As **orações coordenadas sindéticas** são um tipo de estrutura muito comum na língua portuguesa e desempenham um papel essencial na construção de períodos compostos. Elas se caracterizam por serem **orações independentes**, ou seja, cada uma possui sentido completo, mas estão **ligadas po...
As **orações coordenadas sindéticas** são um tipo de estrutura muito comum na língua portuguesa e desempenham um papel essencial na construção de períodos compostos. Elas se caracterizam por serem **orações independentes**, ou seja, cada uma possui sentido completo, mas estão **ligadas por conjunções coordenativas**, que estabelecem diferentes relações de sentido entre elas. A palavra “sindética” vem do grego *syndetikós*, que significa “ligado”, o que reforça a ideia de que essas orações são unidas por um elemento de ligação.
As orações coordenadas sindéticas se classificam de acordo com o tipo de conjunção que utilizam. Há cinco principais tipos: **aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas** e **explicativas**. Cada uma estabelece uma relação lógica diferente, que contribui para a coesão e o encadeamento das ideias em um texto.
As **orações coordenadas sindéticas aditivas** exprimem uma ideia de soma ou adição. As conjunções mais utilizadas nesse tipo são **“e”, “nem”, “mas também”, “não só... mas também”**. Elas unem duas ações ou pensamentos que se complementam. Por exemplo: “Estudei para a prova **e** fiz todos os exercícios.” Nesse caso, as duas ações, estudar e fazer exercícios, são somadas, demonstrando continuidade ou reforço de ideia.
As **orações coordenadas sindéticas adversativas** expressam **contraste, oposição ou compensação** entre as ideias. As conjunções mais comuns são **“mas”, “porém”, “contudo”, “todavia”, “entretanto”, “no entanto”**. Por exemplo: “Gosto de praia, **mas** prefiro o campo.” Aqui, as duas orações têm sentidos opostos, e a conjunção “mas” indica essa contradição.
As **orações coordenadas sindéticas alternativas** apresentam uma **ideia de escolha, alternância ou exclusão**. As conjunções que as introduzem são **“ou”, “ora... ora”, “quer... quer”, “seja... seja”**. Por exemplo: “**Ou** você estuda, **ou** não passará no exame.” Essa estrutura demonstra uma escolha entre duas possibilidades, reforçando o caráter de alternância.
As **orações coordenadas sindéticas conclusivas** indicam **consequência ou conclusão** em relação à ideia expressa anteriormente. São introduzidas por conjunções como **“logo”, “portanto”, “assim”, “por isso”, “pois”** (quando vem após o verbo). Exemplo: “Esforçou-se bastante, **portanto** merece o sucesso.” Nesse caso, a segunda oração conclui a ideia da primeira, mostrando um resultado lógico.
Por fim, as **orações coordenadas sindéticas explicativas** têm a função de **explicar, justificar ou esclarecer** o que foi dito na oração anterior. As conjunções mais utilizadas são **“porque”, “que”, “porquanto”**. Por exemplo: “Não vá agora, **porque** está chovendo muito.” A segunda oração serve para justificar a razão da primeira, oferecendo uma explicação.
Em resumo, as **orações coordenadas sindéticas** são fundamentais para tornar a comunicação mais clara e expressiva. Elas permitem que o falante conecte ideias de forma lógica, criando relações de adição, oposição, escolha
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Language: pt
Added: Oct 13, 2025
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Orações Coordenadas Sindéticas São orações independentes que se unem por conjunções coordenativas. Transmitem relações de adição, oposição, alternância, conclusão ou explicação.
Aditivas Função: Indicam adição ou soma de ideias. Conjunções: e, nem, mas também, bem como. Exemplos: - Estudei toda a tarde e revisei à noite. - João trabalha e estuda. - Ele não só ajudou, mas também organizou o grupo.
Adversativas Função: Indicam oposição ou contraste. Conjunções: mas, porém, contudo, entretanto, todavia. Exemplos: - Queria sair, mas choveu. - Estudei muito, porém não fui bem. - O carro é bonito, contudo caro.
Alternativas Função: Indicam alternância ou escolha. Conjunções: ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja. Exemplos: - Ou você estuda, ou repete o ano. - Ora ri, ora chora. - Quer chova, quer faça sol, irei.
Conclusivas Função: Indicam resultado ou conclusão. Conjunções: logo, portanto, por isso, assim, então. Exemplos: - Estava cansado, portanto dormiu cedo. - Esforçou-se, por isso passou. - Não estudou, então não passou.
Explicativas Função: Indicam explicação ou motivo. Conjunções: porque, que, pois (antes do verbo). Exemplos: - Não saia agora, porque está perigoso. - Faça silêncio, pois estou estudando. - Tenha calma, que tudo vai dar certo.
Resumo Geral Aditiva – soma: e, nem, mas também → João e Maria cantam. Adversativa – oposição: mas, porém → Estudei, mas errei. Alternativa – escolha: ou, ora...ora → Ou estuda ou trabalha. Conclusiva – resultado: logo, portanto → Choveu, portanto ficou em casa. Explicativa – motivo: porque, pois → Saiu cedo, pois estava cansado.