Parasito Vetores

ludmilaalem1 3,598 views 9 slides May 26, 2015
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About This Presentation

Resumo de vetores transmissores de parasitoses de importância médica.


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Universidade Federal do Rio de Janeiro
Biomedicina
Ludmila Alem
Parasitologia/2015
Resumo Parasito – Vetores Biológicos
 Insetos de Importância Médica
Classe: INSECTA
Ordem Hemiptera : Triatomíneos (barbeiro)
Patologia Associada: Doença de Chagas
Parasita: Trypanossoma cruzi

Ordem Hemiptera: Cimícideos (percevejos de cama)

Ordem Diptera: Flebotomíneos
Patologia Associada: Leishmanioses
Parasita: Leishmania sp.

Ordem Diptera: Culicídeos
Patologia Associada: Malária, Dengue, Chinkugunya, Febre Amarela
Parasita: Plasmodium sp., Vírus flavivírus (4 sorotipos), Vírus flavirírus


Ordem Siphonaptera: Sifonápteros (pulga)
Patologia Associada: Peste bubônica
Parasita:

 Vetores
Definição: seres vivos que veiculam o agente patogênico desde o reservatório até
hospedeiro em potencial.
Tipos: Biológico – O ser vivo é veículo que transporta a forma infectante do parasita
entre o reservatório e o hospedeiro e também permite o desenvolvimento do ciclo
parasitário.
Mecânico – Apenas transporta o parasita em seu corpo (Aparelho locomotor,
probóscide, gastro intestinal) sem qualquer modificação do mesmo. Ex: mosca,
formiga, barata.
Requisitos: Ser hematófago e permitir a evolução e multiplicação do agente
etiológico (parasita) além de realizar eficiente comunicação entre reservatório x hospedeiro
x parasita sendo assim bem adaptado ao ambiente comum dos envolvidos no processo da
parasitose.
Competência Vetorial – Fatores envolvidos:
Adaptações morfológicas dos insetos: Aparelho bucal picador com bombas
localizadas na cabeça que bombeiam o sangue para dentro do intestino do inseto.
Adaptação comportamental: desenvolvimento do hematofagismo (fêmeas) –
O local da picada é também o sítio de entrada do parasita através do fluxo salivar (vetor

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transmite através da saliva o parasita), excreção das fezes (vetor defeca na proximidade do
local da picada e o hospedeiro leva as fezes sem perceber para esse sítio de entrada na
pele), bloqueio mecânico do canal alimentar e rompimento do aparelho bucal (parasita
causa no vetor bloqueio da porção anterior do intestino pela produção de substância
gelatinosa não permitindo que o vetor se alimente adequadamente e destruição da válvula
que impede refluxo do sangue ingerido levando esse a regurgitar no local da picada).
Adaptação fisiológica: secreção de substâncias pela glândula salivar – salivação
(anestésicos, vasodilatadores, anticoagulantes). São substâncias que vão interromper o
processo hemostático de defesa do hospedeiro (processo de agregação de plaquetas) em
resposta àquela agressão ao bloquearem etapas desses processos.
Adaptação fisiológica: Compartimentação do sistema digestivo: criação de
sítios bioquimicamente favoráveis a reprodução do parasita e sua evolução de
formas.
Adaptação sensorial: antenas equipadas com sensilas (quimio, termo,
mecanoreceptora e gustativa). Permitem a localização e percepção do hospedeiro.

 Ordem HEMIPTERA

 Distinção do hábito alimentar pela observação morfológica da prosbócide.
a) Fitófagos: prosbócide longa
b) Predadores: prosbócide curta e curva.
c) Hematófagos: prosbócide curta e retilínea ao eixo da cabeça.

 Triatomíneos (barbeiro)
a) Inseto hematófago;
b) 142 espécies conhecidas;
c) Ver ciclo reprodutivo e transmissão da doença de Chagas
d) Desenvolvimento do vetor é ametábolo (Inseto que eclode do ovo possue forma
semelhante ao inseto adulto sem que ocorra o processo de metamorfose)
e) Porção anterior do intestino (formas encontradas tripomastigota e epimastigota),
porção média do intestino (formas epimastigota e amastigota), porção inferior
(formas epimastigota e tripomastigota)
f) Controle da disseminação da doença através do controle vetorial nas habitações
humanas.

 Cimicídeos (percevejo)
a) Inseto hematófago;
b) 40 espécies das quais 2 vivem em domicílio humano;
c) Não apresenta risco epidemiológico;
d) Desenvolvimento do vetor é hemimetábolo (Inseto apresenta processo de
metamorfose incompleto, do ovo eclode uma forma que ainda vai maturar, a ninfa)

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e) Picadas causam irritação, inflamção e infecção.











 Ordem DIPTERA
 Flebotomíneos (Mosquito Palha)

a) Inseto hematófago;
b) Vetor do parasita Leishmania sp.;
c) Patologia associada: Leishmaniose;
d) Nem todo vetor vai transmitir toda espécie de parasita, existem combinações
naturais que regem essa associação;
e) Desenvolvimento do vetor é holometábolo (Inseto passa por um processo de
metamorfose completa, ovo-larva-pupa-inseto adulto)
f) Parasita muda de forma evolutiva ao passar pelas diferentes regiões dentro do vetor
(Ver ciclo do agente etiológico Leishmania sp)
g) Parasita se aloja no intestino anterior do vetor – por afinidade ele se liga na
superfície do intestino (ligação parasita/vetor específica)
h) Vetor com alta carga de parasitária na porção anterior do intestino -> dificuldade
para se alimentar de forma satisfatória e há a produção de uma substância
gelatinosa PSG pela leishmania em sua forma promastigota que protege o parasita
durante a alimentação do vetor e também colgalabora na infecção do hospedeiro
visto que esse gel é eliminado junto com a forma infectante do parasita durante a
picada do inseto vetor.
i) Parasita destrói a válvula cibarial do vetor – válvula que impede o refluxo do sangue
ingerido.
j) Com a válvula cibarial corrompida e com a oclusão causada pelo gel PSG, o vetor é
levado a regurgitar e nesse processo os parasitas entram fazem a infecção do
hospedeiro.

 Culicídeos (Anopheles, Aedes e Culex)

a) Insetos hematófagos;

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b) Duas asas e antenas longas;
c) Desenvolvimento holometábolo (Metamorfose completa);
d) Gêneros: Aedes e Culex // Anopheles;
1. Diferença no sifão respiratório no estágio larval (longo, curto, rudimentar ‘ausente’) –
respectivamente.
2. Diferença na angulação morfológica da probócide e corpo
3. Diferenças morfológicas entre machos e fêmeas culicídeos
3.1 Macho: Antenas plumosas, palpos longos e prosbócide mais curta.
3.2 Fêmea: Antenas pilosas, palpos curtos e prosbócide mais longa que os palpos.

o Mosquitos Anofelinos (Anopheles) – Mosquito Prego
- Vetores do parasita (Plasmodium sp) que causa Malária;
-Principal vetor brasileiro: Anopheles darlingi;
-Mosquitos pequenos e de hábito noturno;

-Morfologia: palpos tão longos quanto probóscide e descansam com o abdômen em ângulo
para cima (angulação morfológica probóscide e corpo é a mesma)

-Ver ciclo do parasita e quadro clínico da Malária;
-Alta especificidade do parasita com as fêmeas dos anofelinos.

-Controle do vetor: controle químico de vetores adultos, borrifação intradomiciliar,
controle larvário com biolarvicidas, drenagem de possíveis focos, interrupção do ciclo
parasitário dentro do vetor através da microbiota.

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Ciclo do Plasmodium sp dentro do vetor Anopheles: Ao picar um hospedeiro
infectado, o mosquito anófeles contrái o parasita. Esse faz reprodução sexuada,
gametas fecundam dentro do intestino do vetor, com formação de zigoto. O
parasita então se aloja na membrana basal do epitélio intestinal em sua forma
ookinete, esse parasita inicia um processo de invasão dessa membrana. Ocorre a
formação de cistos seguido de sucessivas mitoses. O Plasmodium sp agora em alta
carga parasitária migra do intestino em direção a glândula salivar e ali inicia o
processo de invasão do epitélio dessa glândula salivar em sua forma esporozoíto. Ao
invadir a glândula, um pequeno número de esporozoítos entra no ducto secretor e
serão liberados durante a picada do vetor.

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Anopheles: Descansam com o abdômen para cima, cabeça e corpo estão na mesma angulação.

















o Mosquitos Aedes e Culex – MORFOLOGIA
a) Larvas com sifão respiratório
b) Fêmeas: palpos curtos menores que a probóscida e antenas pilosas - Machos:
palpos longos e antenas plumosas
c) Descansa o corpo em paralelo a superfície
d) Cabeça e corpo estão em ângulos diferentes

 Gênero Aedes
-Patologia associada: Dengue, Febre Amarela e Febre Chikungunya (agente etiológico:
vírus)
-Principal espécie vetor: Aedes aegypti
Anopheles: Observar diferença morfológica entre macho e fêmea
quanto antenas e probóscide.

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-Ovos: postos acima do limite da água e duram até um ano sem contato com esta
-Após ser infectado o vetor transmite o vírus após 5 a 6 dias
-Mecanismo do vírus dentro do vetor: Ao picar um hospedeiro infectado, o vetor
adquire o vírus que passa através de seu tubo digestivo e posteriormente infecta sua
glândula salivar. (Processo de incubação extrínseca) Dentro de 5 a 7 dias o vetor já é
capaz de através da picada infectar outros hospedeiros. (Processo de incubação
intrínseca – dentro de um novo hospedeiro)

-O vetor (mosquito fêmea) faz hematofagia porque precisa de sangue para maturar seus
ovos e quando infectada, o vírus pode colonizar seus ovários assim o vírus pode ser
transmitido de mãe para filho logo a prole já nasce infectada com o vírus da dengue.

-O mecanismo de ação do vírus dentro do vetor é o mesmo para a Febre Chikungunya e
para a Febre Amarela.

-Controle do vetor: químico dos adultos através da borrifação intradomiciliar, controle
larvário através do uso de biolarvicidas e interrupção do ciclo do parasita dentro do
vetor através da manipulação da microbiota (ex: wolbachia)

 Gênero Culex
-Patologia Associada: Filariose linfática (agente etiológico: Wuchereria bancrofiti)
-Vetor de hábito noturno e bem adaptado ao ambiente doméstico => são antropofílicos
(maior preferência/tropismo pelo homem)
-Mecanismo de ação do parasita dentro do vetor: Mosquito Culex adquire o parasita na
forma microfilária ao picar um hospedeiro infectado. A microfilária se aloja no intestino
ganhando acesso a hemolinfa e posteriormente migra para os músculos torácicos -> se
desevolve e no terceiro estágio larval migra para a cabeça e probóscide. O vetor ao se
alimentar novamente já é capaz de infectar um novo hospedeiro.

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 Ordem Siphonaptera
 Sifonápteros (Pulgas)
a) Desenvolvimento holometábolo (metamorfose completa – ovo, larva, pupa e adulto)
b) Aparelho bucal picador/sugador
c) Inseto hematófago
d) Áptero (sem asas)
e) Coxas do terceiro par de patas adaptadas para pular
f) Quando apenas ectoparasitas: causam dermatites
g) Quando vetores -> Patologia associada: Tifo e Peste Bubônica (Parasita na peste:
bactéria Yersinia pestis)
h) Há 3 tipos de peste (bubônica, septicêmica e pneumônica)
i) Mecanismo de ação da bactéria dentro do vetor sifonáptero: Vetor (pulga) pica rato
(reservatório do parasita) e adquire a bactéria Yersinia pestis. Dentro da pulga a
bactéria coloniza o intestino posterior, migra e no intestino anterior forma um
biofilme protetor. A presença da bactéria acaba bloqueando a passagem de sangue
para o estômago. O sangue ingerido pela pulga fica no esôfago e acaba se
misturando com a população de bactérias. A cada nova picada, a pulga acaba
regurgitando sangue misturado com bactéria no local da picada e assim infecta novos
hospedeiros.
j) Controle: eliminar vetores através da dedetização, tratar tocas de roedores, evitar o
contato com estes, catação manual em animais domésticos.

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