PERCURSO SCFV 6 A 15 ANOS (1).pdf

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About This Presentation

SCFV


Slide Content

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PERCURSOS PARA TRABALHAR NO SCFV
(6 A 15 ANOS)

2


SUMÁRIO
PERCURSO 1 - AUTOCONHECIMENTO ............................................................................. 5
Atividade 1: O CONTRATO DE CONVIVÊNCIA ............................................................. 5
Atividade 2: REGRAS E COMBINADOS ............................................................................ 8
Atividade 3: TUDO SOBRE MIM ......................................................................................... 9
Atividade 4: EU COMIGO MESMO .................................................................................. 11
Atividade 5: MEU NOME, MINHA TURMA E EU .......................................................... 12
Atividade 6: MEU NOME, NOSSOS NOMES ................................................................... 13
Atividade 7: NOMES, TANTAS HISTÓRIAS... ................................................................ 15
Atividade 8: AUTO – RETRATO ........................................................................................ 17
Atividade 9: TEMA IDENTIDADE .................................................................................... 18
Atividade 10: MINHA HISTÓRIA, NOSSA HISTÓRIA ................................................. 19
Atividade 11: HISTÓRIAS QUE A FAMÍLIA CONTA ................................................... 20
Atividade 12: LIVRO DE RECEITAS ................................................................................ 21
Atividade 13: A ÁRVORE DA FAMÍLIA ATUAL ........................................................... 22
Atividade 14: DESENHANDO OS PÉS .............................................................................. 24
Atividade 15: DESAFIO DAS POSES ................................................................................ 26
PERCURSO 2 - SOCIALIZAÇÃO ......................................................................................... 29
Atividade 1 – MÍMICA ......................................................................................................... 30
Atividade 2: CAIXEIRO VIAJANTE ................................................................................. 31
Atividade 3: RIR DE SI MESMO ........................................................................................ 31
Atividade 4: VALORES........................................................................................................ 32
Atividade 5: EXERCÍCIO DA EMPATIA ......................................................................... 34
Atividade 6: CAIU EM MIM... ............................................................................................ 36
Atividade 7: MEUS SONHOS .............................................................................................. 43
Atividade 8: ONDE ESTOU NOS MEUS SONHOS ......................................................... 45
PERCURSO 3 – NÓS E O ENTORNO. .................................................................................. 46
Atividade 1: ONDE ESTAMOS ........................................................................................... 46
Atividade 2: NOSSO ENTORNO... NOSSO TERRITÓRIO .......................................... 47
Atividade 3: MINHA COMUNIDADE, O MEIO AMBIENTE E NÓS... ........................ 49
Atividade 4: FAZENDO A DIFERENÇA ........................................................................... 50
Atividade 6: SEM LENÇO, MAS COM DOCUMENTO .................................................. 53
PERCURSO 4: AGRESSIVIDADE ........................................................................................ 54
Atividade 1: STOP VOCÊ SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO? .............................. 57

3

Atividade 2: INFLUÊNCIAS ............................................................................................... 58
Atividade 4: SEJAMOS VERDADEIROS .......................................................................... 61
Atividade 5: DE DENTRO E FORA ................................................................................... 61
Atividade 6: O GRUPO E EU .............................................................................................. 62
Atividade 8: HERÓIS ........................................................................................................... 66
PERCURSO 5: SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA ..................................................... 68
Atividade 1: A VISITA DO E.T ........................................................................................... 69
Atividade 2: O SEMÁFORO ................................................................................................ 70
Atividade 3: EXPRESSANDO A SEXUALIDADE ........................................................... 71
Atividade 4: POR QUE TANTA DIFERENÇA? ............................................................... 73
Atividade 5: ESPELHO MENTAL ..................................................................................... 75
Atividade 6: BELEZA E IDEALIZAÇÃO ......................................................................... 77
Atividade 7: COMO EU ME SINTO ................................................................................... 78
Atividade 8: A ESCADA....................................................................................................... 80
Atividade 9: CASOS E ACASOS ......................................................................................... 81
Atividade 10: BALANÇA ..................................................................................................... 85
Atividade 11: CUIDANDO DO NINHO ............................................................................. 87
PERCURSO 6: OFICINAS DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE .... 91
Atividade 1: CONHECENDO O ECA ................................................................................ 91
Atividade 2: QUEM SOU EU? ............................................................................................. 92
Atividade 3: EU E MINHA FAMÍLIA. ............................................................................... 93
Atividade 4: EU E OS OUTROS. ........................................................................................ 94
Atividade 5: DIREITOS E DEVERES NA ESCOLA ........................................................ 95
Atividade 6: CIDADANIA.................................................................................................... 97
Atividade 7: O VALOR DO RESPEITO ............................................................................ 98
Atividade 8: A HISTÓRIA DA MINHA FAMÍLIA ........................................................ 100
Atividade 9: FALAR E OUVIR ......................................................................................... 101
Atividade 10: TRABALHO INFANTIL............................................................................ 102
Atividade 11: BRINCANDO COM BONS TRATOS ...................................................... 104
Atividade 12: MOVIMENTAR É BOM ............................................................................ 105
Atividade 13: RELEMBRAR OS ARTIGOS ESTUDADOS .......................................... 107
Atividade 14: O ECA QUE TEMOS E O ECA QUE QUEREMOS TER. .................... 108
Atividade 15: ENCERRAMENTO SOBRE O ECA ........................................................ 112
PERCURSO 7: OFICINAS COM FAMÍLIAS .................................................................... 115
ENCONTRO 1 ..................................................................................................................... 117
ENCONTRO 2 ..................................................................................................................... 118

4

ENCONTRO 3 ..................................................................................................................... 119
ENCONTRO 4 ..................................................................................................................... 120
ENCONTRO 5 ..................................................................................................................... 121
Referências Bibliográficas ...................................................................................................... 122

5

PERCURSO 1 - AUTOCONHECIMENTO

Assegurar espaços de referência para o convívio grupal, comunitário e social e o
desenvolvimento de relações de afetividade, solidariedade e respeito mútuo.


Atividade 1: O CONTRATO DE CONVIVÊNCIA

O Contrato de Convivência deve ser uma das primeiras atividades do ano, pois é aqui que
serão estabelecidas as regras de convívio para o ano todo.
O Contrato deve ser o resultado de um trabalho de reflexão acerca da necessidade do
estabelecimento de regras importantes ao Convívio Social, sendo que neste processo é
possível estabelecê-las de forma coletiva, ou seja, com a participação e opinião de todos
os envolvidos, proporcionando desta forma um maior comprometimento com o
cumprimento das mesmas, bem como da ciência das consequências em não cumpri-las.

Recursos Materiais:
Painel, Flip Chart ou Lousa. Papel e caneta para todos.

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Metodologia:
A cada participante recebe uma folha e uma caneta, para que liste as regras que considere
importante que todos cumpram para que aja um bom convívio social no grupo.
Cada um deve listar pelo menos duas regras ou quantas mais achar necessárias. Em
seguida o educador solicita que um a um leiam as regras que escreveram, em um painel
ou lousa vão sendo registradas todas as regras que não constarem ainda nesta lista, a cada
regra escrita o educador esclarece a importância dela e os resultados positivos para o
grupo em serem cumpridas por todos e também os resultados negativos do não
cumprimento destas.
Para cada regra estabelecida em comum acordo por todos, devem-se discutir as
consequências a serem impostas a quem descumpri-las, de forma que ao lado de cada
regra, constem as consequências do descumprimento. Importante que o educador não
permita que as consequências sejam exageradas, para isso deve contestar as que assim
forem apresentadas solicitando que o participante que sugeriu a consequência se imagine
a cumprindo.
Terminado este processo o painel deve se passado a limpo e fixado na parede da sala,
com espaço para que todos assinem seu nome neste painel.

Obs. Nos grupos de crianças ainda em fase de alfabetização o trabalho pode ser feito
oralmente, mas tomando o cuidado para que todos devam sugerir pelo menos uma regra.

O contrato final deve atender as peculiaridades de cada grupo, mas algumas regras devem
constar mesmo que não saia do grupo espontaneamente, assim apresentamos a seguir uma
lista de sugestões de regras que o educador pode ter como parâmetro para questionar o
grupo até que cheguem a um resultado mínimo necessário e adequado a cultura local.
Ser pontual.
Participar das Atividades
Respeitar a todos com tratamento educado e o uso das Palavras Mágicas: Bom dia, Boa
Tarde, Boa Noite, Por Favor, Obrigado, Com Licença, me desculpe, Está Desculpado...
Saber ouvir, e falar quando for à vez.
Não gritar, e fazer barulhos que incomodem os outros.
Não agredir física ou verbalmente nenhum colega ou funcionário ou uso de palavrões e
xingamentos.
Não sair da sala sem autorização.

7

Não permanecer nos corredores.
Trazer material quando solicitado para alguma atividade.
Não usar celulares a menos que façam parte de alguma atividade.
Organizar e Limpar a sala no final de cada atividade e do dia.
Não trazer comida ou guloseimas de casa se não quiser dividir, e não comer na sala de
atividades.
Conversar em voz Baixa.
Não usar material alheio sem autorização.
Não mascar chicletes durante as atividades em grupo.
Cumprir com o combinado sendo responsável.
Assumir erros e ressarcir prejuízos.
Ser empático e solidário aos sentimentos dos outros
Sobre as consequências do não cumprimento da regra, é importante que os
participantes entendam que antes mesmo de uma “punição” o não cumprimento das regras
desencadeia acontecimentos desagradáveis ao grupo de forma coletiva, sendo assim a
reincidência do não cumprimento das regras deva ter também consequências individuais
ao responsável pelo descumprimento. Que poderão ser nominadas de Consequência
Individual (evitar as expressões punição ou multa).

Consequências Individuais Sugeridas:

Conversa Individual ou em grupo com a Coordenação, que deve em conjunto determinar
o cumprimento da consequência já estabelecida, de acordo com a gravidade do ato.
Conversa individual ou coletiva com os Pais ou Responsáveis, junto a
Coordenação e o monitor.
Conversa individual ou em grupo com técnicos do CRAS com os participantes ou com
pais ou responsáveis.
Ficar de fora de uma atividade subsequente ao ato, para que escreva ou repense sobre sua
atitude.
Ressarcir prejuízos causados.
Pedir desculpas a terceiros.
Ficar de fora de algum passeio ou atividade externa.

Vale lembrar que todas as regras devam ser coerentes com os objetivos do SCFV.

8


Versão para usuários de 6 a 8 anos
No caso de Crianças em fase de alfabetização, estas podem ser divididas em duplas de
preferência uma criança que escreva com uma que ainda não o faça, havendo a
possibilidade da escrita cada dupla escreve juntas duas regras.
No caso de a turma não ser alfabetizada cada dupla deve propor uma regra de forma que
um ajude o outro a lembrar e expressar a regra proposta quando for a vez, todas as regras
são anotadas no quadro e depois no painel a ser assinado por todos quem não souber
escrever o nome deve fazer um desenho que o identifique.


OFICINAS COMPLEMENTARES ATIVIDADE SUGERIDA
Artes/Artesanato Confeccionar um painel com as regras e
combinados da turma.



Atividade 2: REGRAS E COMBINADOS

Objetivo: Estabelecer regras e combinados. Trabalhar o consenso dos participantes do
SCFV.

Materiais: Tarjetas de papel, cartolina, canetas piloto e fita-crepe.

Etapa 1: O educador deve abordar questões do cotidiano como pontualidade, respeito,
saídas constantes da sala de aula, atividades feitas fora do prazo, momentos de
descontração e de alegria, etc. É interessante que o educador dispare algumas questões
como:
- O que queremos em nossos encontros?
- Como podemos ter uma boa relação uns com os outros?
- O que é necessário para tornarmos nosso ambiente agradável?
Cada um expressará seu ponto de vista contribuindo para a construção do contrato de
convivência.
Após a troca de ideias peça que escrevam suas propostas numa tarjeta.

9


Etapa 2: O educador deve colocar a cartolina no quadro e dividir a mesma em duas
colunas colocando na primeira a frase: “O que queremos...” e na segunda coluna: “O que
não queremos...”. Cada participante deverá fixar sua proposta que está na tarjeta na coluna
adequada. Assim que todos se sentirem satisfeitos, peça a alguém que faça uma leitura
geral e então incluam outras ideias que não surgiram no painel.

Sugestão: Após a elaboração e discussão de cada regra, peça aos participantes que
elaborem o contrato de convivência. Trabalhando a criatividade, a integração e
descontração dos participantes.


Atividade 3: TUDO SOBRE MIM


Objetivo

Autoconhecimento, e identificação com os demais membros do grupo

Metodologia
Após entregar a atividade os participantes respondem individualmente às
perguntas, uma vez terminado de responder cada um deve procurar coisas em comum
sobre si em relação aos outros participantes, podendo ajudar quem não terminou a
responder.

10

No final da atividade deve-se listar na lousa ou em um painel a quantidade de
pessoas que tiveram as mesmas respostas.
Havendo alguma brincadeira que todos gostem ela pode ser realizada por todos
como brinde da atividade. Em que o orientador participe de igual para igual.

V 6.8 [Adaptação]
No caso das crianças em fase de alfabetização cada item pode ser preenchido com um
desenho e uma resposta para cada pergunta

11

Atividade 4: EU COMIGO MESMO


“Estar sozinho não é o mesmo que solidão, estar consigo mesmo deve ser antes de
qualquer outra a sua melhor companhia. Ocupamo-nos demais para não nos ocuparmos
de nos mesmos. Estar bem consigo mesmo e o princípio do ser feliz”.

Objetivo

Despertar o diálogo interior positivo como meio de autoconhecimento.


Metodologia

A fim de exercitar o autoconhecimento, os questionamentos a seguir devem ser
feitos individualmente para a câmera do celular na posição self. A pessoa deve responder
ao questionário conversando com a câmera, sugerindo que ela esteja respondendo ou
fazendo à pergunta para si mesma.
Não havendo celulares para todos os participantes, sugere-se que se alternem as
saídas da sala para as gravações em pequenos grupos, que devem se distanciar e cada um
realizar a atividade sozinho. Caso todos possuam celulares com câmeras pode se escolher
uma praça, ou se espalharem pelas instalações usuais. Depois de gravado cada um deve
assistir sozinho e apagar a gravação se desejar. Na volta para sala todos podem comentar
o que sentiram durante o processo.
O mediador deve sugerir que este diálogo interno não carece de meios
tecnológicos, pois pode acontecer no íntimo de cada sempre que se desejar.

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Perguntas:
O que você acha de você mesmo? Por quê?
Quais suas Maiores Dificuldades (defeitos*)? E suas Melhores Qualidades?
O seu maior Sonho?
Como seria possível realiza-lo no curto médio e longo prazo?
Quem são as pessoas mais importantes para você? Por quê?
Do que você tem medo? Por quê?
O que as pessoas pensariam dos seus sonhos depois de realizados?
Você acredita em Você? Por quê?
Diz que me ama?



Atividade 5: MEU NOME, MINHA TURMA E EU

Conforme estipula a Constituição Federal de 1988, o nome, expressão identifica
tória e distintiva das pessoas naturais, é direito permanente de todo o cidadão, fruto da
personalidade e dignidade pessoal (art. 1º, inc. III, e art. 5º, inc. X). O direito ao nome
compreende as faculdades de usá-lo e defendê-lo, sendo um misto de direito e de
obrigação.
Além de se constituir como um direito, o nome carrega sentidos singulares que
dizem respeito a história de cada um, portanto tem uma dimensão afetiva muito
importante que precisa ser considerada.
O nome é dividido em prenome (simples ou composto – comumente chamado de
“nome”) e patronímico (nome de família – ou “sobrenome”). É provável que o nome de
família tenha surgido a necessidade de melhor particularizar as pessoas, na medida em
que os agrupamentos humanos foram se tornando cada vez maiores e mais complexos.
O tema proposto poderá ser desenvolvido no início das atividades anuais por
possibilitar às crianças e adolescentes um melhor conhecimento de si e do outro. Assim,
elas irão tecendo a rede de relações do grupo. O ponto de partida é a identidade de cada
educando: nome, características, preferências, etc. – aspectos que trabalhados no coletivo
permitem ir constituindo aos poucos, a identidade do grupo. Considere que o trabalho em
grupo permite o desenvolvimento progressivo de competências sociais – ouvir, propor,

13

argumentar, negociar – indispensáveis à participação de forma mais qualificada na vida
pública.
OFICINAS COMPLEMENTARES ATIVIDADE SUGERIDA
Artes/Artesanato Confeccionar um painel com o nome e
data de nascimento de cada grupo.
Informática Cada criança deverá pesquisar sobre a
data de nascimento: Quais fatos
marcaram o dia do meu nascimento no
mundo e no Brasil? Que personalidade
faz aniversário comigo?

Atividade 6: MEU NOME, NOSSOS NOMES

Proponha uma roda de conversa de tal forma que todos possam se ver. Pergunte
quem já se conhece, de onde, quem estuda na mesma escola e se sabem o nome de todos.
Não perca oportunidade de fazê-los refletir, falar, opinar, tomar decisões. Pergunte se é
importante chamar as pessoas pelo nome e que sugestões eles têm para decorar o nome
dos colegas. Discuta as sugestões e coloque-as em prática no decorrer dos próximos
encontros.
Diga que você também quer colaborar para que todos se conheçam e que trouxe
algumas sugestões de jogos com nomes. Apresente as suas sugestões juntamente com as
deles. Propomos que as atividades ora apresentadas sejam feitas na roda de conversa no
início de cada encontro. Atividades:

Nome e expectativa: Proponha que digam o nome e uma coisa que gostariam de fazer
no Centro. No final, comente as expectativas: as que podem ser atendidas de imediato, as
que serão possíveis a médio ou longo prazo e alternativas possíveis às demais
expectativas.

Nome e qualidade: Proponha que digam o nome seguido de uma qualidade que cada um
aprecie em si mesmo, como uma coisa boa, valorosa (fulano: alegre, fulana: esperta).
Inicie por você para ir ficando claro o que é uma qualidade. Vá anotando as qualidades
apresentadas pela turma. Ao final, comente as qualidades. “Quais as que mais

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apareceram? E as mais raras? As qualidades dos meninos foram diferentes das apontadas
pelas meninas? O que as qualidades mostram? E se a turma tivesse apontado uma só
qualidade? Retome algumas qualidades e pergunte se eles se lembram de quem as
nomeou. Comente que a diversidade de qualidades, “tantos modos diferentes de ser,
sentir” é que dá riqueza e completude ao grupo. Que, caso o grupo tivesse uma só
qualidade, ficaria menos rico. Estimule uma troca de ideias sobre essa questão, deixando
que expressem suas ideias, sentimentos e opiniões espontaneamente.
Dizer o nome de uma forma diferente. Convide a todos para dizer o nome de um
jeito diferente, acompanhado de um gesto: separando bem as sílabas e estendendo os
braços; bem alto e rápido, batendo com a mão no peito, etc. Estimule a criatividade. Se
notar acanhamento, comece pelo seu. A turma repete o nome e o gesto dito por cada
participante.
Jogo das bolinhas. Numa roda, peça às crianças que joguem a bola para um colega
e digam o próprio nome. Combine um jeito de jogarem, de maneira que todos possam
dizer o seu nome. Numa segunda rodada, peça que joguem a bolinha e digam o nome do
colega para quem vão jogar a bola.

Nome e semelhanças: Proponha, então, que joguem a bola para alguém que tenha alguma
característica semelhante, por exemplo: “Vou jogar a bola para a Ana porque ela usa tênis
vermelho como eu”. Ao final, proponha uma roda e conduza uma conversa para que
digam como se sentiram durante a atividade, como fizeram para se lembrar de quem já
havia recebido a bola, ou como se sentiram quando a bola foi arremessada para o colega,
o qual já tinham pensado em escolher. Comente a atividade, permita a expressão de ideias
e sentimentos, chame a atenção para a observação de cada um, cuide do saber ouvir,
conhecer e respeitar outros pontos de vista, organizando os turnos das falas para não haver
ruídos e sobreposições.
Cartaz de todos os nomes. Em uma folha de papel dobrado ao meio, peça que
escrevam, cada um, o seu nome em letra de forma. Em seguida, peça que recortem em
volta do nome, ao abrir cada um verá que surgiu alguma figura. Cada um pode ilustrar o
seu colorindo as letras ou o fundo, da forma como desejarem. Todas as crianças colam a
sua figura-nome num cartaz e este fica exposto na sala de atividades.
Fique atento aos conhecimentos atitudinais, procedimentais e conceituais que
estão sendo desenvolvidos. Avalie com a turma o que aprenderam de mais importante
com atividade, incentive a auto avaliação oral ou escrita quanto à participação e

15

envolvimento nas atividades. Estimule os mais tímidos a se expressarem do seu jeito.
Promova a troca de ideias, o diálogo.

Atividade 7: NOMES, TANTAS HISTÓRIAS...

Faça um levantamento prévio para verificar se cada criança conhece a história do
seu nome: quem escolheu, porque escolheu esse nome, etc. Combine que irão se informar
em casa sobre esses dados e que eles serão utilizados na próxima roda de conversa. Se
achar conveniente, comece relatando a história do seu nome. Conte em detalhes todos os
pormenores dessa história. Cuide da forma como se comunica, porque você sempre será
referência para a crianças. Então abra a roda até que todos tenham contado a história dos
seus nomes.
Se estiver trabalhando com crianças alfabetizadas, proponha que registrem por
escrito o que relataram na roda. Auxilie as não alfabetizadas a realizarem esse trabalho,
atuando como escriba, ou seja, registrando por escrito o que a criança ditar. Habitue os
participantes a relerem o que escrevem com atenção para verificarem se o registro
corresponde ao que pretendem comunicar. Peça que troquem os registros entre si para
certificarem-se de que podem ser lidos por outras pessoas. Auxilie o escritor a revisar o
seu rascunho. Dê dicas para ele corrigir os erros eventualmente cometidos: a ortografia,
ideias incompletas, períodos mal formulados, etc. Se necessário, peça que passem o
registro a limpo, com todo cuidado, com legibilidade, para favorecer a compreensão de
quem irá ler cada texto. Lembre-se de que as crianças poderão estar em vários momentos
de aprendizagem e apropriação dos códigos e regras da escrita. Promova experiências de
leitura e escrita em direção a uma função social (para outro ler). Eles poderão ilustrar os
textos. Organize um mural com textos e ilustrações. Escolha com eles um título chamativo
para o conjunto a ser exposto. Abra espaço para comentarem e ouvir comentários de
outros leitores.
Converse sobre a importância do nome de cada um e se eles perceberam que os
nomes foram escolhidos com carinho e que devem ser respeitados. Converse ainda sobre
os apelidos e pergunte qual a opinião deles sobre isso. Aproveite para comentar que um
apelido é legal se for aceito pela pessoa; caso contrário, não deve ser usado para não
magoar a pessoa.
Sugerimos outra atividade pode ser a criação de acrósticos (nome na vertical para
criar palavras). Traga alguns para que o grupo descubra como ele é feito. Descoberto o

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esquema, escreva as letras iniciais do seu nome e proponha à turma que construa um
acróstico com o seu nome. Convide-as a escreverem acrósticos com seus próprios nomes
e com as suas características pessoais. Ou com nomes de amigos, de pessoas queridas.
Passar a limpo, ilustrar o acróstico pode ser um presente interessante para um
homenageado.

Exploração das características pessoais (divididos em pequenos grupos) fazendo um
levantamento das preferências do grupo. Utilize, desta vez, a cartografia das semelhanças
e diferenças. Distribua revistas, cola e tesoura e peça que recortem e colem em folhas
algumas coisas de que gostam e de que não gostam, sem identificá-las.
Organize pequenos grupos para cada um mostrar suas folhas para os colegas com
o intuito de identificarem as coisas de que cada um gosta e não gosta. Explique que o
registro feito é um mapa que representa coisas sobre cada um deles. Peça para cada um
colocar o seu nome no mapa, uma vez que é um mapa pessoal. Combinem e peçam para
escreverem um título para cada mapa.
Proponha uma segunda etapa: com base nos mapas pessoais, formar o mapa do
grupo, recortando e agrupando em uma folha as coisas que todos, ou a maioria, gostam.
Em outra, as que não gostam. Pergunte que título darão a cada mapa. Faça-os notar que
agora não se referem a “coisas de que eu gosto”. As pessoas mudaram de uma situação
para outra. Peça para observarem o título. “Como teremos de escrever agora? Quem deve
assinar as folhas? ”
Você poderá propor ainda uma terceira etapa: a criação do mapa de todo o grupo,
combinando a forma de organizar os dois cartazes. “Quem deve assiná-lo? ”. Comente
sobre o levantamento organizado das preferências do grupo.
Retome o critério da unanimidade ou da maioria. Peça para uma ou outra criança,
explicar e justificar, a sua maneira, o que foi representado no mapa como significativo do
grupo. Peça para alguém justificar porque gosta ou não gosta do que foi levantado. Assim
você estará abrindo um espaço para a manifestação de opiniões justificadas. Terminado
o cartaz combine o lugar onde ficará exposto, por quanto tempo e o que fazer com o cartaz
quando terminar a exposição. Comente sobre formas iguais e diferentes de apreciar as
coisas e as vantagens de umas e de outras. O poema de Cecília Meireles poderá emoldurar
bem essa conversa.

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Atividade 8: AUTO – RETRATO

O autorretrato permite a percepção de si mesmo e das possibilidades expressivas
de cada um.
Recorte de revistas e jornais diversos rostos com expressões diferentes e distribua
pela sala. Peça às crianças que façam uma visitação aos recortes e que escolham algum
rosto que lhes chamou mais a atenção. Forme pequenos grupos e peça que cada um
apresente o seu recorte, dando-lhe vida: nome, idade, o que faz, porque está com aquela
expressão e onde se encontrava quando foi retratado ou desenhado. No momento
seguinte, abra roda e convide cada grupo a escolher um ou dois relatos para apresentar no
coletivo.
Distribua folhas de papel e proponha que cada um reproduza um colega. Oriente
para prestar atenção às expressões do retratado. Feito o retrato, peça que registrem os
dados sobre a pessoa: nome, idade, etc. Organize com a turma uma forma de expor os
trabalhos.
Em outro momento, peça às crianças que tragam espelhos de casa e também
providencie alguns. Explique que desta feita irão fazer um autorretrato. E que, antes vão
fazer um treino de observação, olhando-se no espelho. Peça que observem
cuidadosamente o formato da cabeça, o cabelo, nariz, olhos, boca, etc.
Retome o exercício anterior e peça que tentem reproduzir/imitar a expressão da
pessoa retratada. Peça que façam um treino de expressões: alegria, medo, pavor, surpresa,
etc., e que digam o que diferencia uma expressão da outra e quais as transformações que
se operam no rosto de cada um. Distribua folhas de papel, lápis, giz de cera, tintas, etc., e
peça que façam o autorretrato, escolhendo a expressão que quiserem. Peça que entreguem
o desenho sem pôr o nome. Organize a apresentação do conjunto de autorretratos de
maneira a provocar um jogo de descobrir quem é quem nos desenhos. Reflita com o grupo
sobre a atitude de todos frente aos autorretratos: nada de zombaria ou deboche. O
momento é de brincadeira, alegria e o que vale é o jeito de cada um.
A seguir, ou em outro momento, convide-os a fazer o fundo do retrato,
representando onde gostariam de ter sido “fotografados”. Peça que registrem o nome e a
data do desenho. Os desenhos são apresentados, comentados e expostos. Se perceber que
a atividade mobiliza o grupo, proponha sua Continuidade.
Forme pares e proponha que um de cada vez se deite sobre uma folha de papel
pardo para que seu par desenhe o contorno do corpo. Após trocarem de lugar, cada um

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completa o seu “boneco” com desenhos, colagens, adereços, etc. Proponha que recortem
os bonecos e comparem tamanho e outras características. Os bonecos podem ser expostos
no ambiente de uma maneira criativa: em pequenos grupos, sentados em cadeira, de
pernas para o ar, imitando uma onda, etc.
Comente a atividade.
OFICINAS COMPLEMENTARES ATIVIDADE SUGERIDA
Artes/Artesanato Confeccionar porta retrato com cada
criança a partir de suas características que
pode ser através de desenho ou foto.


Atividade 9: TEMA IDENTIDADE

Criar condições para a construção de identidades significa, entre outras coisas,
cuidar das relações, dos discursos e das atitudes e planejar estratégias que possibilitem
aos educandos perceber a existência de diferentes grupos culturais, com manifestações
específicas e propiciar a identificação como membro de determinado grupo social que
tem cultura, saberes e história.

ZIP - ZAP – ZOP

Inicie o dia formando duplas. Cada dupla deve conversar um pouco para descobrir
coisas interessantes um do outro. Após algum tempo, peça que cada elemento da dupla
apresente o outro no coletivo. Combine a forma de apresentação: “Esta é a Lurdes e ela
gosta muito de melancia; apresento a vocês o Luís, que gosta de desenhar carros. ”
Na roda, peça que marquem bem o nome do colega da direta e da esquerda, pois
assim que você disser “zip”, eles devem dizer bem alto o nome do colega da direta.
Quando você disser “zap”, devem dizer o nome do colega da esquerda. E quando você
disser “zop” o próprio nome. Repita as ordens na sequência proposta para um treino.
Acrescente a última regra: quando você disser bem rápido as três ordens juntas “zip-zap-
zop”, todos devem mudar bem rápido de lugar. Quem ficar por último conduzirá a
brincadeira. Você poderá dizer que dará as ordens fora da sequência: zop – zap – zip –
zip – zop.

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A troca faz com que novamente os participantes tenham que prestar atenção aos
nomes dos colegas da esquerda e da direita. Termine a atividade no tempo combinado.

Atividade 10: MINHA HISTÓRIA, NOSSA HISTÓRIA

O relato da história de vida de cada um permite trabalhar a dimensão do tempo e
perceber que cada um vai compondo sua história de uma forma peculiar, tecendo fatos,
lembranças e sentimentos.

É TEMPO DE HISTÓRIA
Na roda de conversa, peça que relatem fatos associados às suas vidas: do que se
lembram, de coisas interessantes que já viveram, de situações que mexeram com cada
um… Peça que tentem lembrar ou adivinhar quantos anos tinham na época de cada relato.
Uma outra forma de realizar essa atividade é preparar uma sessão de relaxamento. Os
participantes ficam sentados confortavelmente, em silêncio, de olhos fechados ouvindo
uma música instrumental, suave. Assim, nesse estado de concentração, você poderá
alimentar a lembrança e a imaginação das crianças solicitando que pensem em passagens
de sua vida: quando eram bem pequenos, acontecimentos alegres, tristes, engraçados,
festas, visitas, viagens, episódios com animais. Depois, em pequenos grupos poderão
conversar sobre o que vivenciaram. Se achar interessante, poderão desenhar e expor.
Proponha que tragam fotos e objetos para que tentem organizá-los em ordem
cronológica. Promova uma visitação e converse sobre o significado dos momentos
representados nas fotografias e nos objetos expostos.
Proponha a elaboração de uma linha do tempo. Exemplifique o que é e como pode ser
feita. Combine os intervalos: ano a ano; de dois em dois anos, etc. Os intervalos devem
ser comuns para permitir comparações. Peça que registrem individualmente os fatos mais
marcantes na linha do tempo de cada um.
Forme pequenos grupos para que comparem as linhas do tempo elaboradas.
Verifique que descobertas fizeram e quais ainda podem ser feitas. Abra a roda para que
cada grupo apresente as suas descobertas para todos.
Pergunte como e com quem poderão confirmar ou ampliar as informações
registradas. Peça que levem a linha do tempo para casa para ser complementada com a
ajuda dos familiares. Comente depois as linhas de tempo reelaboradas, as semelhanças.

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Depois de utilizadas, coloquem nome e data. Pergunte se é possível, a partir das
linhas de tempo individuais, saber o que é próprio de cada idade. Prepare uma linha do
tempo semelhante à individual e diga que irão fazer uma linha do tempo coletiva. Nela
irão registrar as hipóteses do grupo sobre o que é comum, característico, especial de cada
idade. Você poderá também ir montando um grande painel para registrar as informações
por categorias: desenvolvimento físico/alimentação/cuidados com
higiene/vacinação/comportamento, etc.

Atividade 11: HISTÓRIAS QUE A FAMÍLIA CONTA

O relato de histórias e "causos" que a família conta possibilitam conhecer e
partilhar o patrimônio cultural de cada família. Esta trajetória pode ser desenvolvida por
meio de um projeto que culmine na organização de uma coletânea de “causos” e histórias
que circulam pela comunidade.
Proponha aos participantes que investiguem junto à família "causos" e histórias
contadas e repetidas no ambiente familiar, envolvendo pessoas da família ou de seu
relacionamento. O importante é o valor que elas atribuem a esses relatos. Discuta com
eles como desenvolver o projeto e qual será o produto final: uma coletânea confeccionada
e ilustrada por eles com o registro de todas as histórias contadas.
Peça que perguntem porque esse "causo" é tão marcante para quem o contou.
Explore essas razões. Organize uma roda de conversa, para todos ouvirem os relatos
trazidos das casas. Aproveite e conte também histórias ou "causos" da sua família. Após
a contação das histórias, combine com eles que irão registrá-las. Tome os cuidados que
já foram mencionados anteriormente, com a relação à escrita. Explique que as histórias
serão divulgadas, lidas por outras pessoas e assim, todos deverão ter o compromisso de
escrever de acordo com os padrões da norma culta, sem incorreções, como se escreve
num jornal, num livro. Valorize o esforço de cada um para escrever "corretamente". É um
sinal de respeito à cultura e ao leitor. Traga alguma história de família publicada, um livro
de “causos” e leia algum trecho para a turma. Combine que todos terão um espaço para
escrever primeiramente, o rascunho das histórias. Depois de ouvir comentários e
sugestões dos colegas e também consultar o dicionário, poderão reescrever e aprimorar o
trabalho escrito. Pode-se combinar que cada história será ilustrada e que conterá o nome
de quem registrou a história e de quem a contou. Prontas e revisadas as narrativas e
ilustrações, discute-se como será montada a coletânea: como será a capa, a contracapa, se

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haverá apresentação e quem a fará, onde serão registrados os nomes dos autores, para
quem será divulgada e de que forma, etc. Se houver condições, pode-se pensar na
reprodução da coletânea e na festa de lançamento, com a presença de todas as famílias
envolvidas e a contação ao vivo de algumas histórias. Nesse dia, pode ser organizada uma
exposição de fotos das famílias envolvidas.

Atividade 12: LIVRO DE RECEITAS

Esta sequência de trabalho levará os participantes a conhecerem um pouco mais
sobre o paladar das diferentes origens familiares.
Proponha que todos conversem na família sobre a alimentação da região de origem
ou sobre uma receita de família. Cada um deverá trazer sua receita e contar sobre o
porquê, da escolha realizada.
Escolha com o grupo algumas das receitas apresentadas, de diferentes origens,
para serem preparadas considerando os recursos e espaços possíveis do Centro. Você
poderá sugerir com a devida explicação. Traga para a sala alguns livros de receita para
que o grupo os analise e verifique o que contém um texto desse tipo. Antes de fazer a
receita, consulte-a no coletivo e relacione os ingredientes necessários à sua preparação.
Proponha que façam uma pesquisa de preço sobre os produtos. Discuta sobre os valores
e as possibilidades de substituição de um produto por outro mais barato. Pergunte se
sabem a origem dos ingredientes (açúcar vem da cana-de-açúcar, mas também pode ser
feito de beterraba).
Sugira que pesquisem e apresentem para todos.
Aproveite as receitas para falar sobre quantidade, peso, medida. Quando forem
preparar as receitas, lembre e fale sobre os cuidados de higiene e segurança a serem
seguidos por todos. Ao final, organize um momento aconchegante para degustar e
apreciar os sabores. Peça que prestem atenção nos sabores e pergunte se é possível
identificar os ingredientes utilizados.
Percebemos alguns, não discriminamos outros e da mistura de todos surge outro
alimento, outro sabor. Proponha, então, reunir as receitas num livro. Coordene essa
atividade. Combine que a cada receita irão registrar um pequeno histórico sobre a origem
da mesma. Solicite que ilustrem as receitas e acrescentem os comentários sobre a
degustação dos pratos. Poderá funcionar como um belo presente!
O LIVRO PODE SER PREPARADO NAS AULAS DE AR TES.

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O livro poderá ser distribuído entre os familiares e a comunidade, assim como
publicado na internet.
OFICINAS COMPLEMENTARES ATIVIDADE SUGERIDA
Artes/Artesanato Confeccionar a capa do livro de receitas.


Atividade 13: A ÁRVORE DA FAMÍLIA ATUAL

Objetivo:
Reconhecer a própria estrutura familiar e entender a diversidade e diferentes
configurações familiares atuais.

Metodologia:
(pode ser realizado em Oficinas com as famílias)
No primeiro quadro que compõe a Árvore Genealógica (biológica, ou seja, de laços
sanguíneos) colocar o nome dos membros da família presentes na atividade e depois
preenchem os quadros acima e abaixo com os nomes dos parentes respectivos apontados.
Reconstruir a arvore genealógica deve fazer refletir sobre as origens e histórico familiar.

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Em seguida reconstruir esta árvore que pode ficar com diversos formatos, com os
quadrinhos entregues a parte, que podem ser colados com cola bastão em uma folha de
papel mais grosso, preencher com os membros que compõem a família que moram na
mesma casa, ex.: Nome da Vó Nome da Mãe dos Filhos, Irmão, Tios e Agregados.

Montar o Desenho da Família de Fato, que moram na mesma casa, podendo compor uma
linha uma flor uma estrela ou o desenho que melhor se adequar a família:

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O que de fato define uma Família?

Depois das montagens prontas, cada família compara com as famílias dos lados como se
deu cada árvore, ao término é importante destacar que Família são as pessoas que vivem
juntas, que lutam para sobreviver e se manterem juntas, se cuidam e se protegem, se
apoiam e se amam, e que não existe família ideal, uma é sempre diferente da outra e cada
uma deve encontrar seu caminho e seu jeito de ser.


Atividade 14: DESENHANDO OS PÉS

O objetivo desta atividade é a reflexão da anterior, relacionando-as às diferenças que
existem nas famílias. Além disso, também é uma atividade de integração entre os
participantes do grupo.

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Objetivo:
Socializar, integrar, perceber a necessidade de assumir compromissos, crescer, valorizar-
se.

Material Didático:
Uma grande folha de papel e lápis colorido para cada participante.

Metodologia:

O coordenador da atividade motiva todos os participantes a desenharem num grande papel
o próprio pé. Em seguida, encaminha a discussão, de forma que todos participantes
tenham oportunidade de dizer o que pensam:

Todos os pés são iguais?
Estes pés caminham muito ou pouco?
Por que precisam caminhar?
Caminham sempre com um destino – objetivo?
Quantos já caminharam para chegar onde estamos?
As nossas famílias, são iguais?
Como podemos conviver neste grupo com tantas diferenças?
Após esta discussão lembrar-se de pessoas que lutaram por objetivos concretos e
conseguiram alcança-los.

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Atividade 15: DESAFIO DAS POSES



Objetivo
Proporcionar um momento de lazer, descontração e desinibição na família.

Metodologia
Ainda no SCFV as crianças e adolescentes ou idosos são desafiadas a fazerem poses para
a câmera fotográfica que pode ser de um celular. As poses podem expressar emoções ou
simular situações engraçadas ou inusitadas podendo ser determinas pelo Dado e Listas de
Emoções abaixo.
No final de semana as crianças e adolescentes ou idosos devem refazer a atividade com
seus familiares. Deve-se explicar que as fotos só serão vistas pelas próprias famílias e
somente no caso de a família toda gostar de um em especifico essa pode ser apresentada
no projeto.
É importante que todos apareçam nas fotos.

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OFICINAS COMPLEMENTARES ATIVIDADE SUGERIDA
Artes/Artesanato Confeccionar um quadrado com as fotos de
várias expressões das crianças. É possível
debater com as crianças as formas de como
reagir quando um amigo demonstra raiva,
tristeza, preocupação, etc.

Lista de outras emoções e sensações:
Raiva
Medo
Sono
Cansaço

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Preguiça
Alegria
Felicidade
Êxtase
Gratidão
Vergonha
Susto
Vitória
Derrota
Tristeza
Dor
Muita Dor

Lista de situações para posar a família toda
Família em choque
Família ganhando na loteria
Família cansada de uma corrida
Família trabalhando .....
Família....
OFICINAS COMPLEMENTARES ATIVIDADE SUGERIDA
Filme A Fantástica Fábrica de Chocolate (2005)
Baseado no conto de Roald Dahl, este cômico
e fantástico filme segue o jovem Charlie e seu
avô Joe. Eles se juntam a um pequeno grupo
de ganhadores de uma competição, os quais
vão para um passeio na mágica e misteriosa
fábrica do excêntrico Willy Wonka. Ajudado
por seus anões trabalhadores, Wonka
esconde uma surpresa para este passeio.

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PERCURSO 2 - SOCIALIZAÇÃO

Desenvolver atividades que potencializem a socialização e a convivência entre as crianças
e adolescentes visando fortalecer a segurança, concentrar o foco no objetivo e ser
divertido.

DESINIBIÇÃO




Antes de dar início as atividades, é importante conversar com os participantes sobre o
objetivo e a importância deste Percurso.
Assim sugerimos este roteiro de conversa com os participantes:
Quem é tímido?
Quem não gosta de falar em público? Por Quê?
O que é o medo?
Ter medo é ruim?
Medo de errar? (Quem nunca errou?)
Medo de Não agradar? (Quem agradou todo mundo?)

A partir desta conversa mostra que o foco e a concentração são pontos fundamentais para
superação do medo e explicar que neste percurso as atividades têm esse objetivo, mas que
o foco seja ganhar as provas e rir muito.

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Atividade 1 – MÍMICA




Objetivo: Desinibição com desenvolvimento da comunicação não verbal e a criatividade

Material didático: Tantos cartões com temas, conceitos ou objetos quanto participantes

Metodologia O Orientador Social pede que cinco voluntários apresentem algumas ideias
ao grupo na forma de mimica. O grupo deve tentar descobrir o que cada um dos cinco
voluntários tentou dizer. Em seguida, o Orientador Social entrega um cartão para cada
um (com conceitos como amor, paz, liberdade, esperança, sinceridade ou nome de coisas
como árvore, carro, mesa.
Em pequenos grupos cada um deve expressar o que está em seu cartão usando só
a mimica e o grupo deve descobrir o que ele tentou dizer.
Depois que todos no grupo tiverem apresentado o que está marcado em seu cartão, o
grupo avalia quem fez a melhor mimica e escolhe uma delas para representar no plenário

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Cada grupo apresenta a sua mimica, os outros grupos devem tentar descobrir o
que se tentou dizer depois, avaliando as mimicas deve-se escolher a melhor para receber
uma prenda.

Atividade 2: CAIXEIRO VIAJANTE

Objetivo:
Como falar com um objetivo preciso a um auditório determinado de modo concreto e
claro em pouco tempo. Como tornara atraente uma mensagem que se transmite.

Material Didático:
Diferentes produtos para os participantes de cada grupo.

Metodologia:
O Coordenador da dinâmica deve motivas as pessoas a se imaginar como alguém
que está numa feira publica precisando vender algumas coisas para os espectadores. Pode
ser um objeto ou uma ideia.
Depois que todos tenham feito a sua venda o grupo avalia e escolhe o melhor
vendedor.
Reunidos em plenária, cada grupo apresenta seu melhor vendedor. Podem,
inclusive, resolver que todo o grupo tentara vender um mesmo produto na plenária. Faz
uma votação para escolher o melhor vendedor, clareando as razões da escolha.


Atividade 3: RIR DE SI MESMO

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Objetivo
Auto aceitação, lidar com as próprias dificuldades de forma leve e bem humorada e
destacar a importância de rir e ser legal com sigo mesmo.
"O processo de autoestima passa inevitavelmente pelo auto aceitação, reconhecer em si
fraquezas e fortalezas e gostar delas, aprendendo a superar o que nos atrapalha e reforçar
o que nos ajuda no dia a dia e na vida. Aprender a lidar com isso estimula a
espontaneidade e a não se afetar com provocações alheias, por isso trata-se de uma atitude
importante com sigo mesmo".

Metodologia
Cada integrante conta um mico que tenha vivido uma vergonha que passou, mas
que agora já consegui rir dela depois de um tempo, importante o Orientador Social dar o
start contando uma ou duas situações que tenha vivido. Depois de cada história contada,
todos devem comentar espontaneamente como se sentiriam na situação, o que faria a
respeito e como lembrariam disso neste momento.
Depois a história repete-se a atividade, mas agora cada um deve citar uma coisa
que acha que não cai bem em si, um nariz torto, uma voz aguda, um cabelo difícil de
pentear, ou muito lizo que não tem o que pentear.
Mais uma vez o Orientador Social dá o tom da conversa colocando-se como
exemplo, a ideia é demonstra aceitação e resiliência sobre sua dificuldade de forma bem
humorada, para dar o tom da atividade que deve ser divertida.
Neste processo o Orientador Social faz chacota de si mesmo de forma irreverente
e descolada, para que os participantes tentem fazer o mesmo.


Atividade 4: VALORES

O que eu trago de casa?

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Objetivo
Gerar temas e assuntos que revelem valores que trazemos de casa como resultado da vida
familiar e processo de sociabilização intrafamiliar, revelar pontos de identificação entre
os membros do grupo.

Recurso Materiais
Papel e caneta pra todos, painel de papel metro, tinta, pinceis ou canetinhas, revistas para
recorte e cola.

Metodologia
Cada integrante deve listas três coisas que sua família considera importante e não
importante na vida.
Depois de compostas as listas cada integrante lê o primeiro item da lista, a cada
apresentação o Orientador contesta quem mais apresenta o mesmo Valor: Por que? O que
acham disso? Como isso pode ser usado na convivência do Grupo.
O processo se repete excluindo os temas repetidos. Ao final todos pintam e desenham, ou
colam imagens em um grande painel de papel metro todos os valores que o grupo acredita
que faça parte do convívio.

V 6.8 [adaptação]. Com os menores em faze de alfabetização ainda cada participante cita
apenas um valor podendo representa-lo com desenhos.

Questionar:
O que é mais importante para minha família?
1
2

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3
O que é menos importante para minha família?
1
2
3



Atividade 5: EXERCÍCIO DA EMPATIA


Objetivo
Desenvolver a Empatia e melhorar o relacionamento interpessoal

"A Empatia e uma característica pessoal imprescindível para o convívio social, aqui
trabalhamos de forma que seja inteligível para as faixas etárias, uma vez que se
caracteriza como prevenção de situações de agressividade, bullyng, bem como de suporte
a atitudes nobres como a solidariedade e a compaixão".

Metodologia
A todos deve ser entregue a tabela abaixo com as situações propostas, no primeiro
quadro cada um escreve o que sente diante de cada situação. No quadro seguinte deve
identificar dois amigos um que se sinta da mesma forma e outro que se sinta diferente em
relação a mesma questão.
No final cada um apresenta suas conclusões sobre a atividade.

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V 6.8 [Adaptação] Crianças em fase de alfabetização podem desenhar emotions ao invés
de escrever sobre os sentimentos, mas é importante que conversem sobre.

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Atividade 6: CAIU EM MIM...



Objetivo: Observar a importância do respeito ao outro, entender o conceito de
EMPATIA.


Metodologia:
Cada participante deve elaborar uma “prova” ridícula e aborrecida para servir de
castigo a outro jogo. Explica que tipo de castigo pode ser proposto e que ele deve ser
descrito em um papel. Em seguida o coordenador recolhe os papeis e explica que as regras
foram mudadas e que a partir daquele momento cada um deverá executar a prova que
sugeriu como castigo ao outro jogo. Também pode-se substituir as provas por uma análise
de como cada um se sentiu ao saber que teria que executar a prova.

V 6.8 [Adaptação]. Para crianças de 6 a 8 anos é possível desenvolver uma sequência
de atividades para identificar questões sobre as emoções. Vejamos:

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1. Ligue as expressões às emoções correspondentes

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2. Desenhe as expressões
Desenhe nos círculos as expressões faciais que completam as frases. Depois escreva em
cada retângulo o nome da emoção que você desenhou:

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3. Desenhando emoções
Faça nos quadros desenhos que completem as frases abaixo. Depois pinte os desenhos:

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4. Pinte os desenhos das emoções com as cores indicadas

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5. Jogo da memória das emoções

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6. Termômetro das Emoções
Imprima a próxima folha e cole sobre uma cartolina para reforçar bem. Depois recorte as
duas peças e corte com cuidado no pontilhado da peça menor (peça ajuda de um adulto).
Encaixe a peça menor no termômetro, fazendo com que o meio da peça fique por trás do
termômetro. Cole em um local visível, que pode ser em uma parede ou em uma porta, por
exemplo. Deslize a peça menor no termômetro para indicar como você está se sentindo.
Dica: antes de colar e recortar, você pode colorir o seu termômetro com as cores que mais
gosta.

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Atividade 7: MEUS SONHOS

Objetivo
Trabalhar o autoconhecimento e conscientizar a respeito dos desejos e suas possibilidades
de realização levando do sonho as metas e objetivos.

Meus Sonhos

"Sonhar todo mundo sonha, até mesmo quem não lembra, sonhar é dormindo ou quase
dormindo, quando mistura o que queremos com o Universo do sonhado.
Mas também tem o sonhar acordado, divagar os pensamentos nas milhões de
possibilidades do "Se" se voasse... se não morresse.
Tem o sonho do desejo, daquele que nos move e faz acreditar naquilo que ninguém
mais acredita. Que nos fazer ser vistos como loucos.
Estes sim são os sonhos realizáveis, ou não até que assim sejam.
Aquele que fez o homem cruzar oceanos, romper a gravidade e chegar no espaço...
O sonho do possível que um dia não é mais sonho por que já é vivido.
Este sonho tem começo meio e fim, e não se faz parado olhando o nada, mas em gestos
que realizam e tornam a cada dia, qualquer sonho mais possível.
O Sonho está no querer, que por sua vez está no fazer. Fazer do de conta a vida vivida, e
ter de fato sido".

Recursos
Cartolinas, ou folhas de sulfite A5 ou Flip Chart, Revista para recorte canetinhas
coloridas uma cópia do texto Meus Sonhos para cada.

Metodologia
Cada um elabora um painel de recortes de revistas e desenhos para ilustrar qual seria seu
maior sonho, na metade superior da folha ou cartolina. Em seguida todos apresentam os
seus sonhos nos pequenos grupos ou famílias em atividade de família, cada membro
comenta sobre ele de forma positiva, mas questionadora.

Na segunda etapa devem estabelecer como pretendem um dia alcançá-los, compartilham
suas ideias e estratégias para alcançá-los com o pequeno grupo ou a família, e depois

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expressam isso em seus painéis na parte inferior do painel, em seguida cada grupo ou
individualmente apresenta seus sonhos e o que pretender fazer para atingi-los e os outros
podem sugerir outras estratégias.

Neste momento o Orientador estabelece os Conceitos de Sonho, Meta e Objetivos.

"O Sonho é o desejo bruto mas disperso, quando se torna um Objetivo precisa ser
traçado um caminho, um percurso, para atingi-lo neste caminho estão as Metas, cada
Meta é um passo a mais para o Objetivo ser Atingido".

No final os painéis podem ser fixados na parede para serem reutilizados em atividades
futuras que tratem de sonhos e objetivos.
A atividade termina com a leitura e interpretação do texto Meus Sonhos, que pode ser
feita com a leitura de parágrafo por parágrafo, de forma que o Orientador Social possa
questionar e permitir que os participantes se esforcem para entender cada dos paragrafo
e expressar o que entenderam.

Para o Orientador Social

É sempre importante lembrar que na atividade o Ouvir do Orientador Social deve ser
muito qualificado, no sentido de permitir que todos falem mas sem que venham a entediar
os outros.
Que todos tenham sempre a oportunidade de falar e devam se esforçar por fazê-lo pelo
menos uma fez em cada atividade.
Questione o que ouvir para que todos entendam.
Tenha o "time" de que o mais importante na tarefa não é a sua conclusão e nem o tempo
que levará para ser concluída, mas todo o processo a ser trabalhado, valores a serem
esclarecidos, direitos a serem informados, temas a serem explorados e competências a
serem desenvolvidas, como a interpretação de texto por exemplo nesta atividade.

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Atividade 8: ONDE ESTOU NOS MEUS SONHOS

Cada participante de avaliar de 0 a 10 onde se situa na realização de seus sonhos e em
seguida responder:

O que falta e depende de mim?
E o que não depende de mim?

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PERCURSO 3 – NÓS E O ENTORNO.

Ampliar o universo informacional sobre o território e suas características e representações
para a comunidade.


Atividade 1: ONDE ESTAMOS

Introdução
Diante da realidade encontrada pelos Orientadores Sociais no que diz respeito ao
comprometimento e interesse dos usuários na realização e participação nas atividades de
Orientação Social, observou-se que o conhecimento dos objetivos do SCFV do CRAS e
da Assistência Social por parte deles pode fazer diferença neste sentido. Assim este
percurso propõe um questionamento e acesso a estas informações.

Metodologia:
Partindo do questionamento sobre os objetivos do “Projeto Espaço Amigo dentro do
SCFV” em relação a realidade vivida pelos usuários levar os participantes a refletirem
sobre sua postura, envolvimento e participação nas atividades propostas e no engajamento
no planejamento e condução de suas metas e objetivos de vida. Assim primeiramente cada
um responde por escrito individualmente, na medida em que forem terminando, são
formados os grupos para compararem suas respostas e prepararem uma apresentação de
suas conclusões para os outros grupos de no máximo 4 participantes.

Objetivo
Entender e aceitar a proposta de trabalho dos SCFV melhorando o grau de
comprometimento e participação nas atividades propostas

Reflexões e Questionamentos:
Senão estivesse no SCFV. Onde estaria e fazendo o que?
Estar no serviço contribui com a realização de seus sonhos e objetivos?
Por que você está aqui?
Por que seus Pais e/ou Responsáveis querem que você esteja aqui?

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Participar das atividades de Orientação Social tem contribuído com seu desenvolvimento
pessoal e futuramente profissional?
O que são respectivamente SCFV, CRAS e Assistência Social?
Após o questionamento e debate sobre a questão cada participante deve responder
individualmente aos questionamentos por escritos (oralmente os da fase 1) em
conformidade com as respostas obtidas orientá-los a levar os questionamentos para serem
igualmente respondidos pelos pais e/ou responsáveis. No segundo encontro as respostas
da família devem ser apresentadas em plenária e em seguida o Orientador Social deve
esclarecer e apresentar os objetivos do SCFV do CRAS da Assistência Social e o contexto
dos serviços na cidade, bem como o vídeo da história da Assistência social (resumido de
7 minutos).

Atividade 2: NOSSO ENTORNO... NOSSO TERRITÓRIO

Esta atividade conduz o participante a entender seus territórios e sonhar com novas
conquistas de espaço. Trabalhar com eles os conceitos de espaço social, de vivência e de
convivência, refletindo sobre como se percebem nestes espaços e o que gostariam de
mudar.
Materiais necessários: Mapas do Município ou da cidade; revistas; cartolina; canetões.

Conteúdos abordados
 Percepção de si e do outro;
 Reflexão sobre o olhar do outro em relação a espaços de vivência e convivência;
 Ampliação de consciência sobre questões relacionadas ao território onde vivem.
O foco desta atividade é cartografar os lugares por onde as crianças e adolescentes
andam, seus relacionamentos, interesses e sentimentos que associam a esses lugares. Uma
intenção é que percebam o quanto as suas vidas estão implicadas com a vida do bairro.
Outra é motivá-los a melhorar algum aspecto do bairro por meio de uma
intervenção direta.
Propomos iniciar a conversa pelos caminhos que as crianças realizam no bairro.
Planeje um jeito diferente de introduzir o tema, sugira que digam quais são seus trajetos
nos dias de semana e nos finais de semana. Peça que representem esses percursos andando
pela sala: “aqui está a minha casa, eu saio, vou para a escola, volto para casa, vou para o
Centro, etc.” Comente os trajetos: semelhanças e diferenças entre os trajetos, entre

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meninos e meninas, onde costumam brincar, onde compram as coisas de que necessitam,
onde vão quando estão doentes, etc.
Prepare antecipadamente em papel pardo mapas com o contorno do município ou
bairro (local que vai ser trabalhado) em tamanho e número suficientes para possibilitar
trabalho em subgrupos. Para facilitar, acrescente algumas referências básicas: a igreja, a
escola, o Centro, um córrego, uma praça, etc. É importante que as referências sejam feitas
a lápis, para permitir outras formas de registro pela turma.
Apresente a atividade na roda de conversa: a proposta é conhecer os caminhos que
eles realizam no local e o conhecimento que têm do espaço onde moram. Apresente o
mapa para a turma e pergunte se eles sabem o que ele representa.
Divida a turma, distribua um mapa para cada subgrupo e peça que o explorem, até
que percebam que é uma representação do espaço que residem. Converse um pouco sobre
os pontos de referência colocados e pergunte se eles gostariam de acrescentar outros.
Combine como poderão ser registrados: com palavras, desenhos, recortes, colagens ou
uma combinação de estratégias.

Lendo os espaços de vivencia e convivência
 Conhecer o espaço social onde se vive.
 Ampliar a capacidade de compreensão desse espaço, por meio da discussão de temas
de interesse para a realidade atual.

Desenvolvimento
 Divida a turma em grupos e distribuía papel para cartaz, canetões, e as questões
abaixo para serem debatidas e comentadas:

1. É possível descobrir, na aparência das pessoas, marcas de sua origem econômica,
étnica, sociocultural? Por que você pensa assim?
2. Você conhece grupos ou tribos que buscam se distinguir de alguma maneira? Se
conhece, como se dá essa identificação: pela aparência, modo de vestir, linguagem,
comportamento? Por que você acha que isso acontece?
3. É possível perceber, na organização do espaço da sua região ou cidade, diferenças
econômicas, culturais ou de outro tipo?

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4. O que você mais aprecia no lugar onde vive? O que lhe provoca orgulho? O que lhe
desagrada? O que gostaria de transformar? Como posso contribuir nessa
transformação?
Ao término das respostas por escrito, peça que os grupos façam uma roda para
compartilhar as respostas.
OFICINAS COMPLEMENTARES ATIVIDADE SUGERIDA
Informática Utilizar o google earth para pesquisar o
estado, município, bairro, rua e a casa de
cada criança/adolescente.
Artes/Artesanato Com material reciclado construir uma
maquete da comunidade identificando os
principais problemas.
Música Sugestão:
Este é meu Brasil (Sérgio Reis)
Rap da Felicidade – Cidinho e Doca
Passarinhos (Emicida)
Levanta e Anda (Emicida)


Atividade 3: MINHA COMUNIDADE, O MEIO AMBIENTE E NÓS...

Objetivo: Refletir sobre o homem e o meio ambiente na comunidade em que vivem,
buscando reflexões sobre suas implicações cotidianas neste espaço.

Metodologia:
Realizar debates e pesquisas locais acerca da:
- Poluição
- Desastres naturais;
- Lugares lindos para conhecer (descobrir com as crianças lugares bonitos na comunidade
que podem ser conhecidos).
- Fazer sessões de fotografia em lugares interessantes que representam a comunidade.
(books fotográficos).
- Visitar espaços que promovem a relação homem e meio ambiente.
- Debater sobre doenças causadas pelo pouco cuidado com o meio ambiente (Dengue).

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OFICINAS COMPLEMENTARES ATIVIDADE SUGERIDA
Educação social Visita a Casan ou lugares que promovam
ações de cuidado com os recursos
naturais.
Limpeza do lixo nos arredores do rio que
passa na comunidade.
Desenvolver a horta no SCFV.
Artes/Artesanato Trabalhar esculturas com o lixo recolhido.


Atividade 4: FAZENDO A DIFERENÇA

Peça que cada um localize a sua casa no mapa com uma pequena marca que possa
ser deslocada até encontrar o seu lugar definitivo. Aí então, o grupo decide como vai fazer
o registro e colocar a legenda: casa da Ana. Estimule a criatividade e discuta com eles
formas de registro.
A tarefa agora é registrar, partindo cada um de sua casa, um percurso que realizam
de 2ª a 6ª feira, utilizando uma linha feita a lápis ou com barbante colorido. É importante
que a cor seja comum a todos os grupos para permitir comparações. Saliente a necessidade
de se organizarem e colaborarem uns com os outros. Cada lugar do percurso deve ser
registrado e identificado de alguma forma: uma torre para a igreja, uma árvore para a
praça, etc. O grupo poderá criar um conjunto de símbolos comuns e que serão utilizados
por todos na referência coletiva. Analise com eles a simbologia que existe no bairro para
orientar os percursos: os sinais de trânsito, as logomarcas, as placas…
Em seguida, peça que registrem da mesma forma e em outra cor um percurso de
final de semana.
Dê um tempo para que cada grupo possa “incrementar” o seu mapa, que será
exposto para visitação pelos grupos e depois comentado, comparado, etc.
Uma outra possibilidade é executar os mapas em panos coloridos (tecidos
utilizados como forro) e assim: “bordar” os trajetos, utilizar botões, recortes de tecidos,
lã, etc., para identificar os lugares. O produto tem grande efeito e traz muito prazer. É
uma boa ocasião para aprender a lidar com linha, tesoura e agulha.

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Comente a atividade: “como se sentiram, como foi registrar a sua vida no mapa,
como estava no início da atividade e como ficou agora; se eles estão presentes no mapa;
se o mapa diz coisas sobre a vida de cada um, etc.”
Aprofunde a discussão sobre os lugares e trajetos com o levantamento de
interesses, relacionamentos e sentimentos por meio, por exemplo, de uma tabela a ser
preenchida pelos subgrupos.
LUGARES PESSOAS COM
QUEM NOS
RELACIONAMOS
O QUE
APRENDEMOS
NESSES
LUGARES
O QUE
BUSCAMOS
NESSES
LUGARES


Peça que a tabela seja preenchida por escrito ou utilizando símbolos e desenhos.
Neste caso, entregue a tabela em branco e diga o que cada coluna deve descrever, pedindo
que cada grupo encontre uma forma de representar os lugares, pessoas, etc.
Ao final, todos apresentam as suas tabelas.
Comente a atividade. Explique que é no bairro, por meio dos percursos, que
realizamos a maior parte das nossas ações, onde crescemos e aprendemos. E onde
estabelecemos relacionamentos, nos expressamos de várias formas e buscamos satisfazer
nossas necessidades. Por isso é importante conhecê-lo e pensar qual é a nossa
responsabilidade com a melhoria das condições de vida de todos, nesse lugar comum.
Comunitário.
A seguir, discuta com a turma que atitudes e procedimentos podem adotar para
tornar a vida no bairro melhor; que mudanças poderiam ser produzidas por eles no bairro
para torná-lo melhor: na própria casa, no Centro, numa praça, na rua onde moram; decorar
paredes e muros, construir uma floreira ou canteiro, plantar uma árvore, elaborar e
distribuir cartilhas sobre saúde, cuidados com o lixo, meio ambiente, etc.
Faça o planejamento coletivo do(s) projeto(s) de intervenção e coordene sua
realização. Não se esqueça de divulgar o produto final para os interessados. Você poderá
coordenar a elaboração de uma carta de intenções com as diferentes intervenções e
propostas de cada grupo na tarefa de melhorar a vida na comunidade. Guarde o registro e
depois retome-o para verificar o que foi feito, verifique se cada grupo se reconhece na
proposição feita.
Organize então um painel: “ Fazendo a diferença! ”

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Atividade 5: MAPA FALADO DO TERRITÓRIO

1. Apresentar de forma sucinta o objetivo do nosso trabalho, o significado do MAPA
FALADO e a participação das pessoas no processo de construção coletiva do mapa 2.
Representar o território municipal através dos materiais disponíveis buscando identificar
equipamentos públicos, organizações sociais, cooperativas e empregadores e sua
importância no território (Será utilizado caixas azuis de três tamanhos para identificar
com tarjetas cada equipamento. Classificadas em tamanho: P. M e G).
a. Identificação da infraestrutura local e suas representações para os participantes
(prefeitura, CRAS, escolas, unidade de saúde, câmara de vereadores, etc). Identificar com
os participantes o grau de pertencimento aos espaços públicos e demais equipamentos.
(Serão utilizadas bolas de isopor brancas de três tamanhos classificadas em: Muito, Pouco
ou Nada Pertencido).
b. Apresentar de forma sucinta a assistência social enquanto política pública e os
serviços que ela se propõe a desenvolver para situar os participantes. a compreender as
proteções e desproteções sociais.
c. Existência e localização territorializada de serviços, programas e benefícios
avaliando com os participantes a importância destes. (Serão utilizadas caixas vermelhas
de três tamanhos: P, M e G) para identificação).
3. Debater sobre o grau de adequação da organização, formas de funcionamento e a
dimensão de aceitabilidade dos serviços, benefícios e programas em relação às
dinâmicas e condições de vida, específicos dos públicos da proteção social básica e
especial. (Serão utilizadas bolas de isopor brancas de três tamanhos classificadas em:
Bom, Regular ou Ruim).
4. Identificar os entraves e as barreiras de acesso à oferta de serviços (pensar em quais
barreiras poderiam ser estas, e levar alguns materiais que poderiam identificar.
Exemplo: se for transporte levar um ônibus de plástico, moeda, alimentos (secos ou de
plástico ou borracha) objeto de meio de comunicação, cadeado e um soldadinho e
ainda outras caixinhas para identificar com tarjetas). Ex: Transporte (não tem), custo
do transporte (tem mas não é público), distância, horário das atividades, alimentação,
comunicação, segurança, acessibilidade....

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5. Debater sobre o grau de adequação em número e qualificação necessária das
equipes técnicas para o desenvolvimento do atendimento segundo os parâmetros
normativos dos serviços. (Usar bonecos na seguinte proporção: 1 - : bom, 2 – regular,
3 - insuficiente).

Atividade 6: SEM LENÇO, MAS COM DOCUMENTO

Este tema permite que as crianças e adolescentes adquiram conhecimentos sobre
a função e obtenção de documentos pessoais, como a certidão de nascimento e a carteira
de identidade. A certidão de nascimento é um documento muito importante para as
pessoas, pois somente com ela pode ser tirada a carteira de trabalho, a carteira de
identidade, o título de eleitor, o CPF, bem como ter acesso aos benefícios sociais que o
governo oferece, matricular-se na escola, etc. Esse documento também é importante para
que o País tenha um retrato mais real de si mesmo.
Converse com os alunos sobre como é que as pessoas são oficialmente
identificadas em nossa sociedade. Explique que quando uma pessoa nasce deve ser
registrada pelo pai ou responsável em um cartório e que esse documento recebe o nome
de certidão de nascimento.
Estimule a turma a perguntar aos pais onde é que foram registrados.
Solicite ao CRAS as certidões de nascimento da turma.
Providencie uma cópia de uma certidão de nascimento com os dados em branco
para ser preenchida pelas crianças, com base na certidão de nascimento oficial.
Em outro momento, converse sobre a carteira de identidade e para que serve.
Mostre a sua cédula de identidade e a deles para que verifiquem que informações contêm.
Discuta a importância desse documento, onde pode ser obtido (informe-se antes!) e que
documentos são necessários para providenciar a carteira.
Providencie uma reprodução da carteira de identidade para ser preenchida e
assinada pelas crianças e adolescentes. No lugar da fotografia, as crianças poderão
desenhar seu autorretrato.
Trabalhe outros documentos como carteira de vacinação e carteira escolar, se
houver. Peça à escola uma cópia dos documentos que fazem parte do prontuário escolar
e apresente cada documento. Faça o mesmo com o prontuário do serviço.
Recomende que guardem os registros produzidos e comente a atividade.

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PERCURSO 4: AGRESSIVIDADE



As Atividades de Autoconhecimento, favorecem a Autoestima e a segurança nas
relações do dia a dia, ajuda a reconhecer nossos limites fraquezas e fortalezas, bem como
compreender e ser empático em relação ao outro. Assim, a cada dia sugere-se que se
lembre do tema inicial: “Agressividade” em que etapa se está, e por quê? No caso:
Debater agressividade vem para reforçar as regras, integrar a turma e prevenir situações
agressivas no convívio do Serviço, aplicado e concluído com ótimos resultados lançamos
aqui o segundo módulo para ser trabalhado com usuários:




Levando em consideração que a agressividade tem inúmeros fatores que a
estabelecem, e estes fatores podem estar dentro ou fora do grupo. Apresentamos um

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Percurso que pode reestruturar o grupo acerca da questão, e servir também para
proporcionar Temas Geradores ou diagnósticos que evidenciem origens externas para a
agressividade percebida em salas de atividades
Para tanto também se faz necessário que o grupo esteja ciente da problemática, e
disposto a contribuir para sua solução. Cumprindo assim o caráter participativo, que por
sua vez deve gerar comprometimento.

Objetivo
Conscientizar o grupo sobre o que é a Agressividade e convidá-lo a participar de um
Percurso de Atividades que possam melhor as atitudes de todos.

Prazo
Três Semanas, sendo uma para cada etapa: Saída, Caminhada e Chegada com pelo menos
uma atividade por dia sobre o tema, podendo entre elas incluir filmes ou vídeos sobre o
tema.


Saída
1ª SEMANA
CAMINHO (INÍCIO)

Como ponto de partida sugere-se uma abordagem: “O Papo Aberto” do educador
com seu grupo com o tema: “Agressividade”.
Iniciando como questionamento sobre o entendimento do grupo sobre o assunto:

 O que é agressividade?
 Quais as formas de agressão?

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 Por que ela existe?
 Como evitá-la?
 É possível se controlar?
 Quais as consequências da agressividade?
 Agressividade é útil?
 Faz parte da natureza humana?
 Como lidar como a própria agressividade?

Importante ter o “Time” específico para cada faixa etária e ver até que ponto é possível
aprofundar estes questionamentos, bem como simplificar a linguagem para que todos
compreendam.
As relações interpessoais dentro de cada grupo tendem a se polarizarem ou se
dividirem em pequenas panelinhas, o que favorece o estranhamento e a motivação para a
antipatia, preconceitos e consequentemente agressões, assim dividiremos este Percurso
em três etapas que devem vir após o diagnóstico e conversa aberta com o grupo.
Deve-se explicar e participar ao grupo quais serão as estratégias adotadas neste
Percurso sobre Agressividade.

2° Passo

Na continuidade dos trabalhos sobre o tema O segundo passo sugerido são as Atividades
de Autoconhecimento, que favorecem a Autoestima e a segurança nas relações do dia a
dia, ajuda a reconhecer nossos limites fraquezas e fortalezas, bem como compreender e
ser empático em relação ao outro.
Assim, a cada dia sugere-se que se lembre do tema inicial: “Agressividade” em que etapa
se está, e por quê? No caso, Saída: Autoconhecimento e Autoestima.
Atividades:
Obs: Importante ressaltar que toda dinâmica e atividade devem ser readequadas as
realidades do grupo a ser trabalhado.

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Atividade 1: STOP VOCÊ SABE COM QUEM ESTÁ FALANDO?

Objetivo:
Conhecer a si mesmo e aos demais, favorecer a comunicação interpessoal, o diálogo.

Material Didático:
Fichas do jogo Stop para todos

Metodologia: Como no jogo de Stop ao dar a largada cada um deve responder o maior
número de perguntas possível antes que alguém termine. Quando alguém grita “Stop”
todos param, é feita a contagem dos pontos, todos leem suas respostas, cada coluna
corresponde a uma rodada. Ao término de cada rodada quem gritou stop marca 8 pontos
e os demais os pontos referentes a quantas respostas deu. No final somam-se os pontos e
o vencedor da primeira etapa ganha uma prenda e passa a comandar o jogo. Na
repescagem, todos tem uma segunda chance de terminar as respostas. O Ganhador da
repescagem ganha uma segunda prenda. E então todos devem terminar de responder para
ganhar o prêmio de participação.

Versão 6 a 8 anos
Esta atividade quando não havendo a possibilidade da escrita, pode ser realizada
oralmente, mas é importante que as crianças apontem as respostas com desenhos, também
não é necessário que preencham os 8 espaços de cada coluna, pode-se combinar com eles
de acordo com a dificuldade encontrada de anotar uma linha de cada vez, ou seja um
único item em cada coluna, neste caso quando terminar de preencher a primeira linha da
última coluna é que pode gritar stop.

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Atividade 2: INFLUÊNCIAS

"Ao longo da Vida muitas pessoas marcam a nossa maneira de ser e de agir,
influenciando decisivamente em quem somos a cada momento deste grande percursos,
entender quem somos passa por reconhecer as origens de muitos dos comportamentos
que temos no dia a dia""


Objetivo:
Analisar a influência que recebeu na vida, no modo de ver a realidade, de se relacionar
com os outros.
Material Didático:
Quadro de Influências e Caneta

Metodologia
A partir do da atividade abaixo cada participante vai determinando os fatos que
influenciaram sua vida, escrevendo observações em cada quadro sendo que cada idade

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preenche as colunas do Passado até o Presente assim sucessivamente.

Em família todos escrevem e pontuam juntos cada quadro em que estiverem de acordo
com a sua idade, pontua-se nos quadros com palavras chaves apenas.


Versão de 6 a 8 anos
Neste caso as crianças apenas desenham nos quadros correspondentes a infância, mas é
importante que o Orientador apresente o significado de cada quadro a ser desenhado em
seguida, só depois passa-se a outro, ao término cada um comenta seus desenhos para o
restante do grupo

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2ª SEMANA
CAMINHO (MEIO)

Atividade 3: DIZENDO POR DIZER

Objetivo:
A partir de frases prontas, a pessoa desenvolva ideias coerentes e aprenda a manifestar
sua opinião
Material: uma frase por pessoa

Metodologia
Depois de cada um receber uma frase, o coordenador pede que reflitam sobre ela em
silencio e organizem suas ideias para defender a frase como sendo verdadeira, para isso
terá apenas cinco minutos.
O grupo deve tem um cronometrista e todos os participantes devem anotar o que
pensam da apresentação dos colegas do grupo. O coordenador deve estar atento para
que não seja um debate de ideias, mas analise da lógica e da capacidade de
convencimento de quem está falando.

Sugestão de frases:
A bomba está perto de explodir
O Circo vale mais que o pão.
Um por todos por um.
A causa verde dá dinheiro.
É a gente que segura a barra.
Edifício que balança nem sempre cai;
O excesso de peso atrapalha o voo
Para bilhões de espigas nascerem alguém precisa plantar um canteiro de obras.
O homem está gravido
Quem faz propaganda aparece
O cliente sua e você lucra
Vence o jogo quem dizer não
O mundo quer você
Gosto não se discute

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Versão 6 a 8 anos
Neste caso as frases devem ser mais simples e de acordo com a realidade do local.

Atividade 4: SEJAMOS VERDADEIROS

Objetivo:
Conversar sobre a dificuldade de nos relacionarmos uns com os outros quando não somos
sinceros em nossos sentimentos.

Material Didático:
Encontrar um desenho/imagem sobre o tema. Cópia do desenho para cada participante

Metodologia:
Entrega-se uma cópia do desenho para cada grupo. Que deve debater sobre;
 O que entendemos do desenho?
 O que mais chama a atenção?
 Qual a relação do desenho com a nossa vida no grupo?
 Como podemos nos ajudar uns aos outros para superamos essas limitações?
Em seguida, as pessoas se reúnem em plenária e apresentam os principais pontos
discutidos no grupo.


Atividade 5: DE DENTRO E FORA

Objetivo:
Conseguir uma comunicação profunda

Material Didático:
Crachás escritos “Dentro” e “Fora”

Metodologia:
O Coordenador da dinâmica começa com uma motivação sobre a importância das
comunicações, os níveis de manifestação da personalidade...

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Em seguida, formam-se grupos de 8 a 10 pessoas. Metade do grupo recebe o
crachá dentro a outra metade o crachá fora. Os participantes de Dentro devem falar “que
imagem tenho de mim mesmo” enquanto isso os de fora devem escutar com
atenção. Depois os que são o grupo de fora dizem, que imagem creio que os demais
tenham de mim e os de dentro escutam com carinho.
Em seguida os grupos se reúnem em com seus pares, e debatem sobre como foi ouvir e
falar sobre os temas.
Reúne-se novamente o dois grupos para comentar o que comentaram no grupo fora e de
dentro.
Em plenária todos falam sobre a experiência como um todo, sem se ater sobre as
manifestações individuais.
Reta Final
3ª Semana

Atividade 6: O GRUPO E EU


Objetivo:
Experimentar as pressões decorrentes dos papéis que se assume num grupo, mostrar os
efeitos das expectativas dos papeis no comportamento individual dentro do grupo,
explorar os efeitos das expectativas dos papéis sobre o desenvolvimento total do grupo.

Material Didático:
Sala ampla sem cadeiras e etiquetas com os rótulos:
Aprecie-me / Aconselhe-me / Rejeite-me / Ria de mim / Ensina-me / Respeite-me /
Ignore-me / Zombe de mim / Tenha piedade de mim / :Ajude-me
Ou ainda: sou homossexual / sou trombadinha / Sou o melhor / Sou um drogado /
Sou uma prostituta / Sou aidético / Sou evangélico

Metodologia:
Cada um recebe uma etiqueta que é colocada nas costas sem que possa ler o que
recebeu. Movimentam-se pela sala, os participantes devem se tratar uns aos outros
conforme os rótulos que veem nas costas dos companheiros.

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Cada um deve tentar adivinhar que rotulo recebeu. Depois de um tempo o
coordenador pede a cada um que diga que rotulo recebeu e como se sentiu com isso.
Deve-se conversar também sobre os efeitos que os rotulo recebidos causaram. Em
seguida fazer uma comparação com a realidade do grupo e da vida.
Jogo da Minha Estrela



Objetivo:
Aprofundar o autoconhecimento, autoestima e compartilhar com o grupo.

Recursos
Uma cópia impressa da estrela, formato A5. Umas fichas de respostas para cada
participante, papel, lápis e uma moeda

Metodologia:
A Estrela deve ser impressa de preferência em um tamanho grande, podendo ser
do tamanho de quatro folhas de papel sulfite, sugere-se imprimir em escala de cinza e

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propor que todos pintem um pouco, antes de montar de forma que possa ser usada como
tabuleiro.
Sob algum critério escolhido pelo grupo decide-se quem começa a jogar com uma
moeda sobre o tabuleiro.
Na cor em que a moeda cair é o item que deverá ser escolhido pra responder sendo
estes: ESCOLA/ SCFV (projeto)/ CIDADE / FAMÍLIA / AMIGOS e a VIDA (que pode
ficar a critério do participante, podendo ser qualquer outra ou como: Namoro / Paquera /
Cruch), as duas pontas da estrela mais próximas de onde caiu a moeda correspondem aos
dois itens a serem respondidos de imediato, podendo ser Faço / Vejo / Quero / Penso /
Sinto / Curto
Quem responder primeiro tem o direito de atirar a moeda para iniciar novamente.
EX: A moeda cai na cor verde, deve-se responder sobre a ESCOLA na tabela de respostas
que deve ser entregue a cada participante, mas apenas os dois itens das duas pontas da
estrela mais próximos da moeda, o Orientador define quais são e todos devem responder.
EX: O que Sinto e o que Vejo na Escola.
Quem responder tudo primeiro ou o maior número de respostas antes que acabe o
tempo definido pelo grupo para a atividade, ganha a partida e leva o prêmio também
podendo ser definido pelo grupo, antes do início ou sugerido pelo Orientador Social.
Na sequência os participantes desenham atrás da ficha quais conclusões chegou
olhando para suas respostas e depois cada um apresenta seu desenho e suas conclusões.
A atividade pode ser repetida em outros dias até que todos tenham preenchido
todos os espaços.
Cada linha deve ser totalmente preenchida com a descrição do que se vê, sinta,
pense, queira ou faça.
Cada participante lê tudo, pensa e depois escreve ou desenha sobre suas
conclusões

"Importante destacar que o diálogo sobre cada questão é a parte mais importante da
atividade, é nestes momentos que o Orientador Social pode detectar temas geradores
para outras atividades e orientações de planejamento, bem como perceber situações
que devam ser trabalhadas individualmente ou encaminhadas para a Técnica de
Referência do Serviço para possível contato e/ou acompanhamento familiar".

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Versão para usuários de 6 a 8
Com crianças ainda em fase da alfabetização o jogo pode ser feito apenas
conversando, e sempre sobre apenas um aspecto de cada área, EX: O que Penso da
Escola? Na lousa ou em um painel grande o Orientador anota as respostas que cada
participante der, não vale repetir, no caso de ser a mesma resposta eles devem expressar
de formas diferentes até que três digam a mesma coisa, neste caso passa-se a moeda ao
primeiro que respondeu para iniciar de novo. No fim do Exercício o Orientador Lê tudo
que foi dito sobre cada área.

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Cada participante que responder pode marcar um palitinho na linha da resposta
que deu, no final conta-se os pontos ganha quem respondeu mais.
Dica para o Orientador Social: Experimente fazer o seu Jogo da Sua Estrela apenas
respondendo todas as questões e boa sorte.


Atividade 8: HERÓIS

Objetivo

Valorizar os esforços de familiares na manutenção da casa, sustento, despesas,
educação...


Metodologia

Em sala as crianças escolhem seus super-heróis e dizem por que gostam deles, quais são
seus superpoderes. Em seguida o Orientador esclarece situações de heroísmo que
desempenhamos rotineiramente na família, ou ocasionalmente também. Partindo da lista
de heroísmo apresentadas as crianças devem tentar identificar quem são os heróis da
família. Em casa elas devem procurar os membros familiares citados para saber mais
detalhes sobre a rotina, o trabalho, as dificuldades, e satisfações.

Lista de Heroísmos familiares:
 Trabalhar em emprego fixo
 Não ter emprego fixo e contas fixas
 Trabalhar no final de semana
 Trabalhar nas horas de folga
 Vender alguma coisa
 Produzir alguma coisa para vende
 Carregar compras a pé
 Defender a família
 Correra atrás de direitos (vagas em projeto, bolsas, cestas)
 Frequentar uma igreja

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 Fazer e ser bom em algum esporte
 Consertar e manter a casa funcionando
 Estudar
 Estudar e Trabalhar
 Cuidar de um doente
 Cuidar de um Idoso

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PERCURSO 5: SEXUALIDADE NA ADOLESCÊNCIA

“ Quero saber de tudo, mas sem afobamento”
(Camila Soares, 16 anos - O Estado de S. Paulo, A-28, 24.04.94)


O QUE NÓS, PAIS E PROFESSORES, ACHAMOS QUE OS
JOVENS DEVEM SABER SOBRE SEXO?
Querer saber por parte dos adolescentes e dever saber por parte dos adultos
podem originar desencontros nos programas educativo-preventivos. Motivos há para
isso:
 Adultos que se omitem, argumentam que se sentem despreparados.
A questão do despreparo pode passar pela insuficiência de conhecimentos, como também
pelo receio de defender valores conservadores e pela história de cada pessoa. É importante
que os pais explicitem suas opiniões, que servem como referenciais para os jovens
refletirem. Por isso, afirmamos que:
INFORMAR + REFLETIR =FORMAR
A informação pode ser a mesma para todos, mas a reflexão é individual, levando cada
pessoa a formar posturas personalizadas:
 os pais que trabalham, alegam falta de tempo, transferindo a responsabilidade para
a escola;
 pais e educadores estão confusos com a liberalização dos costumes.
Falta de tempo é outro ponto discutível. Daí os pais descartarem o privilégio de
serem os primeiros educadores sexuais. Quando os pais transferem para os professores a
responsabilidade pelo processo de educação da sexualidade, pressupõem que os mestres,
em geral, estejam atualizados quanto ao tema e preparados metodologicamente. Esse é
um processo longo de capacitação que está em curso. Retornando à indagação inicial —
“querer saber” e “dever saber” — pode-se correr o risco de impor aos jovens conteúdos
com conatações moralistas, alertando-os para os perigos da sexualidade, para a contenção
do prazer ou para o lado unicamente patológico, sem levar em conta os sentimentos, as
emoções e posturas que o indivíduo tem frente a sua sexualidade.

“ O problema é que todo mundo quer ensinar tudo ao mesmo tempo, mas não nos dão
tempo nem para pensar”.

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(Gustavo Henrique da Costa, 16 anos - O Estado de S. Paulo, A - 28,24.04.94)
Tentando resolver tanta coisa em tão pouco tempo, estamos, frequentemente,
bombardeando nossos jovens com um excesso de informações que são, muitas vezes,
desencontradas e até confusas. Eles acabam acumulando muitas informações "avulsas" e
desconexas sobre sexualidade e sexo, mas não conseguem contextualizá-las
adequadamente. Trabalhar com a sexualidade não é apenas jogar ou lançar informações.
É, antes de tudo, aprender a aceitar as diferenças e semelhanças próprias de cada
indivíduo.
Assim, é pertinente elaborar um planejamento de programa, levantando focos de
interesse junto aos adolescentes, levando em consideração que esses focos estarão sendo
permeados por diferenças culturais, de crenças religiosas e de fases do desenvolvimento.
Devemos lembrar que a sexualidade não se impõe, pois é um processo. E em todo
processo existe um aprendizado constante do indivíduo como ser integrante do universo.

Atividade 1: A VISITA DO E.T

Objetivo:
Levantar questionamentos relativos à sexualidade, desvinculados de um contexto
sociocultural.

O que você irá precisar:
Sala ampla, 5 cartolinas, 5 pincéis atômicos, fita crepe, adereço para cabeça.

O que você deverá fazer:
1 - O facilitador pedirá a todos que caminhem pela sala.
2 - Ele avisará que chegaram E.T.s na Terra e gostariam muito de saber sobre a
sexualidade dos humanos.
3 - O facilitador comentará que apareceram 5 jornalistas para conversar com os E.T.s e
colocará crachás com a inscrição "Imprensa" em 5 participantes.
4 - Em seguida, o facilitador pedirá que se formem 5 grupos de E.T.s, com 1 jonalista em
cada grupo, sentados no chão.
5 - Esses 5 jornalistas irão registrando as perguntas que os E.T.s fizerem sobre a
sexualidade dos terráqueos.

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6 - Para cada grupo, serão dados 1 cartolina e 1 pincel atômico; e o(a) jornalista anotará
os itens mais interessantes perguntados pelos E.T.s e irá procurar respondê-los.
7- A Prefeitura também pretenderá ajudar e enviará 5 consultores da cidade para
complementar as dúvidas dos E.T.s. (nesse caso, poderão ser envolvidos outros
facilitadores da instituição).
8- Antes de finalizar, o facilitador perguntará se as expectativas dos E.T.s foram atendidas
e pedirá aos jornalistas que afixem a matéria da reportagem (as cartolinas) na parede.

Pontos para discussão:
a) Refletir se é fácil ou não falar sobre sexualidade.
b) Por que é fácil para algumas pessoas e difícil para outras?
c) Com quem os adolescentes se sentem mais à vontade para conversar sobre sexualidade?

Resultado esperado:
Ter possibilitado a verbalização de fantasias e assuntos desprovidos das “amarras
sociais”, isto é, de preconceitos, estigmas, estereótipos e crendices.

Atividade 2: O SEMÁFORO

Objetivo:
Auxiliar os adolescentes a identificar suas dificuldades quanto aos temas de maior
interesse em sexualidade.

O que você irá precisar:
Sala ampla e confortável, papel-sulfite, pincéis atômicos, 3 círculos de papel cartão nas
cores vermelha, amarela e verde.

Tempo: 20 minutos.
O que você deverá fazer:
Trabalho individual (5 minutos):
1 - O facilitador fornecerá folhas de sulfite, e pincel atômico para cada participante.

2 - Pedir a cada um que dobre em 3 partes a folha de sulfite no sentido do comprimento.

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3 - Em cada tira de papel (ou ficha), será escrita 1 palavra que corresponda a um tema de
interesse próprio sobre sexualidade. Pode-se também escrever uma pergunta, no caso de
não se saber a que assunto ela pertença.

4 - O facilitador colocará os 3 círculos distanciados, lado a lado, no chão da sala.
Trabalho grupal (15 minutos):

1 - Cada participante distribuirá suas fichas pelos círculos ou "sinais do semáforo",
dependendo do grau de dificuldade que sentir ao debater sobre os temas. O sinal vermelho
representa muita dificuldade sobre o assunto, o amarelo representa dificuldade média e o
verde significa pouca dificuldade.
2 - O facilitador pedirá aos jovens que passem pelos círculos e leiam os temas escolhidos.
3 - Solicitar que as fichas sejam enfileiradas abaixo de cada círculo, em ordem decrescente
de escolha.

Pontos para discussão:
a) Por que esses assuntos são importantes para os jovens?
b) Sobre qual dos temas citados é mais difícil falar e por quê?
c) Qual o terna mais fácil? Por quê?

Resultados esperados:
Esta dinâmica permite, em poucos minutos, estabelecer o conteúdo de um curso,
selecionado pelos próprios adolescentes. É interessante discutir com eles a possibilidade
de mudança da ordem dos temas, no caso de haver assuntos que são pré-requisitos para
outros temas.


Atividade 3: EXPRESSANDO A SEXUALIDADE

Objetivo:
Discutir com os adolescentes as manifestações da sexualidade.

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O que você irá precisar:
Sala ampla e confortável, cartolinas, folhas de papel, canetas coloridas, revistas, jornais
atuais, tesouras e cola.
Tempo: 30 minutos.

O que você deverá fazer:
Trabalho individual:
1 - Pedir aos adolescentes que pensem em algo que tenham visto, ouvido, falado ou
sentido sobre sexualidade.
2 - Solicitá-los a guardar esses pensamentos para si. Não é necessário escrever.


Trabalho em grupo:
1 - Formar grupos de 5 adolescentes e solicitar que conversem sobre diferentes situações
em que a sexualidade é manifestada pelas pessoas no ambiente social.
2 - Entregar revistas, jornais, folhas de papel, canetas, tesouras e cola aos grupos.
3 - Solicitar os grupos a montar um painel com as figuras, os anúncios e textos que estejam
relacionados com a sexualidade.
4 - Após a elaboração do painel, pedir a cada grupo que eléja um representante para
explicar como foi o processo de discussão e de montagem do painel.
5 - Cada coordenador de grupo coloca seu painel em uma parede da sala e explicará para
o grande grupo o seu real significado.
6 - Após as apresentações dos coordenadores, abrir um debate com todos os participantes.
7 - O facilitador poderá fazer uma síntese dos tópicos apresentados e incentivar a reflexão
sobre essas manifestações da sexualidade em diferentes culturas.

Pontos para discussão:
a) Por que as pessoas confundem sexualidade com sexo?
b) De que maneiras a sexualidade pode ser expressada?
c) Que sentimentos podem estar envolvidos na expressão da sexualidade?
d) O que se entende por sexualidade, sensualidade, erotismo e pornografia?

Resultado esperado:

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Ter esclarecido as concepções do grupo sobre sexualidade e suas diferentes formas de
expressão.


Atividade 4: POR QUE TANTA DIFERENÇA?

Falando sobre relações de gênero.
“Quem deve cuidar da casa e dos filhos é a mulher, o homem cuida do sustento da
família”
Severino, 38 anos



A sexualidade está muito relacionada com o papel que homens e mulheres
desempenham socialmente. A sociedade estabelece hierarquicamente papéis sociais para
o homem e a mulher, nos quais, não raramente, encontramos o homem colocado em um papel
privilegiado. O que a sociedade espera do homem e da mulher é o que se chama de papel sexual.

Mas o que é realmente papel sexual?
Papel sexual é o modo de se comportar dos indivíduos do mesmo sexo. A
sociedade e a cultura de cada povo determinam como homens e mulheres vão incorporar
esses papéis, e quem não segue esse padrão, muitas vezes, não é visto com bons olhos.
Antigamente, não se admitia que a mulher trabalhasse fora, usasse calças
compridas e batom.
Atualmente, muitas mulheres desenvolvem trabalhos iguais aos dos homens e se
vestem de acordo com a conveniência, condição e ocasião. Apesar da modernização que
a estrutura social sofreu nas últimas décadas, observamos que a educação de meninas e
meninos continua sendo bem diferenciada. Enquanto os meninos são educados dentro da
ótica da competição e agressão, as meninas são educadas para serem delicadas e maternas.

E, quando chega a adolescência...
Para a moça, vem uma série de proibições: não deve sair sozinha, não pode transar
com o namorado etc. Ao passo que, para o rapaz, tudo é permitido e até estimulado: sair
só, beber, fumar, voltar para casa de madrugada, ter relações sexuais. Por isso, ao

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educador cabe a tarefa de desencadear a reflexão e o debate sobre os papéis sexuais
carregados de estereótipos (modelos rígidos de comportamento). Não se pretende fazer
meras substituições entre as posições sociais que os homens e as mulheres ocupam, mas
promover a igualdade de direitos e a equiparação de oportunidades.

Objetivo:
Discutir como os participantes percebem os papéis sexuais entre homens e mulheres na
sociedade.

O que você irá precisar:
Sala ampla, folhas de papel sulfite, canetas, cartolinas ou papel manilha.
Tempo: 40 minutos.

O que você deverá fazer:
1 - Dividir os participantes em 6 grupos:
 03 grupos do sexo masculino;
 03 grupos do sexo feminino.
2 - Solicitar os 03 grupos do sexo masculino a discutirem em subgrupos:
 as vantagens de ser mulher;
 as desvantagens de ser mulher.
3 - Solicitar os 03 grupos do sexo feminino discutirem em subgrupos:
 as vantagens de ser homem;
 as desvantagens de ser homem.
Após a discussão, deverão preparar uma lista com as referidas vantagens e desvantagens
de ser homem ou mulher.
4 - Após a montagem da listagem, cada grupo apresenta seus resultados.

Observação:
Nesta dinâmica de grupo, é proposital que os garotos pensem sobre as vantagens e, às
desvantagens de ser mulher e vice-versa. Dessa forma, um sexo se colocará no lugar do
outro.

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Pontos para discussão:
a) Qual a origem dessas diferenças?
b) Como essas diferenças são vistas em outras sociedades?
c) Como essas diferenças afetam a vida dos homens e das mulheres?
d) Quais das vantagens de ser homem ou mulher são reais e quais são estereotipadas?
e) É possível ser homem e exercer alguns dos tópicos listados em “mulher” e vice-versa?
f) O que significa “masculino” e “feminino”? É o mesmo que “macho” e “fêmea”?

Resultado esperado:
Membros do grupo terão começado a pensar sobre as diferenças dos papéis sexuais.


Atividade 5: ESPELHO MENTAL

Os adolescentes, em geral, não são bem informados sobre as mudanças físicas que
experimentam e ficam com o sentimento de que não são atraentes ou normais. A imagem
corporal é a maneira como representamos mentalmente o nosso corpo. Ela é tão
importante que faz parte da nossa identidade.
O foco central sobre a imagem corporal tem a ver com dois aspectos:
1 - o adolescente ainda não formou claramente o seu senso de identidade como pessoa;
2 - o adolescente ainda não tem bem estruturado o seu senso de autoestima, decorrente de
suas características pessoais, seus relacionamentos e suas realizações.
Portanto, o trabalho com adolescentes sobre aquisição de uma imagem corporal
positiva é fundamental. Esta irá fortalecer o sentido de atratividade, de aceitação social,
a capacidade de dar e receber afeto, a maneira como percebe a si e ao outro sexo e,
principalmente, aptidão para estabelecer e manter vínculos amorosos.

Objetivo:
Auxiliar o adolescente a tomar consciência da imagem que ele tem do seu próprio
corpo.
O que você irá precisar:
Sala ampla e confortável, folhas de papel sulfite e lápis, toca-fitas, música lenta.
Tempo: 50 minutos.

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O que você deverá fazer:
Orientação geral (5 minutos):
1 - Pedir a todos os participantes que andem pela sala (descalços) ao som da música
seguindo as instruções do facilitador:
 andar na ponta dos pés;
 andar apoiando o corpo no calcanhar;
 andar na chuva;
 andar em uma superfície quente;
 andar passando por urna porta estreita;
 andarem câmera lenta;
 andar em marcha ré.

Os adolescentes não deverão tocar o corpo do outro colega.
2 - Pedir a todos que parem onde estão, fechem os olhos, pensem na parte do seu corpo
que acham mais bonita e atrativa, e guardem mentalmente essa imagem consigo.

Trabalho individual (10 minutos):
1 - Solicitar cada participante a sentar, a pegar sua folha de papel sulfite e a procurar
esquematizar no papel a imagem captada pelo seu cérebro. Não colocar o nome.
2 - Lembrar que é somente um esquema e não um desenho artístico. Trabalho em grupo
(35 minutos):
1 - Pedir a cada participante que vire o esquema para baixo e aguarde.
2 - Quando todos terminarem, pedir que façam as folhas circularem, com o esquema para
baixo.
3 - Pedir-lhes que parem de passar quando as folhas atingirem a metade do círculo, e que
as desvirem.
4 - Cada participante, com uma folha nas mãos, comentará ou mostrará o que a pessoa
conseguiu passar de sua imagem mental.
5 - Quando todos terminarem a tarefa, pedir que façam circular todos os esquemas, para
serem vistos.
6 - Cada participante guardará sua folha.

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Pontos para discussão:
a) Os homens e as mulheres estão satisfeitos com suas formas físicas?
b) A forma como nos sentimos em relação ao nosso corpo é influenciada pelo que as
pessoas do outro sexo acham interessante ou atraente?
c) Existem partes do nosso corpo que podemos modificar. Por que e para que?

Resultado esperado:
Os adolescentes terão vivenciado a oportunidade de tomar consciência das suas mudanças
físicas.


Atividade 6: BELEZA E IDEALIZAÇÃO

Corpo e personalidade transformam-se ao mesmo tempo na adolescência.
Também pudera: os hormônios sexuais aumentam rapidamente de quantidade e
viajam por todo o organismo.
E aí vêm as surpresas, o não saber o que fazer para esconder ou evidenciar mais
essas mudanças, que trazem ainda dúvidas sobre a normalidade de suas ocorrências. Não
dá para ficar indiferente. A síndrome do "Patinho Feio" toma conta de ambos os sexos.
Surgem as comparações com os corpos dos amigos. Ser livre conflitua-se com a
necessidade de ser igual aos amigos.
A sociedade propõe estereótipos (modelos rígidos) de beleza. As pessoas passam
a correr atrás desses modelos, que costumam ser associados ao sucesso, poder,
desempenho sexual e plena aceitação social. No entanto, é importante saber que para ser
atraente e simpático(a) não é preciso ser bonito(a). O que vale é como expressamos nossos
sentimentos aos outros. Mas, para isso, temos que nos gostar por inteiro e entender que
nosso corpo é nosso fantástico instrumento de comunicação interpessoal. E precisamos
cuidar muito bem dele.

Objetivo:
Encorajar o adolescente a aceitar do seu próprio corpo e a entender que os ideais de beleza
também são estabelecidos pela cultura.

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O que você irá precisar:
Sala ampla e confortável que permita a formação de grupos, folhas de papel sulfite, lápis
ou caneta, revistas, jornais, tesouras, cola e papel pardo.
Tempo: 40 minutos.

O que você deverá fazer:
1 - Formar grupos pequenos só com meninos e outros grupos só com meninas.
2 - Solicitar os grupos de meninos a conversarem entre si sobre o tipo de mulher que
consideram ideal.
3 - Solicitar os grupos de meninas a conversarem entre si sobre o tipo de homem que
consideram ideal.
4 - Cada grupo deverá fazer uma listagem com as características que considera
importantes.
5 - Cada grupo, utilizando-se de revistas, lápis, cola e tesoura, deverá fazer uma colagem,
identificando os critérios que utilizou para o homem ideal e para a mulher ideal.
6 - Cada grupo apresentará sua colagem, referindo-se aos critérios evidenciados.

Pontos para discussão:
a) Aceitação da aparência física por homens e mulheres.
b) Como é a idéia de beleza do grupo?
c) As mudanças que eu sinto, em mim mesmo, sobre minha aparência e meu jeito de ser,
por influência da opinião de outras pessoas.
d) Como são criados os critérios de beleza?

Resultado esperado:
Ter promovido uma discussão sobre ideais de beleza e aceitação do seu próprio corpo.


Atividade 7: COMO EU ME SINTO

Objetivo:
Incentivar os jovens a refletirem sobre sua auto-estima.

O que você irá precisar:

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Sala ampla e confortável, folhas de papel-sulfite, conjunto de fichas coloridas (cor
vermelha, amarela, azul, verde, branca), canetas, cola.
Tempo: 40 minutos.

O que você deverá fazer:
1 - O facilitador entregará meia folha de papel-sulfite para cada participante e solicita que
escreva uma situação extremamente positiva que tem acontecido com ele ultimamente.
2 - No verso da folha, deverá ser escrita uma situação difícil que tenha causado
sentimentos negativos.
3 - Assegurar ao jovem que não é preciso colocar o nome.
4 - O facilitador recolherá todas as folhas dos participantes e as guardará consigo.
5 - O facilitador distribuirá o conjunto de fichas coloridas com o seguinte código:
 vermelho = extremamente chateado(a)
 amarelo = muito chateado
 azul = mais ou menos chateado
 verde = pouco chateado
 branco = não me chateia

6 - O facilitador explicará que lerá algumas situações que podem ocorrer com qualquer
um deles.
7 - À medida que o facilitador for lendo uma frase, cada participante deverá arrancar um
pedaço da ficha colorida, de acordo com o código, na proporção em que essa situação
afetaria sua, autoestima. O facilitador dá um exemplo: lerá uma frase e rasgará um pedaço
de sua folha de papel, dizendo - "Isso me afeta muito ou não me afeta muito".
8 - O facilitador lerá as situações que julgar adequadas, escritas pelos adolescentes, ou
criará suas próprias frases.
9 - Em seguida, solicitará os participantes a colarem ou montarem um quebra-cabeça com
os pedaços de papel recortado, relacionando-o à sua autoestima.

Pontos para discussão:
a) Identificar situações que incomodam.
b) Identificar situações que não interferem na auto-estima.
c) Que cores aparecem mais?

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d) Encontrar alternativas para melhorar sua auto-estima.

Resultado esperado:
Os participantes obterão clara idéia



Atividade 8: A ESCADA


O adolescente vive o hoje, o agora... O amanhã é um tempo muito distante...está
longe. Muitas vezes, "longe é um lugar que não existe..." É difícil pensar e programar
ações para o futuro quando o raciocínio se detém em coisas concretas, reais. Por isso, é
importante exercitar o planejamento de ações para o futuro, isto é, fazer um exercício em
cima do abstrato, para que os adolescentes aprendam não somente a estabelecer metas,
como também a tomar decisões.
Os adolescentes precisam de conhecimento e estímulo para tomarem decisões
conscientes e não sofrerem influências de grupos que os cercam. Para se estabelecer
objetivos, é necessário que eles estejam embasados em um sistema de valores pessoais.
Influências diversas interferem na formação desses valores: família, escola, religião,
amigos, leituras e mídia em geral. Dessa forma, é conveniente saber escolher valores que
ajudem e não prejudiquem a vivência e a convivência das pessoas.
Os objetivos podem ser listados para curto, médio e longo prazo, e as etapas para
consegui-los devem estar claras.
A dificuldade de expressar os valores justifica-se pela demora de algumas pessoas
em escrever as palavras, pois dizem que “deu branco”, “a gente pensa pouco sobre isso”.
Os valores, geralmente, estão relacionados com instituições (família, igreja,
trabalho), sentimentos (amor, paixão, paz, prazer) ou princípios éticos (honestidade,
verdade, coerência).
Repensar, reordenar, complementar e substituir valores faz parte da dinâmica da
vida. Programar ações e responsabilizar-se por elas possibilita ao jovem ter condições de
planejar e atuar em seu projeto de vida.

Objetivo:

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Auxiliar os adolescentes a identificar seus valores de vida e a refletir sobre os mesmos.

O que você irá precisar:
Sala ampla, folhas de papel sulfite, pincéis atômicos, fita crepe.
Tempo: 30 minutos.
O que você deverá fazer:
1 - O facilitador solicitará que os participantes a caminharem pela sala e a pensarem sobre
"O que é mais importante na sua vida"?
2 - O facilitador pedirá a cada adolescente que pegue 1 folha de papel e 1 pincel atômico.
3 - O facilitador pedirá que a folha seja dividida em 3 partes, no sentido do comprimento.
4 - A seguir, o facilitador pedirá que, em cada tira de papel, seja escrita uma palavra que
corresponda a um valor da vida do adolescente.
5 - Enquanto isso, o facilitador marcará no chão da sala, com fita-crepe, 3 degraus de uma
escada.
6 - Certificando-se de que todos terminaram, o facilitador pede que cada adolescente que
vá até os degraus e coloque uma tira com a palavra escrita em cada degrau, em ordem
decrescente de importância.

Pontos para discussão:
a) No início da dinâmica, foi difícil detectar os principais valores? (“deu branco?”)
b) Que valores aparecem mais? Que tipos de valores são?
c) Por que eles não estão na mesma escala de prioridade?
d) Durante nossa vida, esses valores se modificam? Por quê?
e) Qual a relação entre os valores de vida e a prevenção?

Resultado esperado:
Os participantes terão um melhor entendimento sobre os próprios valores de vida
e sobre a diversidade de valores de outras pessoas.


Atividade 9: CASOS E ACASOS

Há situações na vida em que não cabe a indiferença: é preciso decidir. A cada
passo que se dá numa determinada direção, deixa-se de percorrer outros caminhos.

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Dependendo da situação que se apresenta, surgem dúvidas, preocupações,
indecisões. Um mesmo problema pode ser encarado de maneiras diversas por muitas
pessoas.
O que está em jogo, geralmente, é a vontade de acertar. Mas, nem sempre, isso
acontece.
Há pessoas que abalizam os prós e os contras. Outras ampliam tanto as situações,
que mais parecem tragédias. Algumas generalizam muito os fatos, como se acontecessem
sempre do mesmo jeito, ou ainda se depreciam, como se não possuíssem capacidade de
solucionar o problema. Há também as que se consideram as únicas pessoas no mundo que
enfrentam tais dilemas. E o que dizer das que só conseguem se decidir valendo-se do
"tudo ou nada", invalidando as alternativas?
Há casos em que a falta de decisão leva a comportamentos modelados, por
irritação (mais racional) ou por identificação (mais afetivo-emocional) com alguém, não
se apresentando soluções personalizadas. Uma série de motivações e sentimentos
influencia a tomada de decisões individuais, em parceria ou coletivas. E a busca de
discernimento é fundamental em qualquer situação. Importante também é procurar agir
com serenidade, questionando-se criticamente a validade, os riscos e as consequências
desta ou daquela decisão.
Valer-se da autocrítica, do respeito, do compromisso com a responsabilidade e da
busca do consenso é rumar para a decisão mais acertada.

Objetivo:
Encorajar os adolescentes a buscarem soluções decisivas para as situações da vida real.

O que você irá precisar:
Sala ampla e confortável que permita a formação de grupos, folhas de papel-sulfite e
folhas com situações descritas.
Tempo: 40 minutos.

O que você deverá fazer:
1 - Dividir a turma em grupos de cinco participantes.
2 - Entregar para cada grupo uma descrição de uma situação diferente, para que o grupo
discuta e tome uma decisão a respeito.
3 - Solicitar o grupo a desenvolver as seguintes atividades:

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 apontar as vantagens, desvantagens, alternativas e consequências para cada uma
das situações propostas na página seguinte;
 identificar uma única decisão sobre o caso.


Pontos para discussão:
a) A decisão tomada pode ter consequências graves?
b) Estar seguro de que essa decisão não prejudicaria alguém.
c) Dificuldade para tomar a decisão.
d) Fazer uma comparação com a vida real.

Resultado esperado:
Os adolescentes terão aprendido a analisar situações diversas, emitido opiniões e
procurado tomar a decisão mais acertada, por meio da avaliação de determinados
critérios.

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Atividade 10: BALANÇA

Transar ou não transar... Que dúvida...
Será que é a hora e eu me sinto preparada (o) para isso?
Há situações em que os motivos para dizer SIM são muitos e as razões para dizer
NÃO também.

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Primeiramente, é importante identificar os próprios sentimentos, e isso é uma
habilidade que se aprende. Dessa forma, as relações sociais podem se tornar mais
transparentes, mais objetivas, estabelecendo-se limites e possibilidades. Discordar de
alguém faz parte da maturidade e indica que há formas divergentes de pensar, sentir e
agir. Não importa que surjam afirmações generalizados, como "Todo mundo faz isso",
"Se não entrar nessa você está fora do grupo". O importante não é seguir a maioria e sim
amadurecer a decisão a ser tomada.
Há muitas maneiras de dizer NÃO, como há pessoas que reagem de formas
diferentes à negação.
É adequado dizer NÃO quando não se tem certeza do que se quer, quando não se
sente pronto(a), quando não se tem vontade, mesmo sob pressão. E dizer com segurança
"Não gosto de ser pressionado(a)".
Há casos em que a necessidade de refletir sobre a decisão pode adiar a resposta,
como "Pensarei sobre isso". Se determinadas situações foram bem pensadas, não há
porque temer o fato de desagradar alguém. Refletir, amadurecer e falar diretamente dos
sentimentos e das decisões a outra pessoa é saber viver com coerência e autonomia.

Objetivo:
Auxiliar os adolescentes a avaliarem as razões para adiar ou iniciar precocemente as
relações sexuais.

O que você irá precisar:
Sala ampla e confortável, tiras de papel-cartão, 1 cabide para cada grupo, barbante,
pratos descartáveis de bolo, etiquetas autoadesivas, canetas hidrográficas.
Tempo: 40 minutos.

O que você deverá fazer:
1 - O facilitador solicitará os participantes a formarem grupos de 4 a 5 pessoas.
2 - Pedir que montem uma balança ou entrega-lá pronta.
3 - Cada prato da balança será etiquetado com números que simbolizam:
 Prato 1: o porquê de se iniciar relações sexuais precocemente;
 Prato 2: o porquê de se adiar relações sexuais precocemente.

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4 - O facilitador distribuirá 10 fichas (tiras de papel-cartão) para cada grupo (ou de acordo
com a necessidade dos grupos).
5 - Cada grupo debaterá sobre razões/situações que se refiram ao porquê de iniciá-las ou
adiá-las.
6 - O grupo escreverá em cada ficha uma situação apontada durante a discussão.
7 - Cada grupo colocará no prato 1 da balança todas as fichas que se refiram ao início
precoce das relações sexuais e, no prato 2, todas as fichas referentes ao adiamento.
8 - Cada grupo apresentará seu trabalho, equilibrando a balança no dedo, identificando
em qual dos pratos predomina a opção do grupo (o prato mais pesado).
9 - O facilitador irá pendurar em seu dedo uma balança com os pratos vazios. Ele irá
expor as razões citadas pelos grupos.
10 - A cada situação mencionada pelo facilitador, os grupos irão até a balança, colocarão
uma ficha correspondente e debaterão sobre o assunto.
11 - A cada ficha colocada em um dos pratos da balança do facilitador, os participantes
visualizarão o equilíbrio X desequilíbrio da mesma, mostrando a decisão do grande grupo,
a partir do prato mais pesado.

Pontos para discussão:
a) Identificar situações de pressão/sedução que levam à relação sexual.
b) Saber decidir se vai haver ou não relação sexual.
c) Avaliar as consequências de se iniciar precocemente as relações sexuais.

Resultado esperado:
Ter auxiliado a reflexão sobre as relações sexuais precoces na adolescência e sobre o
posicionamento de não ceder às pressões para o fato.




Atividade 11: CUIDANDO DO NINHO

O cochicho se espalha pela escola.
É verdade, ela está grávida mesmo? De quem?

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Com essas interrogações, volta à tona um velho dilema - a gravidez na
adolescência.
Antigamente, quando pintava a primeira menstruação, as garotas já iam sendo
preparadas para "noivar e casar", pulando-se até a fase do namoro, tão importante como
período de descobertas mútuas e não de compromisso formal.
Hoje, até os termos "rolo" e "ficar" evidenciam que a fase de pré-namoro foi
ampliada e os jovens podem transitar por relacionamentos menos duradouros.
Além disso, a primeira menstruação e a primeira ejaculação estão ocorrendo mais cedo
do que antigamente, aumentando, portanto, o período de tempo fértil dos adolescentes.
Não acompanhando as mudanças sociais, ainda há mães e pais que não conversam
com os filhos sobre o que pensam a respeito de sexo.
Outro fato evidente é o início cada vez mais precoce das relações sexuais entre os
jovens, muitas vezes fruto da empolgação ou do momento. Esse comportamento nem
sempre vem acompanhado de informações sobre o funcionamento do próprio corpo, sobre
os métodos anticoncepcionais ou sobre o uso correto desses métodos.
Cabe a nós, pais e educadores, proporcionar e manter um canal aberto com os
adolescentes, para conversarmos sobre a vida sexual, a escolha dos métodos
anticoncepcionais, a importância da qualidade e da responsabilidade nos relacionamentos
afetivos, afim de que o jovem reflita sobre as implicações de uma gravidez fora de hora
e sem planejamento.
No momento em que o adolescente perceber a sua sexualidade como um processo
de co-responsabilidade, afeto e comprometimento com o outro, através de informações
adequadas, reflexões, mudanças de atitude e conscientização do seu projeto de vida, o
cochicho na escola pode acabar.

Objetivo:
Trabalhar com o grupo as questões relacionadas com a maternidade/paternidade precoce
e com a responsabilidade de suas ações.

O que você irá precisar:
Sala ampla e confortável, 1 ovo cru de galinha por participante, canetas hidrográficas.
Tempo: 15 minutos em sala de aula e 5 a 7 dias no cotidiano.

O que você deverá fazer:

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1 - Marcar os ovos previamente: uma cor para o sexo feminino, outra para o sexo
masculino, duas marcas para gêmeos e um asterisco ou uma trinca para alguma
necessidade especial (deficiência).
2 - Distribuir 1 ovo por participante ou 2 ovos com a marca de gêmeos e explicar que ele
simboliza um recém-nascido que será cuidado pelo garoto ("pai") e pela garota ("mãe").
3 - Estimular os adolescentes a personalizarem seu "bebê", pintando um rosto, fazendo-
lhe um ninho.
4 - Estabelecer o compromisso de levarem seu "bebê-ovo" a todos os lugares a que forem,
pelo prazo de tempo estipulado pelo facilitador.
5 - Solicita-los a trazer os "bebês" no último dia do encontro ou do curso.
6 - Anotar os depoimentos e as histórias ocorridas com o "bebê" e com o participante.

Pontos para discussão:
a) Como o "bebê-ovo" interferiu na vida diária de cada adolescente?
b) Que sentimentos surgiram?
c) Que dificuldades apareceram durante o processo?
d) Como foram interpretadas as quebras dos ovos?
e) Por que há pessoas sem filhos?
f) Algum "bebê-ovo" foi sequestrado? Como evitar?
e) Que aprendizado resultou dessa dinâmica?

Resultado esperado:
Os participantes terão vivenciado o sentimento de responsabilidade que envolve a
maternidade e a paternidade precoce (ter filhos) e o cuidado com os filhos.


ROTEIRO PARA DEBATE GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

1- Mãe adolescente considera-se responsável para cuidar da futura criança?
2 - Se não se considera, quem cuidará da criança?
3 - Como será acompanhada a gravidez?
4 - Os estudos serão ou não serão interrompidos?
5 - Como se posicionará a mãe solteira? (em relação à família, aos amigos, à escola, ao
trabalho?)

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6 - Havendo casamento, será ou não por pressão da família?
7 - Como se sustentará o casal adolescente?
8 - Expulsar de casa é a solução?
9 - Nossos avós casavam-se na adolescência e procriavam. Por que?
10 - Se o pai não assumir a criança, que providências você tomará?
11 - O que representa para você ter um filho na adolescência?
12 - O que muda em termos do seu projeto de vida?

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PERCURSO 6 : OFICINAS DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE

Objetivo: Possibilitar a ampliação do universo informacional, artístico e cultural das
crianças e adolescentes, bem como estimular o desenvolvimento de potencialidades,
habilidades, talentos e proporcionar uma formação cidadã.

Atividade 1: CONHECENDO O ECA

Materiais:
ECA: Capítulo I, Art. 1o - Direito à vida e à saúde
Declaração Universal dos Direitos da Criança (20 de novembro de 1959)
A Convenção sobre os Direitos da Criança - Adotada em Assembleia Geral das Nações
Unidas em 20 de Novembro de 1989.
Código de Menores (Decreto n. 17943, de 12.10.27)
Código de Menores (LEI n. 6.697/79 e Lei 4513/64)
Constituição Federal 1988
Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069/90)
Papel colorido (fazer tiras de papel 15 cm X 10 cm). Papel Pardo, Canetinhas, Fita
adesiva, TV e DVD. Equipamentos para reprodução dos vídeos e músicas.

Desenvolvimento
Antes do ECA existia O Código de Menores (menor em situação irregular), que
tratava a criança e o adolescente em pé de igualdade com qualquer outro sujeito infrator,
tendo o mesmo tratamento que um adulto. (O educador pode fazer uma pequena
comparação com as normas anteriores ao ECA).
Boas-vindas aos participantes. O educador deve apresentar a cartilha ao grupo e falar que
serão 15 encontros para conhecerem o ECA. Elaborar com o grupo as regras de boa
convivência (os combinados sobre o que podem fazer, o que não podem e o que podem,
mas não devem fazer) e registrar em cartazes de papel pardo. Todos os participantes
assinam no cartaz, para se lembrarem do compromisso com os combinados feitos em
grupo. Colar o cartaz na sala de aula em local acessível a todos.

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Tempestade de ideias: O que é o ECA?
Entregar a cada participante uma tira de papel e solicitar que em uma palavra
escreva o que pensa a respeito do ECA. Em seguida, colar a tira de papel nas costas do
participante. Dividir o grupo em duplas e pedir que cada um apresente o que está escrito
na tira de papel do colega através de mímica para todo o grupo. Após a dinâmica, o
educador deve colar cada definição em uma folha de papel pardo e colar na sala em local
visível. Ao final das apresentações socializar a discussão com os conceitos apresentados
pelo grupo, o educador fala dos conceitos de acordo com o Estatuto da Criança e do
Adolescente, para enriquecer a compreensão dos participantes.

Vídeos: O que é o ECA?
Diretos da Criança – Patati & Patata (Sugerido para crianças de 7 a 9 anos)


Atividade 2: QUEM SOU EU?

ECA: Capítulo I, Art. 2 o, 3 o, 6 o – Direito à vida e à saúde — e Capítulo II Artigo 15 –
Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade.

Materiais:
ECA, tinta guache, pincel, papel pardo, tesoura, fita adesiva, cartolinas. Equipamentos
para reprodução das músicas sugeridas no DVD incluso na cartilha.

Desenvolvimento:
Segundo o ECA, no Artigo 2o, considera-se criança a pessoa de até doze anos
incompletos de idade e adolescente a pessoa entre doze e dezoito anos. Esta lei assegura
os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do
adolescente como pessoas em desenvolvimento (Art.6º).

Boas-vindas aos participantes.
Fazer uma chuva de ideias com o grupo. A pergunta é “Quem sou eu?”. Em uma
folha de papel pardo, anotar as respostas de cada participante, identificando as frases com
os nomes de cada um. Colar a folha na parede da sala onde estão de forma que fique

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visível a todos e fazer um bate-papo informal com o grupo sobre o que cada um
respondeu.
(O educador ainda não precisa conceituar e nem dar respostas prontas para o grupo.)


Roda de leitura
Ler com o grupo os artigos do ECA referentes à oficina. Realizar a “Dinâmica das
Mãos”: passar tinta guache nas duas mãos de cada participante e pedir que deixe sua
digital na cartolina (a marca individual e única de cada um). Escrever em uma digital a
frase “O que eu sou” e na outra “O que eu não sou” e nome do participante. Ao final da
atividade compartilhar com o grupo o que cada participante escreveu, e expor o material.

Questões
Retomar os artigos lidos anteriormente. Fazer as seguintes perguntas ao grupo:
O que fala no ECA?
O que vocês entenderam dos artigos lidos?
O que é ser criança?
O que é ser adolescente?
Ser sujeito de direitos, o que é isso?
O educador pode ler no ECA o conceito de crianças e adolescentes e esclarecer as
possíveis dúvidas do grupo sobre os conceitos. Ao final, perguntar: Nessa oficina de hoje,
o que descobriu sobre você?

Atividade 3: EU E MINHA FAMÍLIA.

ECA: Capítulo III, Art. 19, 20, 21, 22 e 23 — Direito à convivência familiar e comunitária

Material:
Papel ofício, canetas, lápis, borracha.

Desenvolvimento:
Família - A família é um núcleo de pessoas que convivem em determinado lugar,
durante um lapso de tempo mais ou menos longo e que se acham unidas ou não por laços
consanguíneos, tendo como tarefa primordial o cuidado e a proteção de seus membros e

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se encontra dialeticamente articulada com a estrutura na qual está inserida (MIOTO,
1997, p. 20). O educador ou um dos participantes pode ler os artigos 19 a 23 do ECA. O
educador deve perguntar se há alguma dúvida quanto ao entendimento dos artigos e
responder os questionamentos. Em seguida, dividir o grupo em dupla ou trio e entregar
um ECA para cada equipe, pedir que façam uma paródia, uma poesia, ou uma esquete
(peça teatral curta), a partir dos artigos lidos.

Sugestão de Atividade
Com o grupo em círculo, distribuir uma tira de papel em branco para cada participante.
Pedir para cada um dar uma nota de 0 a 10 para sua família, escrever a justificativa da
nota dada. Quando todos concluírem a atividade, convidá-los a compartilhar com o grupo
as notas e suas observações, com pausas entre cada pergunta para ouvir as respostas, sem
insistir com quem não quiser falar. Fazer as seguintes perguntas ao grupo.
Cada um deu uma nota para a sua família. O que é família?
Qual a responsabilidade da família?
Quais são os deveres e direitos de cada membro da família?
Na sua família, cada um cuida do outro?
Você sabia que tem uma lei que assegura a convivência familiar para todas as crianças e
adolescentes?
Todas as crianças e adolescentes têm direito a convivência familiar, garantida pela Lei do
ECA.

Atividade 4: EU E OS OUTROS.

ECA: Capítulo III, Art. 19, 20, 21, 22, 23 - Direito à convivência familiar e comunitária.

Materiais
Cartolina verde ou papel color set, tesoura, lápis, cola, papel pardo (desenho do tronco
de uma árvore).
Desenvolvimento
Este tema trata da relação entre as pessoas. As crianças devem ser estimuladas a
expressarem o que pensam e como vivem esta relação com o outro. A dinâmica a seguir
pretende favorecer o diálogo e contribuir para a livre expressão e entendimento dos
artigos do ECA referentes ao tema.

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Sugestão de Atividade
Árvore de mãos: O educador deverá dividir cartolinas em 4 partes, desenhar e
recortar o tronco de uma árvore e colar em uma parede. Dividir o grupo em duplas,
distribuir lápis e uma parte da cartolina para cada um, pedir para um escolher uma parte
do corpo do colega e desenhar em cartolina verde, recortar e colar os desenhos acima do
tronco da árvore, como se fossem os galhos.
Voltam todos ao grupo anterior. O educador levará o grupo a refletir sobre a
construção da árvore. E explorar com eles as seguintes questões:
 O que foi necessário para construir a árvore?
 Como foi para cada um fazer o desenho do outro?
 Por que escolheram essas partes do corpo?
 As partes são iguais?
 Qual é a diferença entre a parte que foi desenhada e a outra que não foi escolhida?
Assim como cada membro do nosso corpo é importante para o bom funcionamento
do todo, também são as pessoas, cada uma tem sua singularidade.
 Qual é a diferença entre mim e a outra pessoa?
 Como tratamos as pessoas em nossa volta?
 O que faço quando as pessoas não atendem as minhas expectativas?

O educador irá desenvolver a temática a partir das colocações dos participantes.

Sugestão de vídeos:
Pocoyo – Algo entre amigos (sugestão para crianças de 7 anos)


Atividade 5: DIREITOS E DEVERES NA ESCOLA

ECA: Capítulo IV, Art. 53, 54, 55, 58 - Direito à educação, à cultura, ao esporte e ao
lazer.

Material
ECA, cartolina, pincel atômico, canetinhas, lápis de cor.

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Desenvolvimento
A escola é um dos lugares onde as crianças e adolescentes desenvolvem e exercem
a cidadania. Entender o que cabe a cada um dos atores envolvidos com o processo
educativo é fundamental para a vivência dos direitos relativos à educação.

Sugestão de Atividade:
Roda de leitura dos artigos do ECA: 53, 54, 55 e 58.
Dividir o grupo em dois subgrupos, um é “Direitos” e o outro “Deveres”. O educador
deve entregar uma cartolina e pincel atômico para cada subgrupo. O subgrupo “Direitos”
dividirá a cartolina em duas partes e escreverá em uma coluna os “Direitos dos alunos” e
na outra coluna, os “Direitos dos pais”. O outro subgrupo fará o mesmo com os “Deveres”
(dos alunos e dos pais). Após a conclusão das atividades, voltarão todos ao grupo para
socializar o que cada subgrupo escreveu. O educador deve promover a discussão e
reflexão com a participação de todos.
Questões:
 Os pais conhecem seus direitos na escola, como pais de alunos?
 Os pais cumprem com seus deveres na escola?
 Os alunos cumprem com os deveres na escola?
 Como sabem dos seus direitos?
 Educadores respeitam e são respeitados?
 Você conhece alguma criança que não está na escola?
 Na sua escola há alunos com alguma deficiência?
 Por que existem crianças fora da escola?
 A escola oferece vagas para todas as crianças e adolescentes do seu bairro? (Art.
54)

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Dividir o grupo em quatro subgrupos, entregar um ECA para cada subgrupo, o
educador irá dividir os artigos entre cada grupo e pedi-los para confeccionar um cartaz
representando cada Artigo e levar para apresentar na sala de aula da escola.
O material produzido pelas crianças deve ser guardado para uma possível
exposição no encontro de pais.
O ECA assegura o atendimento de crianças com deficiências nas escolas de ensino
regular. O grupo poderá fazer uma pesquisa de quantas crianças e adolescentes conhecem
que não estão na escola. Identificar quais são as maiores dificuldades de acesso à escola.
Em 2010, segundo o pareamento de dados do Programa BPC (Benefício de Prestação
Continuada) na Escola, 47% dos 409.202 beneficiários com deficiência deste programa,
de até 18 anos estão fora da escola.

Atividade 6: CIDADANIA

ECA: IV, Art. 53, 54, 55, 58 - Direito à educação, à cultura, ao esporte e ao lazer.

Material:
ECA, Papel ofício, canetas, lápis de escrever, televisão.

Desenvolvimento:
“A cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a
possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo.
Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social
e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro
do grupo social” (Dalmo Dallari).
Através do exercício da cidadania temos oportunidade de nos libertar do vício
social de cruzar os braços e esperar que os políticos façam tudo por nós. Vamos prover
instrumentos às crianças e aos adolescentes para que exerçam seus direitos de cidadãos e
cumpram seus deveres. Quais são os direitos e deveres do cidadão?

Sugestão de Atividade:
Montar esquete
Dividir o grupo em dois subgrupos e pedir para cada um fazer uma esquete com
uma situação do dia-a-dia em que atitudes cidadãs são praticadas ou não. Ex. Jogar lixo

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no chão, ajudar um idoso a atravessar a rua, maltratar um morador de rua, depredar a
escola ou praticar bullying contra um colega. O educador deve mostrar que as duas
situações existem em todas as comunidades porém, é importante estimular as crianças e
adolescentes a tomarem posição diante dos conhecimentos apresentados. Ao final cada
subgrupo apresenta as esquetes aos demais. O educador organiza um momento de
discussão entre os subgrupos.
Para encerrar:
Retomar a pesquisa realizada no encontro anterior sobre as crianças e adolescentes
com alguma deficiência que não frequentam a escola, refletir sobre as dificuldades que
levam à ausência na escola. O educador deve incentivar o grupo a escrever uma carta
conjunta que contemple as dificuldades percebidas com a pesquisa. Todos assinam e
poderão pegar assinaturas na comunidade. Se possível, o educador leva o grupo à reunião
da Câmara Municipal para apresentar a carta aos vereadores, ou a carta poderá ser
apadrinhada por algum vereador.

Vídeo
“O Mundo Mágico da Cidadania” (Parte I e II) (encontra no youtube)


Atividade 7: O VALOR DO RESPEITO

ECA: Capítulo II, Art. 15, 16,17 e 18 – Direito à liberdade, ao respeito e à dignidade.

Materiais:
ECA, cartolinas, equipamentos para reprodução dos vídeos e músicas, livro de estória do
Patinho Feio (opcional).

Desenvolvimento:
Liberdade, respeito e dignidade são conceitos abstratos e nem sempre fáceis de
serem assimilados pelas crianças. A atividade sugerida deve contribuir para que, a partir
do que cada um pensa e ouvindo o que o outro diz, cada um possa elaborar estes conceitos
com suas próprias palavras.

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Sugestão de atividade:
Boas-vindas aos participantes. O educador deve pegar três cartolinas de cores
diferentes e escreve em cada uma delas as seguintes palavras “Liberdade” Art. 16,
“Respeito” Art. 17 e “Dignidade” Art. 18 (uma cartolina para cada palavra) Dividir a
turma em três subgrupos e entregar uma cartolina com a palavra escrita para cada grupo.
Pedir que cada participante escreva o que pensa da palavra. (O educador deve sempre
estar atento ao subgrupo e incentivar a participação de todos). Quando todos concluírem
a atividade, voltam para o grupo. Então cada subgrupo apresentará o que escreveu e o
educador desenvolverá um bate-papo sobre a palavra.
Algumas questões sugeridas:
- Em sua comunidade todos tem liberdade de ir e vir?
- Cada participante foi tratado de forma digna quando expôs sua opinião no grupo?
- Como os colegas demonstraram respeito uns pelos outros durante a atividade?
Liberdade, respeito e dignidade são direitos assegurados pelo ECA, eles são garantidos
na sua comunidade? Por quê?
- O que podemos fazer para que todos conheçam esses direitos?

Vídeos
A história da Carochinha (O Patinho feio) ou O Patinho Feio Disney
O que aprendemos com essa história?
Quais direitos do Patinho foram violados?

Encerramento
Nosso objetivo deve ser sempre o de buscar pacificamente nossos direitos, porém
algumas vezes não seremos compreendidos, não teremos liberdade para brincar, expressar
nossa opinião na comunidade etc. Vamos ver o que o Patinho fez quando encontrou
novamente as pessoas que o desrespeitaram.

Vídeo
O Patinho feio e o perdão (youtube)
Pesquisar com os pais, para o próximo encontro, músicas que ouviam e brincadeiras que
brincavam quando eram crianças.

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Atividade 8: A HISTÓRIA DA MINHA FAMÍLIA

ECA: Capítulo II, Art.19, 20,21,22 e 23 – Direito à convivência familiar e comunitária.

Materiais:
Equipamento para reprodução das músicas pesquisadas pelas crianças e adolescentes,
papel, canetas, lápis, TNT (Tecido Não Tecido), roupas usadas para a esquete.

Desenvolvimento:
O educador deve retomar com as crianças e adolescentes através de um bate-papo
informal, o conceito de família apresentado no Tema 3. Reconhecer-se como parte de
uma família que tem uma história e muitas histórias e entender-se como pertencendo a
este grupo é o direito que este tema pretende abordar.
Sugestão de Atividade
O educador fará um bate-papo informal com a galera sobre a família, quando as crianças
e adolescentes já podem expor alguns dados que levantaram na pesquisa sugerida na
oficina anterior.
 De onde vieram os avôs?
 Os pais pertencem a que família?
 Com quem você mora?
 Nasceu em qual hospital?

Após a conversa, o educador divide a turma em grupos de 3 ou 4 pessoas, pede
para o grupo escolher a história da família de um dos integrantes do seu grupo ou criar
outra história de família para representar em forma de esquete teatral (peças curtas de
teatro). Quando os grupos estiverem prontos, apresentam a sua história para a sala toda.

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Se o educador achar necessário pode desenvolver um momento de reflexão das histórias
apresentadas.

Encerramento
Entregar folhas e lápis a cada participante e pedir que desenhe sua família, seguindo o
modelo de uma árvore genealógica.

Atividade 9: FALAR E OUVIR

ECA: Capítulo II, Art. 15,16,18 e 19 - Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade.

Materiais:
Cópia do texto para encenação, cópia das sugestões para fazer um ou outro final do texto.
Canetinhas, papel oficio, lápis, caneta, borracha.

Desenvolvimento
No ECA existem alguns artigos que asseguram que a criança e adolescente têm o
direito de opinar e expressar suas ideias (no artigo 16, por exemplo). Direito de ser
ouvido. Direito de dizer quando não entende ou não quer alguma coisa. Ter a opinião
respeitada na comunidade, na escola e na família. Não importa se é criança ou
adolescente, todos têm o direito de expressar seus sentimentos. Sentimento que faz bem,
que faz mal ou deixa triste. Quando ouvimos a opinião do outro, demonstramos respeito.
Num ambiente de respeito, todos são ouvidos.

Sugestão de Atividade
Boas vindas aos participantes.
Convidar o grupo para fazer a brincadeira do “telefone sem fio”, logo que terminar a
brincadeira, em círculo fazer comentários. (dizer uma historia qualquer)
Qual foi a frase final da brincadeira?
E qual foi a inicial?
Porque chegou tão diferente no final?
Como a frase pode mudar tão rápido?
Já aconteceu alguma situação na vida de vocês parecida com essa brincadeira?
Alguém gostaria de compartilhar uma história parecida?

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O educador pode propor aos participantes uma releitura do ECA, e escolher algum artigo
para reescrever na linguagem dos adolescentes. Conversar sobre estas questões: A
linguagem do ECA é clara? Quais as dificuldades para entender e compreender bem o
ECA?

Encerramento:
Dividir o grupo em 2 subgrupos e entregar uma cópia do texto para o grupo 1 e outra
cópia do texto e da sugestão de outro final para o grupo 2.

Texto para encenação do grupo 01
João precisa fazer um trabalho de geografia, vai ao comércio próximo a sua casa
para comprar uma caixa de canetinhas. Ao voltar para sua casa percebe que algumas
canetinhas não escrevem. Imediatamente, ele vai ao comércio, muito chateado, ao chegar
grita com o vendedor:
- Você costuma vender coisas que não funcionam? Isso é roubo, vocês roubaram o meu
dinheiro. Estas canetinhas não escrevem.
Joga todas no chão muito bravo, chuta o balcão e grita:
- Devolve o meu dinheiro!
O vendedor fica vermelho de raiva e responde:
- Seu moleque atrevido, mal educado, quem você pensa que é?
João responde:
- Eu sou o João, um cidadão.

O grupo 02 vai encenar o mesmo texto com outro final
Sugestão para estimular outro final:
De que forma João poderia ter se expressado?
Como ele poderia reivindicar seus direitos sem ser agressivo e violento?
Qual era o objetivo de João?
O que João não precisava falar?

Atividade 10: TRABALHO INFANTIL

ECA: Artigos do ECA 60 ao 69 - Direito à profissionalização e à proteção no trabalho
(Art.69 – inciso I).

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Materiais:
ECA, equipamentos para reprodução dos vídeos sugeridos no DVD incluso na cartilha.
Cartilha Trabalho Infantil – Ziraldo – Ministério do Trabalho e Emprego Livro
(opcional): Serafina e a criança que trabalha. Jô Azevedo, Iolanda Huzak, Cristina Porto.
Il. Michele. 16ª ed. São Paulo: Ática,1999. 56p.

Desenvolvimento
Trabalho Infantil é qualquer forma de trabalho considerado perigoso ou que leve
à evasão escolar da criança ou do adolescente com menos de 16 anos, exceto na condição
de aprendiz. Este tipo de trabalho é proibido pelo ECA. Segundo a Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios (PNAD 2009),o Brasil possui uma das maiores taxas de
exploração do trabalho infantil do mundo, são 4,2 milhões de crianças e adolescentes
nesta situação. Esta pesquisa mostra a incapacidade do Estado e da sociedade, em garantir
a proteção integral da criança e do adolescente.

Sugestão de Atividade
Iniciar esta oficina com um dos vídeos sugeridos ou contar a história do livro
“Serafina e a Criança que Trabalha”. Após a atividade, o educador propõe uma discussão
sobre o conteúdo observado, questionando: “Por que a criança não deve trabalhar?”.
Ouvir o grupo e anotar as respostas em quadro ou folha visível a todos. Após estas
questões, o educador propõe ao grupo a divisão em cinco trios ou pequenos grupos,
disponibilizando o material da cartilha “Saiba Tudo sobre o Trabalho Infantil”, do autor
Ziraldo. Então cada trio deverá discutir sobre 2 razões diferentes que depois serão
apresentadas no grupo geral totalizando as 10. Cada trio deverá ler as páginas 8 a 11 sobre
as “Dez razões pelas quais a criança não deve ter a obrigação de trabalhar”, discutir e
apresentar suas opiniões. Depois do tempo determinado para esta ação compartilhar a
opinião dos trios no grupo geral. O educador pode finalizar a discussão com as
informações das páginas 12 e 13, “Saber o que fazer”, ressaltando a importância da
aprendizagem, ajuda e participação nos afazeres domésticos. Em seguida em grupos
propor a leitura dos artigos do ECA ( capítulo V – artigos 60 a 69).

Encerramento
Assistir com a turma o vídeo “O futuro que eu sempre quis” – Fundação Telefônica.
O educador deve fazer anotações do diálogo entre os grupos.

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Vídeos
Vídeos educativos – trabalho infantil tempo
TV Piá: Crianças e Trabalho Infantil – MG (sugerido para crianças de 7 a 9 anos)

Atividade 11: BRINCANDO COM BONS TRATOS

ECA: Capítulo IV, Art. 53,54,55 e 58 - Direito à educação, à cultura, ao esporte e lazer.

Materiais
Tiras de papel em duas cores, canetas, lápis, tesouras sem ponta. Cópia do cartão em
formato de mão na quantidade dos participantes (a seguir).



Desenvolvimento
Às vezes através de uma brincadeira “inocente” somos mal educados e desrespeitamos o
outro. Todos nós temos o direito de sermos tratados bem, com respeito, e o dever de tratar
o outro sempre com respeito, independente de credo religioso, cor, raça e posição social.

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Sugestão de Atividade
O educador anuncia que a oficina de hoje começa com uma brincadeira: “Quem
gosta de brincar?”. Com a turma em círculo e todos de pé, o educador explica que vai
colocar uma música e todos devem andar e movimentar-se pela sala. Quando a música
parar, todos devem seguir o comando do educador, que irá pedir diferentes formas de
cumprimentos com algumas partes do corpo. Exemplos: com os pés, com a cabeça, com
as mãos, com as costas, com os cotovelos. A música recomeça após cada cumprimento.

Questões
Qual foi o cumprimento mais fácil? Por quê?
Que tipo de trato vimos nessa brincadeira?
O que tiramos de bom e ruim nesse tipo de cumprimento?
O educador entrega para cada participante lápis ou caneta e duas tiras de papel, uma de
cada cor. Pede para escrever em uma tira a brincadeira que mais gosta e por quê. Na outra
escrever a brincadeira que não gosta e por quê.
(Geralmente, quando a criança ou adolescente não gosta de alguma brincadeira é porque
ela fala de alguma parte do corpo que eles não gostam ou é brincadeira de maus tratos.)
Quando todos concluírem a atividade, o educador deve moderar um bate-papo com a
socialização das brincadeiras escritas pelos participantes.

Encerramento
Nesse final, as crianças e adolescentes serão desafiados pelo educador a se
comprometerem com brincadeiras de bons tratos. Entregar a cada participante um cartão
em formato de mão cada um pode recortar o seu usando tesoura sem ponta. Pedir aos
participantes que escrevam no cartão a seguinte frase: “Eu ( nome ) me comprometo com
as brincadeiras de bons tratos”. Escrever no cartão algumas brincadeiras de bons tratos.
Este cartão ficará de posse da criança e do adolescente como um documento.

Atividade 12: MOVIMENTAR É BOM

ECA: Capítulo I, Art. 7 o ao 14 - Direito à vida.

Materiais:

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ECA, cartão de vacina, revistas, tesouras, papel pardo, cola, canetas, lápis, cartolina, papel
ofício.

Desenvolvimento:
Para apresentar os direitos referentes à saúde e levar as crianças e adolescentes a
refletirem sobre os mesmos, o educador faz ao grupo as seguintes perguntas:

Sugestão de Atividade
Por que devemos cuidar da nossa saúde?
Por que temos de tomar vacinas?
Quantas vezes ao ano vamos ao médico?
Quantas vezes ao ano vamos ao dentista?
Deixar que o grupo tenha um momento de reflexão e discussão quanto às questões.
Trabalhar o direito à saúde e realizar leitura dos artigos do ECA: Trabalhar o direito à
saúde e realizar leitura dos artigos do ECA:
Cuidados desde a vida intrauterina – art. 8º
Direito de viver – art. 7º
Direito de ter espaços para o nascimento e desenvolvimento sadio – art. 7º
Prioridade no atendimento médico – art. 11
Atendimento especializado para deficientes – art. 11, parágrafo 1º
Ter a vacinação em dia – art. 14, parágrafo único.
O governo e a família devem cuidar da saúde das crianças art. 11, parágrafo 2º, e art. 14.
Após a leitura dos artigos todos devem refletir e discutir sobre estes direitos. Para
dar continuidade a atividade o grupo pode ser dividido em 3.
1) Um grupo deverá desenhar ou recortar de revistas gravuras que exemplificam os
cuidados que a crianças devem receber em relação a saúde.
2) O segundo grupo deverá desenhar os locais que os pais das crianças devem procurar
quando necessitam ser tratados.
3) O terceiro grupo deverá fazer uma lista dos locais que faltam na comunidade ou cidade
para cuidarem da saúde das crianças conforme garante o ECA.
Finalizando deverão ser colados os desenhos em ordem:
1 - Direito à saúde
2 - Serviços de saúde
3 - O que falta na minha cidade.

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Por falar em direito à saúde...
O educador poderá convidar:
- Um agente de saúde do PSF (Programa de Saúde da Família) ou um profissional da área
para falar sobre os tipos de vacinas e qual a necessidade da carteira de vacinação;
- Um dentista para falar da importância da saúde bucal.
O educador que trabalha com grupos de adolescente pode desenvolver outras temáticas e
convidar pessoas ligadas à saúde para falar dos seguintes temas:
- Gravidez, direitos e obrigações Art. 8º.
- DST/AIDS Art. 11.

Atividade 13: RELEMBRAR OS ARTIGOS ESTUDADOS

Relembrar os artigos estudados
ECA: Art. 1º a 6º,Cap. I, Art. 7° a 14, Cap. II, Art. 15 a 18, Cap. III, Art. 19 a 23, Cap.
IV, Art. 53 a 56 e 58 Cap. V, 60 a 69.


Materiais:
ECA, papel ofício, lápis de escrever, lápis de cor, papel cartão, cola branca, papel contact.

Desenvolvimento:
O educador deve lembrar as crianças e adolescentes que juntos já trataram de
vários artigos do ECA. Perguntar ao grupo de quais artigos lembram, e quais chamaram
mais a atenção deles. Após ouvir o grupo, convidá-los para construir um “jogo da
Memória” com os artigos.
O educador entrega ao grupo papel e lápis de escrever e cada um irá representar
um artigo através de um desenho ex: artigo 19 (“Toda criança ou adolescente tem o direito
a ser criado e educado no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta,
assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de
pessoas dependentes de entorpecentes”). Pode desenhar uma família em um parque, na
praia, em casa, etc. O educador fará outro cartão semelhante ao do desenho com cada
artigo que será representado. Ao final junta os dois tipos de cartão e é só correr para a
brincadeira. Quando encontrar o artigo e não conseguir identificar a figura todos devem

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procurar no ECA. É importante que as crianças e adolescentes tenham acesso ao ECA
para saber localizar e identificar os artigos. O ECA é uma lei criada para as crianças e
adolescentes e todos têm o dever de conhecer e manusear bem cada artigo.

Encerramento:
Esta oficina pode ser encerrada com as crianças e adolescentes brincando com o
jogo construído por eles. O educador definirá o tempo de jogo.
Se for inviável a construção do jogo da memória, pode fazer cartazes com o grupo.
Exemplo do jogo da memória:



Atividade 14: O ECA QUE TEMOS E O ECA QUE QUEREMOS TER.

ECA: Todos os artigos trabalhados nos encontros

Materiais:
ECA, lápis, canetas, cartolinas, pincel atômico, canetinhas

Desenvolvimento:
Após conhecermos alguns direitos presentes no ECA, podemos observar em nossa
comunidade que nem todos estes direitos estão garantidos para todas as crianças. A
atividade sugerida ajuda identificar os direitos que já fazem parte da vida das crianças e
adolescentes que compõem o grupo, e aqueles que ainda precisam de ações para que
sejam garantidos.

Sugestão de Atividade
O educador pega três cartolinas e escreve em cada uma as seguintes frases: “Que Bom!”,
”Que Pena!”, ”Que Tal!”, Colar uma de cada vez na parede em local visível a todos.

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Discussão no grupo:
Estimular a reflexão no grupo, para que todos coloquem suas ideias. Discutir cada frase
detalhada com o grupo, escrever nos cartazes todas as ideias que surgirem durante a
conversa. Ex.:
Que bom! Que temos o ECA (O que tem nele que é legal?)
Que pena! Que o ECA assegura o acesso a criança e o adolescente a escola, mas não há
vagas para todos.
Que tal? Que tal planejar algumas atividades feitas pelas crianças e adolescentes para
mostrar nas nossas comunidades os direitos e deveres que temos garantidos pelo ECA?
O que podemos fazer para esse direito não ser violado?
O que fazer para a comunidade se comprometer com o ECA?
O que vocês gostariam que tivesse no ECA?

Encerramento:
Para finalizar este encontro tem duas opções de atividades: caça-palavras para crianças e
cruzadas para adolescentes (a seguir)

110

111



Os cartazes feitos de cartolina podem ser apresentados na escola, no centro comunitário
do bairro.

112


Atividade 15: ENCERRAMENTO SOBRE O ECA

Material:
Folha de papel, canetas, cópias das atividades (ficha ao final da atividade) na quantidade
de participantes.

Desenvolvimento
O educador deve lembrar que este é o último encontro do grupo. Queremos
celebrar, comemorar o tempo que passamos juntos. Deve perguntar ao grupo: O que cada
um levará de bom destes encontros? Enquanto falam, ele apresenta a dinâmica.

Sugestão de Atividade
Boas-vindas.
O educador entrega para cada participante uma cópia da mochila (final da atividade) e
uma do cesto de lixo (final da atividade). Pedir para cada um escrever três coisas boas
relacionadas a oficina na mochila, e três coisas que descartaria no cesto de lixo. Quando
terminarem de escrever, cada um deve apresentar para o grupo o que vai levar e por quê.
O que vai ficar no lixo e por quê. A turma conversa e, se for o caso, propõe alternativas
para algumas resoluções.

Desenvolvimento
ECAbingo – Não é competir, é brincar! Não é competição, é cooperação.
Como jogar:
1. Tirar cópias das cartelas e recortá-las
2. Tirar cópias das perguntas e respostas e também recortar.
3. Colocar em uma caixinha as perguntas e respostas para sortear durante o jogo.
4. Cada participante marca a resposta correta na cartela.
5. Se tiver alguma pergunta que os participantes não saibam a resposta, o educador busca
junto com o grupo no ECA para responder.
O jogo acaba quando um participante preenche toda a cartela e grita ECAbingo!
O ECAbingo para crianças pode ser adaptado colocando figuras nos lugares das palavras.

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Perguntas e respostas do ECAbingo
1) Quantos encontros tivemos? 15 encontros
2) Do direito à vida e à saúde. Capítulo I
3) Qual é o nome da pessoa que cuida da saúde? Médico
4) Ano de nascimento do ECA. 1990
5) Direitos e deveres na Escola foi tema em qual de qual oficina? Oficina nº 5
6) Qual artigo assegura o direito da criança e do adolescente ao convívio familiar? Artigo
19
7) Direito à liberdade, ao respeito e à dignidade são descritos nos artigos... 15º ao 18º
8) Os pais ou responsável têm a obrigação de...Matricular seus filhos na escola (Art.55).
9) Desde quando o ECA se aplica na vida das crianças? Desde a barriga da mãe
10) Qual foi o tema sobre o qual foi confeccionado o jogo da memória? Relembrar os
artigos estudados.
11) Qual artigo fala do direito da grávida? Artigo 8º
12) Qual é o título do capitulo II do ECA? Direito à liberdade, ao respeito e dignidade
13) A que órgão devemos comunicar em caso de maus-tratos contra crianças e
adolescentes citado no artigo 13? Conselho Tutelar
14) A qual documento a criança tem direito ao nascer? Certidão de nascimento
15) O que é ECA? Estatuto da Criança e do Adolescente.

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Se o educador preferir pode substituir o ECAbingo por um Caça ao Tesouro. Fazer um
piquenique.

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PERCURSO 7: OFICINAS COM FAMÍLIAS


Oportunizar às famílias espaço de reflexão para conhecimento e compreensão do
ECA e sua importância no cotidiano da convivência familiar e comunitária.
Contribuir para que ocorra um levantamento efetivo do Sistema de Garantia de
Direitos do município.

Metodologia
Trabalhar dinamicamente o conteúdo do Estatuto da Criança e do Adolescente
com as famílias dos usuários atendidos, para sensibilização e instrumentalização do
sistema de garantia de direitos do município e comunidade local, visando à proteção da
infância e adolescência. O espaço de reflexão será por intermédio de 5 encontros
sistemáticos com as famílias das crianças participantes da Oficina do ECA. O
levantamento do sistema de garantia de direitos do município deverá ser realizado em
ações coletivas com as famílias.
As atividades de cada oficina poderão ter a duração de aproximadamente 1 hora e
30min. O início desses encontros com as famílias deverá ser de acordo com o calendário
de início da Oficina do ECA com as crianças e adolescentes. O término também poderá

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ser o trabalho final do projeto, com integração das crianças, família e comunidade
expondo a aprendizagem dos conteúdos trabalhados.
A seguir apresentamos os conceitos sobre os quais os encontros com as famílias
foram elaborados.
Conceitos

Sistema de garantia de direitos
É um conjunto articulado de pessoas e instituições que atuam para efetivar os
direitos infanto-juvenis.

Quem integra?
Fazem parte desse sistema: a família, as organizações da sociedade (instituições
sociais, associações comunitárias, sindicatos, escolas, empresas), os Conselhos de
Direito, Conselhos Tutelares e as diferentes instâncias do poder público (Ministério
Público, Juizado da Infância e da Juventude, Defensoria Pública, Secretaria de Segurança
Pública).
Eixos do sistema de garantia de direitos
PROMOÇÃO – formulação de políticas públicas;
DEFESA – responsabilização do Estado, da sociedade e da família;
CONTROLE SOCIAL – espaço da sociedade civil articulada em fóruns, frentes,
pactos...
Vigilância dos preceitos legais.

Atribuições/competências
Família: esfera primeira, natural e básica de atenção. Cabe ao Estado oferecer condições
mínimas para que a família cumpra a sua função.
Sociedade civil organizada: assume um duplo papel – atuam na linha de frente, colocando
em prática ações de defesa e garantia dos direitos das crianças e adolescentes; e,
encaminham reivindicações e fiscalizam a atuação dos governos para assegurar que seus
pontos de vista sejam respeitados e suas necessidades sejam atendidas.
Conselhos: são órgãos públicos de controle social, fundamentados no princípio de
democracia participativa. Existem para garantir a participação da sociedade na
formulação de políticas públicas e são voltados para a defesa e promoção dos direitos das
crianças e adolescentes.

117

Conselhos Tutelares: é um órgão colegiado, encarregado de zelar pelo cumprimento dos
direitos da criança e do adolescente.
Ministério Público: O Ministério Público define-se como órgão constitucional autônomo,
incumbido de zelar pela defesa da ordem jurídica, dos interesses sociais e individuais
indisponíveis e do próprio regime democrático.
Defensoria Pública: é um órgão público que garante às pessoas o acesso à Justiça, ou
seja, que permite às pessoas que não podem pagar para terem advogado especializado
para orientá-las e defender seus direitos na Justiça.
Tribunal de Justiça com atribuição para Infância e Juventude: As Varas da Infância
e Juventude contam com juízes especializados na área da infância e adolescência que, em
conjunto com uma equipe técnica, realizam estudos e pesquisas, acompanham o
cumprimento das leis e das medidas de proteção, promovem o entrosamento do poder
judiciário com os Conselhos Tutelares e acompanham a execução das medidas
socioeducativas. Assim como as Varas, as Promotorias da Infância costumam denominar-
se promotorias cíveis e de defesa dos direitos individuais e coletivos de crianças e
adolescentes. As Promotorias infracionais promovem e acompanham os procedimentos
relativos a infrações atribuídas a adolescentes, na forma do art. 179 do Estatuto da Criança
e do Adolescente, que executa medidas socioeducativas.
Delegacias especializadas: repartição policial especializada para atendimento ao
adolescente.

ENCONTRO 1

Tema: Qual nossa concepção de família?
Neste primeiro encontro o objetivo é que os participantes se sintam acolhidos e
sejam conduzidos a reflexão sobre a concepção de família real, mostrando que a ideia que
se tem muitas vezes, é de uma família “ideal” apresentada na sociedade. Ao término deste
encontro os participantes devem também ter ouvido uma introdução sobre o que é o
Estatuto da Criança e do Adolescente e quais direitos básicos ele assegura.

Roteiro e sugestão de atividades
Dinâmica para conhecimento do grupo
Confecção de crachá com nome e local de onde a família veio (cidade/estado). Momento
para conhecimento uns dos outros;

118

Atividade: Expor figuras de diversos tipos de família. Após observação propor as
seguintes questões:
- As diferentes formas de ser família estão representadas nestas figuras?
- Posso identificar uma família semelhante a minha?
A partir da discussão levantada através das questões anteriores compartilhar com
o grupo o conceito de família abaixo, abrindo para debate.
“Família é um grupo de pessoas, vinculadas por laços consanguíneos, de aliança
ou de afinidade, onde os vínculos circunscrevem obrigações recíprocas e mútuas,
organizadas em torno de relações de geração e de gênero”. (MDS,2005, Apud AFONSO,
2006, p.170).
Depois do fechamento da atividade com o conceito de família, expor o artigo 4º
do ECA e relacionar ao papel da família na defesa dos direitos de crianças e adolescentes.
Art. 4o - É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder
público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária.
Concluir as atividades deixando claro que haverá outros encontros com o grupo
de famílias e que os temas trabalhados serão em consonância com os temas oferecidos
nas oficinas temáticas desenvolvidas com os filhos, sendo muito importante a
participação de todos nestes encontros para que os objetivos sejam alcançados.
Sugerimos um lanche de confraternização entre os participantes.


ENCONTRO 2

Tema: Apresentação do ECA
Apresentar a história do ECA entendendo o contexto em que ele surge e identificar
o conhecimento prévio que o grupo tem sobre o tema.
Favorecer reflexões embasadas pelas perspectivas do Estatuto, acerca das
dificuldades que as famílias enfrentam na educação de seus filhos, buscando, através
destas ações, a garantia do exercício da cidadania.
Art. 3º - A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à
pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando- lhes,
por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o

119

desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e
de dignidade.

Roteiro e sugestão de atividades
Dividir o grupo em duplas ou trios e pedir para dialogarem e registrarem o que já
sabem sobre o ECA.
O grupo expõe as definições sobre o que entende e sabe do ECA. O facilitador da
reunião deverá fixar estes registros em local visível a todos. Após esta exposição,
apresentar ao grupo o que é ECA e qual é a proposta e objetivo da Oficina do ECA que
está sendo desenvolvida com as crianças e adolescentes.
Sugerimos que assistam o vídeo História do ECA com o grupo.
Terminar este encontro com uma avaliação em grupo com a pergunta: “Qual a
importância de falar e trabalhar este tema hoje? Por quê?” Deixar o grupo expor em frases
e registrar as falas em lugar visível (quadro ou folhas de papel).

ENCONTRO 3

Tema: Tema: Família, local de proteção
No terceiro encontro com as famílias apresentar os prévios resultados das ações
que estão sendo efetuadas com as crianças e adolescentes atendidos.
Refletir sobre os direitos e deveres das famílias, de acordo com o ECA
Art. 5º - Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei
qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais.
Seção II - Da Família Natural
Art. 25 - Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer
deles e seus descendentes.
Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que se estende para
além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com
os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade.

Roteiro e sugestão de atividades
Trabalhar o tema “Família, local de proteção” com base no artigo 5º e 19 do ECA,
com foco no cuidado e proteção que a família deve ter com seus filhos; Levantar discussão

120

sobre os artigos detalhados. Ex: O que é negligência? O que são formas de discriminação
para com uma criança? Quais ações consistem na exploração de uma criança? Quais são
os tipos de violência que podem ocorrer com uma criança? E na família? Isto realmente
acontece em algumas famílias?
Uma sugestão para a realização deste encontro é usar o material da terceira oficina
(com crianças e adolescentes), cujo tema foi “Eu e minha família”. Expor o material e
usar como ponto de partida, cuidando para que não haja identificação nem exposição das
famílias. Analisar o material e refletir sobre o que é família e sua importância. No final
deste encontro mostrar ao grupo o significado de família ou nota para a família registrado
pelos filhos. Trabalhar qual o efeito desse painel para o grupo de famílias, fazendo
perguntas ao grupo de pais sobre o que significa família para eles diante do conceito de
família registrado pelos filhos.

Tarefa para o próximo encontro
Pedir ao grupo para trazer anotada uma lista dos locais, instituições e serviços
onde ocorre qualquer trabalho com crianças e adolescentes na comunidade e porque
realizam este trabalho.
Exemplos: creches, escolas, clubes, igrejas, Vara da Infância, ONGs, hospitais
etc..

ENCONTRO 4

Tema: Sistema de Garantia de Direitos
Este tema pode ser trabalhado por um assistente social ou pode-se convidar um
Conselheiro Tutelar ou membro do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e
adolescentes (CMDCA) para expor o que é o Sistema de Garantia de Direitos.
Esclarecer as atribuições e competências dos Conselhos Tutelares e de Direitos da
Criança e do Adolescente, conforme o ECA.
Art. 131 - O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional,
encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do
adolescente, definidos nesta Lei.

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Sugestão de atividades
Recolher o material trazido pelo grupo sobre locais e serviços que trabalham com
crianças e adolescentes e suas funções de trabalho. Se não trouxerem, fazer o
levantamento destes locais e serviços que atuam com crianças e adolescentes e como é o
funcionamento no município. Pedir a cada um que apresente os locais que listou.
Após este exercício, construir coletivamente em quadro visível, o sistema de
garantia de direitos do município, através do mapeamento dos serviços voltados ao
trabalho, cuidado e proteção da infância e juventude.
Ao final deste encontro o sistema de garantia de direitos da infância e juventude
encontrado no município deve ser conhecido por todos.
Este material deverá ser compilado e impresso e posteriormente no próximo
encontro ser distribuído às famílias como resultado das ações do grupo.

ENCONTRO 5

Tema: Apresentação dos conteúdos aprendidos
Este encontro é uma reunião para apresentação dos resultados finais da Oficina do
ECA realizadas pelas crianças e adolescentes atendidos. Todos participam juntos
(crianças, adolescentes e famílias). O tema deve ser os resultados alcançados a partir dos
conteúdos das oficinas baseadas nos artigos do ECA.

Sugestão de atividades
Dividir os participantes do encontro nos grupos em que participaram da oficina
(crianças e adolescentes, um grupo; famílias outro grupo).
Cada grupo deverá fazer um levantamento do que ficou mais evidente sobre os
temas nas oficinas, e a partir disto preparar uma dramatização.
Neste encontro a instituição deverá oferecer a cada família o impresso com o
conteúdo do sistema de garantia de direitos do município construído coletivamente no
encontro anterior.

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Referências Bibliográficas

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experiências. Diaconia, Recife/PE, 2004.
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Humanos: Ministério da Educação, Brasília, 2001.
ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente - atualizado. CMDCA - Conselho
Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Campinas 2010-2011.
FASSONI, Klênia; DIAS, Lissânder; PEREIRA, Wellinton. Uma criança os Guiará -
Por uma teologia da criança. Viçosa, MG. Editora Ultimato, 2010.
FISCHER, Rosa Maria; SCHOENMAKER, Luana. Retratos dos direitos da criança e do
adolescente no Brasil. CEATS e FIA. São Paulo 2010.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Ed. Paz e Terra, 2000.
Lugar de criança é na escola : diga não ao trabalho infantil! : Campanha Nacional pela
Erradicação do Trabalho Infantil / Central Única dos Trabalhadores, Secretaria de
Políticas Sociais. – São Paulo : Central Única dos Trabalhadores, 2012. 32 p.: il.
MIOTO, R. C. T. Família e Serviço Social: contribuições para o debate. Revista Serviço
Social e Sociedade. São Paulo: Cortez, n° 55, p. 114-130, abr. 1997.
QUEIROZ, Tânia Dias; MARTINS, João Luiz. Jogos e brincadeiras de A a Z;
pedagogia lúdica. Editora RIDEEL.
ROSA, Raúl; REDAELI, Nora. Bienaventurada la niñez - cuatro encuentros con niños y
niñas de 6 a 8 años y 9 a 11 años. Programa CLAVES e Juventud para Cristo do
Uruguay.
SERRÃO, Margarida; BALEEIRO, Maria Clarice – Aprendendo a Ser e a Conviver.
Fundação Odebrecht, FTD, 1999.
TATO, Nair Ramos; FERRANDO, Alberto Vázquez; GORGAL, Alicia Casas. Mãos ao
bom trato; adolescentes educando. CLAI Ediciones, UNFRA, Programa CLAVES,
Editora SINODAL.
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