OS PERIGOS DO ORGULHO Livro: Mediunidade e Discernimento - Walter Barcelos
“O orgulho tem posto a perder numerosos médiuns dotados das mais belas faculdades, que, sem ele, seriam instrumentos excelentes e muito úteis” Allan Kardec - “O Livro dos Médiuns” cap. XVII, questão nº 211
Entre os adeptos do Espiritismo, encontram-se aqueles que são convocados às tarefas mediúnicas visando ao esclarecimento, consolo e socorro aos sofredores do corpo e da alma .
Não basta ao médium espírita ter uma mediunidade formada, adestradas suas faculdades e atirar-se precipitadamente ao trabalho.
É preciso, para serviço tão delicado e complexo, preparar-se interiormente , lutando continuamente, com todas as energias da alma, contra a ignorância e a imperfeição moral que carrega em si mesmo se deseja realmente ser um bom instrumento nas mãos dos Benfeitores Espirituais.
Para seguir Jesus e simpatizar com os Bons Espíritos, é indispensável ao médium trabalhar incansavelmente pelo seu aperfeiçoamento, esforçando-se por destruir as monstruosidades do orgulho domiciliadas em seu próprio coração.
O médium que permanece cego às próprias imperfeições e deficiências, indiferente às necessidades da reforma íntima, poderá trabalhar muito na mediunidade, mas, ao invés de ser um instrumento útil, constituir-se-á um trabalhador indisciplinado com muitas dificuldades de adaptação aos princípios evangélico e distante da faixa mental dos instrutores do Além.
Enorme absurdo comete o espírita possuidor de faculdades que, produzindo frutos espirituais de paz, alívio, consolo, recuperação e cura para milhares de pessoas, se julga dispensado de instrução, de aprendizado, de disciplina, de educação e de reforma íntima.
O médium necessitará exercitar as energias da inteligência e do coração, na educação de si mesmo . O mestre Allan Kardec, na questão nº 228 de “O Livro dos Médiuns”, descreve as principais características dos médiuns orgulhosos , as quais vamos discriminar, efetuando breve análise.
“Confiança absoluta na superioridade das comunicações obtidas” É a aceitação apressada de tudo que provém de sua mediunidade, sem o uso do bom senso.
“ Desprezo pelas que não vieram por seu intermédio.” O que os outros médiuns produzem não tem para ele valor, não merece ser lido ou respeitado. Julga-se melhor e auto suficiente. É aqui que começam a separação e a rivalidade dos médiuns e dos grupos.
“Consideração irrefletida pelos grandes nomes.” Nas comunicações recebidas, estão mais preocupados com os nomes famosos do que com o conteúdo. Acima de todos os ideais, o que mais desejam são: a fama, a admiração e os elogios.
“Rejeição de conselhos.” Não dão atenção aos conselhos dos ensinos de Kardec e nem de alguém que, conhecendo melhor a Doutrina, tem a intenção de esclarecê-lo.
“Repulsa a qualquer crítica.” Toda observação prudente e análise ponderada de seus trabalhos é considerada um absurdo, um ato de violência, porque não aceitam a verdade e não querem clarear o entendimento sobre as leis espirituais.
“Afastamento dos que podem dar opiniões desinteressadas.” Fazem tudo para não terem em sua companhia confrades que estudam a Doutrina, pois não querem aprender, mudar de ideias, aperfeiçoarem trabalhos e melhores sentimentos.
“Confiança na própria habilidade, apesar da falta de experiência.” Pensam que podem facilmente dominar qualquer espírito ignorante, zombeteiro, rebelde ou pseudo sábio com sua força mediúnica e suas ordens enérgicas. Acreditam ingenuamente que nunca foram ou será enganado por nenhum espírito falso profeta.
Os médiuns orgulhosos , ainda que possuam força espiritual e grandes possibilidades psíquicas, caem facilmente nas redes invisíveis de espíritos dominadores e hipócritas , como nos declara o Codificador Allan Kardec:
“Tornados presas de espíritos mentirosos, suas qualidades primeiro perverteram-se, depois se aniquilaram e mais de um se viu humilhado por amargas decepções”.
Estes tais médiuns trabalham na mediunidade o máximo que podem, cultivando o orgulho mascarado de humildade , indiferentes à disciplina, aprendizado e educação evangélica, ausentes dos mais simples raciocínios em torno das lições profundamente esclarecedoras do mestre Allan Kardec.
Estes médiuns são aqueles cegos de quem o Divino Mestre advertiu: “O pior cego é aquele que não quer ver”, E, realmente, esses médiuns orgulhosos não querem enxergar a Luz da Verdade pela óptica da razão. Prejudicam mais do que realmente colaboram com o progresso do Espiritismo.
O Espiritismo não veio somente apresentar fenômenos mediúnicos para a visão externa da multidão de ignorantes, pois sua finalidade essencial é o fenômeno da educação moral.
Livro: Mediunidade e Discernimento - W alter B arcelos
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