Na língua portuguesa existem três formas verbais não finitas – o infinitivo (impessoal e
pessoal), o gerúndio e o particípio passado. Caracterizam-se por não exprimirem por si nem o
tempo nem o modo. O seu valor temporal e modal depende do contexto em que se inserem.
Quando são antecedidas por verbos auxiliares, formam complexos verbais.
Usa-se o infinitivo impessoal:
para apresentar uma ideia/ação de forma genérica (não atribuída a uma pessoa
gramatical).
Ex.: Ler só tem vantagens!
com valor imperativo.
Ex.: Não fumar!
em complexos verbais, traduzindo diversos valores semânticos.
Ex.: Estou a estudar Português e preciso de ler este texto. Começo por sublinhar o
mais importante; às vezes chego a decorar algumas passagens e só deixo de
tomar apontamentos quando acabo de analisar tudo.
em orações subordinadas não finitas, com o mesmo sujeito da subordinante .
Ex.: Queremos tirar boas notas e estudamos para saber cada vez mais.
ligado ao verbo ensinar precedido da preposição a.
Ex.: Ensinei os alunos a escrever.
na sua forma composta, para exprimir uma ação concluída .
Ex.: Ter dormido pôs-me mais bem disposto.
Usa-se o infinitivo pessoal:
em orações não finitas com sujeito próprio (expresso ou não).
Ex.: É inadmissível (tu) teres chegado atrasado! O professor marcou-te falta e disse
que é importante (tu) fazeres este trabalho. Seria bom (tu) estudares mais...
na 3.ª pessoa do plural, quando o sujeito é indeterminado.
Ex.: Parece-me que ouvi baterem à porta.
Usa-se o gerúndio:
na forma simples, em complexos verbais ou em orações não finitas, assumindo
sobretudo valor modal ou temporal, para referir processos/ações em curso.
Ex.: Seguindo em direção a casa, a Maria ia pensando nas suas boas notas e rindo
baixinho. Estava alegre, andando em passo rápido. Chegando a casa, abraçou a
mãe e beijou-a, agradecendo-lhe todo o apoio.
na forma composta, para referir processos/ações concluídas.
Ex.: Tendo acordado, levantou-se imediatamente.
Verbo
Formas não finitas: infinitivo, gerúndio e particípio passado
em tempos compostos.
Ex.: Tenho trabalhado muito nos últimos tempos, mas a tarefa já foi concluída com
êxito.
sem auxiliar, para traduzir fundamentalmente o resultado de processos/ações já
concluídas (passadas, presentes ou futuras).
Ex.: Aceite a proposta de trabalho, metemos mãos à obra. Agora, concluída a tarefa, é
tempo de descansar e, chegadas as férias, iremos para a praia ou para o campo.
para exprimir apenas um estado.
Ex.: Quando as aulas recomeçarem, encararemos o ano letivo de cabeça erguida.
Há verbos que têm duas formas de particípio passado: a forma fraca (com sufixo flexional), que
se usa com os auxiliares ter e haver; e a forma forte (sem sufixo flexional), que se usa com os
auxiliares ser e estar. Eis alguns dos mais utilizados: