A neurologia é a especialidade médica que se concentra no diagnóstico e tratamento de distúrbios do sistema nervoso, que inclui o cérebro, a medula espinhal, os nervos periféricos e os músculos. A psiquiatria é uma especialidade médica que se concentra no diagnóstico, tratamento e prevenção de distúrbios mentais e emocionais. Ela envolve o estudo e o tratamento de uma ampla variedade de condições, incluindo depressão, ansiedade, transtorno bipolar, esquizofrenia, transtorno do espectro autista (TEA), entre outros.
NEUROLOGIA X PSIQUIATRIA Natureza das condições tratadas: Neurologia: Os neurologistas lidam com distúrbios neurológicos, que envolvem o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal) e o sistema nervoso periférico (nervos fora do cérebro e da medula espinhal). Isso inclui condições como doença de Alzheimer, epilepsia, acidente vascular cerebral, esclerose múltipla e doenças neuromusculares. Psiquiatria: Os psiquiatras tratam de transtornos mentais e emocionais, muitas vezes relacionados ao funcionamento do cérebro, mas não exclusivamente. Isso abrange condições como depressão, ansiedade, esquizofrenia, transtorno bipolar e outros distúrbios psicológicos.
NEUROLOGIA X PSIQUIATRIA Abordagem de diagnóstico: Neurologia: Os neurologistas frequentemente usam exames de imagem, como ressonância magnética e tomografia computadorizada, bem como testes neurológicos específicos, para avaliar a estrutura e a função do sistema nervoso. Os diagnósticos são baseados em evidências físicas e objetivas. Psiquiatria: Os psiquiatras dependem principalmente de avaliações clínicas, entrevistas e observações do paciente para diagnosticar distúrbios mentais. Os diagnósticos em psiquiatria tendem a ser mais baseados em sintomas subjetivos e no histórico do paciente.
NEUROLOGIA X PSIQUIATRIA Tratamento: Neurologia: O tratamento neurológico geralmente envolve medicamentos, terapia física e outras intervenções médicas para tratar distúrbios neurológicos. Os neurologistas também podem realizar cirurgias neurológicas em casos específicos. Psiquiatria: Os psiquiatras frequentemente utilizam a terapia psicológica, a terapia farmacológica (uso de medicamentos psicotrópicos) e outras abordagens terapêuticas para tratar transtornos mentais. A terapia é uma parte central do tratamento psiquiátrico.
NEUROLOGIA X PSIQUIATRIA Foco do tratamento: Neurologia: O tratamento neurológico visa melhorar a função física e neurológica, aliviando sintomas como fraqueza, dor, disfunção motora ou sensorial. Psiquiatria: O tratamento psiquiátrico visa aliviar sintomas psicológicos, emocionais e comportamentais, ajudando os pacientes a lidar com problemas como depressão, ansiedade, delírios, alucinações, entre outros.
SAÚDE MENTAL A Organização Mundial da Saúde define saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas como ausência de doença ou enfermidade. Essa definição enfatiza a saúde como um estado positivo de bem-estar. Não há, porém, uma definição universal de saúde mental. Na maioria dos casos, é uma condição de bem-estar emocional, psicológico e social, evidenciada por relações interpessoais satisfatórias, comportamento e enfrentamento eficazes, autoconceito positivo e estabilidade emocional. (Videbeck. Sheila, 2016)
A American Psychiatric Association (APA, 2000) define transtorno mental como “uma síndrome ou um padrão psicológico ou comportamental clinicamente significativo que ocorre em um individuo e que está associado a angustia ou incapacidade, ou ao aumento significativo do risco de morte, de dor, ou ainda a uma importante perda de liberdade”. O processo de saúde vai muito além do fisiológico, a ideia de bem- estar e mal-estar vai bem além do processo saúde e doença.
Todo problema de saúde também é mental, ou seja a pessoal não necessariamente precisa nascer com o problema ou transtorno mental ela pode desenvolver no decorrer da sua vida. Como também desenvolver hábitos de vida que ponha a sua saúde menta em risco. A saúde mental deve ser vista de forma integrada aos demais cuidados em saúde (Atendimento pela atenção básica de saúde)
CONTEXTO HISTÓRICO: Inicialmente, aquilo que se sabe a respeito da sa ú de mental do s no s sos ma i s ant i g o s a n t e p a s s ados s e ria que s uas questões mentais estariam hipó t es e s s o b r e f re q u e n t e m en t e caracterizadas como o resultado de sobrenaturais demoníacas, crenças de que as doenças mentais eram causados por possessões, deuses vingativos, e maldições.
CONTEXTO HISTÓRICO: No final do século XVIII, a concepção de loucura sofre uma transformação, surgindo um novo campo do saber: a Psiquiat ria. Por trás do chamado tratamento moral, a assistência psiquiátrica estruturou-se num regime rígido e disciplinador, muitas vezes indulgente frente às suas práticas viol ê ncias ob s c u ras e p unit i v a s , veladas d e a m eaç a s e privações, tendo, na instituição asilar, o elemento de ordem, o papel de vigiar, julgar e punir.
CONTEXTO HISTÓRICO: O fim do século XIX e início do século XX são marcados pela construção de vários hospitais psiquiátricos. É dentro desta fase e já mais próximo de nossos dias, que a loucura começa a ser problematizada. Em 1971, Franco Basaglia iniciou uma mudança radical nas práticas até então utilizadas no Hospital Regional de Trieste, na Itália. Começava um movimento de desativação do manicômio, caracterizado pela prática da alta psiquiátrica, pela ausência de novas internações e pelo questionamento da neutralidade científica que sustentava os valores dominantes na psiquiatria científica, que oprimiam ao invés de libertar os pacientes.
CONTEXTO HISTÓRICO: No Brasil, o “louco” emerge como “problema social” no século XIX, de maneira semelhante à Europa, como um elemento de desajuste à ordem social vigente, em meio a um contexto de desordem, mendicância e ociosidade. O ano de 1978 marca o início efetivo do movimento social pelos direitos dos pacientes psiquiátricos no Brasil. Surge nesteano o Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM), formado por integrantes do movimento sanitário
violência dos manicômios, m er c an t ilização da lo uc ur a , O Mo v i me n t o p a s s a a d en u n ciar a a a hegemonia da rede privada de assistência, além de construir, coletivamente, uma crítica ao chamado saber psiquiátrico e ao modelo hospitalocêntrico na assistência às pessoas portadoras de transtornos mentais (Brasil, Ministério da Saúde, 2005). A discussão, ainda atual, da desinstitucionalização se referencia legalmente através da Lei 10.216, conhecida como Lei da Reforma Psiquiátrica, de 06 de abril de 2001, que representa um esforço de incorporação do ideário dos direitos humanos nessa área.
POLÍTICA NACIONAL: A Política Nacional de Saúde Mental propõe que as práticas de saúde mental na atenção básica/saúde da família devam ser substitutivas ao modelo tradicional e não medicalizantes ou produtoras da “psiquiatrização” e “psicologização” do sujeito e de suas necessidades. Por isso, é necessária a articulação da rede de cuidados, tendo como objetivo a integralidade do sujeito, constituindo um processo de trabalho voltado para as necessidades singulares e sociais e não somente para as demandas.
ENFERMAGEM EM SAÚDE MENTAL A Portaria Nº 224/1992, é a primeira normatização do atendimento à saúde mental no SUS . Ela apresenta as Unidades Básicas de Saúde e os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) como serviços de referencia, substitutivos e não hospitalares de atenção à saúde mental. A Lei Nº 10.216/2001(Reforma psiquiátrica), Redireciona a assistência em saúde mental, privilegiando o oferecimento de tratamento em serviços de base comunitária; Dispões sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais contra qualquer forma de abuso e exploração. - Criação de serviços substitutivos ao hospital psiquiátrico
A Política Nacional de Saúde Mental é uma ação do Governo Federal, coordenada pelo Ministério da Saúde, que compreende as estratégias e diretrizes adotadas pelo país para organizar a assistência às pessoas com necessidades de tratamento e cuidados específicos em saúde mental. Abrange pe s s oa s com n ece s s i d a d es re l ac io na d a s a mentais como depressão, a atenção a transtornos e squ i z o f r e n i a , t r an s t o rno a f e t i vo b i p o l a r , ansiedade, tr a n s t o rno obsessivo- compulsivo etc, e pessoas com quadro de uso nocivo e dependência de substâncias psicoativas, como álcool, cocaína, crack e outras drogas.
Os indivíduos em situações de crise podem ser atendidos em qualquer serviço da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), formada por várias unidades com finalidades distintas, de forma integral e gratuita, pela rede pública de saúde. Além das ações assistenciais, o Ministério da Saúde também atua ativamente na prevenção de problemas relacionados a saúde mental e dependência química, implementando, por exemplo, iniciativas para prevenção do suicídio, por meio de convênio firmado com o Centro de Valorização da Vida (CVV) , que permitiu a ligação gratuita em todo o país.
REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (RAPS) Cen t r o s de Atenção Psicossoc ial (CAPS) Urgência e emergência: SAMU 192, sala de estabilização, UPA 24h e pronto socorro Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT) Unid a des d e Acolhi m ento (U A ) Comunidades Terapêuticas Hospital-Dia
CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL – CAPS O Cen t ro d e A p oio Psicossoc i a l tem po r objetivo o fer e c er atendimento à população de seu território, a co m p a n h a m ento c lí n ico e m u l t i p ro f iss i o n a l p a ra re a liza n do re a li z ar a reinserção social dos usuários por meio do acesso ao trabalho, lazer, exercício de cidadania.
FUNÇÕES DO CAPS: Atender em regime de atenção diária Planejar projetos terapêuticos personalizados Promover a inserção social dos usuários Dar suporte, supervisão e atenção à saúde mental na rede básica Regular a Porta de Entrada da rede de assistência em saúde mental Coordenar com o gestor local a supervisão de unidades hospitalares psiquiátricas Manter atualizada a listagem de pacientes da sua região
O que o usuário do CAPS tem direito? - Tratamento medicamentoso - Atendimento a grupo de familiares - Orientação - Atendimento psicoterápico - Atividades Comunitárias - Atividades de suporte social - Oficinas culturais - Visitas domiciliares - Desintoxicação ambulatorial
Publico atendido pelo CAPS: Pessoas que sofrem de transtornos mentais Graves Pessoas com problemas relacionados às substancias psicoativas (CAPSad) Crianças e adolescentes com transtornos mentais (CAPSi)
Atendimentos pelo CAPS: CAPS I: Atendimentos a todas as faixas etárias até 15mil habitantes CAPS II: Atendimentos a todas as faixas etárias até 70mil habitantes CAPS ad Álcool e Drogas: Atendimentos a todas as faixas etárias, especializado em transtornos pelo uso de álcool e outras drogas em regiões com pelo menos 70mil habitantes CAPS III: Atendimentos até 5 vagas de acolhimento noturno e observação em regiões com pelo menos 150mil habitantes CAPS ad III Álcool e Drogas: Atendimento de 8 a 12 vagas acolhimentos noturno e observação, funcionamento 24h em regiões com pelo menos 150mil habitantes
SERVIÇOS RESIDENCIAIS TERAPÊUTICOS (SRT): São moradias ou casas destinadas a cuidar de pacientes com transtornos mentais, egressos de internações psiquiátricas de longa permanência e que não possuam supo r t e soci a l e l a ços famil i ar e s. Além disso, os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs) também podem acolher pacientes com transtornos mentais que estejam em situação de vulnerabilidade pessoal e social, como, por exemplo, moradores de rua.
Unida d es de A c o l h i me nt o (UA) Oferece cuidados contínuos de saúde, com funcionamento 24h/dia, em ambiente residencial, para pessoas com necessidade decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, de ambos os sexos, que apresentem acentuada vulnerabilidade social e/ou familiar e demandem acompanhamento terapêutico e protetivo de caráter transitório. O tempo de permanência nessas unidades é de até seis meses. As Unidades de Acolhimento são divididas em: Unidade de Acolhimento Adulto (UAA): destinada às pessoas maiores de 18 (dezoito) anos, de ambos os sexos; Unidade de Acolhimento Infanto-Juvenil (UAI): destinada às crianças e aos adolescentes, entre 10 (dez) e 18 (dezoito) anos incompletos, de ambos os sexos. As UA contam com equipe qualificada e funcionam exatamente como uma casa, onde o usuário é acolhido e abrigado enquanto seu tratamento e projeto de vida acontecem nos diversos outros pontos da RAPS.
Comunidades Terapêuticas São serviços destinados a oferecer cuidados contínuos de saúde, de caráter residencial transitório para pacientes, com necessidades clínicas estáveis, decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas.
Hospital-Dia É a assistência intermediária entre a internação e o atendimento ambulatorial, para realização de procedimentos clínicos, cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos, que requeiram a permanência do paciente na Unidade por um período máximo de 12 horas .
P O LITICA N A CION A L DE SAUDE MENTAL A r e ab i l i t a ção psi c ossoc ial é compreendida como um conjunto de ações que buscam o fortalecimento, a inclusão e o exercício de direitos de cidadania de pacientes e familiares, mediante a criação e o desenvolvimento de iniciativas articuladas com os recursos do território nos campos do trabalho, habitação, educação, cultura, segurança e direitos humanos.
ASSIS T E N C I A D E E NF ERM A G E M E M SA ÚD E MEN T A L Nesse contexto, a enfermagem se viu responsável por uma assistência inovadora e promissora em suas práticas através do surgimento de novos espaços de trabalho nos CAPS e nas demais RAPS. Com essa nova realidade a enfermagem participa de atividades grupos de estudos; reuniões de famílias e de equipe; visitas domiciliares e passeios; e escuta, acolhe e estabelece vínculos com o paciente.
MATRICIAMENTO EM SAÚDE MENTAL: Matriciamento ou apoio matricial é um novo modo de produzir saúde em que duas ou mais equipes, num processo de construção compartilhada criam uma proposta de intervenção pedagógico-terapêutica. Essa proposta visa integrar os profissionais da equipe de saúde da família com profissionais especialistas de forma que os primeiros tenham um suporte para a discussão de casos e intervenções terapêuticas. O matriciamento visa transformar a lógica tradicional dos sistemas de saúde: encaminhamentos, referências e contrarreferências, protocolos e centros de regulação, por meio de ações mais horizontais que integrem os componentes e seus saberes nos diferentes níveis de assistência (CHIAVERINI, 2011). Hoje, a principal estratégia desenvolvida para apoio matricial é a equipe de Nasf (núcleo de apoio à saúde da família). Entre os instrumentos do processo do matriciamento estão: elaboração de PTS, interconsulta, consulta conjunta, visita domiciliar conjunta, grupos, educação permanente, abordagem familiar, entre outros.
Principais Transtornos MENTAIS Depressão Ansiedade Síndrome de Burnout Transtorno Borderline Transtorno Bipolar Esquizofrenia
Depressão Depressão é uma doença psiquiátrica crônica e recorrente que produz uma alteração do humor caracterizada por uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima e culpa, assim como a distúrbios do sono e do apetite. É importante distinguir a tristeza patológica daquela transitória provocada por acontecimentos difíceis e des a gra d á v ei s . Di a nte da s a d versi d a d es, a s pess o as s em a doença sofrem, ficam tristes, mas encontram uma forma de superá-las. Nos quadros de depressão, a tristeza não dá tréguas, mesmo que não haja uma causa aparente. O humor permanece deprimido praticamente o tempo todo, por dias e dias seguidos. Desaparece o interesse pelas atividades que antes davam satisfação e prazer e a pessoa não tem perspectiva de que algo possa ser feito para que seu quadro melhore.
Causas da depressão Existem fatores genéticos envolvidos nos casos de depressão, doença que pode ser provocada por uma disfunção bioquímica do cérebro. Entretanto, nem todas as pessoas com predisposição genética reagem do mesmo modo diante de fatores que funcionam como gatilho para as crises: acontecimentos traumáticos na infância, estresse físico e psicol ó gic o , al g umas d oe n ça s s istêmi c a s (ex: hipotireoidismo ), consumo de drogas lícitas (ex: álcool) e ilícitas (ex: cocaína), certos tipos de medicamentos (ex: anfetaminas ).
Sintomas da depressão Além do estado deprimido (sentir-se deprimido a maior parte do tempo, quase todos os dias) e da anedonia (interesse e prazer diminuídos para realizar a maioria das atividades) são sintomas da depressão: Alteração de peso (perda ou ganho de peso não intencional); Di s túrbi o d e s o no ( insôni a o u s o nol ê ncia e x cess i v a prati c a m e n te diárias); Problemas psicomotores (agitação ou apatia psicomotora, quase todos os dias); Fadiga ou perda de energia constante; Culpa excessiva (sentimento permanente de culpa e inutilidade); Dificuldade de concentração (habilidade diminuída para pensar ou concentrar-se); Ideias suicidas (pensamentos recorrentes de suicídio ou morte); Baixa autoestima, Alteração da libido.
Tratamento da depressão Depressão é uma doença que exige acompanhamento médico sistemático. Quadros leves costumam responder bem ao tratamento psicoterápico. Nos outros mais graves e com reflexo negativo sobre a vida afetiva, familiar e profissional e em sociedade, a indicação é o uso de antidepressivos com o objetivo de tirar a pessoa da crise. Depressão é uma doença como qualquer outra. Não é sinal de loucura, nem de preguiça e nem de irresponsabilidade. Se você anda desanimado, tristonho, e acha que a vida perdeu a graça, procure assistência médica. O diagnóstico precoce é o melhor caminho para colocar a vida nos eixos outra vez.
Depressão pode ocorrer em qualquer fase da vida: na infância, adolescência, maturidade e velhice. Os sintomas podem variar conforme o caso. Nas crianças, muitas vezes são erroneamente atribuídos a características da personalidade e nos idosos, ao desgaste próprio dos anos vividos; A família dos portadores de depressão precisa manter-se informada sobre a doença, suas características, sintomas e riscos. É importante que ela ofereça um ponto de referência para certos padrões, como a importância da alimentação equilibrada, da higiene pessoal e da necessidade e importância de interagir com outras pessoas. Afinal, trancafiar-se num quarto às escuras, sem fazer nada nem falar com ninguém, está longe de ser um bom caminho para superar a crise depressiva.
ANSIEDADE (TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA) O transtorno da ansiedade generalizada ( TAG ), segundo o manual de classificação de doenças mentais (DSM.IV), é um distúrbio caracterizado pela “preocupação excessiva ou expectativa apreensiva”, persistente e de difícil controle, que perdura por seis meses no mínimo e vem acompanhado por três ou mais dos seguintes sintomas: inquietação, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular e perturbação do sono. É importante registrar também que, nesses casos, o nível de ansiedade é desproporcional aos acontecimentos geradores do transtorno, causa muito sofrimento e interfere na qualidade de vida e no desempenho familiar, social e profissional dos pacientes.
Os sintomas podem variar de uma pessoa para outra. Os mais comuns são: Inquietação; Fadiga; Irritabilidade; Dificuldade de concentração; Tensão muscular. Existem também outras queixas que podem estar associadas ao transtorno da ansiedade generalizada: Palpitações; Falta de ar; Taquicardia; Aumento da pressão arterial; Sudorese excessiva; Dor de cabeça; Alteração nos hábitos intestinais; Náuseas; Aperto no peito; Dores musculares. Sintomas de ansiedade
Tratamento da ansiedade O tratamento do TAG inclui o uso de medicamentos antidepressivos ou ansiolíticos, sob orientação médica, e a terapia comportamental cognitiva. O tratamento farmacológico geralmente precisa ser mantido por seis a doze meses depois do desaparecimento dos sintomas e deve ser descontinuado em doses decrescentes. Os mais utilizados são os ISRSs e os SNRIs (os inibidores seletivos da recaptação da serotonina e da noradrenalina), como ALPRAZOLAM, DIAZEPAM, BUSPIRONA E O LORAZEPAM . Esses remédios agem para bloquear a recaptação ou a reabsorção da serotonina e da norepinefrina, aumentando a atividade dessas substâncias no cérebro.
SÍNDROME DE BURNOUT (ESGOTAMENTO PROFISSIONAL) A síndrome de burnout é um distúrbio psíquico caracterizado pelo estado de tensão emocional e estresse provocados por condições de trabalho desgastantes. Professores e policiais estão entre as classes mais atingidas. Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônicos provocado por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. A síndrome se manifesta especialmente em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso. Profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes penitenciários, bombeiros, policiais e mulheres que enfrentam dupla jornada correm risco maior de desenvolver o transtorno.
Sintomas da SÍNDROME DE BURNOUT O sintoma típico da síndrome de burnout é a sensação de esgotamento físico e emocional que se reflete em atitudes negativas, como: Ausências no trabalho; Agressividade; Isolamento; Mudanças bruscas de humor; Irritabilidade; Dificuldade de concentração; Lapsos de memória; Ansiedade; Depressão; Pessimismo; Baixa autoestima. Dor de cabeça ; enxaqueca , cansaço, sudorese, palpitação, pressão alta , dores musculares, insônia , crises de asma , distúrbios gastrintestinais são manifestações físicas que podem estar associadas à síndrome.
Tratamento de BURNOUT O tratamento da síndrome de burnout inclui o uso de antidepressivos e psicoterapia. Atividade física regular e exercícios de relaxamento também são altamente recomendados para ajudar a controlar os sintomas. Recomendações para pacientes com burnout Não use a falta de tempo como desculpa para não praticar exercícios físicos e não desfrutar momentos de descontração e lazer. Mudanças no estilo de vida podem ser a melhor forma de prevenir ou mesmo tratar a síndrome de burnout; Conscientize-se de que o consumo de álcool e de outras drogas para afastar as crises de ansiedade e depressão não é um bom remédio para resolver o problema; Avalie quanto as condições de trabalho estão interferindo em sua qualidade de vida e prejudicando sua saúde física e mental; Avalie também a possibilidade de propor uma nova dinâmica para as atividades diárias e objetivos profissionais; Ouça a opinião de seus familiares, amigos e colegas: Quem tem burnout, muitas vezes não percebe; Não hesite em procurar ajuda profissional. A saúde mental é tão importante quanto a física.
Transtorno de personalidade de Borderline e transtorno de humor bipolar O termo "borderline", que em inglês significa "fronteiriço", teve origem na psicanálise: O primeiro autor a usar o termo foi o psicanalista norte-americano Adolph Stern, em 1938, que descreveu o transtorno como um tipo de "hemorragia psíquica" diante das frustrações. Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é um distúrbio caracterizado por instabilidade de personalidade, relacionamentos e comportamentos. O comportamento do paciente borderline é instável – não porque ele deseja -, mas, segundo o psiquiatra Diego Tavares, devido à forma como ocorre sua estruturação psíquica do sujeito. Em geral, o que é notado são modos de funcionamento conflitantes e uma desarmonia com o jeito que levam à vida em relação aos demais. É como se estivessem sempre à beira do limite em grande parte das ocasiões, principalmente quando envolve relacionamentos.
Transtorno de Borderline Ou seja, pessoas portadoras de borderline alternam entre momentos mais estáveis com surtos psicóticos e comportamentos descontrolados. Por isso, suas relações pessoais são mais difíceis que o normal. É comum que essas pessoas tenham que viver com sentimentos de sofrimento e angústia.
Transtorno de personalidade de Borderline e transtorno de humor bipolar Muita gente conhece ou já ouviu falar sobre o transtorno bipolar esse transtorno tem como principal característica as alternâncias no estado de humor. São dois extremos bem delimitados: uma fase marcada pela mania, ou hipomania , em que o indivíduo se sente eufórico, disposto, tem pensamentos acelerados, comportamentos impulsivos e, muitas vezes, de risco. A princípio, esse estado, para quem não conhece e, principalmente, para os pacientes, pode até soar como algo positivo. Muito diferente do outro extremo, que é a depressão bipolar , em que o paciente não sente vontade de absolutamente nada. Mas a questão é que se não tratada, essa oscilação constante prejudica a qualidade de vida e as relações do indivíduo.
Transtorno de personalidade de Borderline e transtorno de humor bipolar A grande questão da bipolaridade é que muitos pacientes acabam passando um longo período apenas com diagnóstico de depressão – isso chega a ocorrer em cerca de 50% dos casos -, o que é preocupante, já que os medicamentos indicados para tratar a depressão bipolar são diferentes. Se o paciente bipolar for tratado somente com antidepressivos, pode ser que os episódios de euforia se intensifiquem ainda mais. Por isso é importante prestar atenção nesses estados, analisar o quanto se repetem e procurar ajuda especializada o quanto antes.
Fob i as Fobia é um tipo de perturbação da ansiedade caracterizado por medo exagerado, falta de tolerância, ou aversão persistente a um objeto ou uma situação. As fobias geralmente causam o aparecimento súbito de medo.
Algumas fobias as mais comuns Acrofobia: medo de altura; e feridas; Agorafobia : medo de espaços abertos ou • Monofobia : medo de ficar sozinho; com multidões; Aracnofobia : medo de aranhas; Catastrofobia : medo de catástrofes e aspectos ambientais; Claustrofobia : medo de lugares fechados; Fobia social : medo de pessoas e da exposição; Glossofobia : medo de falar em público; Hematofobia : medo de sangue, injeções Nictofobia : medo da noite ou do escuro; Tanatofobia ou Necrofobia : medo da morte; Zoofobia : medo de animais. Ofidiofobia : medo de, de cobras Entomofobia (também conhecida como insectofobia ou insetofobia) medo ou aversão a insetos
Algumas Fobias incomuns Nomofobia - medo de ficar sem celular: O mundo digital trouxe um medo bem típico: o de ficar sem cobertura de celular. A fobia vem do medo de perder o sinal, ficar sem bateria ou até de perder o celular de vista. Somnifobia - medo de dormir. É o medo excessivo de adormecer. Geralmente ocorre porque o indivíduo associa ir para a cama com a morte. Hilofobia - medo de florestas. É o medo irracional de matas, florestas ou árvores. Coulrofobia – medo de palhaço Turofobia - medo de queijo Coulrofobia – medo de palhaços Xantofobia- medo da cor amarela Onfalobia – medo de umbigo
Transtornos mentais Esquizofrenia Esquizofrenia é uma doença cerebral crônica que afeta 1% da população mundial e se manifesta entre os 15 e 35 anos. Os sintomas de esquizofrenia podem incluir delírios, alucinações, problemas de raciocínio e concentração e falta de motivação . No entanto, quando esses sintomas são tratados, a maioria das pessoas com esquizofrenia melhora muito com o tempo, porém não tem cura
Sintomas da Esquizofrenia Alucinações Delírios Pensamentos desordenados (modos de pensar incomuns ou disfuncionais) Distúrbios do movimento (movimentos do corpo agitado) Redução do afeto (expressão reduzida de emoções através da expressão facial ou tom de voz) Redução dos sentimentos de prazer na vida cotidiana Dificuldade em iniciar e manter atividades Redução de fala
Esquizofrenia Paranoide Paranoide- O isolamento social também está presente na esquizofrenia paranoide – ou paranoica, como é conhecida. O portador da doença enfrenta problemas como falas confusas, falta de emoção e tende a achar que está sendo perseguido por pessoas ou espíritos.
Esquizofrenia Catatônica Catatônica - O paciente diagnosticado com esquizofrenia catatônica mostra um quadro de apatia. Pode ficar na mesma posição por horas, causando também a redução da atividade motora. O paciente diagnosticado com esquizofrenia catatônica mostra um quadro de apatia. Pode ficar na mesma posição por horas, causando também a redução da atividade motora.
Psicopatia Psicopatia é distúrbio mental grave em que o enfermo apresenta comportamentos antissociais e amorais sem demonstração de arrependimento ou remorso, incapacidade para amar e se relacionar com outras pessoas com laços afetivos profundos, egocentrismo extremo e incapacidade de aprender com a experiência, ou seja diante da gravidade dos atos cometidos não se regenera.
Comportamentos observados em Psicopatas Boa lábia: O psicopata é bem articulado e ótimo marketeiro pessoal. Como um ator em cena, conquista a vítima bajulando e contando histórias mirabolantes de si. Com meia dúzia de palavras difíceis, se passa por sociólogo, médico, filósofo, escritor, artista ou advogado. Ego inflado: Ele se acha o cara mais importante do mundo. Seguro de si, cheio de opinião, dominador. Adora ter poder sobre as pessoas e acredita que nenhum palpite vale tanto quanto suas ideias.
Mentiroso patológico- Mente tanto que às vezes não se dá conta de que está mentindo. Tem até orgulho de sua capacidade de enganar. Para ele, o mundo é feito de caças e predadores, e não faria sentido não se aproveitar da boa-fé dos mais fracos. Impulsividade: Embora racional, não perde tempo pesando prós e contras antes de agir. Se estiver com vontade de algo, vai lá e consegue tirando os obstáculos do caminho. Se passar a vontade, larga tudo. Seu plano é o dia de hoje. Comportamento Antissocial: Regras sociais não fazem sentido para quem é movido somente pelo prazer, indiferente ao próximo. Os que viram criminosos em geral não têm preferências: gostam de experimentar todo tipo de crime. Sede por adrenalina: Não tolera monotonia, e dificilmente fica encostado num trabalho repetitivo ou num casamento. Precisa viver no fio da navalha, quebrando regras. Alguns se aventuram em rachas, outros nas drogas, e uma minoria, no crime. Reação estourada: Reage desproporcionalmente a insulto, frustração e ameaça. Mas o estouro vai tão rápido quanto vem, e logo volta a agir como se nada tivesse acontecido – é tão sem emoções que nem sequer rancor ele consegue guardar.
Ausência de culpa- Por onde passa, deixa bolsos vazios e corações partidos. Mas por que se sentir mal se a dor é do outro, e não dele? Para o psicopata, a culpa é apenas um mecanismo para controlar as pessoas. Sentimentos superficiais- Emoção só existe em palavras. Se namorar, será pelo tesão e pelo poder sobre o outro, não por amor. Se perder um amigo, não ficará triste, mas frustrado por ter uma fonte de favores a menos. Falta de empatia- Não consegue se colocar no lugar do próximo. Para o psicopata, pessoas não são mais que objetos para usar para seu próprio prazer. Não ama: se chegar a casar-se e ter filhos, vai ter a família como posse, não como entes queridos. Irresponsabilidade- Compromisso não lhe diz nada – tende a ser mau funcionário, amante infiel e pai relapso. Porém, como a família e os amigos são fonte de status e bens materiais, para cada mancada já tem uma promessa pronta: “Eu mudei. Isso nunca mais vai acontecer de novo”. Má conduta na infância- Seus problemas aparecem cedo. Já começa a roubar, usar drogas, matar aulas e ter experiências sexuais entre 10 e 12 anos. Para sua maldade, não poupa coleguinhas, irmãos nem animais.
Profº: Enfª Isabelle Sampaio Disciplina: NEU R OPSIQUI A TRIA/ S A ÚDE MENTAL