Os galos na arte representam símbolos de coragem, vigor, orgulho e esperança, além de serem associados ao nascer do sol e à masculinidade. Artistas como Aldemir Martins retrataram os galos com traços marcantes e cores vibrantes, transformando-os em símbolos de identidade e calor cultural brasi...
Os galos na arte representam símbolos de coragem, vigor, orgulho e esperança, além de serem associados ao nascer do sol e à masculinidade. Artistas como Aldemir Martins retrataram os galos com traços marcantes e cores vibrantes, transformando-os em símbolos de identidade e calor cultural brasileiro. A figura do galo aparece frequentemente na arte como um sinal de altivez e força, com poses que reforçam essas qualidades.
Size: 4.1 MB
Language: pt
Added: Sep 09, 2025
Slides: 18 pages
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Os galos e a Arte
Galo de Barcelos
Um dos símbolos mais representativos de Portugal é sem dúvida o Galo de Barcelos, considerado por muitos como uma espécie de “mascote” do país. A lenda que lhe está associada é uma das mais importantes lendas medievais do erário popular português. “ Há muitos séculos atrás os habitantes de Barcelos andavam alarmados com um crime e, mais ainda com o fato de não se ter descoberto o criminoso que o cometera. Certo dia apareceu por aquele burgo um galego que se tornou suspeito. As autoridades resolveram prendê-lo e, apesar dos seus juramentos de inocência, ninguém acreditou na sua palavra, que estava apenas de passagem em peregrinação a Santiago de Compostela, em cumprimento de uma promessa. Foi por isso condenado à forca. Antes de ser enforcado, como última vontade, o homem pediu que o levassem à presença do juiz que o condenara. Concedida a autorização, levaram-no à residência do magistrado, que nesse momento se banqueteava com alguns amigos. O galego voltou a afirmar a sua inocência e, perante a incredulidade dos presentes, apontou para um galo assado que estava sobre a mesa e exclamou: “É tão certo eu estar inocente, como certo é esse galo cantar quando me enforcarem.” Risos e comentários não se fizeram esperar mas, pelo sim pelo não, ninguém tocou no galo. O juiz empurrou o prato para o lado e ignorou o apelo do condenado. Porém, quando o peregrino estava a ser enforcado, o que parecia impossível tornou-se realidade… o galo assado ergueu-se na mesa e cantou. Nesse instante ninguém mais duvidou das afirmações de inocência do condenado. Compreendendo o seu erro, o juiz correu para a forca e descobriu que o galego se salvara graças a um nó mal feito que impediu o seu estrangulamento. O homem foi imediatamente solto e mandado em paz.”
Galo da Madrugada
O Galo da Madrugada OMC é um tradicional bloco carnavalesco, considerado o maior do mundo, que desfila durante o carnaval do Recife, saindo no sábado de carnaval e marcando a abertura do mesmo. Desde o seu desfile inaugural, o Galo, como também é conhecido, ganhou enorme adesão de foliões desfile após desfile, e desde 1994, passou a ser considerado o maior bloco de carnaval do mundo, segundo o Guinness World Records. Todo ano, dezenas de trios elétricos, arrastam os foliões da capital pernambucana. Anualmente, o Galo costuma levar às ruas dos centro histórico do Recife, mais de 2.5 milhões de foliões. Com um percurso de cerca de 6.5 km, o desfile tem início nos arredores do Forte das Cinco Pontas e termina junto à Rua do Sol, nas imediações da Ponte Duarte Coelho, onde anualmente é montado um galo gigante, escultura que se tornou o símbolo do carnaval recifense.
Aldemir Martins
Aldemir Martins (1922-2006) foi um artista plástico cearense, ilustrador, pintor e escultor autodidata, de grande renome e fama no país e exterior. O artista participou de diversas exposições, no país e no exterior, revelando produção artística intensa e fecunda. Sua técnica passeia por várias formas de expressão, compreendendo a pintura, gravura, desenho, cerâmica e escultura em diferentes suportes. O artista trabalhou com os mais diferentes tipos de superfície, de pequenas madeiras para caixas de charuto, papéis de carta, cartões, telas de linho, de juta e tecidos variados – algumas vezes sem preparação da base de tela – até formas de pizza, sem contudo perder o forte registro que faz reconhecer a sua obra ao primeiro contato do olhar. Aldemir Martins pode ser definido como um artista brasileiro por excelência. A natureza e a gente do Brasil são seus temas mais presentes, pintados e compreendidos através da intuição e da memória afetiva. Nos desenhos de cangaceiros, nos seus peixes, galos, cavalos, nas paisagens, frutas e até na sua série de gatos, transparece uma brasilidade sem culpa que extrapola o eixo temático e alcança as cores, as luzes, os traços e telas de uma cultura .
Monumento ao Galo Flores da Cunha
Monumento situado junto ao Parque da Vindima Elóy Kunz, devido ao fato de Flores da Cunha ser conhecida como a "Terra do Galo". Tal alcunha advém de um episódio ocorrido por volta do ano de 1934, quando um mágico teria passado pela cidade e prometido, durante o espetáculo, que cortaria a cabeça de um galo, e que com uma mágica, o faria cantar novamente. Porém, na hora da apresentação, o mágico, tendo entre os presentes algumas autoridades, viu-se aos apuros e fugiu deixando os presentes por algum tempo a esperá-lo de volta ao palco. O mágico nunca mais foi visto e o povo foi para casa sem compreender o que havia acontecido. Isso foi motivo de muita vergonha e deboches, advindos muitas vezes de moradores do município vizinho. Somente na década de 1960 foi possível revistar o passado e recontar a história da vergonha como uma história de graça e de alegria.
Mais alguns artista que representaram o galo na arte
Meyer Filho Horten Werneck Gustavo Rosa
Pablo Picasso Celestino Piatti
Amaro Francisco
Mosaico com briga de galo - De Pompéia, Museu Arqueológico Nacional de Nápoles