O feijoeiro possui raiz pivotante, sensível à seca e a solos compactados, e realiza fixação biológica de nitrogênio. Seu caule é herbáceo, com crescimento determinado ou indeterminado, formado por nós que podem originar folhas, ramos ou flores. As folhas podem ser simples ou trifolioladas; ...
O feijoeiro possui raiz pivotante, sensível à seca e a solos compactados, e realiza fixação biológica de nitrogênio. Seu caule é herbáceo, com crescimento determinado ou indeterminado, formado por nós que podem originar folhas, ramos ou flores. As folhas podem ser simples ou trifolioladas; a inflorescência é do tipo rácimo, e o fruto é a vagem, com grande diversidade de cores.
Quanto ao hábito de crescimento, existem quatro tipos: I (ereto e precoce), II (semiereto), III (prostrado/semi-prostrado) e IV (trepador, ciclo longo). O ciclo fenológico divide-se em fases vegetativas (germinação até pré-floração) e reprodutivas (floração, formação, enchimento e maturação das vagens).
A cultura exige entre 250 e 350 mm de água por ciclo, desenvolvendo-se melhor entre 18 °C e 30 °C, com máxima eficiência de fotossíntese entre 150 e 250 W/m². O metabolismo é do tipo C3, e as folhas atuam como fonte de assimilados, enquanto frutos, raízes e caules funcionam como drenos.
Os hormônios exercem papéis essenciais: giberelinas estimulam germinação e floração, auxinas regulam crescimento e tropismos, citocininas favorecem divisão celular, ácido abscísico atua na dormência e resposta a estresses, e o etileno promove amadurecimento e senescência.
Por fim, a ecofisiologia estuda como a planta responde às condições ambientais, auxiliando no manejo adequado e aumento da produtividade.
Size: 24.06 MB
Language: pt
Added: Sep 30, 2025
Slides: 53 pages
Slide Content
MORFOLOGIA E FISIOLOGIA DO FEIJÃO HUGO MARGON BASILIO
4 Raiz do tipo pivotante; +- 20 cm; Sensível a condições de seca ou solos compactados. ANATOMIA DA PLANTA SISTEMA RADICULAR Raiz principal Raiz secundária Raiz terciária Fonte: InfoEscola , 2025. Elaborado por Hugo Basilio, 2025.
5 Fixação biológica de nitrogênio (FBN). ANATOMIA DA PLANTA SISTEMA RADICULAR Fonte: AgroAdvance , 2022. Elaborado por Hugo Basilio, 2025. N₂ é captado pelas bactérias que colonizam as raízes das plantas. As bactérias fixadoras de nitrogênio se multiplicam e formam nódulos radiculares. O N₂ metabolizado sofre amônificação (NH₄⁺) e nitrificação (NO₃⁻), sendo assimilado e utilizado pelas plantas.
6 Fixação biológica de nitrogênio (FBN). ANATOMIA DA PLANTA SISTEMA RADICULAR Fonte: AgroAdvance , 2025. Fonte: Portal Embrapa, 2018.
7 Herbáceo; Crescimento determinado ou indeterminado; Formado por nó e entrenós. ANATOMIA DA PLANTA CAULE Talo principal Ramo primário Ramo secundário Fonte: Elaborado por Hugo Basilio, 2025.
8 Três gemas (tríada): vegetativa, floral e vegetativa e completamente floral; ANATOMIA DA PLANTA NÓS Fonte: Portal Embrapa, 2025.
9 Tríada vegetativa: Origem a novos ramos e folhas. ANATOMIA DA PLANTA NÓS Fonte: Portal Embrapa, 2025.
10 Tríada vegetativa e floral: Pode se transformar em um ramo; Pode se desenvolver em uma inflorescência. ANATOMIA DA PLANTA NÓS Fonte: Portal Embrapa, 2025.
11 Tríada completamente floral: Contém os órgãos reprodutivos da flor; Presença de uma folha e uma inflorescência (unidade de produção). ANATOMIA DA PLANTA NÓS Fonte: Portal Embrapa, 2025.
12 Simples: folhas primárias presentes no embrião; Trifolioladas : folhas que se desenvolvem a partir dos nós. ANATOMIA DA PLANTA FOLHA Fonte: Embrapa, 2025. Fonte: Embrapa, 2025.
13 Tipo racemo; A disposição das flores favorece a autogamia; Podem ser brancas, branco-amareladas, rosas e roxas. ANATOMIA DA PLANTA INFLORESCÊNCIA Fonte: Escola de Botânica, 2020. Fonte: Cerrado Consultoria Agronômica, 2025.
14 Legume (vagem); A cor pode ser uniforme ou não, apresentando estrias de outra cor. Feijão- jalo , feijão-rajado, feijão-branco, feijão-carioca, feijão-preto, feijão-vermelho. ANATOMIA DA PLANTA FRUTO Fonte: Cerrado Consultoria Agronômica, 2025. Fonte: UOL, 2025.
15 HÁBITOS DE CRESCIMENTO E CICLO Fonte: Blog da Aegro , 2025.
16 HÁBITOS DE CRESCIMENTO E CICLO 4 tipos ; Crescimento determinado e indeterminado .
17 Ereto ; Crescimento determinado ; Arbustivo ; 60 a 80 dias . HÁBITOS DE CRESCIMENTO E CICLO TIPO I
18 HÁBITOS DE CRESCIMENTO E CICLO TIPO II Semiereto ; Crescimento indeterminado ; Arbustivo ; 82 a 95 dias .
19 HÁBITOS DE CRESCIMENTO E CICLO TIPO III Prostrado ; Crescimento indeterminado ; Grande número de ramificações ; 85 a 100 dias .
20 HÁBITOS DE CRESCIMENTO E CICLO TIPO IV Trepador ; Crescimento indeterminado ; Grande número de ramificações ; > 100 dias .
21 ESTÁDIOS FENOLÓGICOS Fonte: Blog da Aegro , 2025.
22 ESTÁDIOS FENOLÓGICOS Divisão do ciclo biológico ; Fases vegetativas e reprodutivas . Fonte : Embrapa , 2023.
23 Germinação ; Inicia na presença de umidade ; 5 dias . ESTÁDIOS FENOLÓGICOS V0 Fonte : Embrapa , 2023.
25 ESTÁDIOS FENOLÓGICOS Folhas primárias ; Abertura das folhas primárias ; 4 dias . V2 Fonte : Embrapa , 2023.
26 ESTÁDIOS FENOLÓGICOS Primeira folha composta ; Surge a primeira folha trifoliolada ; 5 a 9 dias . V3 Fonte : Embrapa , 2023.
27 ESTÁDIOS FENOLÓGICOS Terceira folha trifoliolada aberta ; Desenvolvimento dos primeiros ramos secundários ; 7 a 15 dias . V4 Fonte : Embrapa , 2023.
28 ESTÁDIOS FENOLÓGICOS Pré-floração ; Primeiros botões florais visíveis ; Termina quando se inicia o florescimento . R5 Fonte : Embrapa , 2023.
29 ESTÁDIOS FENOLÓGICOS Floração ; 50% das flores abertas ; 4 a 6 dias . R6 Fonte : Embrapa , 2023.
30 ESTÁDIOS FENOLÓGICOS R7 Formação das vagens ; Flores fecundadas murcham e ocorre a formação das vagens ; 9 dias . Fonte : Embrapa , 2023.
31 ESTÁDIOS FENOLÓGICOS Enchimento das vagens ; Começa com o enchimento dos grãos e aumento do volume das vagens ; 20 dias . R8 Fonte : Embrapa , 2023.
32 ESTÁDIOS FENOLÓGICOS Maturação ; Vagens perdem a cor e começam a secar ; 15 dias . R9 Fonte : Embrapa , 2023.
33 FISIOLOGIA Fonte: Blog da Aegro , 2025.
34 FISIOLOGIA METABOLISMO C3 Fixam o CO2 utilizando o ciclo de Calvin-Benson; Fonte: Aprendizado Agronômico, 2021.
35 FISIOLOGIA METABOLISMO C3 Vantagem: Maior eficiência energética; Desvantagem: Ineficiência em condições adversas.
36 FISIOLOGIA METABOLISMO C3 X METABOLSIMO C4 Climas mais amenos; Uso da água pouco eficiente; Produtividade média/baixa em calor intenso. Regiões quentes e ensolaradas; Melhor aproveitamento hídrico; Produtividade alta em calor intenso.
37 FISIOLOGIA RELAÇÃO FONTE DRENO Fontes: folhas; Drenos: frutos, raízes e caule. Fonte: Embrapa, 2023. 80% dos assimilados permanecem nas folhas pecíolos e vagens. Parte dos assimilados permanecem nas folhas, hastes e pecíolos. 20% translocados para as raízes.
38 HORMÔNIOS Fonte: Blog da Aegro , 2025.
39 HORMÔNIOS GIBERELINAS Quebra de dormência das sementes; Indução floral; Alongamento de caule e entrenós.
46 ECOFISIOLOGIA O QUE É? É o estudo das respostas fisiológicas da planta às condições e mudanças do ambiente; Ajuda a otimizar a produção ao entender as respostas da cultura ao clima e ao solo, permitindo o manejo adequado.
47 ECOFISIOLOGIA EXIGÊNCIA HÍDRICA Varia de acordo com o estádio fenológico; Entre 250 mm e 350 mm por ciclo vegetativo.
48 Temperatura ideal de 21 ° C; Bom desenvolvimento entre 18 ° C e 30 ° C; Temperaturas <12 ° C e >30 ° C prejudicam a produtividade. ECOFISIOLOGIA TEMPERATURA
49 Feijoeiro é uma planta fotoneutra ; Entre 150-250 W/m² para maximizar a fotossíntese. ECOFISIOLOGIA RADIAÇÃO SOLAR
50 ECOFISIOLOGIA SOLO Solos soltos, leves e bem drenados. pH ideal entre 6,0 e 7,0.
51 ECOFISIOLOGIA PROFUNDIDADE DO SOLO Solos argilosos: 3 a 4 cm; Solos arenosos: 5 a 6 cm.
52 ECOFISIOLOGIA VENTO Acamamento e danos físicos; Disseminação de doenças; Estresse hídrico.
Entre em contato conosco: UNINDO CONHECIMENTO EM PROL DA AGRICULTURA! geagraufg.wordpress.com [email protected] GEAGRA UFG @ geagraufg [email protected] MORFOLOGIA E FISIOLOGIA 53