O Rig Veda

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About This Presentation

Rig Veda ou Rigveda, Livro dos Hinos, é o Primeiro Veda e é o mais importante veda, pois todos os outros derivaram dele. Rig Veda é o Veda mais antigo e, ao mesmo tempo, o documento mais antigo da literatura hindu, composto de hinos, rituais e oferendas às divindades. Possui 1.028 hinos, sendo q...


Slide Content

DISCIPLINA: História e conceitos básicos do Hinduísmo, Budismo, e Islã.
MESTRANDO: Arlindo Nascimento Rocha
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

O RIG-VEDA
O estudo do Veda é um dos campos mais árduos da filologia* indiana;
poucas são as pessoas que se dedicam a pesquisa do Rig-Veda.

Entre os estudiosos encontramos:
•Burnouf, Oldenberg, Roth, Max Müller, Bergaigne, Pischel, Geldner
(...) (3)
Dessa lista fazem parte ainda:
•Rosen, Wilson, Bemfey, Colebrooke, Grasmann, Regnier, Regnaud,
Kerbaker (...) (4)
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•As coincidências lexicais, correspondências literárias, e elementos
religiosos e sociais dos hinos do Rig-veda e nas estrofes do Avesta*
demostram que houve um longo período de vida em comum dos Indo-
europeus.
•Esses povos teriam povoada a Índia e o Iran que se diferenciaram
através de novas caraterísticas linguísticas, religiosas e sociais. (p. 5)
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LITERATURA VÉDICA
Literatura Védica é o conjunto de textos sagrados do pensamento religioso
indiano (ilustrações, liturgias, exegéticas, teológicas, e filosóficas) transmitidos
oralmente. (p. 9)
•TEXTOS:
I.AS SAMHITÂS (1500 a 1200 a.C) – coleções de hinos, de orações,
de canções mágicas, bênçãos e ritos.
II.BRÂMANAS (1000 a 800 a.C) – textos sobre ciência sacrifical;
III.AS ÂRANYAKAS - obras teológicas ritualistas que tem relações com
BRÂMANAS;

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I.As UPANISHADAS (800 a 500 a. C) – textos de doutrina secreta
sobre o Ser supremo, o eu e o mundo – primeiros documentos do
pensamento filosófico indiano. (p.10)
II.VEDÂNGAS (500 a 200 a.C) – “Membros do Veda” ou “ciência auxiliar
do Veda”. (p. 11)

Cada BRÂHMANA, ÂRANYAKA, e UPANISHADA, se prende a uma ou a outra
das SAMHITÂS védicas. Cada SAMHITÂS védica possui seus próprios
BRÂHMANAS ou ÂRANYAKA ou suas próprias UPANISHADAS.
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Existem outros tratados que são o élo de ligação entre a literatura védica e a
clássica.
•São eles:
•SÛTRAS – coleção de brevíssimos aforismos.
•A primeira é KALPA-SÛTRA – O Sûtra das cerimônias;
•A segunda é SMÂRTA-SÛTRA – regras concernentes à doutrina, vindas
por tradição, divididas em três seções:
I.GRHYA-SÛTRA – aforismos domésticos;
II.DHARMA-SÛTRA – aforismos de gênero social ou jurídico;
III.ÇULVA-SÛTRA – regra da corda. (p. 12)

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OS VEDAS
•Os vedas são quatro:
1.As SAMHITÂS – coleção de hinos, mantras, súplicas, fórmulas mágicas,
inovações de bênçãos, fórmulas sacrificiais, esconjuros (...)

I.O mais antigo é o RIG-VEDA – veda das estâncias laudativas;
II.O segundo é o YAJUR-VEDA – veda das fórmulas sacrificiais;
III.O terceiro é o SAMA-VEDA – veda das melodias. (p13);
IV.O quarto é o ATHARVA-VEDA – veda das fórmulas mágicas.(p. 14)

Tripla ciência

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O RIG-VEDA
Segundo Max Müller, o Rig-Veda é o documento mais antigo da Índia, formado
por 1028 hinos.
•Contem mais ou menos 160.000 palavras, considerado como um arquivo do
pensamento humano, que permaneceu durante séculos na memória dos
homens.
•O termo RIG-VEDA, conhecido como “Livro dos versos” é composta de:
versos, estâncias, estrofes, hinos.
•É a coleção litúrgica de hinos de povos arianos dirigido às divindades.
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Max Müller foi o primeiro a estabelecer uma cronologia do período literário mais
antigo da Índia.

1. Século IX ou X e o século VII a.C
O periodo dos Brahmanes (Äraniakas e as Upanishadas)

2. Século IX ou XII e o século IX ou X
As Samhitäs ou coleção de hinos ( Rig-Veda, Yajur-Veda, Soma-Veda
e Atharva-Veda). (p. 17)
Essa teoria foi seguida por von Schoder, Oldenberg, Henry, Macdolnel e
Winternitz.
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À hipótese de Müller contrapõe a escola dominicana francesa, liderada pelo
vedista A. Bergaigne.

•Ele estabelece o Rig-Veda como um livro litúrgico com relação íntima com o
sacrifício.
•Seus seguidores foram Barth, Darmesteler, Levi. (p. 18).

Contra as duas teorias aparece Jacobi e Tilak, que consideram os anos 4.500-
2.500 como periodo do desenvolvimento e cultural do Rig-Veda histórico

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O RIG-VEDA
•O hino VII, 103 do Rig-Veda compara na quinta estrofe as rãs, que
sucessivamente grasnando, formam o eco uma da outra, aos alunos que
aprendem o Veda, repetindo nas palavras do mestre. (mnemônica)
•O mestre se dirige ao aluno que está a direita e recita a primeira e a
segunda palavra com a qual começa um verso.
•O aluno repete e o mestre prossegue a recitar-lhe separadamente o resto do
verso. (p. 21).
•Este sistema de ensino sempre deu bons resultados na Índia.
Aprendido por ensino oral
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•O Rig-Veda não faz referência à arte de escrever, mas ao ensino oral. Quem
escreve os Vedas vai ao inferno.
•Os monumentos religiosos e literários passaram de pais para filhos por
tradição oral, e, ainda os indianos guardam na memória suas relíquias.
•Durante mais ou menos um milênio a memoria dos Brahmanes serviu de
arquivo melhor do que os livros. (pp. 24, 25)
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COMPOSIÇÃO DO RIG-VEDA
Nada se sabe da época da composição do Rig-Veda.
•A única recenção fixada na escola dos Çâkalas, 600 anos a.C.
•O Rig-Veda é composta por 1028 hinos, recolhidos em 10 mandalas ou
“circulos cíclicos” com 40. 000 versos dos quais 5. 000 são repetidos. (p. 26)

•Outra distribuição externa apresenta o conjunto de hinos divididos em 8
astakas “oitavas” cada uma dividida em 8 vargas “porções” de cinco versos.

•Os livros mais antigos são chamados de “Livros de família”.
•O objetivo do hino é agradecer os favores da parte dos deuses.
•O sacerdote é chamado de hotar “sacrificador” ou “invocador”. (p. 27, 28)
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ÉPOCA EM QUE FOI ESCRITO O RIG-VEDA
•As origens do Rig-Veda são remotíssimas:
•A redação do Rig-Veda’, que conhecemos é aquela do “ramo” çâkhâ, da
escola dos çâkhâs.

•Foi tarefa árdua para os filólogos fixar a época exata do aparecimento do
Rig-Veda.
•Depois de muito trabalho chegou-se a conclusão de que o Rig-veda é
da época de 1.500 a.C.
•Oldenberg afirma que o periodo se situa entre 1.500 a 1.000 a.C. (p. 31)


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O RIG-VEDA E A ÍNDIA
O Rig-Veda é o livro mais antigo e venerado na Índia, embora para alguns, é o
que menos representa aquilo aquilo que realmente é a Índia.

•Há uma omissão de elementos importantes para a cultura indiana:
•Não se mensiona o tigre;
•Do elefante se fala raras vezes;
•Não mensiona o nygrodha (crescente);
•O arroz é desconhecido pelos vates védicos. (p. 32);
•O Gange sagrado, é memsionado somente uma vez (p. 33)
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•Todas as religiões posteriores como:
•KARMAN (ação que determina o novo nascimento);
•SANSÂRA (ciclo infimnito de nascimento);
•AHIMSA (proibição de matar qualquer ser)- não se encontram no Rig-Veda.

Esses fatos revelam que o Rig-Veda nada tem que ver com a Índia, porém, representa
uma antiqíssima civilização ariana.

•A Índia não tem uma historiografia própria, mas os três monumentos literários: RIG-
VEDA, MAHÂBHÃRATA e RÂMÂYANA, conservam a memória das três etapas da
expansão ária na Índia. (p. 35).

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A MÉTRICA DO RIG-VEDA
•A métrica do hinos do Rig-Veda difere da clássica.
•Na métrica clássica são quatro chamados de pâda “pé” (metáfora tirada
dos quadrúpedes);
•Os pâdas tem um número fixo de sílabas (4, 5, 11, 12).
•Os versos são formados por mais linhas (estrofes ou estâncias) (p. 36)

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TRÊS PERÍODOS DA LÍNGUA DO RIG-VEDA
•Primeiro período ( 1.500 ao 6
o
século a.C) – védico representado pelos
hinos mais antigos;
•Segundo período (6
o
ao 2
o
século a.C) – védico porque sua literatura é
essencialmente crítica e a língua guarda traços da sua origem védica.
•O terceiro período (2
o
a.C ao século XVI) – Sânscrito clássico.

Há outra classificação mais simples:
•Sânscrito védico;
•Sânscrito clássico;
•Sânscito moderno. (pp. 38,39)

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A LÍNGUA DO RIG-VEDA
O sânscrito védico, anterior ao primeiro mílénio a.C. é a língua dos hinos, a
mais rica de formas, próxima a língua irânica e do Avesta.
•Os dialetos mais antigos podem ser considerados “prákritos” e o exemplo
mais antigo pode ser chamado de “primário”.
•Provavelmente esta língua foi falada pelas tribos que invadiram a Índia.

A língua douta termina a criação de novas formas e começa o período das
perdas.
•Ela tende a uma maior simplicidade e agilidade;
•Aparece casos de fusão e sincretismo;
•Redução das formas gramaticais. (p. 45).
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CLASSIFICAÇÃO DOS HINOS DO RIG-VEDA
É possível distinguir quatro formas de hino:
•1ª - Hinos que se canta à natureza com admiração, sem adoração dos
fenômenos como manifestação do divino;
•2ª - Hinos em que Deus é colorido no fenômeno natural (Açvinau, Mitra,
Varuna);
•3ª - Hinos nos quais Deus se manifesta mais humano a ponto de ser
confundido com o herói (Indra e Marutas);
•4ª - Hinos nos quais se celebra como divino todo o objeto de culto
sacrifical. (pp. 47,48)

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O RIG-VEDA COMO LIVRO RELIGIOSO
Maior parte dos hinos do Rig-Veda são dedicados ao sacrifício do soma.
•A religião do Rig-Veda, é a das classes dos sacerdotes e dos príncipes.
As crenças populares são excluídas das poesias e dos hinos.
As divindades evocadas são a personificação de fenômenos da natureza:
•36 hinos à Varuna; 35 ao sol ; 20 à aurora; 50 aos Açvins; 250 à Hindra;
33 à Maruts, 3 à Parjanya; 200 à soma, formando um total de 747 hinos
para 1028 que constam do Rig-Veda.
•Os deuses que, embora não existem “ab aeterno”, tendo aspeto humano
(excepto a mãe de Rudra) não são regulados por hirarquias, mas, são
distinguidos no Rig-veda em três grupos:
•Celestes; atmosféricos e terrestres (11 deuses) (pp 50,51)
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Principais divindades celestres:
•DYAUS – o primeiro entre os deuses do céu, aliás é o próprio céu - é
chamado de pai de muitos deuses – (Ushas, Açvins, Sûria, Âdityas, Agni,
Parjanya, Indra); (53)
•MITRA E VARUNA – as mais poderosas entre os sete filhos de Aditi
“mãe”dos “grandes soberanos do universo”;
•USHAS – deusa da aurora, aparece bela de manhã, trazendo a luz. (54)
•OS AÇVINS – irmãos da aurora, gêmeos inseparáveis, belos ágeis, fortes e
sapientíssimos. São os médicos dos deuses. (55)
•SÛRYA – é o sol, o grade astro que dá luz ao homens – olhos dos deuses
(Savitar, Purushan, Visnu) (pp. 56, 57, 58).

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Divindades atmosféricas:
•INDRA – o deus nacional da Índia védica - forte, violento e belicoso.
•RUDRA – deus das montanhas e das florestas;
•OS MARUTS – divindade ao serviço de Indra (enviam a chuva e fazem
tremer a terra) (59)
•PARJANYA – deus da tempestade e da chuva.
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Divindades terrestres:
•PRTHIVÊ – a larga : terra;
•AGNI – maior dos deuses da terra; (p. 60)
•SOMA – figura mais complexa do panteão védico (é uma planta não muito
bem identificada que cresce nas montanhas) – seu suco gurda o segredo da
imortalidade dos deuses. (p. 61)
Existem outras divindades inferiores que relacionam às àguas, aos rios,
montanhas, florestas.

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HINOS DE ASSUNTOS VÁRIOS NO RIG-VEDA
Existem mais ou menos 20 hinos em forma de diálogo condierados como:
•Fonte da poesia épica e dramática;
•Cantos nupciais com relativos exorcismos;
•Cantos mágicos em geral;
•Cantos de guerra
•Outros de caráter mundano com humorismo,;
•Cantos fúnebres (p. 65)
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Outros hinos referem a assuntos filosóficos e cosmológicos.
•A preocupação é com a origem do mundo, a imortalidade da alma e seu
destino, dúvidas em relação a unidade e a pluralidade dos deuses ou sobre
a sua existência.
•No Rig-Veda não há traços de poesia popular, a não ser dois ou três versos
de cunho popular.
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REFERÊNCIA
STELLA, Jorge Bertolaso. O Rig-Veda. São Paulo – 1958.
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