Paralelismo

socorrolevy 36,755 views 20 slides Mar 04, 2010
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Slide Content

Colégio Dom Bosco
Paralelismo Gramatical
Professora: Socorro Levy
Produção Textual

Você sabe o que são paralelismos?
O paralelismo consiste em criar uma sequência
de frases com estrutura idêntica. É a simetria da
frase. O princípio do paralelismo é facilitar a
leitura do enunciado e proporcionar clareza à
expressão. O paralelismo pode ser sintático e
semântico.

Paralelismo sintático
Quando os elementos coordenados apresentam estrutura
gramatical idêntica.

Ex.: "Funcionários cogitam uma nova greve e isolar o
governador".
Para que tivesse simetria, os núcleos do objeto direto
do verbo cogitar teriam de ser de mesma natureza (ambos
verbos ou ambos substantivos). Ficando, pois, assim:
“Funcionários cogitam uma nova greve e o isolamento do
governador" ou "Funcionários cogitam fazer uma nova greve
e isolar o governador".

Paralelismo semântico
É a simetria no plano das idéias.
Ex.: "O presidente brasileiro negocia com os
Estados Unidos as novas propostas sobre a ALCA".
O trecho fere o paralelismo semântico, visto que
um presidente não negocia com um país, mas sim
com outro presidente.
Sugestão: "O presidente brasileiro negocia com o
presidente americano as novas propostas sobre a
ALCA" ou "O Brasil negocia com os Estados Unidos
as novas propostas sobre a ALCA".

Paralelismo gramatical
A mãe pediu para a menina ir ao supermercado
e que, na volta, passasse na farmácia.
Se você prestou atenção à frase, percebeu que existe um
problema na sua construção. Por quê?
Vamos analisá-la.

Paralelismo gramatical
A oração para a menina ir ao supermercado é reduzida de infinitivo; a
oração que, na volta, passasse na farmácia é uma oração desenvolvida.
Tal estrutura apresenta incorreção, pois orações coordenadas entre
si devem apresentar a mesma estrutura gramatical, ou seja, deve
haver paralelismo. Veja como fica a frase, respeitando-se o
paralelismo:
A mãe pediu para a menina ir ao
supermercado e, na volta, passar na farmácia.
Segundo as regras da norma culta, não se podem coordenar frases
que não comportem constituintes do mesmo tipo. O paralelismo dá
clareza à frase ao apresentar estruturas idênticas, pois para idéias
similares devem corresponder formas verbais similares.

Paralelismo gramatical
Segundo as regras da norma culta,
não se podem coordenar frases que
não comportem constituintes do
mesmo tipo. O paralelismo dá clareza
à frase ao apresentar estruturas
idênticas, pois para idéias similares
devem corresponder formas verbais
similares.

Paralelismo gramatical
a) Ricardo estava aborrecido por ter perdido a hora do teste e
porque seu pai não o esperou.
Correção:
Ricardo estava aborrecido por ter perdido a hora do teste e
por seu pai não tê-lo esperado.
Ricardo estava aborrecido porque perdeu a hora do teste e
porque seu pai não o esperou.

Paralelismo gramatical
b) Manda-me notícias de minha prima Isoldina e se
meu pai resolveu aquele problema que o
atormentava.
Correção:
Manda-me notícias de minha prima Isoldina e
descobre se meu pai resolveu aquele problema que o
atormentava.

Paralelismo gramatical
a) Meu pai pratica tênis e faz um ótimo
churrasco.
Correção: Meu pai tem duas paixões:
praticar tênis e fazer churrasco.

Paralelismos mais comuns
•Não só... mas (como) também
No período de um ano, não só cresceu o número de
assaltos e roubos na cidade, mas também o de assassinato
por armas de fogo.
Esse tipo de construção, além de apresentar a noção de
adição (no caso, o número de assassinatos somado ao de
assaltos e roubos), introduz com a expressão mas também a
noção de destaque para um dos elementos – no caso, o
crescimento do número de assassinatos por armas de fogo.

Paralelismos mais comuns
•Quanto mais... (tanto) mais...
Hoje em dia, quanto mais uma pessoa estuda,
(tanto) mais ela tem condições de competir no
mercado de trabalho.
Utiliza-se essa estrutura paralelística sempre
que houver entre as partes uma noção de
progressão e oposição.

Paralelismos mais comuns
•Seja...seja, quer...quer, ora...ora
De qualquer forma, conte comigo, seja para ajudar na
mudança, seja para limpar a nova casa, seja para o churrasco
de inauguração.
Emprega-se esse tipo de paralelismo quando se quer dar
noção de alternância de ações (ora uma coisa, ora outra) ou
de opção (por exemplo: quer vá, quer não vá...)

Paralelismos mais comuns
•Primeiro...; segundo...
Ele (Dr. Paes de Barros) afirma que a pobreza no Brasil
é erradicável. Para fazê-lo, são necessárias duas coisas:
“primeiro, decidir que é isso que se quer; segundo, dar apoios
institucionais a quem já trabalha com a pobreza, para
viabilizar a decisão”.
(Folha de S. Paulo)
Utiliza-se esse tipo de recurso quando se deseja fazer
uma enumeração sequencial de vários aspectos a serem
considerados numa argumentação. É possível ordenar esses
aspectos por grau de importância. Entre as partes dessa
enumeração, é comum empregar o ponto-e-vírgula.

Paralelismos mais comuns
•Tanto...quanto...
As estradas estão muito ruins, tanto
para quem vai à capital quanto para quem
vem dela.
Essa estrutura paralelística, ao mesmo
tempo que introduz a noção de adição,
acrescenta também uma noção de
equiparação ou de equivalência.

Paralelismos mais comuns
•Não... e não/nem
Não pudemos viajar no carnaval passado,
nem nas férias de julho, nem nas de
janeiro.
Emprega-se esse recurso quando se
deseja fazer uma sequência de negativas.

Paralelismos mais comuns
•Por um lado... por outro...
Se, por um lado, a venda do sítio resolveu
nossos problemas financeiros, por outro (lado)
perdemos o único meio de lazer da família.
Esse paralelismo introduz uma comparação,
geralmente demonstrando os aspectos negativos e
positivos de algum ato.

Paralelismos mais comuns
•Tempos verbais
Se todos colaborassem, tudo seria mais fácil.
Se todos colaborarem, tudo será mais fácil.
O emprego do pretérito imperfeito do subjuntivo
(colaborassem), na oração subordinada condicional, obriga o
emprego do futuro do pretérito (seria) na oração principal.
Já o emprego do futuro do subjuntivo obriga o emprego do
futuro do presente do indicativo, na principal.

Paralelismos mais comuns
•Orações ligadas sem conectivos
Crianças famintas e magras chorando, mães
implorando um saco de leite em pó, homens
desempregados e sem perspectivas – esse é o
quadro desolador do que vimos no povoado de
Joaçaba.
Normalmente se utiliza esse recurso quando
há o interesse em formar a noção de conjunto ou
de painel, a partir de uma sequência de
enunciados.

Paralelismos mais comuns
•A quebra intencional do paralelismo
Observe esta frase do protagonista da obra Memórias póstumas de
Brás Cubas, de Machado de Assis:
“Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de
réis, nada menos.”
Nessa frase, intencionalmente o autor quebra o paralelismo
semântico, já que mistura elementos de natureza diferente: tempo
e dinheiro. Como resultado, a quebra provoca o efeito de sentido
pretendido pelo narrador: ironizar os interesses financeiros de
Marcela.
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