, o
presidente alemão Frank-Walter Steinmeier fez uma
visita.
[Vemos aqui uma grande obra da Igreja Luterana
em Jerusalém a serviço do povo palestino]

Composto
O complexo Augusta Victoria contém atualmente
os seguintes edifícios e instituições:

Hospital Augusta Vitória
Igreja da Ascensão (protestante alemã)
Centro de reuniões e peregrinos evangélicos
(protestantes) (Evangelisches Pilger -und
Begegnungszentrum der Kaiserin Auguste Vict oria-
Stiftung)
Um jardim de infância inter-religioso
Café Auguste Vitória
O Instituto Protestante Alemão de Arqueologia
(Deutsches Evangelisches Institut für
Altertumswissenschaft des Heiligen Landes), filial de
Jerusalém (o segundo está em Amã).
A reitoria do pastor da Igreja Luterana do
Redentor também está localizada no local, juntamente
com escritórios administrativos e alojamentos dos
escritórios de Jerusalém da Federação Luterana Mundial.

A pousada é administrada pela Federação
Luterana Mundial para voluntários e convidados
internacionais.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 47 ]
Serviços de oncologia
O hospital possui um Departamento de Oncologia
que é um centro avançado no tratamento do câncer. O
departamento é composto pela Unidade de Oncologia
Médica, pela Unidade de Radioterapia Oncológica e pela
Unidade de Oncologia Cirúrgica.
Uma enfermaria de oncologia pediátrica para
crianças palestinas foi inaugurada em abril de 2005 em
um projeto conjunto com o Centro Peres para a Paz,
várias fundações italianas e o Hospital Universitário
Hadassah, que treinou o oncologista e a equipe de
enfermagem. [2]

Tumba de Absalão


Tumba de Absalão (fachada oeste), mostrando a entrada
da Caverna de Josafá (à esquerda) atrás dela.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 48 ]
A Tumba de Absalão ( hebraico : די םולשבא ,
romanizado : Yad Avshalom , lit.  'Memorial de Absalão'),
também chamado de Pilar de Absalão, é uma antiga
tumba monumental escavada na rocha com telhado
cônico localizada no Vale do Cédron, em Jerusalém, a
poucos metros do Túmulo de Zacarias e do Túmulo de
Benei Hezir. Embora tradicionalmente atribuído a
Absalão, o filho rebelde do rei David de Israel (ano  1000
a.C. ), estudos recentes dataram-no do século I d.C.

A tumba não é apenas uma estrutura funerária
por si só, com sua parte superior servindo como uma
nefesh (monumento funerário) para a tumba em sua parte
inferior, mas provavelmente também foi concebida como
uma nefesh para o sistema adjacente de cavernas
funerárias conhecido como a Caverna ou Tumba de
Josafá, com a qual forma uma entidade, construída ao
mesmo tempo e seguindo um plano único.

O monumento independente contém uma câmara
mortuária com três cemitérios. A câmara é escavada na
sólida secção inferior do monumento, mas só pode ser
acedida a partir da secção superior através de uma
entrada construída e de uma escada. Foi comparado a
Petra, dada a natureza talhada na rocha do segmento
inferior e o estilo do remate.

Descrição

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 49 ]

1862


1988

Dois panoramas, com 126 anos de diferença, da
direita para a esquerda: Túmulo de Zacarias, Túmulo de
Benei Hezir e Túmulo de Absalão (menos visível na
fotografia de 1988).

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 50 ]

Década de 1890[?]

1989

Dois panoramas, com mais de 90 an os de
diferença, mostrando o Túmulo de Absalão.
O Pilar de Absalão tem aproximadamente 20
metros de altura. O monumento propriamente dito tem
base quadrada e é composto por duas partes distintas. A

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 51 ]
parte inferior é um monólito, escavado na encosta
rochosa do Monte das Oliveiras, enquanto a parte
superior, elevando-se mais alto do que a rocha original, é
construída em silhares bem cortados.

A metade inferior é, portanto, um bloco monolítico
sólido, quase perfeitamente cúbico, com cerca de 6 m
quadrados por 6,4 m de altura, rodeado em três lados por
passagens que o separam da rocha cortada verticalmente
do Monte das Oliveiras. É decorado externamente de
cada lado por pares de meias colunas jônicas ,
flanqueadas nos cantos por quartos de colunas e pilares
(o chamado distilo no arranjo antis). As quatro fachadas
quadradas são coroadas por um friso dórico de tríglifos e
métopas e uma cornija egípcia.


Vista interna do Pilar de Absalão, Photoshop -
transformada a partir das duas fotos a seguir do início do
século XX.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 52 ]
A parte superior do monumento, em cantaria, é
constituída por três segmentos de formas distintas: uma
base quadrada assente na cornija egípcia da parte
inferior, seguida de um tambor redondo coroado por uma
decoração em forma de corda, que sustenta uma
estrutura cónica telhado com lados côncavos (o "chapéu"
facilmente reconhecível), encimado por uma flor de lótus
semifechada. A parte superior do monumento
corresponde ao contorno de um tholos clássico e não
difere das estruturas nabateias contemporâneas de Petra.

No interior, a parte superior do monumento é
majoritariamente oca, existindo no lado sul uma pequena
entrada em arco situada acima da zona da junta (onde
começa a parte de alvenaria). Dentro desta entrada, uma
pequena escada leva a uma câmara mortuária escavada
na sólida seção inferior. A câmara tem 2,4 metros
quadrados, com sepulturas de arcossólio em dois lados e
um pequeno nicho funerário. A tumba foi encontrada
vazia quando foi pesquisada pela primeira vez por
arqueólogos. [3]

A análise dos estilos arquitetônicos utilizados
indica que a construção do monumento e a sua primeira
fase de utilização ocorreram durante o século I dC.

Os furos de formato irregular feitos no
monumento são de data posterior, provavelmente do
período bizantino. Até a entrada original foi ampliada de
maneira um tanto desfigurante.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 53 ]
Atribuição tradicional

O santuário de Absalão tem sido tradicionalmente
identificado como o monumento de Absalão, filho rebelde
do Rei Davi, com base em um versículo do Livro de
Samuel:

Absalão em sua vida tomou e ergueu para si uma
coluna, que está no vale do rei: pois ele disse: Não tenho
filho para guardar meu nome em lembrança: e ele
chamou o Monumento com seu pró prio nome: e é
chamado até hoje, Monumento a Absalão. -  2 Samuel
18:18
Um "monumento de Absalão" existia nos dias de
Josefo e foi mencionado em suas Antiguidades. A
tradução inglesa do século XIX feita por Havercamp
afirma que o "monumento de Absalão" ficava a uma
distância de "dois estádios " de Jerusalém.

A atribuição deste monumento específico a
Absalão foi bastante persistente, embora o Livro de
Samuel relate que o corpo de Absalão foi coberto com
pedras numa cova na Floresta de Efraim (2 Samuel
18:17).

Durante séculos, era costume entre os
transeuntes – judeus, cristãos e muçulmanos – atirar
pedras no monumento. Os moradores de Jerusalém
traziam seus filhos rebeldes ao local para lhes ensinar o
que acontecia com um filho rebelde.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 54 ]
Característica moderna
O desenho exterior da tumba apresenta um friso
dórico e colunas jônicas, ambos estilos originários da
Grécia antiga e introduzidos em Judá durante o Império
Selêucida, séculos após a morte de Absalão. No início do
século 20, o monumento foi considerado provavelmente o
de Alexandre Jannaeus, o rei hasmoneu da Judéia de 103
a 76 aC. No entanto, os arqueólogos já dataram a tumba
no século I DC.

Numa conferência de 2013, o professor Gabriel
Barkay sugeriu que poderia ser o túmulo de Herodes
Agripa, neto de Herodes, o Grande, baseado em parte na
semelhança com o túmulo recém-descoberto de Herodes
em Herodium.

Caverna de Josafá
Nefesh ao túmulo de Josafá

Arqueologicamente, o chamado "Túmulo de
Absalão" não é apenas uma estrutura funerária por si só,
com a sua parte superior servindo como nefesh
(monumento funerário) para o túmulo na sua parte
inferior, mas provavelmente também foi concebido como
um nefesh para o sistema adjacente de cavernas
funerárias conhecido como "Caverna" ou "Tumba de
Josafá", com o qual forma uma entidade, construída ao
mesmo tempo e seguindo um único plano.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 55 ]
Durante os tempos do Segundo Templo, muitos
cidadãos ricos de Jerusalém teriam monumentos
construídos adjacentes às cavernas funerárias de suas
famílias. Estes monumentos foram construídos segundo a
moda arquitetônica da época, muitas vezes com uma
pirâmide no topo, ou neste caso, um cone. Os sábios
judeus daquela época se opuseram à construção de tais
monumentos, dizendo: "Você não faz nefashot pelos
justos; suas palavras são sua comiseração."

Inscrições bizantinas
Em 2003, foi descoberta uma inscrição de
meados do século IV numa das paredes do monumento.
Lê-se: “Este é o túmulo de Zacarias, o mártir, o santo
sacerdote, o pai de João”. Isso sugere que, na época, os
monumentos eram considerados o local de sepultamento
do sacerdote do Templo, Zacarias, pai de João Batista,
que viveu cerca de 400 anos antes da data da inscrição.

Uma segunda inscrição da mesma idade
descoberta em 2003 diz que o monumento é “o túmulo de
Simeão que era um homem muito justo e um ancião muito
devotado e (que estava) esperando o consolo do povo”.
As palavras que descrevem Simeão são idênticas às de
Lucas 2:25, conforme aparecem no Codex Sinaiticus, um
manuscrito da Bíblia cristã do século IV.

As duas inscrições, descobertas e decifradas por
Joe Zias e Émile Puech, apoiam o conceito conhecido de
fontes do período bizantino como Teodósio (ano 530) de

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 56 ]
que existia uma tradição na época, identificando
erroneamente o monumento do século I como o túmulo
de Tiago, o irmão de Jesus; Zacarias, pai de João Batista;
e Simeão, o velho sacerdote do Evangelho de Lucas.

Estas duas inscrições fazem parte de um uso
secundário do monumento durante o período bizantino,
quando os cristãos deram novas interpretações aos
túmulos judaicos do período do Segundo Templo do Vale
do Cedrom, associando-os a personagens e eventos do
Novo Testamento, dos Apócrifos e das tradições cristãs.
A associação do chamado Túmulo de Absalão com
Zacarias, o pai de João Batista, levou à confusão com o
vizinho chamado Túmulo de Zacarias, associado pelo
folclore local a uma figura muito anterior, o sacerdote do
Templo Zacarias ben Joiada. No entanto, essa estrutura
não é uma tumba e também pode ser um marco
monumental (nefesh) para a caverna funerária próxima da
família sacerdotal de Hezir.

Lendas

Segundo uma lenda local, Napoleão disparou um
morteiro contra o túmulo e removeu a forma de uma mão
que cobria o telhado cônico. No entanto, Napoleão nunca
chegou a Jerusalém durante a sua campanha na Terra
Santa. Na verdade, o topo do monumento não es tá
quebrado, mas sim esculpido para se assemelhar a uma
flor de lótus.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 57 ]
Os muçulmanos deram ao túmulo o nome árabe
de Tantur Fir'aun, " Chapéu do Faraó ", devido ao formato
de sua cúpula. Outros explicam o sentido como
significando "pico do Faraó".

Igreja de Maria Madalena

Igreja de Maria Madalena
Religião
Afiliação Cristão Ortodoxo
Ano consagrado 1888
Localização Jerusalém
Arquiteto(s) David Grimm
Estilo Arquitetura renascentista russa


Vista para o Monte do Templo e outras paisagens
de Jerusalém.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 58 ]

Entrada na Igreja

A Igreja de Maria Madalena (hebraico: תייסנכ הירמ
הנלדגמ ; árabe : ةسينك ةسيدقلا ميرم ةيلدجملا ; russo : Церковь
Святой Марии Магда лины ) é uma igreja cristã ortodoxa
oriental localizada no Monte das Oliveiras, do outro lado
do Vale do Cédron, a partir do Monte do Templo e perto
do Jardim do Getsêmani em Jerusalém.

A igreja, dedicada a Maria Madalena, faz parte do
Convento de Santa Maria Madalena, uma irmandade

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 59 ]
fundada em 1936 por um convertido inglês, e desde a
década de 1920 está sob a jurisdição da Igreja Ortodoxa
Russa Fora da Rússia (ROC OR), uma entidade
eclesiástica independente até 2007 e parte da Igreja
Ortodoxa Russa com sede em Moscou desde então.

História
Construção
A igreja foi construída em 1888 pelo czar
Alexandre III e seus irmãos para homenagear sua mãe, a
imperatriz Maria Alexandrovna da Rússia. Foi construído
de acordo com o projeto de David Grimm no tradicional
estilo de telhado de tenda, popular na Rússia dos séculos
16 e 17, e inclui sete cúpulas em forma de cebola
douradas distintas.

Dedicatória
A igreja é dedicada a Maria Madalena, a discípula
de Jesus, o Apóstolo dos Apóstolos. De acordo com o
décimo sexto capítulo do Evangelho de Marcos, Maria
Madalena foi a primeira a ver Cristo após a sua
ressurreição (Marcos 16:9). Ela é geralmente considerada
uma discípula crucial e importante de Jesus, juntamente
com Maria de Betânia, que alguns acreditam ter sido a
mesma mulher.

Enterros

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 60 ]
Santas Isabel e Varvara

As relíquias de dois santos mártires, a grã-
duquesa Elizabeth Feodorovna da Rússia e sua colega
freira Varvara Yakovleva, estão expostas na igreja.

Em 1982, a Igreja Ortodoxa Russa Fora da
Rússia, sediada em Nova Iorque, que na altura era
administrativamente independente da Igreja Ortodoxa
Russa, sediada em Moscovo, canonizou os novos
mártires da revolução comunista e em Maio os corpos de
Isabel e Bárbara (Varvara) foram transferidos da cripta,
onde apenas a veneração privada era possível, para a
igreja superior de Santa Maria Madalena. Desde 1981,
Isabel e Bárbara são veneradas como "novas mártires"
pela Igreja Ortodoxa no Exílio em Santa Maria Madalena,
Getsêmani. Uma estátua de Elizabeth está entre as dos
mártires do século 20 acima da Porta Oeste da Abadia de
Westminster, instalada em 1998. Na mudança da situação
política da década de 1990, o Patriarcado de Moscou
considerou o reconhecimento dos mártires deste período,
incluindo os membros da realeza. família e seu status de
santa também foram reconhecidos em abril de 1992 pelo
Patriarcado de Moscou. [4]

Princesa Alice de Battenberg
Na década de 1930, a princesa Alice de
Battenberg, mãe do príncipe Filipe, duque de Edimburgo,
visitou a igreja e pediu para ser enterrada perto da sua tia
"Ella", a grã-duquesa Isabel. Em 1969, ela morreu no

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 61 ]
Palácio de Buckingham . Em 1988, seus restos mortais
foram transferidos para uma cripta abaixo da igreja. [4]


Igreja de Todas as Nações



Fachada da igreja

Religião
Afiliação católico romano
Status eclesiástico ou organizacional Basílica
Menor
Ano consagrado: Junho de 1924
Localização Jerusalém
Arquiteto(s) Antonio Barluzzi
Estilo Neobizantino

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 62 ]
Concluído 1924


A rocha onde se acredita que Jesus orou.

A Igreja de Todas as Nações, também conhecida
como Igreja ou Basílica da Agonia, é uma igreja católica
romana localizada no Monte das Oliveiras, em Jerusalém
Oriental, próximo ao Jardim do Getsêmani. Ele consagra
uma seção da rocha onde Jesus teria orado antes de sua
prisão. (Marcos 14:32–42)

Os motivos da sua construção na década de 1920
foram complexos, com alguns fatores políticos.

História

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 63 ]

A igreja de Todas as nações é também conhecida
como igreja da Agonia ou Dominus Flevit. Aqui Jesus
viveu seus momentos mais angustiantes a ntes de
enfrentar o suplicio no calvário na cruz. No local onde ele
orou angustiado foi edificada está igreja.


A igreja atual assenta sobre as fundações de
duas anteriores, a de uma basílica bizantina do século IV,
destruída por um terramoto em 746, e de uma pequena
capela dos cruzados do século XII abandonada em 1345.
Em 1920, durante as obras das fundações, uma coluna foi
encontrada dois metros abaixo do piso da capela
medieval dos cruzados. Também foram encontrados
fragmentos de um magnífico mosaico. Após esta
descoberta, o arquiteto removeu imediatamente as novas
fundações e iniciou as escavações da igreja anterior.
Depois que as ruínas da igreja da era bizantina foram
totalmente escavadas, os planos para a nova igreja foram
alterados e os trabalhos continuaram na atual basílica de

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 64 ]
19 de abril de 1922 até junho de 1924, quando foi
consagrada.


Em uma das fotos, estou embaixo de um arco de
entrada da Igreja da Agonia. Este local é celebrado desde
a época do imperador Constantino, quando sua mãe
Helena identificou este local como o local que Jesus
chorou sobre Jerusalém.

Um incêndio criminoso ocorreu na igreja em
dezembro de 2020, sem grandes danos causados. A
Custódia da Terra Santa, a guardiã oficial dos locais
sagrados católicos em Israel e na Palestina, condenou o
ataque incendiário à igreja, que é um local sagrado
cristão.

Em dezembro de 2020, arqueólogos revelaram os
restos das fundações de um banho ritual da era do
Segundo Templo (também conhecido como mikveh)
durante as obras de construção de um túnel moderno sob
a Igreja de Todas as Nações e uma igreja bizantina de

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 65 ]
1.500 anos. Segundo a Dra. Leah e o Dr. Rosário,
inscrições gregas foram escritas no chão da igreja como:
“para a memória e repouso daqueles que amam a
Cristo… aceite a oferta de seus servos e dê-lhes a
remissão dos pecados”. O chefe do distrito de Jerusalém
da autoridade, Amit Re'em, a singularidade do banho é
que ele é a primeira evidência arqueológica no local do
Getsêmani, onde os cristãos fizeram peregrinações
durante séculos, nos dias de Jesus.

Use por outras denominações


Fachada da igreja com as estátuas dos
evangelistas.

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[ 66 ]

A Igreja de Todas as Nações fica no Jardim do
Getsêmani conforme vemos na foto, oliveiras, e na
segunda foto vemos as muralhas da cidade de Jerusalém.


Um altar aberto localizado nos jardins da igreja é
usado por muitas denominaçõe s cristãs, incluindo
seguidores que são católicos romanos, ortodoxos
orientais, apostólicos armênios, protestantes, luteranos,
evangélicos, anglicanos e qualquer outra versão do
cristianismo que seja culturalmente única para qualquer
particular nação.

Projeto e construção

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 67 ]

A igreja foi construída entre 1919 e 1924 com
fundos doados de diversos países. Os brasões de doze
dos países de origem das doações estão incorporados no
teto, cada um em uma pequena cúpula separada , e
também nos mosaicos interiores. Os países assim
homenageados são, de leste a oeste (altar até a entrada)
e começando pelo lado norte : Argentina, Brasil, Chile e
México; no meio da igreja são comemorados: Itália,
França, Espanha e Reino Unido, e à direita: Bélgica,
Canadá, Alemanha, e Estados Unidos da América. Os
mosaicos nas laterais foram doados pela Irlanda, Hungria,
e Polônia (pelo escultor Tadeusz Adam Zieliński). A coroa
ao redor da rocha foi um presente da Austrália. Estas
doações multinacionais dão à igreja um dos seus nomes
atuais como "Igreja de Todas as Nações".

Dois tipos de pedra foram utilizados na
construção da igreja: o interior utiliza uma pedra das
pedreiras de Lifta, a noroeste de Jerusalém; e o exterior,
uma pedra rosa de Belém. O edifício é dividido por seis
colunas em três corredores, mas com teto plano sem
clerestório. Este projeto dá a impressão de um grande
salão aberto. Painéis de alabastro tingidos de violeta
foram usados nas janelas para evocar um clima de
depressão análogo à agonia de Cristo, e o teto é pintado
de um azul profundo para simular um céu noturno.

A fachada da igreja é sustentada por uma fileira
de colunas coríntias. No topo de cada coluna estão
estátuas dos Quatro Evangelistas. O primeiro é Marcos.
Em segundo lugar, Lucas faz uma citação de Lucas

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 68 ]
22:43-44 “…factus in agonia prolixius orabat et factus est
sudor eius sicut guttae sanguinis decurrentis in terram” ou
traduzido da Vulgata: “E estando em agonia, ele orou com
mais fervor; e seu suor tornou-se como grandes gotas de
sangue caindo no chão." Seguido por Mateus segurando
Mateus 26:42b "Pater mi, si non potest hic calix transire
nisi bibam illum, fiat voluntas tua" ou traduzido como “Meu
Pai, se isto copo não pode passar sem que eu o beba,
seja feita a tua vontade”. A estátua final é de João. As
colunas e estátuas estão dispostas abaixo de um mosaico
moderno representando Jesus Cristo como mediador
entre Deus e o homem. O designer do mosaico da
fachada foi o professor Giulio Bargellini.

O telhado em cúpula de bolha, as colunas
grossas e o mosaico da fachada conferem à igreja uma
aparência neoclássica.

A igreja foi projetada pelo arquiteto italiano
Antonio Barluzzi e atualmente está sob custódia
franciscana da Terra Santa. [5]


Hotel Sete Arcos

Abertura 20 de março de 1964
Proprietário Governo jordaniano (originalmente)
Contagem de andares 3
Número de quartos 196
Número de restaurantes 1

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 69 ]
O Hotel 7 Arches Jerusalem é um hot el em
Jerusalém Oriental, no bairro árabe de at-Tur, no Monte
das Oliveiras. O hotel tem vista para a cidade velha de
Jerusalém.

História


Fachada do Hotel 7 Arches em Jerusalém

O hotel foi construído pelo governo jordaniano em
um terreno que pertence ao Waqf islâmico em Jerusalém.
O hotel foi inaugurado em 20 de março de 1964, como
Hotel Jerusalem Intercontinental, administrado pela rede
norte-americana Intercontinental Hotels. A Organização
para a Libertação da Palestina realizou sua primeira
conferência do Conselho Nacional Palestino no hotel em
maio de 1964. O hotel foi ligeiramente renomeado em
1966, tornando-se Hotel Inter-Continental Jerusalém,
quando a rede alterou sua marca. Após a Guerra dos Seis

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 70 ]
Dias, e a perda da soberania jordaniana sobre Jerusalém,
a propriedade foi confiada ao Custodiante da Propriedade
Ausente. Em 1989, como resultado da Primeira Intifada,
os Hotéis Inter-Continental optaram por não renovar o seu
acordo de gestão com o hotel, acordo que foi assinado
primeiro com os Jordanianos, e posteriormente com o
Custodiante. O hotel mudou o seu nome para 7 Arches
Hotel, e o Custodiante confiou a gestão do hotel a uma
equipa de gestão local. O hotel tem cinquenta
funcionários. Todos, incluindo a equipa de gestão, são
moradores de Jerusalém Oriental.

Hoje

The 7 Arches é um hotel 4 estrelas com 196
quartos, conhecidos por suas vistas de Jerusalém. Apesar
de relatos em 2010 de que haviam sido apresentados
planos de expansão do hotel, o gerente geral dos 7 Arcos,
Awni Inshewat, negou. Ele disse que houve alguma
confusão sobre um pedido de licença de construção para
uma grande tenda de oração cristã localizada no local: "A
tenda está lá há cerca de cinco anos, mas o município
disse que precisa de uma licença de construção, então
solicitamos." [6]
Túmulo de Zacarias

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 71 ]

Tumba de Zacarias (fachada ocidental)


O Túmulo de Zacarias é um antigo monumento de
pedra em Jerusalém que é considerado na tradição
judaica como o túmulo de Zacarias ben Joiada. Fica a
poucos metros do Túmulo de Absalão e adjacente ao
Túmulo de Benei Hezir.

Descrição arquitetônica
O monumento é um monólito —é totalmente
esculpido na rocha sólida. A parte mais baixa do
monumento é um crepidoma, uma base composta por
três degraus. Acima dele há um estilóbato, sobre o qual

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 72 ]
há uma decoração de duas colunas jônicas entre duas
semi-colunas jônicas e nos cantos há duas pilastras. Os
capitéis são da ordem jônica e estão decorados com
decoração de ovo e dardo . A parte superior do
monumento é uma cornija de estilo egípcio sobre a qual
se assenta uma pirâmide. A fina alvenaria e decoração
que se vê no lado poente, a fachada, é apenas do lado
poente. Nos outros lados do túmulo, o trabalho é
extremamente tosco e inacabado; parece que o trabalho
foi interrompido antes que os artistas pudessem terminá-
lo.

Identificação


Foto de 1870 de Felix Bonfils mostrando a Tumba
de Zacarias à direita da Tumba de Benei Hezir

Identificação tradicional
De acordo com uma tradição judaica, que é
sugerida pela primeira vez pelos escritos de Menahem
haHebroni de 1215 d.C., este é o túmulo do sacerdote

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[ 73 ]
Zacarias Ben Jeoiada, uma figura que o Livro das
Crônicas registra ter sido apedrejada:

E o Espírito de Deus desceu sobre Zacarias, filho
do sacerdote Joiada, que estava acima do povo, e disse-
lhes: Assim diz Deus: Por que tran sgredis os
mandamentos do Senhor, e não podeis prosperar?
porque abandonastes o Senhor, ele também vos
abandonou. E conspiraram contra ele e o apedrejaram,
por ordem do rei, no átrio da casa do Senhor.


Conforme retratado em A Terra Santa, Síria,
Iduméia, Arábia, Egito e Núbia, de David Roberts


Identificação científica e datação

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[ 74 ]
O estilo da construção, que inclui detalhes
helenísticos como colunas jónicas, é semelhante ao do
Túmulo de Benei Hezir, e vários autores pensam que são
quase contemporâneas entre si; estudiosos
especializados em práticas funerárias e monumentos
atribuíram ao túmulo uma data do século I dC. Foi
proposto que a Tumba de Zacarias é na verdade a nefesh
(um monumento funerário judaico semelhante à estela
grega) da Tumba de Benei Hezir, que é acessada a partir
de uma passagem escavada na rocha adjacente ao
monumento, e que afirma possuir uma magnífica
estrutura adjacente. [7]


O Sepulcro de Zacarias - Pococke Richard - 1745

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[ 75 ]
UNIVERSIDADE MÓRMON

Campus satélite privado da Igreja Mórmon
Estabelecido 16 de maio de 1989; 34 anos
atrás.
Filiação Religiosa A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias
Localização : Monte das Oliveiras, Jerusalém
Oriental
Campus Suburbano , 5 acres (0,020 km 2 )
Diretor James R. Kearl

O Centro de Estudos do Oriente Próximo da
Universidade Brigham Young em Jerusalém (muitas
vezes referido simplesmente como Centro da BYU em
Jerusalém ou BYU – Jerusalém, e localmente conhecido
como Universidade Mórmon), situado no Monte das
Oliveiras, no Leste de Jerusalém , é um campus satélite
da Universidade Brigham Young (BYU), a maior
universidade religiosa dos Estados Unidos. Propriedade
da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
(Igreja SUD), o centro oferece um currículo que se
concentra no Antigo e Novo Testamento, estudos antigos
e modernos do Oriente Próximo e idiomas (hebraico e
árabe). O estudo em sala de aula é baseado em viagens
de campo que cobrem a Terra Santa, e o programa está
aberto a estudantes de graduação qualificados em tempo
integral na BYU, BYU-Idaho ou BYU-Havaí.

Os planos para construir um centro para
estudantes foram anunciados pelo presidente da Igreja

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 76 ]
SUD, Spencer W. Kimball, em 1979. Em 1984, a igreja
obteve um arrendamento do terreno por 49 anos e iniciou
a construção. A posição proeminente do centro no
horizonte de Jerusalém rapidamente chamou a atenção
dos judeus ultraortodoxos, ou Haredim, de Israel. Os
protestos e a oposição à construção do centro por parte
dos Haredim tornaram a questão da construção do centro
uma questão nacional e até internacional. Depois que
vários comitês investigativos do Knesset de Israel
analisaram e debateram a questão, as autoridades
israelenses decidiram permitir que a construção do centro
continuasse em 1986. O centro foi aberto para estudantes
em maio de 1988 e foi inaugurado por Howard W. Hunter
em 16 de maio de 1989. Não admitiu estudantes de 2001
a 2006 devido a questões de segurança durante a
Segunda Intifada, mas continuou a oferecer passeios para
visitantes e concertos semanais.

História

Antes do centro

O primeiro oficial SUD a entrar em Jerusalém foi o
apóstolo mórmon Orson Hyde, que veio em 1841 e
dedicou a terra para a coligação do povo de Israel, a
criação de um estado judeu e a construção de um templo
SUD em algum momento futuro. Após sua visit a, a
presença SUD na cidade era praticamente inexistente.
Em 1971, a cidade recebeu visitantes SUD suficientes
para que a igreja alugasse um prédio em Jerusalém
Oriental para os serviços religiosos. O programa de
estudos no exterior da BYU para Jerusalém, que

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 77 ]
começou em 1968, desempenhou um papel fundamental
no crescimento de visitantes SUD na área. A presença
SUD na área logo cresceu demais para que o espaço
alugado proporcionasse um espaço adequado para o
culto, então a igreja começou a pensar em construir um
centro para estudantes. Em 1972, David B. Galbraith
tornou-se o diretor do programa da BYU em Jerusalém.
Ele permaneceu nesta posição até 1987, quando a
Primeira Presidência da igreja lhe pediu para organizar o
Centro da BYU em Jerusalém.

Em 24 de outubro de 1979, o presidente da igreja,
Spencer W. Kimball, visitou Jerusalém para dedicar os
Jardins Memorial Orson Hyde, localizados no Monte das
Oliveiras. A igreja doou dinheiro para embelezar a área
de Jerusalém, e funcionários do governo de Jerusalém
estiveram presentes na ocasião. Foi nessa dedicação que
Kimball anunciou a intenção da igreja de construir um
centro para estudantes da BYU na cidade. As
negociações entre a igreja e o governo israelense se
estenderam de 1980 a 1984. O terreno que a igreja queria
para o centro, localizado na margem noroeste do Monte
das Oliveiras, bem próximo ao vale que o separa do
Monte Scopus, havia sido ocupado por Israel desde então
a Guerra dos Seis Dias de 1967 e não podia ser vendido
sob a lei israelense. A igreja decidiu obter um
arrendamento do terreno. O arrendamento do terreno
também evitou o problema politicamente controverso da
igreja possuir um pedaço de terra em Jerusalém. As
autoridades israelitas consideraram a construção do
centro no terreno como uma forma de solidificar o controle
sobre terras cuja propriedade era ambígua ao abrigo do

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 78 ]
direito internacional. Em agosto de 1984, a igreja tinha o
terreno sob contrato de arrendamento por 49 anos, as
licenças de construção foram obtidas e a construção do
prédio começou.

Construção e polêmica


O distinto Centro de Jerusalém da BYU com
múltiplos arcos (canto superior esquerdo) em meio aos
edifícios de Jerusalém.

A década de 1980 viu não apenas os mórmons,
mas muitos grupos cris tãos competindo por
representação e espaço na cidade. Esses grupos
enfrentavam constantemente a oposição de uma forte
minoria política de judeus ortodoxos que viviam na
cidade. Nenhum dos principais partidos políticos em Israel

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 79 ]
(o Likud e os Partidos Trabalhistas) conseguiu obter a
maioria dos votos no Knesset sem o apoio dos partidos
mais religiosos. Os partidos religiosos aproveitaram esta
situação para aprovar leis a favor da Ortodoxia Judaica
em troca do seu apoio em outras questões. Na época, os
judeus conservadores, que constituíam a "direita
religiosa" em Israel, ou os Haredim, constituíam 27% da
população de Jerusalém e eram decididamente contra a
construção do Centro da BYU em Jerusalém ou qualquer
outra estrutura cristã semelhante. Os partidos maiores
enfrentariam a perda de maioria se se posicionassem
contra esta questão. Muitas autoridades israelenses, no
entanto, como o prefeito de Jerusalém na época, Teddy
Kollek, junto com outros presentes na dedicação do
Jardim Memorial Orson Hyde, apoiaram o centro por
causa do que a igreja havia feito pela cidade. Kollek
afirmou especificamente que "a presença da Igreja
Mórmon em Jerusalém pode fazer um grande trabalho no
sentido de fornecer a ponte de entendimento entre os
árabes e os judeus... porque os seus membros olham
com simpatia e compreensão para ambos os lados." O
terreno onde o centro foi construído ainda era
considerado por muitos como terra árabe, e muitos
funcionários perceberam que o seu arrendamento
acrescentaria uma imagem de tolerância religiosa ao seu
governo e aumentaria o controlo israelita sobre o terreno.

Devido à sua localização proeminente no
horizonte de Jerusalém, a construção foi rapidamente
notada, e isto provocou uma grande controvérsia em
Israel e no mundo judaico como um todo, a partir de 1985.
Os Haredim lideraram a oposição, a sua principal

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 80 ]
preocupação era que o edifício fosse usado não como
escola, mas como centro para esforços de proselitismo
mórmon em Jerusalém. Os Haredim alertaram sobre um
“holocausto espiritual”. A Igreja SUD, argumentaram eles,
não tinha presença local na população da área de
Jerusalém e nenhuma conexão histórica com a terra. O
grupo espalhou avisos por meio de cartas, jornais e
televisão de que missionários mórmons converteriam
judeus por toda a cidade, dizendo que:

"A organização Mórmon é uma das mais
perigosas, e na América já abateram muitos Judeus.
Atualmente os Mórmons estão cautelosos por causa da
tremenda oposição que as suas atividades missionárias
iriam gerar, mas no momento em que o seu novo Centro
for concluído, nós não seremos capazes de detê-los." -
Kol Ha'Ir.

e essa:

"No cerne da controvérsia "emocional" e "amarga"
que está fermentando em Jerusalém está o sionismo
cristão, baseado nas expectativas escatológicas cristãs,
deveria funcionar em Israel com a ajuda ativa do governo
e das autoridades municipais, como a assistência que
está sendo prestada para a Universidade Brigham
Young." - Notícias Judaicas Inter Mountain.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 81 ]

Com vista para a Cúpula da Rocha de dentro do
centro.
Os avisos na mídia levaram a protestos e
manifestações de rua. Judeus ortodoxos marcharam até a
Prefeitura e até o canteiro de obras em 1986. Alguns até
se reuniram no Muro das Lamentações em uma oração
pública de luto por causa do centro. Eles também se
reuniram no hotel onde o presidente da BYU estava
hospedado, carregando cartazes que diziam: "Conversão
é assassinato!" e "Mórmons, parem sua missão agora".
Apesar da intensidade da oposição Haredi, em nenhum
momento os protestos se tornaram fisicamente violentos.
No final de 1985, os Haredim pediram um voto de
desconfiança contra o líder do Partido Trabalhista. O
primeiro-ministro Shimon Peres organizou uma comissão
de oito pessoas, quatro a favor do centro e quatro contra,
para debater a questão e encontrar uma solução a favor
ou contra a presença do centro. Outro comitê foi formado

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 82 ]
para investigar a alegação de que o dinheiro que a igreja
havia colocado em Jerusalém era um suborno para obter
o apoio do prefeito Kolleck para o centro (o comitê
considerou a igreja "inocente"). Um subcomitê do Knesset
solicitou que a Igreja SUD emitisse uma promessa formal
de não fazer proselitismo aos judeus. Alguns israelitas
consideraram isto discriminatório, uma vez que nenhuma
outra igreja cristã foi convidada a fazer isto em Jerusalém.
Os líderes da Igreja, no entanto, concordaram em cumprir
e enviaram uma declaração formalmente assinada pouco
depois. Alguns judeus na área ainda estavam inquietos e
duvidavam da intenção da igreja, acreditando que a
crença religiosa entre os mórmons substituiria a adesão à
lei.
Além da promessa de não fazer proselitismo, a
BYU iniciou uma campanha de relações públicas para
informar o público sobre suas intenções para o centro
como uma escola e um local de encontro para aqueles
que já são da fé SUD. Os anúncios foram adquiridos em
jornais locais, revistas e na televisão, e o centro fez com
que funcionários aparecessem em programas de rádio.
Funcionários do governo a favor do centro também
começaram a se manifestar, dizendo que Jerusalém não
deveria negar a ninguém um lugar de culto, seja judeu,
muçulmano ou cristão. O Ministro do Planeamento
Econômico, Gad Yaakobi, disse que o debate "já causou
danos consideráveis a Israel", e o ex-ministro dos
Negócios Estrangeiros Abba Eban afirmou que o "livre
exercício da consciência e da dissidência numa
sociedade democrática" estava em jogo. O centro
também recebeu apoio nos EUA, já que o ex-presidente
Gerald Ford falou em nome do centro, bem como do

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 83 ]
Conselho Judaico Unido de Utah, que escreveu uma carta
afirmando que "Por mais de cem anos, as comunidades
judaica e SUD têm coexistido no Vale do Lago Salgado
em um espírito de verdadeira amizade e harmonia. Nossa
experiência mostra que quando os líderes da Igreja SUD
assumem um compromisso de política, é um
compromisso no qual se pode confiar. O compromisso
declarado da Universidade Brigham Young de não violar
as leis do estado de Israel, ou o seu próprio compromisso
em relação ao proselitismo no estado de Israel através da
instalação Brigham Young com sede em Jerusalém, é um
compromisso que acreditamos sinceramente que será
honrado." O governo dos EUA também se tornou um
intermediário para a BYU quando 154 membros do
Congresso emitiram uma carta ao Knesset em apoio ao
Centro da BYU em Jerusalém. Em 1986, o Knesset
aprovou a conclusão do centro.

Instalações e arquitetura


Prédio visto de baixo

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 84 ]

O centro foi projetado em parceria com Frank
Ferguson da FFKR Architects (Salt Lake City) e pelo
arquiteto brasileiro-israelense David Resnick, que também
projetou o campus próximo da Universidade Hebraica. O
centro está situado na encosta oeste do Monte das
Oliveiras, exatamente onde se conecta ao Monte Scopus,
com vista para o Vale do Cédron e para a Cidade Velha.
A estrutura de oito níveis de 11.600 m 2 está situada a 2,0
há de jardins. Os primeiros cinco níveis oferecem
dormitórios e apartamentos para até 170 alunos, cada um
desses apartamentos com um pátio com vista para a
Cidade Velha. O sexto nível abriga refeitório, salas de
aula, informática e ginásio, enquanto os escritórios
administrativos e docentes estão localizados no sétimo
nível, além de um auditório com 250 lugares. A entrada
principal fica no oitavo nível, que também contém
auditório para recitais e eventos especiais com órgão,
salas de aula, bibliotecas, escritórios, teatro com cúpula e
área de recursos didáticos. Este auditório é cercado por
vidro em três lados, proporcionando vistas da cidade. O
órgão dentro dele é um órgão Marcussen de fabricação
escandinava. A biblioteca acima mencionada, no mesmo
andar do auditório, contém de 10.000 a 15.000 volumes
focados principalmente no Oriente Próximo.

O design do centro reflete a arquitetura do Oriente
Próximo. É construído em concreto moldado. Calcário de
Jerusalém esculpido à mão adorna o edifício, de acordo
com o costume local. O uso de arcos e cúpulas modela
de perto outras construções de Jerusalém e os jardins em
todo o centro contêm muitas árvores e outras plantas

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 85 ]
mencionadas na Bíblia. O interior contém arcos e cúpulas
típicos do Oriente Próximo, e grandes pavilhões com
janelas proporcionam amplas vistas de Jerusalém.

Mais de 400 microestacas foram perfuradas no
Monte para proteger a fundação em caso de terremoto. O
edifício também contém, em conformidade com a lei
israelense, abrigos antiaéreos capazes de abrigar todos
os professores, funcionários e estudantes em caso de
emergência.

Pesquisa e educação

O Centro de Jerusalém desempenhou um papel
na pesquisa dos Manuscritos do Mar Morto em
cooperação com a Fundação dos Manuscritos do Mar
Morto de Jerusalém. Eles desenvolveram um banco de
dados abrangente em CD-ROM com o conteúdo dos
Manuscritos, permitindo que pesquisadores de todo o
mundo pudessem estudá-los. [8]

Tumba dos Profetas

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 86 ]


Tumba dos Profetas

Árabe : روبق ءايبنلأا , romanizado : Qubūr al-
ʾAnbiyyāʾ

Datas de escavação 1870-1874
Arqueólogos Charles Simon Clermont -
Ganneau.
Propriedade Igreja Ortodoxa Russa fora da
Rússia.
Acesso público Acesso agendado (zelador no
local).

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 87 ]





A Tumba dos Profetas Ageu, Zacarias e
Malaquias ( árabe : روبق ءايبنلأا , romanizado: Qubūr al-
ʾAnbiyyāʾ } lit.  'Túmulos (dos) Profetas'; hebraico : תרעמ
םיאיבנה "Caverna dos Profetas") é um antigo cemitério
localizado na encosta ocidental superior do Monte das
Oliveiras, em Jerusalém. De acordo com uma tradição
judaica medieval também adotada pelos cristãos,

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 88 ]
acredita-se que a catacumba seja o local de sepultamento
de Ageu, Zacarias e Malaquias, os três últimos profetas
da Bíblia Hebraica que se acredita terem vivido durante
os séculos VI-V a.C. Os arqueólogos dataram as três
primeiras câmaras funerárias do século I a .C,
contradizendo assim a tradição.



Câmara funerária

A câmara forma duas passagens concêntricas
contendo 38 nichos funerários. A entrada da grande gruta
escavada na rocha fica no lado poente, onde desce uma
escada, ladeada em ambos os lados por uma balaustrada
de pedra. Ele leva a uma grande abóbada central circular
medindo 7,3 m de diâmetro. A partir dele, dois túneis
paralelos, de 1,5 m de largura e 3,0 m de altura,
estendem-se por cerca de 18 m através da rocha. Um
terceiro túnel segue em outra direção. Eles estão todos
conectados por galerias transversais, a externa das quais
mede 37 m de comprimento.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 89 ]


A pesquisa mostra que o complexo, na verdade,
data do século I aC, quando esse estilo de tumba passou
a ser usado para sepultamentos judaicos. Algumas
inscrições gregas descobertas no local sugerem que a
caverna foi reutilizada para enterrar cristãos estrangeiros
durante os séculos IV e V dC. Numa das paredes laterais
da abóbada, uma inscrição grega traduz:

Coloque sua fé em Deus, Dometila: Nenhuma
criatura humana é imortal!

Local sagrado

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 90 ]



Entrada para o Túmulo dos Profetas

O local é venerado pelos judeus desde a Idade
Média, e eles visitavam o local com frequência. Em 1882,

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 91 ]
o Arquimandrita Antonin Kapustin adquiriu o local para a
Igreja Ortodoxa Russa. Ele planejou construir uma igreja
no local, o que despertou fortes protestos dos judeus que
visitaram e adoraram na caverna. Os tribunais otomanos
decidiram em 1890 que a transação era vinculativa, mas
os russos concordaram em não exibir símbolos ou ícones
cristãos no local, que deveria permanecer acessível a
pessoas de todas as religiões. [9]

Capela da Ascensão

Quando eu tinha 20 anos eu cursava Teologia e
uma das matérias que mais gostava e ra Geografia
Bíblica, vendo fotos e mapas, eu viajava pelas páginas da
Bíblia, mas em 2023 eu pude “entrar dentro da Bíblia” e
estive na capela da Ascensão, no alto do monte das
Oliveiras. Quem é apaixonado por Deus e pela Bíblia fica
deslumbrado ao pisar aqui.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 92 ]

Afiliação cristão, islâmico
Distrito At-Tur
Status eclesiástico ou organizacional Sob
jurisdição islâmica.
Localização At-Tur, Monte das Oliveiras ,
Jerusalém
Concluído: Primeira igreja no ano 390; capela
atual do ano 1150.
A Capela da Ascensão ( hebraico : תלפק היילעה
Qapelat ha-ʿAliyya; grego: Εκκλησάκι της Αναλήψεως ,
Ekklisáki tis Analípseos; árabe: ةسينك وعصلا د ) é uma capela
e santuário localizado no Monte das Oliveiras, no distrito
de At-Tur, em Jerusalém. Parte de um complexo maior
que consiste primeiro em uma igreja e mosteiro cristão,
depois em uma mesquita islâmica, Zawiyat al-Adawiya ('a
zawiya de Rabia de Basra '), está localizada em um local
tradicionalmente considerado o local terrestre onde Jesus
ascendeu para o Céu após a sua Ressurreição. Abriga
uma laje de pedra que se acredita conter uma de suas
pegadas. Este texto trata de dois locais, o local cristão da
Ascensão e a mesquita adjacente, mas separada,
construída sobre um túmulo antigo.

História

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 93 ]

A Capela da Ascensão

Primeiro local da Ascensão

Quase 300 anos depois da morte de Jesus, os
primeiros cristãos começaram a se reunir secretamente
em uma pequena caverna no Monte das Oliveiras. A
emissão do Édito de Milão pelos imperadores romanos
Constantino e Licínio em 313 tornou possível aos cristãos
adorarem sem perseguição governamental.

Segundo local da Ascensão

Na época das viagens da peregrina Egéria a
Jerusalém em 384, o local de veneração havia sido
transferido para o local atual, de modo que Egéria

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 94 ]
testemunhou a celebração da Ascensão em uma "colina
aberta" subindo a colina da caverna próxima; a própria
caverna havia sido integrada à Igreja Constantiniana de
Eleona.


Quando estava andando em volta da capela da ascensão,
minha mente viajou até aquele dia que Jesus se despediu
de centenas de seguidores neste local, dizendo que
estaria conosco até o fim dos tempos e logo começou a
flutuar e foi recebido no céu. Jesus estava aqui. No alto
do Monte das Oliveiras.


Igreja (ou igrejas) do século 4

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 95 ]

Na primeira foto, estávamos passando na entrada
após apresentar um bilhete que garante acesso ao interior
da capela da Ascensão. Muitos dos lugares sagrados tem
o ingresso pago para a manutenção do monumento e da
ordem religiosa que toma conta do local. Esta capela é
administrada por grupo muçulmano. Na segunda foto, um
dos integrantes da nossa caravana filmando a capela.



A primeira igreja foi erguida ali alguns anos
depois, em algum momento entre 384 -390 d.C., por
Poimenia, uma rica e piedosa mulher aristocrata romana
da família imperial, que financiou a construção da igreja

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 96 ]
de estilo bizantino "em torno das últimas pegadas de
Cristo". O primeiro complexo construído no local da atual
capela era conhecido como Imbomon (grego para "na
colina"). Era uma rotunda, aberta ao céu, rodeada de
pórticos e arcos circulares.

O Imbomon, bem como a vizinha Basílica de
Eleona e outros mosteiros e igrejas no Monte das
Oliveiras, foram destruídos pelos exércitos do xá persa
Khosrow II durante a fase final das Guerras Bizantino-
Sassânidas em 614.

No entanto, uma tradição posterior atribui a
primeira Igreja da Ascensão neste local à Imperatriz
Helena, alegando que durante a sua peregrinação à Terra
Santa entre 326 e 328 ela identificou dois pontos no
Monte das Oliveiras como estando associados à vida de
Jesus - o local de sua Ascensão e uma gruta associada
ao seu ensino da Oração do Pai Nosso - e ao retornar a
Roma, ela ordenou a construção de dois santuários
nesses locais.

Igreja do século 7

A igreja foi reconstruída no final do século VII. O
bispo e peregrino franco Arculf, ao relatar sua
peregrinação a Jerusalém por volta do ano 680,
descreveu esta igreja como "um edifício redondo aberto
ao céu, com três pórticos entrando pelo sul. Oito
lâmpadas brilhavam intensamente à noite através das
janelas voltadas para Jerusalém. No interior havia uma
edícula central contendo as pegadas de Cristo, clara e

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 97 ]
claramente impressas na poeira, dentro de uma grade.
Observe que as pegadas de Cristo foram “impressas no
pó”, e não na pedra.

Igreja do século 12

A igreja reconstruída acabou sendo destruída e
reconstruída pela segunda vez pelos Cruzados no século
XII. Os exércitos de Saladino mais tarde dizimaram a
igreja, deixando apenas uma parede octogonal externa
parcialmente intacta de 12x12 metros cercando um
santuário octogonal interno de 3x3 metros, chamado
martírio ou edícula. Esta estrutura ainda existe hoje,
embora parcialmente alterada após a conquista de
Jerusalém por Saladino em 1187.

Reaproveitamento omíada; nova mesquita
adjacente

Após a queda de Jerusalém em 1187, a igreja e o
mosteiro em ruínas foram abandonados pelos cristãos,
que se estabeleceram no Acre. Durante este tempo,
Saladino estabeleceu o Monte das Oliveiras como um
waqf confiado a dois xeques, al-Salih Wali al-Din e Abu
Hasan al-Hakari. Este waqf foi registado num documento
datado de 20 de outubro de 1188. A capela foi convertida
em mesquita, e nela foi instalado um mihrab. Dado que a
grande maioria dos peregrinos ao local eram cristãos,
como um gesto de compromisso e boa vontade, Saladino
ordenou a construção de uma segunda mesquita próxima
para o culto muçulmano, enquanto os cristãos
continuavam a visitar a capela-mor.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 98 ]

Século 13 até o presente

Apesar deste ato de acomodação de Saladino, as
tensões entre muçulmanos e cristãos em Jerusalém
aumentaram ao longo dos 300 anos seguintes. O
santuário e as estruturas circundantes passaram por
períodos de inutilização e degradação. No século XV, a
secção oriental destruída foi separada por um muro
divisório e já não era utilizada para fins religiosos.

Atualmente, a capela está sob a autoridade do
Waqf Islâmico de Jerusalém e está aberta a visitantes de
todas as religiões, mediante pagamento de uma taxa
nominal.

Descrição da capela

Edícula (capela)
A estrutura principal da capela é da época das
Cruzadas; a cúpula de pedra e o tambor octogonal sobre
o qual se apoia são acréscimos muçulmanos, assim como
as paredes exteriores; apenas os arcos e colunas de
mármore fazem parte da estrutura cristã original. A
entrada está voltada para oeste, e a parede sul da
mesquita/capela consiste em um mihrab que indica a
direção de Meca para os fiéis muçulmanos.

"Rocha de Ascensão"

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 99 ]
A edícula circunda uma laje de pedra chamada
“Rocha da Ascensão”. Diz-se que contém a pegada
direita de Cristo, enquanto a secção que ostenta a
pegada esquerda foi levada para a Mesquita de Al-Aqsa
na Idade Média. Os fiéis acreditam que a impressão foi
causada quando Jesus ascendeu ao Céu e é venerado
como o último ponto da terra tocado pelo Cristo
encarnado.
[Ao meu ver, não acredito que nesta rocha está
impressa a pegada de Cristo, mas de qualquer maneira, o
simples fato de visitar o Monte das Oliveiras e saber que
o evento da ascensão ocorreu por ali, já causa uma
grande emoção. Eu senti muito a glória de Deus no monte
das Oliveiras.]

Cripta funerária bizantina

A mesquita adjacente à antiga Igreja da Ascensão
foi construída no topo de uma cripta funerária bizantina.
Cada uma das três religiões abraâmicas atribui o túmulo a
uma figura sagrada feminina diferente.

Tradição cristã

A tradição cristã de Santa Pelagia é a mais
antiga. "A Vida de Santa Pelagia, a Prostituta", a vida de
uma lendária eremita e penitente cristã do século IV ou V,
Santa Pelagia de Antioquia, afirma que ela "construiu para
si uma cela no Monte das Oliveiras". Lá, ela viveu uma
vida santa disfarçada de monge e "fez muitas
maravilhas". Ela morreu poucos anos depois devido ao
seu severo ascetismo, "e os padres levaram seu corpo

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 100 ]
para o enterro". A tradição cristã coloca sua cela e tumba
no local da zawiya, adjacente e a sudoeste da antiga
Igreja da Ascensão.

No entanto, a maioria dos peregrinos cristãos
ocidentais do século XIV veneravam o túmulo como
sendo o de Santa Maria, a Egípcia, embora a tradição
Pelagia também continue viva.

Tradição judaica

A tradição judaica que atribui o túmulo à profetisa
Hulda é registrada a partir de 1322, começando com
Estori Ha-Parhi. Outra tradição existe a partir do século II,
a Tosefta, que coloca o túmulo de Hulda dentro das
muralhas da cidade de Jerusalém.

Tradição muçulmana

O trabalho de propaganda contra-cruzada de
meados do século 14, Muthir al-gharam fi ziyarat al-Quds
wa-sh-Sham ("Despertando o amor por visitar Jerusalém
e a Síria"; c. 1350-51) coloca o ano da morte de Rabi'a al-
'Adawiyya por volta de 781/82 e o enterrou nesta cripta
funerária. Outros historiadores, como al-Harawi (falecido
em 1215) e Yaqut (1179–1229) localizam o túmulo de
Rabi'a em sua cidade natal, Basra, e atribuem o túmulo
do Monte das Oliveiras a outra Rabi'a, esposa de um Sufi,
Ahmad Ibn Abu el Huari, do final do período cruzado e
início do período aiúbida. Ainda outra tradição muçulmana
atribui o túmulo a Rahiba bint Hasn, uma mulher de quem
nada se sabe.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 101 ]

Mesquita Rabi'a

A mesquita que fica a sudoeste da antiga Igreja
da Ascensão, conhecida como zawiya de Rabi'a al-
'Adawiyya, consiste em duas estruturas: a superior, ou
mesquita propriamente dita, e uma câmara subterrânea.

A cripta bizantina

A câmara subterrânea é acessada po r uma
escada e inclui uma cela de 2 m de profundidade, 1,2 m
de largura e 1,8 m de altura em seu lado leste.

Na parede sul e perto do túmulo, uma inscrição
funerária grega do período bizantino mencionando o
nome Domitila provavelmente indica a quem pertencia o
túmulo, embora a crença de que continha os restos
mortais de Santa Pelagia também seja atestada do
período bizantino.

Os arqueólogos Jon Seligman e Rafa Abu Raya,
que realizaram uma pequena escavação de salvamento
fora da parede sul da mesquita em 1995, dataram a
câmara subterrânea do período bizantino, identificando-a
como a cripta funerária de uma capela que fazia parte da
Igreja. da Ascensão. A cripta está situada a leste da
mesquita e fica em frente à entrada. À direita da entrada,
o cenotáfio ou sarcófago fica dentro de um nicho.

Seligman e Abu Raya datam o edifício superior do
período medieval e consideram a data aiúbida a mais

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 102 ]
provável. No entanto, Denys Pringle sugere uma data dos
Cruzados, com base em características como a entrada
oeste, que poderia indicar uma orientação leste-oeste da
estrutura, e o fato de que o mihrab está colocado em um
nicho de janela mais antigo.

Ambientes
Do outro lado da rua da capela fica um Mosteiro
Ortodoxo Grego da Ascensão com uma pequena igreja
construída entre 1987 e 1992.

Ao sul da Capela da Ascensão fica o mosteiro
que contém os restos da Igreja Constantiniana Eleona e
da Igreja do Pater Noster do século XIX.

O Convento Ortodoxo Russo da Ascensão,
construído em 1870, está localizado a cerca de 200
metros a nordeste da capela. Agora abriga cerca de 40
freiras. Do outro lado da rua fica o Hospital Muslim
Makassed.

Mais longe, a nordeste, fica a Igreja Protestante
Alemã da Ascensão, parte do complexo Augusta Victoria.
[11]

Necrópole de Silwan

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 103 ]

Restos do Monólito de Silwan, uma tumba do
período do Primeiro Templo.

A necrópole de Silwan são os restos de um
cemitério escavado na rocha que se presume ter sido
usado pelos funcionários de mais alto escalão residentes
em Jerusalém. Seus túmulos foram escavados entre os
séculos IX e VII aC. Situa-se na encosta rochosa oriental
do Vale do Cédron, de frente para a parte mais antiga de
Jerusalém. Parte da aldeia palestina de Silwan foi
posteriormente construída no topo da necrópole.

História

A existência de tumbas subjacentes na aldeia de
Silwan era conhecida desde o século XIX, inclusive por
Charles Warren, que tentou realizar um levantamento das
tumbas em 1876 - um esforço que Warren afirmou ter

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 104 ]
sido frustrado pela "natureza hostil dos aldeões", a quem
ele descreveu como "um grupo sem lei".

De acordo com o arqueólogo David Ussishkin,
todas as tumbas foram esvaziadas há muito tempo e seu
conteúdo removido, enquanto uma grande destruição
estrutural também foi feita nas tumbas ao longo dos
milênios pela extração de pedreiras e pela conversão de
tumbas para uso como habitação, tanto por monges no
período bizantino, quando eram usados como celas de
monges e alguns até como igrejas. No período moderno,
Ussishkin observa: “Quando a aldeia árabe foi construída;
os túmulos foram destruídos, incorporados em casas ou
transformados em cisternas de água e depósitos de
esgoto”. A primeira pesquisa cuidadosa não foi realizada
até 1968.

Significado

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 105 ]
Tumbas escavadas na rocha sob casas modernas
em Silwan.

A necrópole de Silwan é um sítio arqueológico de
grande importância. No século XIX, continha cerca de
quarenta túmulos escavados na rocha de distinto calibre,
dos quais a maioria ainda estava preservada no final da
década de 1960. As inscrições encontradas em três das
tumbas estão em hebraico.

A arquitetura dos túmulos e a forma de
sepultamento são diferentes "de tudo o que se conhece
na Palestina contemporânea. Elementos como entradas
localizadas bem acima da superfície, tetos de duas
águas, tetos retos com cornija, locais de descanso em
forma de calha com almofadas, acima- tumbas terrestres
e inscrições gravadas na fachada aparecem apenas
aqui." Os bancos de pedra sobre os quais os corpos
foram dispostos e as pequenas portas quadradas de
entrada são semelhantes aos encontrados em outras
partes de Judá. David Ussishkin acredita que a
semelhança arquitetônica com os estilos de construção
das cidades fenícias valida a descrição bíblica da
influência fenícia nos reinos israelitas.

Se os antigos reinos israelitas seguissem a
prática de outros reinos semitas ocidentais, os próprios
reis teriam sido enterrados dentro das muralhas da
cidade, sob o palácio real. O consenso acadêmico é que
o palácio real ficava na colina oposta, a oeste.

Tipos de tumbas na necrópole de Silwan

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 106 ]
Existem três tipos diferentes de tumbas na
necrópole de Silwan, cada tipo concentrado em uma área
específica.

Sete dos túmulos apresentam tetos triangulares e
cantarias extremamente finas. Ussishkin os descreve
como "entre os mais belos túmulos escavados na rocha
conhecidos na área de Jerusalém, mesmo quando
comparados com túmulos de períodos posteriores". Em
contraste com os extensos túmulos familiares de períodos
posteriores, estes são para sepultamentos simples ou
duplos, com apenas um dos sete tendo espaço para três
corpos. A destruição posterior apagou as portas originais.

Um segundo tipo de tumba descrito por Ussishkin
tem tetos planos e 1, 2 ou 3 câmaras de pedra bem
trabalhada cuidadosamente quadradas em qu artos
espaçosos. Um deles apresenta uma câmara traseira de
escala e qualidade especialmente “impressionantes”.

Existem tumbas que combinam características
das duas descritas aqui acima.

O terceiro tipo consiste em apenas três
“magníficos” túmulos monólitos, agora localizados na
parte norte da aldeia. Estes foram escavados no
penhasco para criar edifícios independentes acima das
câmaras funerárias subterrâneas. Inscrições hebraicas
sobreviveram nessas três tumbas; estas são as únicas
inscrições antigas que sobreviveram em Silwan. [1]

A seguir estão os três túmulos monólitos:

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 107 ]

Tumba da Filha do Faraó

O mais famoso dos antigos túmulos escavados na
rocha em Silwan é o monólito finamente esculpido
conhecido como Túmulo da Filha do Faraó. É o único dos
três túmulos independentes em que a câmara acima do
solo sobrevive, embora o telhado em forma de pirâmide
esteja faltando porque foi extraído de pedra. O teto é de
duas águas.

Tumba do Regente Real

Outro túmulo notável, denominado Túmulo do
Regente Real, está agora incorporado numa casa de
época moderna na rua principal da aldeia. A certa altura
rebocada para servir de cisterna, em 1968 passou a ser
utilizada como arrecadação. Foi descoberto em 1874 por
Charles Simon Clermont-Ganneau.

A antiga inscrição diz "Este é o túmulo de [...]
yahu que está sobre a casa. Não há prata ou ouro aqui,
exceto (seus ossos) e os ossos de sua Amma. Maldito
seja o homem que abrir isto." A primeira parte do nome
hebraico foi apagada, mas se refere a um mordomo real
ou camareiro da Judéia. Clermont-Ganneau enviou a
inscrição da tumba para o Museu Britânico, mas ela só foi
decifrada na década de 1950 por Nahman Avigad. Alguns
estudiosos acreditam que este é o túmulo do bíblico
Shebna, o mordomo e tesoureiro do rei Ezequias (727–
698 aC). Pensa-se que na época relevante o mesmo
nome poderia ser escrito com ou sem a desinência -yahu,

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 108 ]
permitindo assim Shebanyahu como uma variação de
Shebna. Segundo David Ussishkin, o túmulo continha
duas câmaras, a câmara exterior com um provável banco
duplo para o ocupante e a sua esposa, e uma câmara
interior com um único banco funerário para um familiar
que pode ser referido no segundo fragmento de inscrição.
O Livro de Isaías (22:16) repreende Sebna por sua
presunção: "O que você tem aqui e quem você tem aqui,
para que você tenha escavado um sepulcro aqui, como
aquele que escava para ele um sepulcro no alto, e aquele
que sepulta uma habitação para si na rocha?”

Enterro de Z

Outro antigo monólito foi descrito pela primeira
vez em 1968 por Ussishkin. Naquela época localizava-se
sob o pátio de uma casa de época moderna que servia de
cisterna. Possui "o melhor e mais delicado revestimento
de pedra da necrópole de Silwan". O andar superior foi
destruído para uso como pedra extraída no período
romano/bizantino. Apenas uma pequena se ção da
inscrição sobreviveu para ser registrada por Ussishkin. A
primeira linha é "[Este é o] enterro de Z ...". A segunda
linha "(aquele) que abre (esta tumba)..." A terceira linha
estava ilegível. [12]

AS SETE COLINAS

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 109 ]
Tudo isso torna complicado traçar a lista exata
das famosas 7 colinas. Geralmente reconhecemos pelo
menos:
 Monte Ofel, onde encontramos as
ruínas da Cidade de David.
 Monte Herzl, onde hoje está
localizado o museu Yad Vashem.
 O Monte das Oliveiras ("har HaZeitim"
em hebraico, às vezes também chamado de
"Monte das Oliveiras"), com o seu imenso cemitério
judaico, que seria também o local da Ascensão de
Jesus ao céu.
 Monte Sião, do qual acabei de falar,
com o túmulo do Rei Davi.
 O Monte do Templo, o local mais
sagrado do Judaísmo: ali encontramos tanto a
Esplanade des Mosques, construída sobre as
ruínas do destruído Segundo Templo de
Jerusalém... como o Muro das Lamentações, que é
o vestígio do referido Templo.
 Monte Scopus (onde encontramos a
Universidade Hebraica de Jerusalém e o Jardim
Botânico Nacional de Israel).
Também falamos do "Monte Moriá" na Bíblia (é
aqui que a tradição judaica localiza a localização da
Rocha da Fundação, o "Santo dos Santos", ou seja, a
pedra fundamental da parte mais central do Templo de
Jerusalém), do “monte da Corrupção” (ou Monte da
Perdição, que forma com o Monte das Oliveiras e o Monte
Scopus uma pequena “cumeeira” de alguns quilómetros

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 110 ]
de comprimento). Há também o "Monte das Tréguas" (Har
Hamenuchot), outro grande cemitério judeu...
Em resumo, em vez de contar os Montes de
Jerusalém, é melhor concentrar-nos naquele que hoje nos
ocupará: o Monte das Oliveiras ! [18]

O Monte das Oliveiras e a Bíblia

Várias passagens bíblicas referem-se ao Monte
das Oliveiras.

No Antigo Testamento, é mencionado quando
Davi, Rei de Israel, teve que fugir de seu filho Absalão.
Em suma, Absalão matou o filho mais velho de Davi
porque ele estuprou sua irmã (sim, a Bíblia não é muito
alegre) e insidiosamente começou a reunir “seguidores”
para sua causa. O Rei, temendo um massacre, prefere
então fugir para escapar de Absalão. Os livros de Samuel
afirmam: “Davi subiu ao Monte das Oliveiras. Ele subiu
chorando com a cabeça coberta e andou descalço”.

O livro de Ezequiel afirma: “E a glória do Senhor
subiu do meio da cidade e parou no monte que está ao
leste da cidade”.

No Novo Testamento, aprendemos que era para
este lugar que Jesus voltava todas as noites, depois de
ter pregado o dia todo no Templo de Jerusalém: “De dia

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 111 ]
ensinava no templo, mas à noite, saindo, ficava fora. o
monte chamado das Oliveiras. E todo o povo vinha ter
com ele desde o amanhecer ao templo para ouvi-lo”
(Evangelho segundo São Lucas).

Segundo os Atos dos Apóstolos, foi também do
Monte das Oliveiras que Jesus subiu ao céu: “Depois de
ter dito isto, foi elevado enquanto eles olhavam para ele, e
uma nuvem o escondeu da vista deles. Enquanto eles
olhavam para o céu, enquanto ele caminhava, eis que
dois homens vestidos de branco lhes apareceram,
dizendo: Galileus, por que estais olhando para o céu?
Este Jesus, que dentre vós foi arrebatado ao céu, virá do
mesmo modo como o viste indo para o céu. Depois
voltaram para Jerusalém, do monte chamado das
Oliveiras, que está perto de Jerusalém, à distância do
caminho de sábado."

Quanto a Maria, a mãe de Jesus, o seu destino
não é mencionado na Bíblia... mas textos posteriores
afirmam que após a sua morte (fora de Jerusalém), o seu
corpo foi milagrosamente trazido de volta à cidade santa e
enterrado no Jardim. do Getsêmani . Isto explica porque
você verá, no Monte das Oliveiras, a igreja do sepulcro de
Maria. Na realidade, a localização exacta deste jardim,
entre os tempos bíblicos e hoje, permanece bastante
vaga. É, portanto, mais um lugar simbólico.

Diante dessas poucas referências você entenderá
melhor porque o Monte das Oliveiras é um local muito
importante para os cristãos, sejam eles católicos,
ortodoxos ou protestantes. [18]

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 112 ]


Túmulo da Virgem Maria

Igreja do Sepulcro de Santa Maria



Fachada do túmulo de Maria do século XII

Religião
Afiliação Cristianismo (Católico, Ortodoxo
Armênio, Ortodoxo Grego, Ortodoxo Etíope, Ortodoxo
Siríaco, Ortodoxo Copta) Islã

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 113 ]
Rito Latim, bizantino, alexandrino, armênio,
siríaco.

Localização Monte das Oliveiras, Vale do Cédron,
Jerusalém.

O túmulo da Virgem Maria está localizado no
centro-leste de Jerusalém.


Planta e corte vertical do local.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 114 ]
Igreja do Sepulcro de Santa Maria, também
Túmulo da Virgem Maria ou Igreja da Assunção, é uma
igreja cristã construída em torno de uma antiga rocha
judaica. -túmulo escavado no Vale do Cédron - ao pé do
Monte das Oliveiras, em Jerusalém - considerado pelos
cristãos orientais como o local de sepultamento de Maria,
a mãe de Jesus. O Status Quo, um acordo de 250 anos
entre comunidades religiosas, aplica-se ao local.

Tradição cristã
A Sagrada Tradição do Cristianismo Oriental
ensina que a Virgem Maria morreu de morte natural (a
Dormição da Theotokos, o adormecimento), como
qualquer ser humano; que sua alma foi recebida por
Cristo após a morte; e que seu corpo foi ressuscitado no
terceiro dia após seu repouso, momento em que ela foi
elevada, alma e corpo, ao céu em antecipação à
ressurreição geral. Seu túmu lo, segundo este
ensinamento, foi encontrado vazio no terceiro dia.

[Não vemos apoio a esta ideia nas Escrituras
Sagradas, nem nos primeiros escritos pós-apostólico, por
isto, os evangélicos não aceitam esta hipótese.]

O ensino católico romano sustenta que Maria foi
“assumida” ao céu em forma corporal, a Assunção; a
questão de saber se Maria realmente sofreu ou não a
morte física permanece em aberto na visão católica. Em
25 de junho de 1997, o Papa João Paulo II disse que
Maria experimentou a morte natural antes de sua
assunção ao céu.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 115 ]
Uma narrativa conhecida como Euthymiaca
Historia (escrita provavelmente por Cirilo de Citópolis no
século V) relata como o imperador Marciano e sua
esposa, Pulquéria, solicitaram as relíquias da Virgem
Maria a Juvenal , o Patriarca de Jerusalém , enquanto ele
participava do Concílio de Calcedônia (451). Segundo o
relato, Juvenal respondeu que, no terceiro dia após seu
sepultamento, descobriu-se que o túmulo de Maria estava
vazio, apenas sua mortalha foi preservada na igreja do
Getsêmani. Em 452 o sudário foi enviado para
Constantinopla, onde foi guardado na Igreja de Nossa
Senhora de Blachernae (Panagia Blacherniotissa ).

[O culto a Maria é um desenvolvimento pós-
bíblico, pós-apostólico e pós-pais da igreja.]

De acordo com outras tradições, foi o Cinturão da
Virgem Maria que foi deixado no túmulo, ou deixado cair
por ela durante a Assunção.

[Apesar de ter amado minha viagem a Terra
Santa e ter visitado os lugares sagrados, onde os eventos
bíblicos ocorreram, temos que levar em consideração que
fábulas, mitos se misturaram com a verdade.
Particularmente procuro me d eter em fatos mais
concretos. Dando valor inferior a contos.]

História e arqueologia

Cemitério do período romano

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 116 ]

Em 1972, Bellarmino Bagatti, um frade
franciscano e arqueólogo, escavou o local e encontrou
evidências de um antigo cemitério datado do século I;
suas descobertas ainda não foram submetidas à revisão
por pares pela comunidade arqueológica mais ampla, e a
validade de sua datação não foi totalmente avaliada.

Bagatti interpretou os restos mortais como uma
indicação de que a estrutura inicial do cemitério,
composta por três câmaras (sendo o próprio túmulo a
câmara interna de todo o complexo), foi julgada de acordo
com os costumes da época.

Estruturas do período bizantino e do início do
período muçulmano.

O túmulo interpretado pelos cristãos católicos
como sendo o de Maria foi isolado do resto da necrópole,
cortando-se a face rochosa circundante. Uma edícula foi
construída sobre o túmulo.

Uma pequena igreja superior em base octogonal
foi construída pelo Patriarca Juvenal (durante o governo
de Marciano) sobre o local no século V; este foi destruído
na invasão persa de 614.

Alternativamente, Jerome Mu rphy-O'Connor
escreve que uma igreja é mencionada apenas no final do
século VI, e que - se de fato foi destruída em 614 - foi
reconstruída e visitada por Arculf (c. 670) e descrita como
duas- nivelado e redondo.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 117 ]

Durante os séculos seguintes a igreja foi
destruída e reconstruída muitas vezes, mas a cripta
permaneceu intocada, pois para os muçulmanos é o local
de sepultamento da mãe do profeta Isa (Jesus).

Igreja e mosteiro dos cruzados

Por volta de 1130, durante o Reino Cruzado de
Jerusalém , a igreja foi reconstruída pelos beneditinos,
que instalaram um mosteiro murado, a Abadia de Santa
Maria do Vale de Josafá; a igreja é às vezes mencionada
como o Santuário de Nossa Senhora de Josafá (ou
Josafá). O complexo monástico incluía três torres de
proteção e era decorado com colunas góticas antigas e
afrescos vermelhos sobre verdes.

O edifício dos cruzados de 1130 incluía uma
igreja superior construída sobre as ruínas de sua
antecessora, demolida em 1009 pelo califa al-Hakim, e
uma igreja inferior, composta pela cripta da igreja
bizantina, e como acréscimos construídos pelos cruzados.

Saladino (1187) e consequências

A igreja superior foi destruída por Saladino em
1187, sendo a sua alvenaria utilizada para reparar os
muros de Jerusalém. Saladino deixou a igreja inferior
intacta, mas removeu dela todas as imagens cristãs.

Na segunda metade do século XIV, os frades
franciscanos reconstruíram a igreja mais uma vez.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 118 ]

O clero da Igreja Ortodoxa Grega tinha sido os
guardiões dos Lugares Santos até a chegada dos
Cruzados Católicos Romanos em 1099, e em 1757
tentaram retomar vários locais da Terra Santa, incluindo
este. Como resultado disso, os franciscanos, proprietários
da igreja desde 1363, foram forçados a partir. Os tribunais
otomanos apoiaram este estado de coisas, que doravante
ficou conhecido como "status quo". Desde então, o túmulo
é propriedade da Igreja Ortodoxa Grega e da Igreja
Apostólica Armênia de Jerusalém, enquanto a gruta
próxima do Getsêmani permaneceu na posse dos
franciscanos.

A igreja



O Túmulo de Maria escavado na rocha e a sua
entrada, com a parte frontal coberta de ícones; lado
oriental da cripta.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 119 ]


O banco de pedra sobre o qual foi deitado o corpo
da Virgem, agora envolto em vidro.

Os protestantes e evangélicos veem todos estes
sítios relativos ao culto a Maria como algo que surgiu
posteriormente. Até porque a possibilidade de Maria ter
morrido em Éfeso na Turquia tem mais conexão com a
Bíblia, uma vez que Jesus, na hora que morria na cruz,
designou o apóstolo João para cuidar de Maria e leva-la
para sua casa. A história mostra que João se estabeleceu
em Éfeso, levando provavelmente consigo Maria. Assim,
nós citamos aqui estes sítios, relíquias e histórias sobre
Maria sepultada em Jerusalém apenas para mostrar esta
versão da história.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 120 ]
Precedida por um pátio murado a sul, a igreja
cruciforme que protege o túmulo foi realizada em parte
por corte na rocha e em parte por alvenaria, e é acedida
por uma ampla escadaria descendente cujo piso superior
data do século XII. Do lado direito da escadaria (para
leste) encontra-se a capela dos pais de Maria, Joaquim e
Ana, inicialmente construída para albergar o túmulo da
Rainha Melisende de Jerusalém, filha de Balduíno II, cujo
sarcófago foi removido. de lá pelos ortodoxos gregos. À
esquerda (a oeste) encontra-se a capela de São José,
marido de Maria, inicialmente construída como túmulo de
outras duas parentes femininas de Balduíno II.

Ao fundo da escadaria, no lado nascente da
igreja, encontra-se a edícula que contém o túmulo de
Maria. Existem também altares dos gregos e armênios no
lado leste. Um nicho ao sul da tumba é um mihrab que
indica a direção de Meca , instalado quando os
muçulmanos tinham direitos conjuntos sobre a igreja.
Atualmente os muçulmanos não têm mais direitos de
propriedade sobre este sitio. No lado ocidental existe um
altar siríaco.

A Igreja Apostólica Armênia de Jerusalém e a
Igreja Ortodoxa Grega de Jerusalém estão na posse do
santuário. Os siríacos, os coptas e os etíopes têm direitos
menores.

Ícone "Panagia Ierosolymitissa"

Dentro da igreja está localizado um famoso ícone
chamado Panagia Ierosolymitissa (Santíssima Senhora

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 121 ]
de Jerusalém) que, segundo a tradição, foi criado
milagrosamente sem intervenção humana.

Autenticidade

Éfeso como local provável

Epifânio de Salamina no século IV d.C., afirmava
que Maria pode ter passado os últimos anos de sua vida
em Éfeso, na Turquia. Os efésios derivaram isso da
presença de João na cidade e das instruções de Jesus a
João para cuidar de Maria após sua morte. Epifânio, no
entanto, ressaltou que embora a Bíblia mencione a
partida de João para a Ásia, não faz nenhuma menção à
ida de Maria com ele. A tradição da Igreja Ortodoxa
Oriental acredita que a Virgem Maria viveu nas
proximidades de Éfeso, em Selçuk, onde existe um local
atualmente conhecido como Casa da Virgem Maria e
venerado por católicos e muçulmanos, mas argumenta
que ela só ficou lá por alguns anos, embora haja relatos
de que ela passou nove anos até sua morte.

Pró: apócrifos

Embora nenhuma informação sobre o fim da vida
de Maria ou seu sepultamento seja fornecida nos relatos
do Novo Testamento, e muitos cristãos acreditem que
nenhuma exista nos primeiros apócrifos, alguns apócrifos
são oferecidos como apoiando a morte de Maria (ou outro
destino final). O Livro de João sobre a Dormição de Maria,

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 122 ]
escrito no século I, III, IV ou VII, coloca seu túmulo no
Getsêmene, assim como o Tratado do século IV sobre o
falecimento da Bem-Aventurada Virgem Maria.

Pró: fontes dos séculos 4 a 8

O peregrino Antonino de Piacenza, escrevendo
sobre viagens em 560-570 DC, menciona naquele vale "a
basílica de Maria Santíssima, que dizem ser a sua casa;
na qual é mostrado um sepulcro, do qual dizem que a
Santíssima Maria foi elevada ao céu." Antes e depois do
viajante anônimo de Piacenza, durante o século IV ao
início do século VIII, os Santos Epifânio de Salamina,
Gregório de Tours, Isidoro de Sevilha, Modest, Sofrônio
de Jerusalém, Alemão de Constantinopla, André de Creta
e João de Damasco fala que o túmulo estava em
Jerusalém e testemunha que esta tradição foi aceita por
todas as Igrejas do Oriente e do Ocidente.

Outras reivindicações

Cristianismo

Os Keraites turcomanos acreditam, de acordo
com uma tradição nestoriana, que outro túmulo da Virgem
Maria está localizado em Maria, no Turcomenistão - uma
cidade originalmente chamada Mari.

Outra tradição existe entre os cristãos de Nínive,
no norte do Iraque, de que o túmulo de Maria esteja
localizado perto de Erbil, ligando o local à direção de

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 123 ]
inclinação do antigo minarete da Grande Mesquita de al-
Nuri, em Mossul.

Ahmadia

O movimento Ahmadiyya acredita que Maria foi
enterrada na cidade de Murree, no Paquistão, e seu
túmulo está atualmente localizado no santuário Mai Mari
da Ashtan. A autenticidade destas afirmações ainda não
está estabelecida academicamente e não sofreu qualquer
investigação escolástica ou acadêmica, nem endosso
canônico da Santa Sé, nem de qualquer outra pessoa.
[13]
Jardim do Getsêmani


Em maio de 2023 passeando e orando pelo Horto do
Getsêmani no Monte das Oliveiras.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 124 ]
Jardim do Getsêmani é um jardim ao pé do Monte
das Oliveiras em Jerusalém Oriental onde, de acordo com
os quatro Evangelhos do Novo Testamento, Jesus Cristo
sofreu a agonia no jardim e foi preso antes de sua
crucificação. É um lugar de grande ressonância no
cristianismo. Existem vários pequenos olivais na
propriedade da igreja, todos adjacentes uns aos outros e
identificados com o Getsêmani bíblico.

Etimologia
Getsêmani aparece no original grego do
Evangelho de Mateus e no Evangelho de Marcos como
Γεθσημανή (Gethsēmanḗ). O nome é derivado do
aramaico بتوتت (Gaḏ-Šmānê), que significa "lagar de
azeite". Mateus 26:36 e Marcos 14:32 chamam-no de
χωρίον (chōríon), significando um lugar ou propriedade. O
Evangelho de João diz que Jesus entrou num jardim
(κῆπος kêpos) com seus discípulos.



Localização

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 125 ]

Jardim do Getsêmani, 1914


Segundo o Novo Testamento, era um lugar que
Jesus e seus discípulos costumavam visitar, o que
permitiu que Judas Iscariotes o encontrasse na noite em
que Jesus foi preso.

Existem quatro locais, todos eles no sopé
ocidental do Monte das Oliveiras ou perto dele,
oficialmente reivindicados por diferentes denominações
como o lugar onde Jesus orou na noite em que foi traído.

O jardim da Igreja Católica de Todas as Nações,
construído sobre a “Rocha da Agonia”.
A localização perto do Túmulo da Virgem Maria
ao norte.
A localização ortodoxa grega a leste.
O pomar ortodoxo russo, próximo à Igreja de
Maria Madalena.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 126 ]

O Jardim do Getsêmani é repleto de oliveiras, afinal, o
jardim se encontra no famoso monte das Oliveiras.

William McClure Thomson, autor de The Land and
the Book, publicado pela primeira vez em 1880, escreveu:
“Quando cheguei a Jerusalém pela primeira vez, e
durante muitos anos depois, este pedaço de terreno
estava aberto a todos sempre que quisessem vir e
meditar sob a sua terra. oliveiras muito antigas. Os
latinos, no entanto, conseguiram nos últimos anos obter a
posse exclusiva e construíram um muro alto em torno
dela. Os gregos inventaram outro local um pouco ao
norte. Minha impressão é que ambos estão errados. A
posição é muito próxima da cidade, e tão perto do que
sempre deve ter sido a grande via pública para o leste,
que nosso Senhor dificilmente a teria escolhido para se
aposentar naquela noite perigosa e sombria.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 127 ]


Enquanto visitava o Jardim do Getsêmani, pode-se ver ao
fundo a Igreja de Todas Nações, ou basílica da Agonia.
Momento de muita reflexão e fé.

Estou inclinado a colocar o jardim no vale isolado,
várias centenas de metros a nordeste do atual
Getsêmani."

Tudo o que foi dito acima é baseado na tradição
de longa data e na fusão dos relatos sinópticos de Marcos
(14:31) e Mateus (26:36) com o relato joanino (João 18
:1). Marcos e Mateus registram que Jesus foi a "um lugar
chamado lagar de azeite (Getsêmani)" e João afirma que
ele foi a um jardim perto do vale do Cedrom. Os estudos

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 128 ]
modernos reconhecem que a localização exata do
Getsêmani é desconhecida.

Local de peregrinação



Agonia no Jardim de Andrea Mantegna,  1460,
retrata Jesus orando no Getsêmani enquanto os
discípulos dormem e Judas lidera a multidão.

Base bíblica

De acordo com Lucas 22:43-44, a angústia de
Jesus no Monte das Oliveiras (Lucas não menciona o
Getsêmani; Lucas 22:39-40) foi tão profunda que "seu
suor era como grandes gotas de sangue caindo no chão."

Perto do túmulo de Maria

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 129 ]
De acordo com a tradição da Igreja Ortodoxa
Oriental, Getsêmani é o jardim onde a Virgem Maria foi
enterrada e elevada ao céu após sua dormição no Monte
Sião.

História

O Jardim do Getsêmani tornou-se um local focal
para os primeiros peregrinos cristãos. Foi visitado em 333
pelo anónimo “Peregrino de Bordéus”, cujo Itinerário
Burdigalense é a descrição mais antiga deixada por um
viajante cristão na Terra Santa. No seu Onomasticon,
Eusébio de Cesaréia assinala o local do Getsêmani
situado "aos pés do Monte das Oliveiras", e acrescenta
que "os fiéis costumavam ir lá para rezar".

Oito oliveiras antigas que crescem no sítio latino
do jardim podem ter 900 anos (ver apêndice)

Em 1681, os cavaleiros croatas da Sagrada
Ordem de Jerusalém, Paul, Antun e James, compraram o
Jardim Getsêmani e doaram -no à comunidade
franciscana, que o possui até hoje. Uma placa
tridimensional do lado direito, junto à entrada do jardim,
descreve a referida doação à comunidade.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 130 ]

Oliveiras antigas do Getsêmani

Idade das oliveiras

Um estudo realizado pelo Conselho Nacional de
Pesquisa italiano (CNR) em 2012 descobriu que três das
oliveiras do jardim estão entre as mais antigas conhecidas
pela ciência. As datas de 1092, 1166 e 1198 DC foram
obtidas por datação por carbono de partes mais antigas
dos troncos de três árvores. Testes de DNA mostram que
as árvores foram originalmente plantadas a partir da
mesma planta-mãe. Isso pode indicar uma tentativa de
manter intacta a linhagem de um indivíduo mais velho.
Possivelmente, as três árvores testadas poderiam ter sido
brotos que reviveram das raízes mais antigas. Segundo
os pesquisadores, “os resultados dos testes nas árvores
do Jardim do Getsêmani não resolveram a questão de
saber se as árvores retorcidas são as mesmas que
abrigaram Jesus porque as oliveiras podem voltar a
crescer a partir das raízes depois de serem cortadas”.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 131 ]

Estar no Jardim do Getsêmani é uma sensação incrível,
afinal aqui Jesus viveu os momentos mais angustiantes
da sua vida terrena. Dois mil anos já se passaram, mas
ao chegarmos aqui, eu sentia como se estivesse entrando
nas páginas da Bíblia e vivendo tudo aquilo. Felizes os
que pisam na terra santa de Jerusalém. Tenho certeza
que eu e todos os integrantes da caravana vivemos este
momento espiritual.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 132 ]
No entanto, Mauro Bernabei, autor do artigo
publicado como resultado do estudo do CNR, escreve:
“Todos os troncos das árvores são ocos por dentro, de
modo que falta a madeira central, mais velha... No final,
apenas três de um total de oito oliveiras puderam ser
datadas com sucesso. As oliveiras antigas datadas, no
entanto, não permitem qualquer hipótese quanto à idade
das restantes cinco azeitonas gigantes [ sic ]."

Arqueologia

Em 2014, uma pesquisa arqueológica do local foi
conduzida por Amit Re'em e David Yeger em nome da
Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA).

Em dezembro de 2020, os arqueólogos revelaram
os restos de uma igreja bizantina de 1.500 anos
(conhecida como Igreja de Todas as Nações ) e as
fundações de um banho ritual da era do Segundo Templo
(também conhecido como mikveh). Segundo a Dra. Leah
e o Dr. Rosário, inscrições gregas foram escritas no chão
da igreja como: “para a memória e repouso dos amantes
de Cristo… aceita a oferta dos teus servos e dá-lhes a
remissão dos pecados”.

De acordo com o chefe do distrito de Jerusalém
da Autoridade de Antiguidades de Israel, Amit Re'em, a
singularidade do banho é que é a primeira evidência
arqueológica no local do Getsêmani, onde os cristãos
fazem peregrinações há séculos. [15]
At-Tur – bairro Árabe

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 133 ]


At-Tur


Igreja do Pater Noster em At-Tur

At-Tur ( árabe : روطلا, hebraico : א-רוט; lit. "O
Monte" em árabe) é um bairro de maioria árabe no Monte
das Oliveiras, aproximadamente 1 km a leste da Cidade
Velha de Jerusalém. At-Tur está situada em Jerusalém
Oriental, ocupada e posteriormente efetivamente anexada
por Israel após a Guerra dos Seis Dias em 1967.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 134 ]



Enquanto nosso ônibus da caravana subia o monte das
Oliveiras, nós passávamos pelo bairro At-Tur, um bairro
árabe dentro de Jerusalém. Daqui já partiu algumas
revoltas populares contra o governo judeu de Israel,
atualmente, em maio de 2023, quando estávamos
peregrinando em Israel, o clima está calmo e as
animosidades arrefecidas. Infelizmente em 7 de outubro,
o Hamas atacou covardemente judeus, cometendo um
holocausto dentro do território israelense e a coisa ainda
não voltou ao normal, até o momento em que estou
escrevendo nestas linhas em 23/01/2024.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 135 ]

Pela janela do ônibus contemplo as ruas do bairro árabe
no monte das Oliveiras. Vejo a arquitetura das
construções típicas de Israel, revestidas de pedras por
fora, ruas estreitas e letreiros escritos em árabe.

História

A Capela da Ascensão está localizada em At-Tur.
Localizada no Monte das Oliveiras, a capela faz parte de
um complexo maior que consiste primeiro numa igreja
cristã e num mosteiro, depois numa mesquita islâmica.
Está localizado num local que os fiéis cristãos
tradicionalmente acreditam ser o local terrestre onde
Jesus ascendeu ao céu quarenta dias após a sua
ressurreição.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 136 ]

A alegria se mistura com a contemplação ao olhar
da janela do ônibus as ruas no bairro árabe no monte das
Oliveiras. Fico imaginando que desde o livro de Gênesis
há citações de Jerusalém, antiga capital dos jebuseus,
quando ainda não havia ainda nem mesmo o povo judeu
e árabe. De lá para cá este monte testemunho os eventos
mais dramáticos da história e da guerra no mundo
espiritual.


Era otomana

Em 1596, a aldeia apareceu como Tur Zayta nos
registros fiscais otomanos como estando no Nahiya de
Quds do Liwa de Quds. Tinha uma população de 48
agregados familiares e 8 solteiros, todos muçulmanos, e
pagava impostos sobre o trigo, a cevada, as vinhas ou

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 137 ]
árvores de fruto, e as cabras ou colmeias, num total de
3.200 akçe.


Em minha viagem em maio de 2023 pelo Oriente Médio
que inclui Dubai, Egito, Israel e a Cisjordânia, eu não tive
um dia que não fiquei emocionado, foram 40 anos
praticamente esperando um a oportunidade para
contemplar os lugares bíblicos “in loco”, então, finalmente
estou aqui, no Monte das Oliveiras que marcou sobre
tudo a vida do nosso Salvador Jesus Cristo.


Em 1838, nas Pesquisas Bíblicas na Palestina, foi
apontada como uma aldeia muçulmana, localizada no
distrito de el-Wadiyeh, a leste de Jerusalém.

Uma lista de aldeias otomanas de cerca de 1870
contava 38 casas e uma população de 127, embora a

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 138 ]
contagem da população incluísse apenas homens. Foi
descrita como uma aldeia no Monte das Oliveiras.

Em 1883, a Pesquisa da Palestina Ocidental
(SWP) do Fundo de Exploração da Palestina descreveu
At-Tur como "uma pequena aldeia dispersa no topo do
Monte das Oliveiras. As casas são construídas em pedra,
mas baixas e mesquinhas. A igreja da Ascensão, agora
uma mesquita, fica a oeste, no topo da colina.

Em 1896, a população de At-Tur era estimada em
cerca de 474 pessoas.

Era do Mandato Britânico

No censo da Palestina de 1922 conduzido pelas
autoridades do Mandato Britânico, At Tur tinha uma
população de 1.037; 806 muçulmanos e 231 cristãos,
aumentando no censo de 1931 para 2.090; 12 judeus,
253 cristãos e 1.825 muçulmanos, em 400 casas.

Nas estatísticas de 1945, a população de At Tur
era de 2.770; 2.380 muçulmanos e 390 cristãos, que
possuíam 8.808 dunams de terra, de acordo com uma
pesquisa oficial de terras e população. 228 dunams eram
plantações e terras irrigáveis, 2.838 para cereais,
enquanto 86 dunams eram terras urbanizadas (urbanas).

Era jordaniana

Após a Guerra Árabe-Israelense de 1948, At-Tur
ficou sob domínio jordaniano.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 139 ]
O censo jordaniano de 1961 encontrou 4.289
habitantes em At-Tur, dos quais 686 eram cristãos.

Pós-1967

Durante a Guerra dos Seis Dias de 1967, At-Tur
ficou sob ocupação israelense, permanecendo assim
após a guerra.

At-Tur tem uma população de 18.150 habitantes,
em sua maioria judeus israelenses, além de muçulmanos
e uma pequena minoria cristã. Os marcos em At-Tur
incluem o Hospital Augusta Victoria, a Igreja e Convento
de Pater Noster, onde o Pai Nosso está inscrito em 110
idiomas, e o Hotel Sete Arcos.

O Hospital de Caridade Islâmico Al-Makassed,
uma instalação médica com 250 leitos com serviços de
internação e ambulatório, está localizado em At-Tur.

Judeus israelitas têm comprado propriedades na
vizinhança e têm reassentado no Monte das Oliveiras a
um ritmo crescente.

Na sexta-feira, 24 de abril de 2015, um residente
de At-Tur, de 16 anos, foi morto a tiro por soldados
israelitas no posto de controlo de Az-Zaim. A polícia disse
que ele atacou com uma faca, mas sua família negou,
como costumam negar os terroristas... [16]

IGREJA DO PATER NOSTER

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 140 ]
Localização Bairro Cristão, Cidade Velha de
Jerusalém
Denominação católico
Instituto religioso Carmelitas
Fundador(es) Constantino, o Grande (basílica
original)
Aurélie de La Tour d'Auvergne (igreja moderna)
Arquitetura
Arquiteto(s) Marcelo Favier
Estilo Renascimento Românico
A Igreja do Pater Noster (francês: Église du Pater
Noster ) é uma igreja católica romana localizada no Monte
das Oliveiras, em Jerusalém. Faz parte de um mosteiro
carmelita, também conhecido como Santuário de Eleona
(francês: Domaine de l'Eleona). A Igreja do Pater Noster
fica bem ao lado das ruínas da Igreja Bizantina de Eleona,
do século IV. As ruínas de Eleona foram redescobertas no
século XX e as suas paredes foram parcialmente
reconstruídas. Hoje, a França reivindica a propriedade
das terras onde estão ambas as igrejas e todo o mosteiro,
sob as capitulações otomanas e, além disso, reivindica a
terra como um Domaine nationa l français que foi
formalizado pelo Acordo Fischer-Chauvel de 1948,
embora o acordo não tenha sido ratificado pelo Knesset
de Israel.

Contexto bíblico

Os Atos de João do século II mencionam a
existência de uma caverna no Monte das Oliveiras
associada aos ensinamentos de Jesus, mas não
especificamente ao Pai Nosso.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 141 ]

História


A Gruta, que se acredita ser o lugar onde Jesus
ensinou o Pai Nosso aos Seus discípulos.

Constantino e o período bizantino

A moderna Igreja do Pater Noster foi construída
ao lado de uma basílica do século IV encomendada por
Constantino I para comemorar a Ascensão de Jesus. Esta
última foi construída sob a direção da mãe de
Constantino, Helena, no início do século IV, que a
chamou de Igreja dos Discípulos. A peregrina Egeria é a
fonte mais antiga que sobreviveu referindo-se a ela como
a Igreja da Eleona (grego para olival) no final do século
IV. A igreja é mencionada pelo peregrino de Bordéus no
Itinerarium Burdigalense por volta de 333, e o historiador
Eusébio de Cesaréia conta que Constantino construiu
uma igreja sobre uma caverna no Monte das Oliveiras
que estava ligada à Ascensão.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 142 ]

A igreja sobreviveu intacta até ser destruída pelos
persas em 614.

Igreja dos Cruzados

A memória dos ensinament os de Jesus
permaneceu associada a este local, e durante as
Cruzadas tornou-se exclusivamente associada ao ensino
da Oração do Pai Nosso. Os cruzados construíram um
pequeno oratório entre as ruínas em 1106, e uma igreja
completa foi construída em 1152, graças aos fundos
doados pelo bispo dinamarquês Svend de Viborg, que
está enterrado dentro da igreja. A igreja da era das
Cruzadas foi fortemente danificada durante o cerco de
Jerusalém pelo sultão Saladino em 1187, sendo
eventualmente abandonada e caindo em ruínas em 1345.

Igreja moderna e ruínas recuperadas

Em 1851, as pedras restantes da igreja do século
IV foram vendidas para lápides no Vale de Josafá.

O local foi adquirido pela princesa Aurelia Bossi de la
Tour d'Auvergne (1809-1889) na segunda metade do
século XIX, e começou a busca pela caverna mencionada
pelos primeiros peregrinos. Em 1868, construiu um
claustro e fundou um convento carmelita em 1872. Uma
igreja conventual foi erguida na década de 1870.

Em 1910, foram finalmente encontradas as
fundações da antiga igreja que outrora ficava sobre a

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 143 ]
venerada gruta, estendendo-se parcialmente por baixo do
claustro moderno. O convento foi transferido para perto e
a reconstrução da igreja bizantina começou em 1915. A
reconstrução foi interrompida em 1927, quando os fundos
acabaram e a renovada Igreja de Eleona permanece
inacabada. O arquiteto francês Marcel Favier [fr],
encarregado da reconstrução da antiga igreja, chegou a
Jerusalém em setembro de 1926.

O túmulo que a Princesa Aurélia Bossi preparou
para si durante a sua vida fica na entrada da igreja
moderna. Ela morreu em Florença em 1889, e seus restos
mortais foram levados para a igreja em 1957, conforme
seu último desejo.


Altar da moderna Igreja do Pater Noster

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[ 144 ]

Interior do corredor em 1867.


Igreja bizantina do século IV

A igreja bizantina do século IV foi parcialmente
reconstruída e dá uma boa noção de como era a original.
As dimensões da igreja são iguais às da original e o
jardim exterior às três portas delimita a zona do átrio. A
igreja não tem telhado e tem degraus que levam a uma
gruta onde alguns cristãos acreditam que Jesus revelou
aos seus discípulos a sua profecia da destruição de
Jerusalém e da segunda vinda. Infelizmente, a caverna
que contém a gruta desabou parcialmente quando foi
descoberta em 1910. Ela também corta parcialmente uma
tumba do século I.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 145 ]
Ao entrar pela porta sul da igreja bizantina, à
esquerda encontram-se fragmentos do piso de mosaico
do batistério.

Igreja do século 19

O claustro do século XIX segue o modelo do
Campo Santo de Pisa, Itália. Separa a igreja bizantina
parcialmente reconstruída, que fica a oeste dela, da
pequena igreja do convento do século XIX, que fica a
leste dela.

O túmulo da Princesa Aurélia Bossi fica na
câmara lateral oeste do nártex, do lado direito de quem
entra na igreja.

Placas de Oração do Senhor

As paredes do claustro, da igreja do convento e
da igreja Eleona parcialmente reconstruída são utilizadas
para exibir placas que ostentam o Pai Nosso num total de
mais de 100 línguas e dialetos diferentes.

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[ 146 ]

No patio da basílica do Pater Noster, os membros de
nossa caravana VOE COM TALI, registramos em fotos e
videos este momento singular. Aqui o pastor Marcio Alves
dos Anjos que viajou comigo teve seu mais profundo
encontro com Deus, caindo em lágrimas.

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[ 147 ]

Durante nossa peregrinação pelo Oriente Médio tivemos quatro
guias. Aqui em Israel, nosso guia foi o judeu Doron, um
profundo conhecedor da geografia e história de Israel. As visitas
em lugares turísticos ou de peregrinação se tornam mais
aproveitáveis e enriquecedor se formos acompanhados por um
monitor ou guia.

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[ 148 ]

Um detalhe marcante na Igreja do Pater Noster são os dizeres da
ORAÇÃO DO PAI -NOSSO em fachados pelo pátio e
corredores da igreja escritos em mais de cem línguas. Inclusive
o português e linguas indígenas do Brasil.

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[ 149 ]

Igreja situada no Monte das Oliveiras e dedicada a
Oração do Pai Nosso, por ter sido o local onde Jesus
ensinou a oração do Pai-Nosso aos seus discípulos.
Traduzida em vários idiomas nos painéis das paredes ao
longo da área externa. Uma homen agem muito
inspiradora. A Igreja faz parte do convento das Freiras
Carmelitas. E pertence ao Governo Francês.

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[ 150 ]

É um local lindo, mais do que sagrado, onde você encontra a
sagrada oração do Pai-Nosso que Ele ensinou aos apóstolos.
Está estampada em mais de 170 línguas... tem um pequeno
jardim com algumas oliveiras muito antigas, mas a beleza
mesmo está nos azulejos das paredes com as orações. Um local
agradável para silenciar e orar- embora o excesso de turistas não
deixe muito. Mas vale a pena, recomendo!

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[ 151 ]

A oração do Pai-Nosso é a sóntese mais perfeia do
modelo de oração que nós devemos fazer a Deus

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 152 ]
Localização

A igreja está localizada no distrito de At-Tur, em
Jerusalém, que tem uma população de cerca de 18 mil
árabes, em sua maioria muçulmanos, com uma pequena
minoria cristã. [17]




APÊNDICE

1 – ESTUDO GENÉTICO DE OLIVEIRAS
DO JARDIM DO GETSÊMANI

Observação de oito oliveiras antigas (Olea
europaea L.) crescendo no Jardim do Getsêmani
Links do autor abrem painel de
sobreposiçãoRaffaella Petruccelli e,Cristiana Giordano
b,Maria Cristina Salvatici b,Laura Capozzoli b,Leonardo
Ciaccheri c,Massimo Pazzini d.,Orietta Lain e,Raffaele
Testolin e,Antonio Cimato _

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 153 ]
Há milhares de anos, as oliveiras ( Olea europaea
L.) são uma presença significativa e um símbolo no
Jardim do Getsêmani, local localizado aos pés do Monte
das Oliveiras, em Jerusalém, lembrado pela agonia de
Jesus Cristo diante de seu prender prisão. Esta
investigação compreende a primeira caracterização
morfológica e genética de oito oliveiras do Jardim do
Getsêmani. Foram realizadas carac terísticas
pomológicas, observações morfométricas e
ultraestruturais, bem como análises de SSR (Simple
Sequence Repeat) para identificação das oliveiras.
Análises estatísticas foram realizadas para avaliar sua
variabilidade morfológica. O estudo revelou baixa
variabilidade morfológica e mínima dissimilaridade entre
as oliveiras. De acordo com a análise molecular, essas
árvores apresentaram o mesmo perfil alélico em todos os
locos microssatélites analisados. Combinando os
resultados das diferentes análises realizadas no âmbito
do presente trabalho, podemos concluir que as oito
oliveiras do Jardim Getsêmani foram propagadas a partir
de um único genótipo.

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edição
Palavras-chave
Olea eur opaea L.Jardim do
GetsêmaniFenótipoMarcadores molecularesConservação
da RSS
1 . Introdução
Getsêmani é o local localizado aos pés do Monte
das Oliveiras , hoje dentro da cidade de Jerusalém. Em
uma fazenda ( χωρίον ) chamada Getsêmani ( Γɛθσημανί

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 154 ]
) ocorre a cena da oração de Jesus antes de sua morte
[1] . Em relação ao nome "Getsêmani" (Γ ɛ θσημανɛι), a
etimologia mais plausível é de Geth-shamena' (latim:
torcular olei ), de onde geth viria de gath , ou seja,
"imprensa", enquanto o segundo termo shana poderia ser
o plural do hebraico e aramaico sēmān (sinais ou
presságios) ou do hebraico šemen (óleo) [2] . O Dalman
[3] considera “prensa de óleo” mais provável do que
“prensa de sinais ou presságios” como etimologia da
palavra.

Passagens bíblicas, escritos e testemunhos de
quem visitou o Getsêmani ao longo dos séculos
representam as fontes às quais nos referimos neste
estudo para contextualizar a presença histórica da oliveira
neste importante local para o cristianismo.

Comparando os dados dos diferentes
Evangelhos, ficamos sabendo que o lugar para onde
Jesus vai depois da última ceia é “o Monte das Oliveiras”
(Lucas 29,39), “do outro lado do riacho Cédron” (João
18,1 ,2), enquanto Mateus (26,36) e Marcos (14,32)
identificam este lugar com “Getsêmani”. À terminologia
bíblica referem-se tanto Eusébio Pamphili de Cesaréia
(ca. 260-339 DC) no Onomasticon (295 DC), e Sofronio
Eusebio Girolamo (347-420 DC) em De situ et nominibus
locorum Hebraicorum (390 DC), ambos de eles falando de
fato do “Monte das Oliveiras” e do “Getsêmani” (
www.getsemani-it.custodia.org ). Surpreendentemente,
até então não encontramo s o binômio
“azeitona”/“Getsêmani Hortus”. É, portanto, de certo

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 155 ]
interesse ver como chegamos a esse emparelhamento de
termos.

A primeira referência à presença de oliveiras no
Getsêmani é apenas no século XV, quando o frade
dominicano Félix Fabri, relatando a sua viagem a
Jerusalém entre 1480 e 1483, escreveu “[...] descemos ao
vale, atravessamos o riacho até a fazenda no Getsêmani,
e lá nos sentamos à sombra sob as oliveiras e tomamos
café da manhã alegremente” [4] ; as oliveiras, na sua
descrição, restauram os peregrinos com a sua sombra,
ainda que não confiram sacralidade ao local.

Assim as fontes histórico-literárias deixam um
vazio de cerca de 1400 anos; esse é o período em que as
oliveiras do Getsêmani não são mencionadas. As
hipóteses que explicam esse silêncio são duplas. A
primeira é que talvez as oliveiras não existissem mais.
Tito Flávio Josefo (Jerusalém 37–Roma 100) narra que,
durante o cerco de Jerusalém, Tito Flávio Vespasiano
ordenou aos seus soldados que nivelassem o terreno
destruindo hortas , plantações e árvores frutíferas [5] . Os
fatos narrados por Tito Flávio Josefo provavelmente
ocorreram algumas centenas de metros ao norte em
relação ao Getsêmani, portanto não deveriam ter
interessado as oliveiras em questão.

Uma segunda hipótese é que talvez as oliveiras
existissem, mas não fossem consideradas importantes no
quadro geral porque ainda não existia uma cultura da
paisagem. O Getsêmani foi assim considerado apenas
como um “lugar” sem considerar as diferentes espécies

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 156 ]
botânicas ali presentes. A partir do século XVI, as
oliveiras estão presentes na literatura e estão
posicionadas no Jardim do Getsêmani. Giovanni
Zuallardo escreve em 1586 informações mais detalhadas:
“Este jardim tem ainda algumas oliveiras muito antigas:
mas está dividido em diferentes partes, tanto pelo
caminho como pelos recintos” [6] . O autor oferece
também um desenho contendo seis árvores dentro de
uma cerca trapezoidal e outras quatro ao longo da
estrada dentro de uma cerca triangular ( Fig. 1 ).


Baixar: Baixe a imagem em tamanho real
Figura 1 . (Cor online.) Uma ilustração de
Jerusalém com o Jardim do Getsêmani (seta). Em G.
Zalluardo, 1586 [6] .

No século XVII, são numerosas as referências
tanto à presença das oliveiras como ao seu número: o
frade franciscano Francesco Quaresmi, na sua Elucidatio
Terrae Sanctae de 1632, escreve: “A horta do Getsêmani
está cheia de muitas e muito oliveiras velhas”; Eugenio
Roger em 1631 e Bernardino Surio em 1644 escrevem
que nove plantas estão presentes [7] .

Mais tarde, o número de oliveiras foi reduzido a
oito, como as de hoje, como narra o Padre Michel Nau,
que visitou o local em 1674: “ Il reste huit arbres fortunés
du nombre, à ce qu'on dit, de ceux qui étoient-là, du
temps du Sauveur ” (“restam oito árvores afortunadas em
número, segundo o que dizem, daquelas que estavam lá
na época do Salvador”) [7] .

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 157 ]

Até hoje, a realidade das oito plantas da horta do
Getsêmani, guardadas e protegidas pelos padres
franciscanos, não sofreu alterações significativas no que
diz respeito às fontes históricas acima citadas.

Parece, portanto, de algum interesse saber algo
mais sobre aquelas árvores, que foram conservadas
durante tanto tempo, provavelmente porque foram de
alguma forma uma memória do que aconteceu na história
cristã.

As abordagens clássicas para a identificação do
germoplasma de oliveira baseiam-se em caracteres
morfológicos e biométricos [8] e, mais recentemente, na
análise de DNA, com base em marcadores moleculares
como RAPD , AFLP e SSR . Esses marcadores foram
amplamente utilizados para resolver problemas de
identidade e estimar a diversidade genética em Olea
europaea [9] , [10] , [11] . As análises morfológicas e
moleculares estão a tornar -se ferramentas
complementares para a caracterização do germoplasma
da oliveira [12] .

O objetivo do presente trabalho foi, portanto,
estudar aquelas antigas oito oliveiras que crescem no
Jardim Getsêmani em Jerusalém, usando observações
morfológicas, morfométricas e ultraestruturais. Análises
moleculares também foram realizadas para avaliar o grau
de relacionamento entre plantas individuais.

2 . Materiais e métodos

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 158 ]
2.1 . Materiais vegetais
O material vegetal consistia nas oito oliveiras
antigas preservadas no Hortus Gethsemani (31°46′47′′N;
35°14′22′′E; Fig. 2 ).


Baixar: Baixe a imagem em tamanho real
Figura 2 . (Cor online.) O Jardim do Getsêmani
hoje, com as centenárias oliveiras.

2.2 . Estudo morfométrico
A caracterização morfológica dos acessos foi
efectuada registando para cada acesso uma lista de
descritores morfológicos seleccionados pelo Conselho
Oleícola Internacional [13] . Cinquenta amostras de
folhas, frutos, endocarpos e grãos de pólen foram
coletadas aleatoriamente para cada um dos oito acessos.

Folhas totalmente expandidas foram coletadas no
verão a partir dos brotos em crescimento do ano atual, e o
comprimento da folha (LL, cm), a largura da folha (LW,
cm) e o índice de forma da folha, calculado como uma
relação comprimento/largura da folha (relação LL/LW ),
foram gravados. A área foliar (LA, cm 2 ) foi avaliada
utilizando o Sistema de Análise de Imagens de Folhas
WD3WinDIAS (Delta-T Devices Ltd, Cambridge, Reino
Unido).

Os frutos foram coletados na maturidade e as
dimensões lineares (comprimento FL, cm, largura FW,
cm) foram medidas com um paquímetro e a relação
comprimento/largura dos frutos (relação FL/FW) calculada

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 159 ]
por sua vez. Comprimento do endocarpo (EL, cm), largura
(EW, cm), relação comprimento/largura (relação EL/EW)
também foram registrados. O número (NG) e a largura
dos sulcos (WG, mm) foram medidos a 2 mm da base.

Os grãos de pólen foram analisados medindo-se
o eixo polar (PP, μm), o diâmetro equatorial (EP, μm), a
distância entre a borda do sulco (DFP, μm) e o índice de
tamanho, que é o resultado da multiplicação entre os
grãos de pólen. eixo polar e o diâmetro equatorial dividido
por 100:
. Grãos de pólen frescos e endocarpos foram
analisados usando o Microscópio Eletrônico de Varredura
Ambiental Fei Quanta 200 (ESEM, QUAN TA 200, Fei
Corporation, Holanda) operando a 1 Torr.

2.3 . Análise molecular
O DNA genômico total foi extraído de folhas
frescas usando o mini kit de plantas DNeasy (Qiagen,
Hilden, Alemanha). Folhas coletadas em diferentes áreas
da copa nos permitiram preparar duas réplicas biológicas
para cada árvore individual. A qualidade e a quantidade
do DNA foram verificadas por espectrofotometria padrão (
espectrofotômetro ND-100 , NanoDrop Technologies,
Wilmington, DE, EUA) e visualizadas em gel de agarose .
O DNA foi analisado em 14 locos de DNA microssatélites
(DCA-18, UDO-043, DCA-09, GAPU-103A, DCA-16,
DCA-17, DCA-03, GAPU-101, DCA-07, DCA-14, GAPU-
71B, DCA-15, DCA-05, EMO-90), selecionados por sua
alta capacidade de discriminação segundo Baldoni e
colaboradores [14] . Os fragmentos amplificados por PCR
foram separados por eletroforese capilar usando um

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 160 ]
analisador de DNA ABIPrism 3730 (Applied Biosystems)
ou o padrão de tamanho LIZ 500 para dimensionar alelos
e um Megabace (General Electric) e o padrão de tamanho
Et400-R (Amersham Biosciences) para comparar os
dados com os do artigo citado acima.

2.4 . Análise de dados
As características examinadas foram avaliadas
quanto às suas variáveis quantitativas: média, valor
mínimo, valor máximo, relação valor máximo/valor
mínimo, amplitude, desvio padrão (DP) e coeficiente de
variação (CV%). Os dados coletados também foram
analisados por meio de análise de variância univariada
(ANOVA) e multivariada (análise de componentes
principais e análise de agrupamento). ANOVA foram
realizadas utilizando um pacote de software estatístico
(Statgraphics Plus, versão 5.1 para Windows).

A análise de componentes principais (PCA) é a
técnica mais comum para realizar análises exploratórias e
para redução da dimensionalidade dos dados. Combina
as variáveis originais linearmente caracterizando cada
objeto para produzir um conjunto de novas variáveis.
Essas novas variáveis, denominadas componentes
principais (CP), possuem as seguintes propriedades:

eles são mutuamente não correlacionados
(ortogonalidade);

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 161 ]
o primeiro PC (PC-1) possui a maior variância
entre todas as combinações lineares possíveis das
variáveis iniciais;


o PC n tem a maior variância entre todas as
combinações lineares das variáveis iniciais que são
ortogonais a PC-1… PC( n − 1).


Isso significa que PCs de alto nível têm pouca
variação e pouco peso na caracterização dos objetos;
eles podem, portanto, ser desconsiderados com pouca
perda de informações. No PCA , cada objeto é
caracterizado por um vetor de K pontuações, onde K é o
número de componentes retidos. É então possível
explorar a estrutura de dados no espaço de objetos
estudando um número limitado de gráficos de dispersão
2D, ou seja, gráficos de pontuação. Os coeficientes que
dão o peso de cada variável na construção de um PC são
chamados de cargas.

Portanto, cada variável é caracterizada por um
vetor de K cargas. Isso torna possível estudar correlações
entre variáveis observando gráficos de dispersão 2D
(gráficos de carregamento). Análises de cluster foram
utilizadas para investigar a similaridade entre os acessos.
No nosso caso, o processamento dos dados foi realizado
utilizando o algoritmo NIPALS e o software Unscrambler X
® (CAMO, Oslo, Noruega).

3 . Resultados e discussão

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 162 ]
3.1 . Análise fenotípica
Os valores da análise estatística descritiva para
cada uma das características quantitativas são relatados
na Tabela 1 . Os coeficientes de variação (CV) dos
caracteres variaram entre 1,71 e 20,60%; os menores
valores de CV foram observados para o eixo polar (PP),
enquanto os maiores foram observados para a área foliar
(AF) ( Tabela 1 ). O número de sulcos apresentou CV de
14,40% e a largura dos sulcos 13,40%, enquanto o
restante das características apresentou valores inferiores
a 13,0%. Dos 17 caracteres analisados, oito
apresentaram valores próximos a 12,0% e cinco destes
apresentaram valores inferiores a 6,50%. Em vez disso,
foi observado um CV mais baixo para caracteres polínicos
(PP, PE, relação P/E e SI) ( Tabela 1 ). Os baixos valores
de CV medidos para os caracteres e a diferença mínima
entre os valores mínimo e máximo são reflexo da menor
variação entre os acessos para os caracteres analisados.

Tabela 1 . Parâmetros estatísticos básicos dos
caracteres morfométricos analisados.

Personagens Significar Máx. Mínimo
Faixa SD CV (%)
LL (cm) 4,95 6h40 4h00 2h40 0,60
12h00
PV (cm) 1.16 1,50 0,90 0,60 0,14
12h10
LL/LW 16h30 5,82 3h00 2,82 0,54
12h50
AE ( cm2 ) 4,54 6,81 2,83 3,98 0,94
20h60

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 163 ]
PP (μm) 27h40 28.10 26h40 1,64 0,47 1,71
PE (μm) 17h30 18h00 16h30 1,79 0,52 2,98
PP/PE 1,58 1,70 1,47 0,24 0,05 3.31
SI (PP × EP/100) 4,74 5.05 4.27 0,78 0,20
4.16
DEP (μm) 9,80 11h00 8,98 2.02 0,59 6.06
FL (cm) 1,99 2,50 1,20 13h30 0,25
12h50
FC (cm) 1,26 1,60 0,80 0,80 0,16
12h80
FL/FW 1,59 2h00 0,92 1.08 0,18
10h70
EL (cm) 1,68 2.15 1.10 1.05 0,21
12h50
EW (cm) 0,72 0,90 0,48 0,42 0,09
12h60
EL/EW 2.33 3.33 1,64 1,69 0,27
11h80
NG ( n ) 8.02 12h00 5h00 7h00 1.16
14h40
GT (mm) 0,24 0h30 0,18 0,12 0,03
13h40
Média: valor médio; Máx: valor máximo; Mín: valor
mínimo; Faixa: valor máximo – valor mínimo; DP: desvio
padrão; CV (%): coeficiente de variação.


Os valores médios de comprimento foliar (LL) e
largura foliar (LW) foram 4,95 e 1,16 cm,
respectivamente, e a relação LL/LW das folhas variou
entre 5,82 e 3,00, com média de 4,30 ( Tabela 1 ). As
plantas avaliadas apresentaram o mesmo formato de

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 164 ]
folha, as folhas eram elípticas e de tamanho médio a
pequeno ( Fig. 3 a). O valor médio da área foliar (AF) foi
de 4,54 cm 2 e variou entre 6,81 e 2,83 cm 2 ; o maior
LA foi observado na planta 6, enquanto o menor valor foi
apresentado pela planta 5 (dados não mostrados).


Baixar: Baixe a imagem em tamanho real
Figura 3 . (Cor online.) (a) Folha; (b) frutas; (c)
Micrografia ESEM dos sulcos do endocarpo; (d)
endocarpos; (e) Micrografia ESEM da morfologia do grão
de pólen e padrão de exina .

Os valores médios de FL e FW foram 1,99 cm e
1,26 cm, respectivamente. A relação média FL/FW variou
entre 2,00 e 0,92 e teve média de 1,59. A relação FL/FW
descreveu o formato do fruto e observamos um formato
uniforme do fruto para as oito plantas do Getsêmani. As
amostras de frutos das oito plantas apresentavam
características pomológicas semelhantes, apresentavam
formato oblongo, eram pequenas e simétricas e a cor do
epicarpo era violeta escuro ( Fig. 3 b).

O endocarpo ( Fig. 3 c e d) apresentou
comprimento médio (EL) e largura (EW) de 1,68 e 0,72
cm, respectivamente, e a relação média EL/EW foi de
2,33 ( Tabela 1 ). A média de sulcos por cálculo (NG) foi
de 8,02 (CV = 14,40%) e seu número variou de 5 a 12. O
valor médio da largura dos sulcos (WG) foi de 0,24 mm
com CV 13,40% ( Tabela 1 ). As amostras de endocarpo
apresentaram características pomológicas semelhantes;
eram de tamanho intermediário, pouco assimétricos,

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 165 ]
oblongos, com superfície ondulada e sulcos superficiais
regulares.

Os valores médios de PP e EP foram 27,40 μm
(CV = 1,71%) e 17,30 μm (CV = 2,98%),
respectivamente, enquanto as proporções de PP sobre
EP foram em média 1,58, variando de 1,70 a 1,47. O valor
médio do índice de tamanho do pólen (SI) foi 4,74 (CV =
4,16%) e variou entre 5,05 e 4,27 ( Tabela 1 ). Os grãos
de pólen eram isopolares, monádicos, prolatos,
trizonocolpatos, com uma exina reticulada ( Fig. 3 e).

A matriz de caracteres morfológicos foi
processada por meio de análise de componentes
principais , a fim de detectar qualquer subagrupamento
dentro do conjunto de oliveiras do Getsêmani. Como a
população de plantas do Getsêmani é muito pequena,
esta análise tem valor indicativo e apenas conclusões
genéricas podem ser tiradas.

A primeira coisa que deve ser observada é que a
variância explicada pelos dois primeiros PCs, 69%, é
relativamente baixa ( Tabela 2 ), e não há uma diferença
muito forte entre as variâncias explicadas pelo PC-1
(42%) e PC-2 (27%). Isso acontece porque existem
poucas correlações fortes entre as características e
sugere que uma parte sensata da variação dos dados
pode ser devida a causas aleatórias. A Figura 4 mostra o
gráfico de carregamento, que expressa a importância de
cada caracter morfológico no cálculo dos PCs. Variáveis
mais distantes do centro têm maior importância, e se uma
variável tiver uma projeção grande (positiva ou negativa)

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 166 ]
ao longo de um eixo, ela é importante para o PC
correspondente. O gráfico mostra que não há variáveis
com papel dominante no modelo. As cargas mais
pesadas para PC-1 são aquelas ligadas às dimensões do
fruto e do endocarpo, mas também ao pólen (EP e DEP).
As cargas mais pesadas para PC-2 vêm em vez das
dimensões da folha e da relação EL/EW.

Mesa 2 . Carga do PC e proporção da variação
total associada aos dois primeiros eixos do PCA.

Personagens Carregando o PC
Célula Vazia PC-1 PC-2
LL (cm) –0,19 –0,37
PV (cm) –0,09 –0,42
LL/LW –0,23 –0,11
AE ( cm2 ) –0,16 –0,41
PP 0,08 0,24
PE 0,27 0,20
PP/PE –0,25 –0,07
DEP 0h30 0,01
FL (cm) –0,29 0,20
FC (cm) –0,36 0,14
FL/LW 0h30 0,08
EL (cm) –0,23 0,36
EW (cm) –0,28 0,19
EL/EW –0,10 0,41
NG ( n ) –0,32 0,01
GT –0,32 0,08
Proporção de variação
Acumulado (%) 42 27
Acumulado (%) 42 69

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 167 ]

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Figura 4 . Cargas dos dois primeiros
componentes principais.

As pontuações dos dois primeiros componentes
principais são plotadas na Fig. 5 juntamente com a elipse
Hotelling T 2 , que marca o limite para detecção de
valores discrepantes no nível de significância de 5%.
Todas as amostras estão dentro do limite e nenhum valor
discrepante claro foi observado. Além disso, os pontos
representativos das plantas estão distribuídos de maneira
bastante uniforme. Subgrupos aparentes podem ser
vistos no gráfico, mas provavelmente se devem a
variações aleatórias e são bastante comuns em conjuntos
tão pequenos. Os testes de normalidade de Kolmogolov-
Smirnof foram realizados em cada PC e seus resultados
estão resumidos na Tabela 3 . Em ambos os casos, não
foi detectado nenhum desvio significativo da distribuição
normal ao nível de 5%; isso significa que qualquer
subagrupamento aparente pode ser devido a causas
aleatórias.


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Figura 5 . Pontuações dos dois primeiros
componentes principais. A elipse é o limite de Hotelling T
2 para detecção de valores discrepantes. Todos os
pontos estão bem dentro do limite.

Tabela 3 . Teste de Kolmogorov–Smirnov ao nível
de significância de 5%.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 168 ]

Variável PC-1 PC-2
Estatísticas K – S 0,197 0,248
Valor crítico no nível de 5% 0,289 0,289
Valor P 0,88 0,64
Normalidade Suportado Suportado
Embora o PCA não tenha detectado fortes
diferenças entre as árvores do Getsêmani, poderia ser
interessante realizar uma análise hierárquica de cluster
dentro do subespaço PC-1 – PC-2. Isso nos permite
individualizar facilmente os irmãos mais próximos de cada
planta. Esta análise foi realizada utilizando distância
euclidiana e ligação média, e produziu o dendograma da
Figura 6 .


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Figura 6 . Dendograma de análise hierárquica de
clusters, baseado na distância euclidiana e ligação média.

O dendograma mostra que a família das árvores
do Getsêmani tem dois ramos principais; um formado
pelas plantas 1, 2 e 4, e outro pelas outras cinco plantas.
Um exame cuidadoso do modelo PCA mostra que as
características mais peculiares das plantas 1, 2 e 4
consistem em pequenos FW e EL, e alto DEP. Essas
variáveis estão plotadas nas Figuras 7 e 8 , onde se
podem ver os dois ramos principais da família Getsêmani.


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MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 169 ]
Figura 7 . Gráfico de dispersão da largura do fruto
(FW) versus comprimento do endocarpo (EL).


Baixar: Baixe a imagem em tamanho real
Figura 8 . Gráfico de dispersão da largura do fruto
(FW) versus distância entre a borda do sulco (DEP).

3.2 . Análise molecular
No que diz respeito à análise molecular, as oito
azeitonas apresentaram o mesmo perfil nos 14 locos
microssatélites analisados ( Tabela 4 ). Poderíamos,
portanto, considerar que as oito oliveiras pertencem ao
mesmo genótipo, desde que a probabilidade de
identidade ao acaso de todos os loci analisados fosse
calculada para as frequências alélicas reportadas por
Baldoni et al. [14] , pode ser tão baixo quanto 1,39901 ×
e −13 para genótipos não relacionados. Tentamos
identificar sinonímia para o nosso genótipo na base de
dados pública de cultivares de oliveira ( www.oleadb.it )
onde é relatado o perfil molecular das cultivares para 13
dos 14 marcadores SSR analisados, e não encontramos
nenhuma sinonímia com cultivares registradas , mesmo
depois de os tamanhos dos alelos terem sido
provisoriamente harmonizados de acordo com a lista de
tamanhos de alelos exibida para cada marcador.

Tabela 4 . Perfil alélico das oliveiras do Jardim
Getsêmani em 14 loci SSR (os números representam o
tamanho do fragmento em pares de bases dos dois alelos
de cada locus SSR). Quando falta o segundo alelo, o

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 170 ]
indivíduo pode ser homozigoto ou heterozigoto, com alelo
nulo .


Loci de DNA de microssatélites Tamanho do
fragmento (bp)
UDO-043 212–216
DCA-3 243–247
DCA-5 204–
DCA-7 149–165
DCA-9 172–194
DCA-14 185–191
DCA-15 246–266
DCA-16 124–126
DCA-17 113–179
DCA-18 177–
GAP-U71B 121–124
GAP-U101 191–199
GAP-U103A 150–174
EMO-90 184–186
4 . Conclusão
As memórias históricas do Jardim do Getsêmani e
a descrição das oito oliveiras que se conservam no jardim
forneceram os primeiros resultados para a caracterização
destas “árvores notáveis”. São árvores especiais porque
são muito antigas, provavelmente entre as espécies mais
antigas do mundo, e porque testemunharam
acontecimentos históricos importantes. O ecossistema
natural do Jardim do Getsêmani e as oliveiras fazem parte
da cultura e da espiritualidade de muitos povos.

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 171 ]
Combinando os resultados das diferentes
análises realizadas com o presente trabalho, podemos
concluir que as oito oliveiras do Jardim Getsêmani em
Jerusalém foram propagadas a partir de um único
genótipo, e as diferenças apresentadas nas análises
morfológicas e morfométricas são devidas a mutações
acumuladas durante a longa permanência das árvores
(aproximadamente nove séculos, Dr. Mauro Bernabei,
com. pessoal) ou à sua posição no jardim. [14]












REFERÊNCIAS

1 - https://en.wikipedia.org/wiki/Mount_of_Olives

2 -
https://en.wikipedia.org/wiki/Augusta_Victoria_Hospital

3 - https://en.wikipedia.org/wiki/Tomb_of_Absalom
4 -
https://en.wikipedia.org/wiki/Church_of_Mary_Magdalene

MONTE DAS OLIVEIRAS – O PEREGRINO CRISTÃO


[ 172 ]
5 -
https://en.wikipedia.org/wiki/Church_of_All_Nations
6 -
https://en.wikipedia.org/wiki/Seven_Arches_Hotel
7 -
https://en.wikipedia.org/wiki/Tomb_of_Zechariah
8 -
https://en.wikipedia.org/wiki/BYU_Jerusalem_Center
9 -
https://en.wikipedia.org/wiki/Tomb_of_the_Prophets
10 -
https://en.wikipedia.org/wiki/Mount_of_Olives_Jewish_Ce
metery
11 -
https://en.wikipedia.org/wiki/Chapel_of_the_Ascension,_J
erusalem
12 -
https://en.wikipedia.org/wiki/Silwan_necropolis
13 -
https://en.wikipedia.org/wiki/Tomb_of_the_Virgin_Mary
14 -
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S163106
9114000511
15 - https://en.wikipedia.org/wiki/Gethsemane
16 - https://en.wikipedia.org/wiki/At-
Tur_(Mount_of_Olives)
17 -
https://en.wikipedia.org/wiki/Church_of_the_Pater_Noster
18 - https://www.salutbyebye.com/mont-des-
oliviers-israel/

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Coronavírus – Conspiração
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[ 179 ]
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