OXIGENOTERAPIA ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS Profa. Enf . Jhamilson Carvalho
SISTEMA RESPIRATÓRIO ➥ O pulmão é o principal órgão do sistema e, é responsável pelas trocas gasosas entre o ambiente e a corrente sanguínea, por meio da absorção de oxigênio (O²) e eliminação de gás carbônico (CO²). Essas trocas acontecem nos alvéolos.
Terminologia Técnica Eupnéia: respiração normal (12- 20 mpm). Taquipnéia: respiração acelerada, frequentemente pouco profunda (>20 mpm). Bradipnéia: diminuição do número de movimentos respiratórios, respiração lenta, abaixo da normalidade (< 12 mpm). Apneia: ausência da respiração. Pode ser instantânea ou transitória, prolongada, intermitente ou definitiva. Dispneia: dor ou dificuldade ao respirar (falta de ar). É uma respiração difícil, trabalhosa ou curta. Ortopneia: é a incapacidade de respirar facilmente, exceto na posição ereta .
Terminologia Técnica Respiração ruidosa, estertorosa: respiração com ruídos, geralmente devido ao acúmulo de secreção brônquica. Respiração sibilante: com sons que se assemelham a assobios. Respiração de Cheyne- Stokes: respiração em ciclos que aumenta e diminui a profundidade, com período de apneia. Respiração de Kussmaul: inspirações ruidosas, apnéia em inspiração, expiração ruidosas e apnéia em expiração. Respiração agonal (gasping): pode ser observada com grande frequência nos minutos iniciais da PCR.
➥ A oxigenoterapia é a administração de oxigênio medicinal em concentrações superiores àquelas da atmosfera ambiental, visando corrigir, tratar ou prevenir sinais e sintomas de hipóxia (ausência de oxigênio suficiente nos tecidos para manter as funções corporais). ➥ A relação da quantidade de oxigênio administrada deve ter relação com o controle da saturação em oximetria e gasometria arterial. ➥ O oxigênio tem como características ser: inodoro (sem cheiro), insípido (sem gosto), incolor . OXIGENOTERAPIA
➥ O oxigênio é um medicamento que pode trazer diversos efeitos colaterais. Os sinais de intoxicação por oxigênio incluem: Fadiga Agitação Dispnéia Retração esternal Parestesias (formigamento) Dificuldade respiratória progressiva e agravamento da hipoxemia.
OXIGENOTERAPIA ➥ Existem diferentes métodos de administração de oxigênio, são eles: Cateter nasal Cateter tipo óculos Cânula de traqueostomia Máscara facial (Hudson, Venturi) Tubo endotraqueal (orotraqueal, nasotraqueal) Campânula ou tenda de O² (recém nascidos e prematuros).
Cateter Nasal - Óculos Nasal ➥ Utilizado quando o paciente necessita de média concentração de O2; Fluxo: entre 5 e 6l/min; Vantagens: econômico e de fácil aplicação. Ideal para pacientes conscientes, pois permite a deambulação e alimentação. Desvantagens: nem sempre é tolerado por crianças e desloca- se facilmente.
RÉGUA DE GASES
➥ Material utilizado Cateter nasal (tipo cânula ou óculos) Esparadrapo ou micropore Frasco umidificador Extensor intermediário (látex, silicone) Fluxômetro regulador do fluxo de oxigênio Oxigênio canalizado Água destilada Luvas de procedimento. Meça a distância do cateter entre a asa do nariz e o lóbulo da orelha, para saber até que ponto o cateter será introduzido.
Máscara Facial (Venturi e Hudson) ➥ Método mais confiável e preciso para uma administração de O2 por meios não invasivos. Utilizado quando o paciente necessita de altas concentrações de oxigênio. Fluxo: A partir de 6l/min até 15 l/min. Vantagens : mistura o fluxo de O2 com um fluxo alto e variável de ar para produzir uma concentração de O2 constante. Desvantagens : baixa aceitação pelos pacientes, pois causa sensação de confinamento, não permite a alimentação com o dispositivo e provoca ansiedade pelo fato de vedar a face.
Máscara de Hudson / Máscara Não Reinalante (MH) Material utilizado Máscara adequada ao paciente Fluxômetro. Oxigênio canalizado. Frasco umidificador. Extensor intermediário. Água destilada. Utilizada em casos de aporte de oxigênio em altas concentrações.
Máscara de Venturi O material utilizado é o mesmo utilizado na MH. Utilizada em casos de aporte de oxigênio fracionada e controlada, fornece uma concentração exata de oxigênio.
Tubo Orotraqueal/Nasotraqueal (TOT) ➥ Método utilizado em casos de insuficiência respiratória, utilizado para ventilação mecânica por tempo determinado, oferece até 100% de oxigênio ao paciente. ➥ Temos disponível tubos de números 7.0, 7.5, 8.0 , 8.5, 9.0, 9.5. Intubação Orotraqueal - IOT Tubo orotraqueal - TOT
Intubação está indicada em casos de: Obstrução das vias aéreas superiores Trauma das vias aéreas Lesão em decorrência de inalação Sangramento das vias aéreas superiores ou edema de laringe Perda de reflexos das vias aéreas Coma, apneia, sepses Insuficiência respiratória aguda Parada cardiorrespiratória.
Cânula Traqueostomia (TQT) ➥ A cânula que é introduzida na traqueia, a condição pode ser temporária ou permanente. ➥ Atenção para as condições da fixação da cânula, quantidade de secreção, sendo necessário aspirar a traqueostomia a cada uma ou duas horas, e ser um procedimento estéril.
Campânula ou tenda de oxigênio ➥ Esse método de oxigenoterapia fornece um teor elevado de umidade, além de O2 suplementar, e é utilizado com frequência para o tratamento de insuficiência respiratória em crianças. OBSERVAÇÃO As incubadoras também oferecem oxigênio aquecido e umidificado, porém a FiO2 não é controlada.
Para entender a Nebulização, precisa entender uma patologia Asma ➥ É uma doença crônica que acomete as vias respiratórias, especialmente os brônquios, que são os canais por onde o ar passa até chegar nos pulmões, com isso as paredes ficam inflamadas, inchadas e produzem muco, ou secreção extra. Tipos: asma alérgica, idiopática ou não alérgica, mista.
Nebulização ➥ Método onde a medicação não volátil é inalada pelo trato respiratório, ou seja, o medicamento líquido ( broncodilatadores, corticoides, soro fisiológico ) é transformado em vapor para inalação, no intuito de diminuir o edema mucoso e desfazer as secreções brônquicas. ➥ A nebulização necessita de um tempo prolongado até que o efeito desejado seja alcançado. ➥ A via inalatória permite que o medicamento seja absorvido diretamente nos brônquios e bronquíolos pulmonares. ➥ Curta ação: salbutamol, a terbutalina e o fenoterol, quatro a seis horas.longa ação, como ➥ Longa ação: salmeterol e o formoterol com efeito de até 12 horas.
ASPIRAÇÃO DE VIAS AÉREAS ➥ Procedimento onde é realizada a sucção do trato respiratório do paciente, com o objetivo de ajudar na remoção das secreções líquidas das suas vias aéreas superiores ou inferiores. ➥ Procedimento que deve ser realizado quando o paciente encontra- se impossibilitado de expelir, espontaneamente, as secreções respiratórias.
Aspiração nasofaríngea e orofaríngea: ➥ Este tipo de aspiração é realizada nas vias aéreas superiores, quando o paciente consegue tossir, contudo é incapaz de eliminar as secreções, expectorando- as ou deglutindo- as.
Aspiração nasotraqueal e orotraqueal: Realizado quando o paciente não consegue expelir as secreções respiratórias através da tosse e não há uma via aérea artificial. Neste procedimento o cateter de aspiração passará pelo nariz ou boca até a traqueia. Aspiração traqueal: Na aspiração traqueal o cateter de aspiração é inserido através do tubo traqueal para a retirada de secreções.
Destaca- se que não se deve aplicar a pressão de aspiração no momento de inserção do cateter de aspiração no tubo, pois isso poderá ocasionar trauma na mucosa do pulmão. Aspiração da cânula endotraqueal: Neste procedimento, o cateter de aspiração é inserido na cânula da traqueostomia para a retirada de secreções.
A ORDEM DOS FATORES, ALTERA O RESULTADO A ordem para aspiração deve ser seguida corretamente, sem exceção. 1° TOT ou TQT 2° Nasofaringe 3° Orofaringe Da área mais limpa ou menos contaminada, para a mais contaminada.
Material utilizado na aspiração de vias aéreas Luvas de procedimento e luvas estéreis Gaze estéril Soro fisiológico 0,9% Óculos de proteção Cateter (sonda) de aspiração Frasco de aspiração Vacuômetro ou aspirador.
Realização do procedimento Higienização das mãos Abrir a embalagem da sonda de aspiração e conectá- la na extremidade sem retirá- la da sua embalagem Abrir a embalagem da gaze e a ampola de soro fisiológico; Calçar as luvas de procedimento e a luva estéril na mão dominante, que irá segurar o cateter de aspiração Retirar, cuidadosamente, o cateter de aspiração da embalagem Inserir o cateter de aspiração clampeado, SEM SUCÇÃO, na via aérea do paciente Retirar o cateter com movimentos circulares, aplicando a aspiração Após realizar a aspiração, desconectar o cateter e descartá- lo envolvido na luva estéril.