O que é Adaptação Celular?
Adaptação celular refere-se ao processo pelo qual as células se ajustam ao seu
ambiente em resposta a estresse ou condições anormais. Esse ajuste permite que
as células sobrevivam e continuem funcionando de maneira semelhante ao normal,
embora em um estado potencialmente alterado.
Quando as células não conseguem se adaptar ao estresse ou às mudanças em seu
ambiente, elas sofrem lesão celular. A gravidade da lesão depende da natureza do
agente estressor. Estressores leves e transitórios podem causar uma lesão
reversível, permitindo que a célula retorne ao seu estado normal uma vez que o
agente estressor seja removido. Estressores graves ou persistentes, no entanto,
podem levar a lesões irreversíveis e à morte celular, seja por necrose ou apoptose.
Imagem 1 – Fluxograma de Lesão Celular e Adaptação
CÉLULA NORMAL (Homeostase)
↓
Estresse
↓
ADAPTAÇÃO
→ Se a célula não conseguir se adaptar
↓
LESÃO CELULAR
●Se o estímulo for leve e transitório → Lesão reversível → Retorno ao
normal
●Se o estímulo for severo e progressivo → Lesão irreversível
→ Leva à MORTE CELULAR por:
○Necrose
○Apoptose
What is Atrophy? What Are the Types?
(Tradução e Explicação)
Atrophy é uma forma de adaptação celular caracterizada por uma redução no
tamanho ou número das células, o que leva à diminuição do tamanho de um
órgão ou tecido. Isso pode ocorrer como resposta a vários estímulos ou condições.
Tipos de Atrofia:
1.Atrofia Fisiológica (Physiologic Atrophy):
É uma forma natural de atrofia, que ocorre como parte do desenvolvimento
normal ou do envelhecimento. Exemplos:
○Involução do útero após o parto
○Atrofia cerebral em idosos
○Reabsorção de estruturas embrionárias, como a notocorda e o
ducto tireoglosso
2.Atrofia Patológica (Pathologic Atrophy):
Acontece devido a condições anormais ou doenças. Exemplos incluem:
○Atrofia por desuso (ex.: imobilização de membro)
○Atrofia nutricional ou por inanição
○Atrofia isquêmica (por falta de fluxo sanguíneo)
○Atrofia neuropática (por lesão nervosa)
○Atrofia endócrina (falta de estímulos hormonais)
○Atrofia por pressão (compressão prolongada de um tecido)
Atrofia: Tipos e Exemplos
ATROFIA
(se divide em:)
Atrofia Fisiológica
1.Diminuição do tamanho do útero após o parto
2.Cérebro, com o envelhecimento
3.Estruturas embrionárias, como a notocorda e o ducto tireoglosso (durante o
desenvolvimento fetal)
Atrofia Patológica
1.Atrofia por desuso
2.Atrofia nutricional / por inanição
3.Atrofia isquêmica
4.Neuropática
5.Atrofia endócrina
6.Atrofia por pressão
Qual é a patogênese da atrofia?
O mecanismo por trás da atrofia envolve um desequilíbrio entre a síntese e a
degradação de proteínas. Vias de sinalização regulam esses processos e, quando
há uma disfunção, pode ocorrer:
●Aumento da degradação de proteínas
●Redução da síntese de proteínas
●Ou ambos
Esse desequilíbrio resulta em atrofia, com a diminuição do tamanho celular e,
consequentemente, do tecido ou órgão afetado.
Mencione os diferentes tipos de atrofia patológica com exemplos:
1.Atrofia por desuso:
Ocorre em músculos que se tornam inativos, como quando um membro é
imobilizado.
Exemplo: músculo atrofiado após uso de gesso.
2.Atrofia nutricional:
Associada à desnutrição por falta de proteínas e energia, levando à perda
muscular.
Exemplo: caquexia em pacientes com câncer ou doenças crônicas.
3.Atrofia isquêmica:
Causada por redução do suprimento sanguíneo, por exemplo, devido à
aterosclerose.
Exemplo: atrofia renal por estreitamento da artéria renal.
4.Atrofia neurológica (neuropática):
Resulta de danos nos nervos, como visto em casos de paralisia ou
poliomielite.
Exemplo: músculos atrofiados em membros paralisados.
5.Atrofia por perda de estímulo endócrino:
Acontece quando glândulas como mamas ou órgãos reprodutivos perdem os
sinais hormonais.
Exemplo: atrofia uterina ou mamária após a menopausa.
6.Atrofia por pressão:
Ocorre quando um tecido é comprimido por um longo período, afetando a
circulação e causando atrofia.
Exemplo: atrofia de pele sob um tumor ou gesso muito apertado.
Exemplo de Atrofia por Desuso
●Membro Ativo
→ Músculo normal
●Membro Inativo (Imobilização por fratura óssea)
→ Atrofia por desuso do músculo
Qual é a consequência da atrofia patológica nos órgãos?
A atrofia patológica pode impactar significativamente a função dos órgãos,
dependendo da causa subjacente.
Por exemplo:
●A atrofia isquêmica do cérebro pode prejudicar as funções cognitivas.
●A atrofia por desuso dos músculos leva à fraqueza e à redução da
mobilidade.
Hipotrofia?
Hipotrofia é a redução no tamanho ou quantidade de células, tecidos e órgãos,
podendo ser causada por desuso, desnutrição, doença, envelhecimento, ou perda
de estímulos hormonais e nervosos. Ela ocorre pela diminuição da síntese proteica e
aumento da degradação de componentes celulares, como proteínas, através de
mecanismos como o sistema ubiquitina-proteassoma, resultando na diminuição das
estruturas e funções da célula.
Como ocorre:
A hipotrofia ocorre quando a célula diminui o volume e a quantidade de seus
componentes estruturais (proteínas, organelas). Isso é resultado de um desequilíbrio
entre a síntese e a degradação das macromoléculas celulares.
Processos envolvidos:
●Degradação de proteínas: A via ubiquitina-proteassoma é um mecanismo
proteolítico que marca e destrói proteínas celulares para degradação nos
proteossomos, aumentando o catabolismo.
●Autofagia: O aumento de vacúolos autofágicos também contribui,
intensificando a destruição e o reprocessamento de componentes celulares e
organelas.
Causas:
As causas podem ser classificadas como fisiológicas (normais) ou patológicas
(doentias):
●Desuso: A ausência de exercício físico ou a imobilização leva à redução do
estímulo, resultando na diminuição do tamanho e função de músculos
esqueléticos.
●Desnutrição e Inanição: A deficiência de nutrientes, especialmente
carboidratos e lipídios, pode levar à depleção muscular como fonte de
energia.
●Perda de Inervação (Desnervação): A interrupção do suprimento de
estímulos nervosos para uma célula ou tecido também pode causar hipotrofia.
●Perda de Estímulo Hormonal: A diminuição da produção ou ação de
hormônios pode levar à atrofia, como a do útero após o parto ou durante a
menopausa.
●Envelhecimento: É um processo fisiológico onde há uma diminuição geral da
atividade metabólica do corpo e das funções celulares.
●Obstrução Vascular: A isquemia (falta de oxigênio e nutrientes) devido à
obstrução de vasos sanguíneos causa danos celulares e pode levar à
hipotrofia.
●Inflamação Crônica: Processos inflamatórios persistentes podem induzir a
hipotrofia tecidual.
●Exposição a Toxinas: Agentes tóxicos podem prejudicar as células e reduzir
a produção de energia, levando à hipotrofia.
Por que acontece:
A hipotrofia acontece como uma forma de adaptação celular a um ambiente ou
estímulo reduzido. Quando os estímulos que promovem o crescimento e a
manutenção celular diminuem (como a falta de uso ou de hormônios), as células
respondem diminuindo seu tamanho e atividade para sobreviver em condições
menos favoráveis.
A hipotrofia é um termo utilizado para descrever a diminuição do tamanho
ou da função de um órgão, tecido ou célula do corpo humano. É o oposto
da hipertrofia, que é o aumento do tamanho ou da função de uma
estrutura.
Causas da Hipotrofia
A hipotrofia pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo falta
de uso, lesões, doenças crônicas, desnutrição e envelhecimento. Quando
um órgão ou tecido não é utilizado ou estimulado adequadamente, ele
pode começar a atrofiar e perder massa muscular ou funcionalidade.
Sintomas da Hipotrofia
Os sintomas da hipotrofia podem variar dependendo do órgão ou tecido
afetado. No entanto, alguns sintomas comuns incluem fraqueza muscular,
perda de massa muscular, fadiga, diminuição da capacidade de realizar
atividades físicas e diminuição da função do órgão afetado.
Tratamento da Hipotrofia
O tratamento da hipotrofia depende da causa subjacente. Em alguns casos,
simplesmente aumentar o uso ou a estimulação do órgão ou tecido
afetado pode ajudar a reverter a hipotrofia. Por exemplo, exercícios de
fortalecimento muscular podem ser recomendados para tratar a hipotrofia
muscular.
Prevenção da Hipotrofia
Existem algumas medidas que podem ser tomadas para prevenir a
hipotrofia. Manter um estilo de vida ativo e saudável, que inclua exercícios
físicos regulares, pode ajudar a manter a função e a massa muscular. Além
disso, uma dieta balanceada e adequada em nutrientes também é
importante para prevenir a hipotrofia causada por desnutrição.
Tipos de Hipotrofia
A hipotrofia pode afetar diferentes partes do corpo e ser classificada em
diferentes tipos, dependendo do órgão ou tecido afetado. Alguns exemplos
de tipos de hipotrofia incluem:
Hipotrofia Muscular
A hipotrofia muscular é a diminuição do tamanho e da força dos músculos.
Pode ser causada por falta de uso, lesões, doenças crônicas ou
envelhecimento. O exercício físico regular e o fortalecimento muscular são
importantes para prevenir e tratar a hipotrofia muscular.
Hipotrofia Cerebral
A hipotrofia cerebral é a diminuição do tamanho ou da função do cérebro.
Pode ser causada por lesões cerebrais, doenças neurodegenerativas ou
envelhecimento. O tratamento da hipotrofia cerebral pode envolver
terapias de reabilitação, medicamentos e intervenções cirúrgicas,
dependendo da causa subjacente.
Hipotrofia Óssea
A hipotrofia óssea é a diminuição da densidade e da força dos ossos. Pode
ser causada por falta de atividade física, deficiência de cálcio e vitamina D,
envelhecimento ou condições médicas como a osteoporose. A prevenção e
o tratamento da hipotrofia óssea envolvem exercícios de fortalecimento
ósseo, uma dieta rica em cálcio e vitamina D, e, em alguns casos,
medicamentos específicos.
Hipotrofia Cardíaca
A hipotrofia cardíaca é a diminuição do tamanho e da função do músculo
cardíaco. Pode ser causada por doenças cardíacas, falta de exercício físico,
hipertensão arterial ou envelhecimento. O tratamento da hipotrofia
cardíaca pode envolver medicamentos, mudanças no estilo de vida, como
a prática regular de exercícios físicos, e, em casos mais graves, intervenções
cirúrgicas.
Conclusão
A hipotrofia é a diminuição do tamanho ou da função de um órgão, tecido
ou célula do corpo humano. Pode ser causada por falta de uso, lesões,
doenças crônicas, desnutrição e envelhecimento. Os sintomas podem
variar dependendo do órgão ou tecido afetado, e o tratamento depende da
causa subjacente. A prevenção da hipotrofia envolve um estilo de vida ativo
e saudável, exercícios físicos regulares e uma dieta balanceada. Existem
diferentes tipos de hipotrofia, como a hipotrofia muscular, cerebral, óssea e
cardíaca, cada uma com suas próprias características e tratamentos
específicos.
HIPERTROFIA
A hipertrofia celular é um aumento no tamanho das células, não no número, e
resulta no crescimento do órgão ou tecido. Ocorre devido a um aumento da
demanda funcional (como no exercício físico) ou a estímulos hormonais (como os
hormônios da gravidez). O processo envolve a síntese de novas proteínas (como
actina e miosina em músculos), o aumento de organelas e a ativação de vias de
sinalização intracelulares, levando a uma adaptação celular para lidar com o
estímulo.
Como ocorre e quais processos estão envolvidos:
●Estímulo: A célula é exposta a um estímulo, como estresse mecânico em
músculos por exercício, ou um hormônio específico, que aumenta a demanda
de trabalho.
●Sinalização intracelular: Este estímulo ativa vias de sinalização dentro da
célula, que incluem o aumento de íons como cálcio e sódio, e a ativação de
proteínas como o mTORC1, que desempenha um papel central na regulação
da síntese de proteínas.
●Aumento da síntese proteica: A ativação das vias de sinalização leva a um
aumento da produção de novas proteínas. Nos músculos, isso inclui um
aumento da actina e miosina, que são as proteínas contráteis.
●Crescimento das organelas: As células também aumentam o número e o
tamanho das suas organelas e de outros componentes celulares para atender
a essa demanda aumentada.
●Ganho de volume: O acúmulo dessas novas proteínas e organelas resulta
em um aumento do volume total da célula.
O que causa e por que acontece:
●Aumento da demanda funcional: Quando um tecido precisa trabalhar mais,
como no caso dos músculos durante o exercício físico intenso ou do coração
com hipertensão, as células se tornam maiores para conseguir realizar a
tarefa de forma mais eficaz.
●Estimulação hormonal: Hormônios específicos podem desencadear a
hipertrofia, como visto no útero durante a gestação, onde as células uterinas
crescem em resposta aos hormônios para acomodar o feto em crescimento.
●Adaptação: A hipertrofia é uma forma de adaptação celular. As células se
adaptam a ambientes com maior exigência funcional ou a estímulos
hormonais, tornando-se maiores e mais fortes para sobreviver e desempenhar
suas funções.
Exemplos:
●Fisiológica (Normal):
●Hipertrofia muscular: Crescimento dos músculos devido ao
treinamento com pesos.
●Crescimento uterino na gravidez: As células do útero aumentam de
tamanho para sustentar o feto.
●Patológica (Disfuncional):
●Hipertrofia cardíaca: O aumento do tamanho das células do coração
devido à hipertensão arterial, onde o coração precisa trabalhar mais
para bombear o sangue.
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