—
dade da Jônia, atual Turquia. Alguns de meus contemp
râneos me consideravam um homem de sentimentos el
vados, orgulhoso e cheio de desprezo pelos outros.
dora da cidade,
boas relações com meus concidadãos. Apesar de ser de
família importante, nunca me importei com o poder, aliás,
nutri um profundo desprezo aos bens materiais.
e à
de Ártemis. Nos últimos anos da minha vida, passei a viver
ainda mais isolado, nas montanhas, alimentando
mente de plantas.
constante sede de conhecer, observei que a realidade é
dinâmica e que a vida está em constante transformação.
Mas, ao contrário dos primeiros pensadores
vam na mudança aquilo que permanece
trar a minha reflexão no que muda.
sobre a origem de tudo!
mento? Deixe
permanece o mesmo! Ou melhor, o ser não é mais do que
o vir a ser
as vezes o mesmo rio, assim como não se pode tocar duas
vezes uma substância mortal no mesmo estado.
pode entrar duas vezes no mesmo rio
entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o
próprio ser
são
são. A
tempo inteiro. Eu pareço estar parado aqui nesse palco, mas
no meu corpo há m
estão em movimento. Assim como o próprio chão. Isso, o
chão! Ele também é constituído de átomos que estão em
movimento, apesar de não percebermos a olho nu. Sem
contar que, tanto eu, quanto esse chão estamos no planeta
terra que gira em torno de si próprio e em torno do sol.
atuais que defendem que o Big Bang, a grande explosão,
não foi o marco zero do universo, e sim uma etapa de um
eterno ciclo de contração e expansão do
ca teve inicio.
Bang, mas já defendia que o universo sempre existiu e nu
ca vai acabar! Essa mudança contínua chamamos de
que
Bom dia! Eu me chamo Heráclito. Nasci em Éfeso, c
dade da Jônia, atual Turquia. Alguns de meus contemp
râneos me consideravam um homem de sentimentos el
vados, orgulhoso e cheio de desprezo pelos outros.
Na verdade minha origem é de uma família fund
dora da cidade,
boas relações com meus concidadãos. Apesar de ser de
família importante, nunca me importei com o poder, aliás,
nutri um profundo desprezo aos bens materiais.
Nunca dei importância à política, aos poe
à religião de meu tempo.
Vivi boa parte de minha vida isolado em um templo
de Ártemis. Nos últimos anos da minha vida, passei a viver
ainda mais isolado, nas montanhas, alimentando
mente de plantas.
Assim como os pensadores de Mileto, em
constante sede de conhecer, observei que a realidade é
dinâmica e que a vida está em constante transformação.
Mas, ao contrário dos primeiros pensadores
vam na mudança aquilo que permanece
trar a minha reflexão no que muda.
O ser não é e o não
sobre a origem de tudo!
mento? Deixe-me reformular: Tudo flui, nada persiste nem
permanece o mesmo! Ou melhor, o ser não é mais do que
vir a ser.
Ocorre meus ilustres, que
as vezes o mesmo rio, assim como não se pode tocar duas
vezes uma substância mortal no mesmo estado.
pode entrar duas vezes no mesmo rio
entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o
próprio ser já se modificou. Assim, tudo é regido pela
são e o revezamento dos opostos
Tudo o que percebemos como imutável é uma il
são. A vida é uma constante
tempo inteiro. Eu pareço estar parado aqui nesse palco, mas
no meu corpo há m
estão em movimento. Assim como o próprio chão. Isso, o
chão! Ele também é constituído de átomos que estão em
movimento, apesar de não percebermos a olho nu. Sem
contar que, tanto eu, quanto esse chão estamos no planeta
terra que gira em torno de si próprio e em torno do sol.
Em meu tempo não havia teorias como a de físicos
atuais que defendem que o Big Bang, a grande explosão,
não foi o marco zero do universo, e sim uma etapa de um
eterno ciclo de contração e expansão do
ca teve inicio.
Eu mesmo não tinha a menor ideia do que era o Big
Bang, mas já defendia que o universo sempre existiu e nu
ca vai acabar! Essa mudança contínua chamamos de
que significa transformação, fluxo constante que está pr
MONÓLOGO DE
Eu me chamo Heráclito. Nasci em Éfeso, c
dade da Jônia, atual Turquia. Alguns de meus contemp
râneos me consideravam um homem de sentimentos el
vados, orgulhoso e cheio de desprezo pelos outros.
Na verdade minha origem é de uma família fund
considerada ilustre. No entanto, nunca tive
boas relações com meus concidadãos. Apesar de ser de
família importante, nunca me importei com o poder, aliás,
nutri um profundo desprezo aos bens materiais.
Nunca dei importância à política, aos poe
religião de meu tempo.
Vivi boa parte de minha vida isolado em um templo
de Ártemis. Nos últimos anos da minha vida, passei a viver
ainda mais isolado, nas montanhas, alimentando
mente de plantas.
Assim como os pensadores de Mileto, em
constante sede de conhecer, observei que a realidade é
dinâmica e que a vida está em constante transformação.
Mas, ao contrário dos primeiros pensadores
vam na mudança aquilo que permanece
trar a minha reflexão no que muda.
O ser não é e o não-ser é! Essa é a minha conclusão
sobre a origem de tudo! Não entenderam o meu pens
me reformular: Tudo flui, nada persiste nem
permanece o mesmo! Ou melhor, o ser não é mais do que
Ocorre meus ilustres, que
as vezes o mesmo rio, assim como não se pode tocar duas
vezes uma substância mortal no mesmo estado.
pode entrar duas vezes no mesmo rio
entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o
já se modificou. Assim, tudo é regido pela
revezamento dos opostos
Tudo o que percebemos como imutável é uma il
uma constante
tempo inteiro. Eu pareço estar parado aqui nesse palco, mas
no meu corpo há movimento, meu sangue, minhas células
estão em movimento. Assim como o próprio chão. Isso, o
chão! Ele também é constituído de átomos que estão em
movimento, apesar de não percebermos a olho nu. Sem
contar que, tanto eu, quanto esse chão estamos no planeta
terra que gira em torno de si próprio e em torno do sol.
meu tempo não havia teorias como a de físicos
atuais que defendem que o Big Bang, a grande explosão,
não foi o marco zero do universo, e sim uma etapa de um
eterno ciclo de contração e expansão do
Eu mesmo não tinha a menor ideia do que era o Big
Bang, mas já defendia que o universo sempre existiu e nu
ca vai acabar! Essa mudança contínua chamamos de
significa transformação, fluxo constante que está pr
Textos extraído
HERÁCLITO DE ÉFESO
ONÓLOGO DE HERÁCLITO
Eu me chamo Heráclito. Nasci em Éfeso, c
dade da Jônia, atual Turquia. Alguns de meus contemp
râneos me consideravam um homem de sentimentos el
vados, orgulhoso e cheio de desprezo pelos outros.
Na verdade minha origem é de uma família fund
considerada ilustre. No entanto, nunca tive
boas relações com meus concidadãos. Apesar de ser de
família importante, nunca me importei com o poder, aliás,
nutri um profundo desprezo aos bens materiais.
Nunca dei importância à política, aos poe
Vivi boa parte de minha vida isolado em um templo
de Ártemis. Nos últimos anos da minha vida, passei a viver
ainda mais isolado, nas montanhas, alimentando
Assim como os pensadores de Mileto, em
constante sede de conhecer, observei que a realidade é
dinâmica e que a vida está em constante transformação.
Mas, ao contrário dos primeiros pensadores
vam na mudança aquilo que permanece
trar a minha reflexão no que muda.
ser é! Essa é a minha conclusão
Não entenderam o meu pens
me reformular: Tudo flui, nada persiste nem
permanece o mesmo! Ou melhor, o ser não é mais do que
Ocorre meus ilustres, que não se pode percorrer d
as vezes o mesmo rio, assim como não se pode tocar duas
vezes uma substância mortal no mesmo estado.
pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando nele se
entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o
já se modificou. Assim, tudo é regido pela
revezamento dos opostos.
Tudo o que percebemos como imutável é uma il
uma constante transformação
tempo inteiro. Eu pareço estar parado aqui nesse palco, mas
ovimento, meu sangue, minhas células
estão em movimento. Assim como o próprio chão. Isso, o
chão! Ele também é constituído de átomos que estão em
movimento, apesar de não percebermos a olho nu. Sem
contar que, tanto eu, quanto esse chão estamos no planeta
terra que gira em torno de si próprio e em torno do sol.
meu tempo não havia teorias como a de físicos
atuais que defendem que o Big Bang, a grande explosão,
não foi o marco zero do universo, e sim uma etapa de um
eterno ciclo de contração e expansão do
Eu mesmo não tinha a menor ideia do que era o Big
Bang, mas já defendia que o universo sempre existiu e nu
ca vai acabar! Essa mudança contínua chamamos de
significa transformação, fluxo constante que está pr
extraídos da peça teatral “Grandes Pensadores”
HERÁCLITO DE ÉFESO
ERÁCLITO:
Eu me chamo Heráclito. Nasci em Éfeso, c
dade da Jônia, atual Turquia. Alguns de meus contemp
râneos me consideravam um homem de sentimentos el
vados, orgulhoso e cheio de desprezo pelos outros.
Na verdade minha origem é de uma família fund
considerada ilustre. No entanto, nunca tive
boas relações com meus concidadãos. Apesar de ser de
família importante, nunca me importei com o poder, aliás,
nutri um profundo desprezo aos bens materiais.
Nunca dei importância à política, aos poetas gregos
Vivi boa parte de minha vida isolado em um templo
de Ártemis. Nos últimos anos da minha vida, passei a viver
ainda mais isolado, nas montanhas, alimentando-me s
Assim como os pensadores de Mileto, em minha
constante sede de conhecer, observei que a realidade é
dinâmica e que a vida está em constante transformação.
Mas, ao contrário dos primeiros pensadores – que busc
vam na mudança aquilo que permanece –, decidi conce
ser é! Essa é a minha conclusão
Não entenderam o meu pens
me reformular: Tudo flui, nada persiste nem
permanece o mesmo! Ou melhor, o ser não é mais do que
não se pode percorrer d
as vezes o mesmo rio, assim como não se pode tocar duas
vezes uma substância mortal no mesmo estado. Ninguém
, pois quando nele se
entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o
já se modificou. Assim, tudo é regido pela
Tudo o que percebemos como imutável é uma il
transformação. Tudo muda o
tempo inteiro. Eu pareço estar parado aqui nesse palco, mas
ovimento, meu sangue, minhas células
estão em movimento. Assim como o próprio chão. Isso, o
chão! Ele também é constituído de átomos que estão em
movimento, apesar de não percebermos a olho nu. Sem
contar que, tanto eu, quanto esse chão estamos no planeta
terra que gira em torno de si próprio e em torno do sol.
meu tempo não havia teorias como a de físicos
atuais que defendem que o Big Bang, a grande explosão,
não foi o marco zero do universo, e sim uma etapa de um
Cosmo, que nu
Eu mesmo não tinha a menor ideia do que era o Big
Bang, mas já defendia que o universo sempre existiu e nu
ca vai acabar! Essa mudança contínua chamamos de devir
significa transformação, fluxo constante que está pr
da peça teatral “Grandes Pensadores”
HERÁCLITO DE ÉFESO – Ἡ
Eu me chamo Heráclito. Nasci em Éfeso, ci-
dade da Jônia, atual Turquia. Alguns de meus contempo-
râneos me consideravam um homem de sentimentos ele-
Na verdade minha origem é de uma família funda-
considerada ilustre. No entanto, nunca tive
boas relações com meus concidadãos. Apesar de ser de
família importante, nunca me importei com o poder, aliás,
tas gregos
Vivi boa parte de minha vida isolado em um templo
de Ártemis. Nos últimos anos da minha vida, passei a viver
me so-
minha
constante sede de conhecer, observei que a realidade é
dinâmica e que a vida está em constante transformação.
que busca-
, decidi concen-
ser é! Essa é a minha conclusão
Não entenderam o meu pensa-
me reformular: Tudo flui, nada persiste nem
permanece o mesmo! Ou melhor, o ser não é mais do que
não se pode percorrer du-
as vezes o mesmo rio, assim como não se pode tocar duas
Ninguém
, pois quando nele se
entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o
já se modificou. Assim, tudo é regido pela ten-
Tudo o que percebemos como imutável é uma ilu-
. Tudo muda o
tempo inteiro. Eu pareço estar parado aqui nesse palco, mas
ovimento, meu sangue, minhas células
estão em movimento. Assim como o próprio chão. Isso, o
chão! Ele também é constituído de átomos que estão em
movimento, apesar de não percebermos a olho nu. Sem
contar que, tanto eu, quanto esse chão estamos no planeta
terra que gira em torno de si próprio e em torno do sol.
meu tempo não havia teorias como a de físicos
atuais que defendem que o Big Bang, a grande explosão,
não foi o marco zero do universo, e sim uma etapa de um
Cosmo, que nun-
Eu mesmo não tinha a menor ideia do que era o Big
Bang, mas já defendia que o universo sempre existiu e nun-
devir –
significa transformação, fluxo constante que está pre-
sente em tudo no universo. Esta mudança nasce do confl
to dos contrários.
e a velhice, o bem e o mal fazem parte de um mesmo jogo,
o jogo de contrários
torna dia, o novo se
é a mesma que desce. Mas a luta dos opostos não produz o
caos, ela determina a harmonia do universo.
cês, eu poderia ser compreendido assim: todas as coisas e
criaturas da
mesmo tempo a semente da criação e da destruição. O
código genético de cada célula traz a informação que pe
mite que ela cresça, se desenvolva, mas também já está lá,
em potencial a sua própria morte.
isso deixa de ser humano. O bebê nasce, cresce, se torna
adulto, têm seus filhos, envelhece, morre. A vida perman
ce, continua o seu fluxo.
APRESENTADOR
sas está na
to incessante. “Não podemos entrar em um rio duas vezes
pois, na segunda vez já não são as mesmas águas. Já não é o
mesmo rio”, afirmava. Vimos que, para ele, nada existe no
mundo que possa escapar à mudança.
damental é o
como princípio de todas as coisas não coloca Heráclito na
mesma condição que os filósofos de Mileto. O fogo me
cionado por Heráclito não se iguala à ág
ar de Anaxímenes.
primordial, está muito mais próximo de uma linguagem
simbólica do que apontando para um fundamento concr
to, um
pela constan
Aniquilada esta mudança, não existe mais o fogo. Assim
ele vê toda a realidade como que alimentada de mudança o
tempo todo.
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... .
A natureza é a vida dos contrários.
As diferenças se harmonizam. A harmonia é mantida pela
tensão.
Devir
Tudo flui
“A quem desce no mesmo rio sobrevêm águas
novas” (frag. 12). “Nos mesmos rios entramos, nós me
mos somos e não somos”
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
da peça teatral “Grandes Pensadores”
Ἡράκλειτος
e em tudo no universo. Esta mudança nasce do confl
to dos contrários.
A vida e a morte, o acordar e o dormir, a juventude
e a velhice, o bem e o mal fazem parte de um mesmo jogo,
jogo de contrários
torna dia, o novo se
é a mesma que desce. Mas a luta dos opostos não produz o
caos, ela determina a harmonia do universo.
Trazendo o meu pensamento para
, eu poderia ser compreendido assim: todas as coisas e
criaturas da natureza trazem em si o seu contrário. Ao
mesmo tempo a semente da criação e da destruição. O
código genético de cada célula traz a informação que pe
mite que ela cresça, se desenvolva, mas também já está lá,
em potencial a sua própria morte.
O ser humano
isso deixa de ser humano. O bebê nasce, cresce, se torna
adulto, têm seus filhos, envelhece, morre. A vida perman
ce, continua o seu fluxo.
PRESENTADOR:
Heráclito afirmava que a própria
sas está na mudança constante
incessante. “Não podemos entrar em um rio duas vezes
pois, na segunda vez já não são as mesmas águas. Já não é o
mesmo rio”, afirmava. Vimos que, para ele, nada existe no
mundo que possa escapar à mudança.
Ele afirma que o
damental é o fogo
como princípio de todas as coisas não coloca Heráclito na
mesma condição que os filósofos de Mileto. O fogo me
cionado por Heráclito não se iguala à ág
ar de Anaxímenes.
Quando Heráclito indica o fogo como elemento
primordial, está muito mais próximo de uma linguagem
simbólica do que apontando para um fundamento concr
to, um arché. É necessário perceber que o fogo só existe
pela constante mudança de coisas em cinzas e fumaça.
Aniquilada esta mudança, não existe mais o fogo. Assim
ele vê toda a realidade como que alimentada de mudança o
tempo todo.
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... .
A natureza é a vida dos contrários.
As diferenças se harmonizam. A harmonia é mantida pela
tensão.
Devir eterno: transformação incessante de todas as coisas.
Tudo flui (πάντα
“A quem desce no mesmo rio sobrevêm águas
novas” (frag. 12). “Nos mesmos rios entramos, nós me
mos somos e não somos”
. ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
Prof.ª Karoline Rodrigues de Melo
da peça teatral “Grandes Pensadores”
κλειτος
e em tudo no universo. Esta mudança nasce do confl
to dos contrários.
A vida e a morte, o acordar e o dormir, a juventude
e a velhice, o bem e o mal fazem parte de um mesmo jogo,
jogo de contrários. O frio se torna quente, a noite se
torna dia, o novo se torna velho, a mesma ladeira que sobe,
é a mesma que desce. Mas a luta dos opostos não produz o
caos, ela determina a harmonia do universo.
Trazendo o meu pensamento para
, eu poderia ser compreendido assim: todas as coisas e
natureza trazem em si o seu contrário. Ao
mesmo tempo a semente da criação e da destruição. O
código genético de cada célula traz a informação que pe
mite que ela cresça, se desenvolva, mas também já está lá,
em potencial a sua própria morte.
O ser humano muda o tempo inteiro, mas nem por
isso deixa de ser humano. O bebê nasce, cresce, se torna
adulto, têm seus filhos, envelhece, morre. A vida perman
ce, continua o seu fluxo.
Heráclito afirmava que a própria
mudança constante
incessante. “Não podemos entrar em um rio duas vezes
pois, na segunda vez já não são as mesmas águas. Já não é o
mesmo rio”, afirmava. Vimos que, para ele, nada existe no
mundo que possa escapar à mudança.
afirma que o princípio de tudo
fogo. É preciso notar que a indicação do fogo
como princípio de todas as coisas não coloca Heráclito na
mesma condição que os filósofos de Mileto. O fogo me
cionado por Heráclito não se iguala à ág
ar de Anaxímenes.
Quando Heráclito indica o fogo como elemento
primordial, está muito mais próximo de uma linguagem
simbólica do que apontando para um fundamento concr
. É necessário perceber que o fogo só existe
te mudança de coisas em cinzas e fumaça.
Aniquilada esta mudança, não existe mais o fogo. Assim
ele vê toda a realidade como que alimentada de mudança o
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... .
A natureza é a vida dos contrários.
As diferenças se harmonizam. A harmonia é mantida pela
eterno: transformação incessante de todas as coisas.
πάντα ῥεῖ).
“A quem desce no mesmo rio sobrevêm águas
novas” (frag. 12). “Nos mesmos rios entramos, nós me
mos somos e não somos” (frag. 49a).
. ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
Prof.ª Karoline Rodrigues de Melo
e em tudo no universo. Esta mudança nasce do confl
A vida e a morte, o acordar e o dormir, a juventude
e a velhice, o bem e o mal fazem parte de um mesmo jogo,
. O frio se torna quente, a noite se
torna velho, a mesma ladeira que sobe,
é a mesma que desce. Mas a luta dos opostos não produz o
caos, ela determina a harmonia do universo.
Trazendo o meu pensamento para o
, eu poderia ser compreendido assim: todas as coisas e
natureza trazem em si o seu contrário. Ao
mesmo tempo a semente da criação e da destruição. O
código genético de cada célula traz a informação que pe
mite que ela cresça, se desenvolva, mas também já está lá,
em potencial a sua própria morte.
muda o tempo inteiro, mas nem por
isso deixa de ser humano. O bebê nasce, cresce, se torna
adulto, têm seus filhos, envelhece, morre. A vida perman
Heráclito afirmava que a própria identidade das co
mudança constante, na variação e no
incessante. “Não podemos entrar em um rio duas vezes
pois, na segunda vez já não são as mesmas águas. Já não é o
mesmo rio”, afirmava. Vimos que, para ele, nada existe no
mundo que possa escapar à mudança.
princípio de tudo, o elemento fu
. É preciso notar que a indicação do fogo
como princípio de todas as coisas não coloca Heráclito na
mesma condição que os filósofos de Mileto. O fogo me
cionado por Heráclito não se iguala à água de Tales ou ao
Quando Heráclito indica o fogo como elemento
primordial, está muito mais próximo de uma linguagem
simbólica do que apontando para um fundamento concr
. É necessário perceber que o fogo só existe
te mudança de coisas em cinzas e fumaça.
Aniquilada esta mudança, não existe mais o fogo. Assim
ele vê toda a realidade como que alimentada de mudança o
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... .
A natureza é a vida dos contrários. É a luta dos contrários.
As diferenças se harmonizam. A harmonia é mantida pela
eterno: transformação incessante de todas as coisas.
“A quem desce no mesmo rio sobrevêm águas
novas” (frag. 12). “Nos mesmos rios entramos, nós me
(frag. 49a).
. ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
Por Karoline Rodrigues de Melo,
Prof.ª de Filosofia e Sociologia
Col. Est. Maria
Prof.ª Karoline Rodrigues de Melo
e em tudo no universo. Esta mudança nasce do confl
A vida e a morte, o acordar e o dormir, a juventude
e a velhice, o bem e o mal fazem parte de um mesmo jogo,
. O frio se torna quente, a noite se
torna velho, a mesma ladeira que sobe,
é a mesma que desce. Mas a luta dos opostos não produz o
caos, ela determina a harmonia do universo.
o tempo de v
, eu poderia ser compreendido assim: todas as coisas e
natureza trazem em si o seu contrário. Ao
mesmo tempo a semente da criação e da destruição. O
código genético de cada célula traz a informação que pe
mite que ela cresça, se desenvolva, mas também já está lá,
muda o tempo inteiro, mas nem por
isso deixa de ser humano. O bebê nasce, cresce, se torna
adulto, têm seus filhos, envelhece, morre. A vida perman
identidade das co
, na variação e no movime
incessante. “Não podemos entrar em um rio duas vezes
pois, na segunda vez já não são as mesmas águas. Já não é o
mesmo rio”, afirmava. Vimos que, para ele, nada existe no
, o elemento fu
. É preciso notar que a indicação do fogo
como princípio de todas as coisas não coloca Heráclito na
mesma condição que os filósofos de Mileto. O fogo me
ua de Tales ou ao
Quando Heráclito indica o fogo como elemento
primordial, está muito mais próximo de uma linguagem
simbólica do que apontando para um fundamento concr
. É necessário perceber que o fogo só existe
te mudança de coisas em cinzas e fumaça.
Aniquilada esta mudança, não existe mais o fogo. Assim
ele vê toda a realidade como que alimentada de mudança o
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
É a luta dos contrários.
As diferenças se harmonizam. A harmonia é mantida pela
eterno: transformação incessante de todas as coisas.
“A quem desce no mesmo rio sobrevêm águas sempre
novas” (frag. 12). “Nos mesmos rios entramos, nós me
. ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
Por Karoline Rodrigues de Melo,
Prof.ª de Filosofia e Sociologia
Col. Est. Maria Benedita Velozo
Prof.ª Karoline Rodrigues de Melo
e em tudo no universo. Esta mudança nasce do confli-
A vida e a morte, o acordar e o dormir, a juventude
e a velhice, o bem e o mal fazem parte de um mesmo jogo,
. O frio se torna quente, a noite se
torna velho, a mesma ladeira que sobe,
é a mesma que desce. Mas a luta dos opostos não produz o
de vo-
, eu poderia ser compreendido assim: todas as coisas e
natureza trazem em si o seu contrário. Ao
mesmo tempo a semente da criação e da destruição. O
código genético de cada célula traz a informação que per-
mite que ela cresça, se desenvolva, mas também já está lá,
muda o tempo inteiro, mas nem por
isso deixa de ser humano. O bebê nasce, cresce, se torna
adulto, têm seus filhos, envelhece, morre. A vida permane-
identidade das coi-
movimen-
incessante. “Não podemos entrar em um rio duas vezes
pois, na segunda vez já não são as mesmas águas. Já não é o
mesmo rio”, afirmava. Vimos que, para ele, nada existe no
, o elemento fun-
. É preciso notar que a indicação do fogo
como princípio de todas as coisas não coloca Heráclito na
mesma condição que os filósofos de Mileto. O fogo men-
ua de Tales ou ao
Quando Heráclito indica o fogo como elemento
primordial, está muito mais próximo de uma linguagem
simbólica do que apontando para um fundamento concre-
. É necessário perceber que o fogo só existe
te mudança de coisas em cinzas e fumaça.
Aniquilada esta mudança, não existe mais o fogo. Assim
ele vê toda a realidade como que alimentada de mudança o
..
É a luta dos contrários.
As diferenças se harmonizam. A harmonia é mantida pela
eterno: transformação incessante de todas as coisas.
sempre
novas” (frag. 12). “Nos mesmos rios entramos, nós mes-
. ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
Por Karoline Rodrigues de Melo,
Prof.ª de Filosofia e Sociologia
Benedita Velozo
Prof.ª Karoline Rodrigues de Melo