Oriente x ocidente

karinemarquesdesiqueirarosa3 5,190 views 11 slides Jun 09, 2013
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Na introdução o autor expõe o problema: como foi possível a emergência na Europa moderna de um sistema social conhecido como capitalismo? Oriente X Ocidente

Antes de abordar a natureza dessa observação, Weber nos apresenta uma série de outras manifestações sociais, por exemplo, a ciência, a música, as artes, a arquitetura, a democracia, que também encontraram no ocidente sua sistematização e maturidade científica. OCIDENTE  Racionalização e sistematização. ORIENTE  Ciência observativa.

1) Teologia : o pleno desenvolvimento de uma teologia sistemática deve ser atrbuído ao cristianismo sob a influência do helenismo. 2) Astronomia já existia na Babilônia, mas lhe faltava a fundamentação matemática que lhe foi dada pela primeira vez pelos gregos. 3) Geometria, ciências naturais, medicina : encontra sua origem na Índia, mas acarecia da prova racional do Ociente; as ciência naturais indianas, desenvolvidas pela observação, não conheciam o método experimental , que foi essencialmente produto do Renascimento; a própria medicina indiana, altamente desenvolvida, foi tratada como fruto de laboratório moderno e adicionada a bioquímica no Ocidente. Uma química racional tem estado ausente de todas as culturas que não a Ocidental. Alguns Exemplos :

4) A hitoriografia chinesa, também muito desenvolvida, faltava o método de Tucídides. Maquiavel teve percursores na Índia. Mas, em todas as teoria políticas asiáticas, faltava (por exemplo) o método sistemático de Aristóteles. 5) O mesmo ocorre com a arte e a arquitetura. 6) Escolas superiores, Universades ou Academias, existiram alhures (China e Islão). Porém, um tratamento racional, sistemático e especializado na ciência por especialistas treinados não existiu senão no Ocidente. 7) O Próprio Estado, tomado como entidade política, com uma CONSTITUIÇÃO racionalmente redigida, um Direito racionalmente ordenado, e uma administração orientada por regras racionais, as leis, administrado por funcionário especializados, é conhecido, nessa combinação, somente no Ocidente, apesar de inúmeras outras dêle se aproximarem.

Esses exemplos servem de fundamento para que o autor pudesse afirmar o seguinte: O mesmo ocorre com a força mais significativa de nossa vida moderna: o Capitalismo. Weber diz que o “ impulso para o ganho ”, ou seja, a ânsia de lucro monetário sempre Mais alto possível, não tem nada a ver em si com o capitalismo. Esse impulso sempre existiu e existe entre as pessoas, por exemplo: médicos, cocheiros, artistas, prostitutas, soldados, ladrões, jogadores, mendigos, etc. Ou seja, em toda espécie e condições de pessoas, em todas as épocas de todos os países da Terra, onde quer que, de alguma forma, se apresentou, uma possibilidade objetiva, esse impulso está presente. Assim, Weber descaracteriza o capitalismo como a fonte de que gera o desejo de lucro ilimitado. O Capitalismo pode até representar o contraponto: uma restrição, ou, pelo menos, uma moderação racional desse impulso para o ganho , que é irracional.

É importante compreender que o capitalismo não é a mesma coisa que a busca de ganhos e a maior quantidade possível de dinheiro. Pelo contrário, o capitalismo implica a busca do lucro sempre renovável , um luro de “rentabilidade”. Tudo é feito em termos de equilíbrio , a quantidade de dinheiro ganho em um período de negócios sobre a quantidade de dinheiro gasto. Tomando uma empresa de exemplo: ela deve se adaptar a uma utilização planejada de recursos materiais ou pessoais, como meio de aquisição, de tal forma que, ao término de um período econômico, o balanço da empresa em termos monetários exceda seu capital. A chamada rentabilidade: é uma ação propriamente capitalista onde o lucro resulta de uma planificação organizada do fluxo de bens - o valor auferido sendo permanentemente ( por definição ) superior aos custos de operação. Nesta diferença de valores constituíra-se, por acúmulo, o capital. A empresa que não se orientar por esses princípios (de equilíbrio) tende a fracassar.

Weber então conceitua o capitalismo, ou a ação econômica capitalista , assim: É aquela que se baseia na expectativa de lucro através da utilização das oportunidades de troca, isto é, nas possibilidades (formalmente) pacíficas de lucro. Esse conceito capitalista, segundo Weber, funciona tanto para um tipo de Caixeiro Viajante, que sai vendendo, por exemplo, produtos in natura , como para uma empresa industrial, cuja venda envolve imóveis, etc. É nisto que reside o importante aspecto do capitalismo: o cálculo . Cálculo do capital em dinheiro, seja através de meios modernos desse cálculo, ou dos meios primitivos. O que importa é isso, ou seja, tudo é feito em termos de balanço (Equilíbrio racional): a previsão inicial de uma transação; o lucro obtido ao final dela. O que importa nessa concepção é a efetiva orientação para um ajustamento dos lucros ao investimento, por mais que seja sua forma moderna ou arcaica. Nesse sentido, o “Capitalismo” e as empresas “capitalistas” existiram em todos os países civilizados da Terra, por toda a parte.

A diferença é... No Ocidente, o Capitalismo ganhou uma gama de significados que antes nunca existiram em parte alguma. Em todo o mundo há comerciantes, negociantes, viajantes locais, armazéns, bancos, etc. Essa espécie de empreendedor, o aventureiro capitalista, existiu em todo o mundo. No Ocidente, todavia, aparece um tipo nunca antes encontrado: a organização capitalística racional assentada no trabalho livre . As atividades capitalistas independentes são encontradas no Oriente Próximo e no Extremo Oriente; existiram também na Antiguidade, mas, se comparadas às modernas empresas mercantis, apenas constituem modestos primórdios.

A moderna organização racional da empresa capitalista não teria sido favorável sem a presença de dois fatores importantes (somado so trabalho livre): 1) a separação da empresa da economia doméstica, e 2) a criação de uma contabilidade racional. 1. Uma separação espacial dos locais de trabalho, da residência. Essa é uma marca forte da diferença Ocidente e Oriente, pois antes de mais nada, faltavam-lhes [os orientais] os requisitos essenciais para essa separação, do tipo da nossa contabilização racional e da nossa separação jurídica dos bens da empresa dos do indivíduo. 2. Sua racionalidade decorre da maneira direta da calculabilidade precisa de seus fatores técnicos mais importantes. Implica isso principalmente num dependência da ciência ocidental, notadamente da matemática e das experimentalmente exatas ciêncas da natureza. O desenvolvimento de tais ciências e das técnicas baseadas nelas recebem importantes impulsos dos interesses capitalistas ligados à sua aplicação na prática econômica.

O significado dessas diferenças, entretanto, só foi alcançado (Weber enfatiza isso) pelo capitalismo ocidental, com sua organização do trabalho. Com efeito, essa essa organização em moldes capitalistas-ocidentais, tudo isso, ainda que possível, não teria esse significado. Até o cálculo exato – base de tudo – só é possível pois há o trabalho livre. E argumenta que: da mesma forma, conheceu o mundo um grande número de economias comunistas e socialistas: familiares, religiosas ou militares, socialismo de Estado (Egito), cartéis, etc. Mas, apesar de ter havido em toda parte privilégios urbanos de mercado, corporações e toda espécie de diferenças legais entre a cidade e o campo, o conceito de cidadão e o conceito de burguesia não existiriam senão no moderno ocidente. Da mesma forma, inexistia,e só poderia inexistir mesmo o proletariado como clase, porque inexistia o trabalho livre institucionalizado.

a) O capitalismo tem ocorrido em todas as civilizações. No entanto, o Ocidente tem atualmente o capitalismo desenvolvido em um grau que nunca existiu em outro lugar. b) Esta nova forma é " a organização capitalista racional do trabalho livre. " Esta forma reflete a organização industrial racional, a separação dos negócios da família e da contabilidade racional. c) No entanto, em última análise, estas coisas só são significativas em sua associação com a organização capitalista do trabalho. "O cálculo exato - a base de tudo - só é possível com base no trabalho livre." SÍNTESE :
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