Nutrição Enteral Consiste na administração de alimentos liquidificados ou de nutrientes através de soluções nutritivas com formulas quimicamente definidas, por infusão direta n o es t ôma g o ou n o i n t estino delgad o , at r a v és de sondas. Está indicada em pacientes com necessidades nutricionais normais ou aumentadas, cuja ingestão, p o r via o r al, está im p edida ou é i ne f ica z , ma s que t enham o r estan t e d o t r a t o di g est i v o a n a t om o func i o n a l men t e a p r o v eit á v e l .
Osmolaridade A osmolaridade é o número de partículas dissolvidas na solução. Quanto maior o número de partículas, maior é a osmolaridade. No estômago, dietas com osmolaridade elevada reduzem os movimentos de propulsão, dificultando o esvaziamento gástrico, enquanto mais distalmente, no duodeno e jejuno, alimentos hiperosmolares aumentam o peristaltismo e ativam a propulsão da dieta. Em algumas situações são até responsáveis pela aceleração do trânsito intestinal e p r esença d e diar r éia osmót i ca .
A osmol a ridad e su g erida p ela li t e r atu r a, em nutrição enteral, varia em tono da osmolaridade plasmática ( mOm /L). Assim conforme os miliosmol /litro ( mOm /L), as dietas podem ser isotônicas (menor ou igual a 350); moderadamente hi p er t ô n ica s ( 3 50 a 4 5 ) e hi p er t ô n ica s ( m ai o r ou igua l a 5 5 ). Os componentes nutricionais que influenciam a osmolaridade da solução são principalmente os açúcares mais simples; os aminoácidos cristalinos e, em menor grau, os peptídeos; e o cloreto de sódio ( NaCl ) Os lípides não influenciam a osmolaridade , pois não formam solução.
Benefícios Aproxima-se mais da alimentação natural, sendo, portanto, mais fisiológica Pode receber nutrientes complexos, tais como proteínas integrais e fibras Estimula a at i vid a d e i munol ó g i c a i n t estin a l R e f o r ç a a bar r ei r a d a mu c osa i n t estinal, aum e ntand o a p r o t eção c o n t r a a t r ansl o caçã o bac t eria n a Tem menor índice de complicações T em me t od o log i a mai s simples e men o r cur t o
Admini s t r a ç ão Naso/orogástrica; Nasoduodenal; Nasojejunal; Gastrotomia e jejunostomia (são mais utilizadas para alimentação enteral em longo prazo).
Sondas Meio encontrado quando se deseja manter uma comunicação entre uma lesão ou cavidade e o meio externo para o escoamento de líquidos (pus, sangue, secreção serosa) ou gás. O dreno representa uma porta de entrada para microrganismos e a sua colocação deve ser realizada após uma avaliação criteriosa, considerando a relação risco x benefício. Recomenda-se o uso deste com sistema fechado de drenagem, cuidados rigorosos na sua manipulação e a permanência a mais curta possível. (RABHAE, 2000).
Material utilizado: Látex (sonda foley, dreno de Kehr); PVC (sonda Levin); Poliuretano e Silicone flexíveis (cateter enteral, de gastrostomia e foley) K ehr L ev i n Gast r os t om i a
Sonda Foley
Sonda Enteral
Indi c a ç ões Quando o paciente não pode comer: Esta d o d e c o m a Lesões do sistema nervoso central Debilidade a c entuada Traumatismo bucomaxilofacial Intervenções cirúrgicas da boca, faringe, esôfago e do estômago Obstruções mecânicas e fisiologias do tubo digestivo Anorexia Câncer Pós-operatório Queimaduras
Localização Gástrica M a i or T ole r ân c i a a f órm u l as v a r i a das; Boa a c eitação d e f órm u l as hiperosmóticas; P r og r es s ão mai s r áp i d a pa r a alca n ça r o v alor cal ó r i c o t otal ideal; Int r od u çã o d e g r andes v ol u me s; Fácil posicionamento da sonda. Al t o r is c o d e aspi r ação em pac i en t e s com dificuldades neuromotoras de deglutição; Saída acidental da sonda nasoenteral devido à tosse, náuseas ou vômitos. VANTAGENS DES V A N T A GE N S
Localização Enteral M enor r is c o d e aspi r ação; M a i or d i f i c u l dad e d e saída ac i denta l da sonda; Permite nutrição enteral quando a al i mentaçã o gást r i c a é in c o n v en i en t e ou inoportuna. Ris c o d e aspi r ação em pac i en t es que t êm mobil i dad e al t e r ada ou alimentação à noite; Desalojame n t o ac i dental , podendo causar refluxo gástrico; R equer d i etas n o r m o ou hipoosmolares. VANTAGENS DES V A N T A GE N S
Admini s t r a ç ão Intermitente (até 500 ml a cada 3 a 6 horas) Bólu s (de 100 a 3 50 ml , n o es t ôma g o a cad a 2 a 6 h o r as) Contínua (50 a 150 ml/hora)
Complicações E r osão d a m u c osa nasal; Sinusite, faringite; Irritação nasofaríngea; Esofagite; O b st r u ç ão d a sonda; Deslocamen t o d a sonda; Aspiração pulmonar; Complicações Gastrointestinais: Desconforto, distensão e cólica abdominal Náuseas, soluços e vômitos Diarréia Infecção intestinal Distúrbios hidroeletrolíticos Hiperglicemia, glicosúria(excreção de glicose pela urina), poliúria osmótica (aumento do volume urinário com perda de água e eletrólitos);
Cuidados de Enfermagem Verificar rótulo observando: nome do paciente, composição da solução e gotejamento; Orienta r o p acien t e; Lavar as mãos antes e depois da administração da dieta; Testar a sonda para verificar a localização correta; Eleve o decúbito do cliente ao administrar dieta por sonda e 30 a 60min após o término da alimentação; F i x ar a son d a c or r eta men t e; Teste o refluxo. Se houver refluxo menor ou igual à metade do volume da dieta, despreze o refluxo e infunda a dieta. Se houver refluxo maior ou igual à metade do volume da dieta, devolva o refluxo e infunda a dieta descontando esse volume. Se houver refluxo maior ou igual ao volume total da dieta, não infunda o refluxo, faça uma pausa; Infunda a dieta em uma hora, calculando o gotejamento; Administre a dieta a uma temperatura morna ou temperatura ambiente; Após o término da administração de dietas, deve-se sempre lavar a sonda com no mínimo 20 ml de água filtrada em push ou sob infusão; Em caso de gastrostomia e jejunostomia atentar para os cuidados com as sondas e seus r es p ect i v os cu r at i v os; Manter a inserção da sonda limpa e seca trocando a cobertura diariamente e cada vez que estiver suja ou molhada, limpando a pele ao redor da sonda com água e sabão;
Nutrição Parenteral A nutrição parenteral visa a fornecer, por via parenteral, todos os elementos necessários à demanda nutricional de pacientes com necessidade normal ou aum e ntada , cu j a via di g est iv a nã o p o d e ser u t il i zada ou é ineficaz. A nutrição parenteral pode ser total, isto é, quando o paciente é nutrido exclusivamente por via parenteral, ou complementar, quando está associada à utilização concomitante da via digestiva.
Composição Matéria-prima para a síntese protéica; água; eletrólitos(sódio, cloro, potássio, cálcio, magnésio e fosfato) e outros macrominerais; vitaminas e oligoelementos(ferro, iodo, zinco, cobre, cromo, manganês, selênio, molibdênio e cobalto).
Vias Tradicionalmente, o termo nutrição parenteral periférica (NPP) designa a administração de água, eletrólitos, proteína e substratos calóricos através de uma via periférica do paciente. Na nutrição parenteral total(NPT) estão substâncias que são administradas através do sistema venoso central do paciente. O obje t i v o d e ambas é al i viar ou c orr i gir os sin a i s , os sintomas e as seqüelas da desnutrição.
Indicações Obstruções mecânicas e fisiológicas do tubo digestivo Estenose do esôfago, estenose pilórica; Obstrução intestinal, semi-obstrução intestinal; Intervenções cirúrgicas da boca, faringe, esôfago e do estômago Lesões do sistema nervoso central Debilidade a c entuada Quando o paciente não deve comer Formas graves de doenças inflamatórias intestinais Neoplasias Caquex i as g r a v es
Admini s t r a ç ão De modo geral, a via de acesso ao sistema venoso para administração da terapia são as vias periféricas nos membros superiores e centrais (veia subclávia ou a veia jugular interna ou externa). A velocidade de infusão das fórmulas de alimentação parenteral varia de acordo com as condições clínicas do paciente, A velocidade ideal da infusão de glicose varia de entre 0,5 e 0,75 g/kg/hora .
Os pacientes devem receber 1000 ml da fórmula de alimentação parenteral no primeiro dia. Se estes 1000 ml forem bem tolerados, ou seja, se não surgirem sinais de intolerância â glicose ou outro desequilíbrio metabólico ou eletrolótico , 2000 ml podem ser infundidos no segundo dia. Se for necessário, mais 1000 ml da fórmula podem ser adicionados. Uma regra prática no aumento da velocidade de infusão até 20 a 50 ml/hora a cada um ou dois dias, conforme a capacidade do paciente de tolerar mais líquido e a sobrecarga de glicose.
Um fato de extrema importância é que as soluções sejam administradas em fluxo contínuo e regular. As oscilações na velocidade de infusão, freqüentemente observadas quando se utiliza o gotejamento livre por queda gravitacional, controlado por pinças mecânicas, são notavelmente indesejáveis, dificultando sensivelmente a adaptação metabólica do paciente frente ao aumento progressivo do aporte nutricional. As bombas infusoras , disponíveis em várias modalidades, constituem opção bastante recomendável para o controle seguro e eficaz da infusão contínua e regular das soluções nutritivas.
Complicações Como todo método terapêutico, a nutrição parenteral não é isenta de riscos e complicações. Na verdade, algumas complicações podem assumir proporções desastrosas, e até mesmo fatais, sobretudo se o mé t odo f or a p licado d e manei r a inescru p ulosa. O doen t e qu e r e c ebe a nutriç ã o p a r en t e r al de v e me r e c er ri g o r o s os cuidados higiênicos, incluindo higiene corporal, pronta remoção da sondas e curativos contaminados, manutenção de vestimentas limpas e adequadas para o exame médico periódico. O máximo rigor deve ser observado para com as técnicas de assepsia e antissepsia, no manuseio do instrumental e frascaria quando do preparo das soluções nutritivas finais. A pessoa responsável por essa tarefa deve estar inteiramente conscientizada quanto à gravidade dos riscos de contaminação dessas soluções. As soluções nutritivas usadas no aporte nutricional podem constituir um excelente meio de cultura de bactérias e fungos
Cuidados de Enfermagem Verificar rótulo observando: nome do paciente, composição da solução e gotejamento; O r ienta r o p acie n t e; Lavar as mãos antes e depois da administração da dieta; O doente que recebe a nutrição parenteral deve merecer rigorosos cuidados higiênico; O máximo rigor deve ser observado para com as técnicas de assepsia e antissepsia, no manuseio do instrumental e frascaria quando do preparo das soluções nutritivas finais; Manter a via venosa central exclusiva para a infusão de NPT, mantendo a permeabilidade; Realizar curativo com técnica asséptica a cada 24 horas ou de acordo a necessidade utilizando solução estabelecida pelo protocolo da unidade no acesso central; Observar o local da inserção quanto à fixação do cateter, edema, dor, rubor, hi p e r em i a e p r e s en ç a d e s ec r eção; A localização central do cateter deve ser confirmada (RX) antes de iniciar a NP