FACULDADE REGIONAL DE RIACHÃO DO JACUÍPE - FARJ AUTORIZADA PELO MEC ATRAVÉS DA PORTARIA 563 DE 09/05/2008 Projeto de Intervenção, apresentado no Curso de Bacharelado em Psicologia, na Faculdade Regional de Riachão do Jacuípe, na disciplina de Estágio Básico I. Orientadora: Delma Borges GEOVANA KAMMILY DA SILVA RODRIGUES JOCENIL DE SOUZA SILVA LIBNY ALVES OLIVEIRA DA SILVA
RESUMO O projeto tem como tema: ‘’A Intervenção em prol de Espaços Terapêuticos que Estimulem o Desenvolvimento Motor das Crianças.’’ A criação de um Jardim Terapêutico é uma ferramenta que possibilita às crianças o desenvolvimento de suas habilidades motoras, além de incentivar a socialização e garantir o aproveitamento do espaço ao ar livre. Essa intervenção visa criar um ambiente de relaxamento e conexão com a natureza, ao interagir com as flores, manusear a terra e cultivar hortas, as crianças podem reduzir significativamente os níveis de estresse e ansiedade, promovendo, assim, o bem-estar. O objetivo do jardim não é apenas embelezar o ambiente, mas sim promover a saúde das crianças com necessidades especiais, além de incentivar a inclusão.
INTRODUÇÃO A criação de um jardim terapêutico para crianças com necessidades especiais é uma iniciativa promissora. A conexão com a natureza é comprovadamente benéfica para a saúde física e mental, oferece um ambiente terapêutico e estimulante para o desenvolvimento integral dessas crianças. Esse projeto visa promover a inclusão, a interação com o meio ambiente e o bem-estar, através de um espaço multifuncional que integra terapias e brincadeiras, atendendo às necessidades específicas de cada criança.
PÚBLICO ALVO O público-alvo é composto por crianças com dificuldades nas funções motoras, deficiências cognitivas, intelectuais e sensoriais, deficiências físicas no geral, crianças com transtornos do espectro autista (TEA), crianças que apresentam dificuldades emocionais e comportamentais como um todo.
JUSTIFICATIVA Um jardim terapêutico é um recurso valioso para o desenvolvimento infantil, especialmente para crianças com necessidades especiais. A estimulação sensorial proporcionada pela natureza contribui para o desenvolvimento cognitivo, motor e emocional, como apontado por Ayres (1972) e Vygotsky (1984). Além disso, o contato com a natureza promove a regulação emocional, a socialização e o aprendizado sobre sustentabilidade, conforme a teoria da restauração da atenção de Kaplan (1995). O jardim oferece um espaço seguro e tranquilo para que as crianças se desenvolvam de forma integral e autônoma.
OBJETIVOS Objetivo Geral Estabelecer um ambiente terapêutico e estimulante para crianças com necessidades especiais, a fim de promover a estimulação sensorial e social, juntamente com os ensinamentos da preservação da natureza. Objetivos específicos P romover de forma lúdica e eficaz, a estimulação, a atenção, a memória e a capacidade de resolver problemas por meio do cultivo de plantas e da interação com o ambiente natural, como o plantio, a rega e a colheita ; F acilitar a interação social entre crianças de diferentes contextos, promovendo o desenvolvimento de habilidades sociais e incentivando a convivência saudável; Envolver as crianças no cultivo e no cuidado das plantas, ensinando-as sobre sustentabilidade e responsabilidade ambiental
REFERÊNCIAL TEÓRICO Jean Piaget, um dos teóricos mais importantes do desenvolvimento infantil, afirmava que o desenvolvimento motor é essencial para o desenvolvimento cognitivo, a criança age sobre o ambiente para construir o conhecimento. Isso é possível através do manuseio de ferramentas e a plantação. As atividades corporais como escalar, pular, correr, brincar, fortalecem as ações motoras finas e grossas e o desenvolvimento do pensamento lógico e espacial, bem como o equilíbrio e o controle corporal. Também auxilia na criatividade e resolução de problemas.
METODOLOGIA A metodologia envolve profissionais como: arquitetos, psicólogos, professores, e até mesmo voluntários . Os materiais: ferramentas de jardinagem, mudas, vasos, terra para o plantio, bancos e tintas se for necessário para a decoração. Cada criança poderá ter um cantinho para o plantio e acompanhar o progresso de crescimento. Incentivando assim, a exploração sensorial, ao cheirar, tocar e pisar no gramado. Resultados : Avanços na saúde mental dos participantes, como redução de estresse, ansiedade e depressão. Melhorias na mobilidade e coordenação motora através de atividades que também induzem a socialização de diversas crianças auxiliando no desenvolvimento da capacidade de comunicação.
CRONOGRAMA O cronograma propõe uma semana de atividades ao ar livre para crianças, com foco na conexão com a natureza. As atividades são divididas em diferentes temas: exploração da natureza, movimento, criatividade, sensações e jogos. As crianças serão convidadas a observar, desenhar, plantar, construir, ouvir, tocar e brincar em contato com elementos naturais, estimulando a curiosidade, a imaginação e o desenvolvimento de habilidades motoras e sociais. Caso escolhido, no cronograma do projeto, as atividades serão planejadas para oferecer uma experiência rica e divertida, proporcionando às crianças a oportunidade de aprender sobre o mundo natural de forma lúdica e engajadora.
ORÇAMENTO O orçamento do nosso projeto detalha os materiais e equipamentos necessários para a realização de diversas atividades ao ar livre, como caminhadas exploratórias, atividades de movimento, plantio, teatro, jogos sensoriais e caça ao tesouro. A estimativa total abrange desde materiais simples como cartolinas e pincéis até equipamentos mais específicos como cones para corrida de obstáculos e sementes para plantio. A maior parte dos materiais utilizados é de baixo custo ou até mesmo gratuita, como materiais naturais coletados no próprio jardim.
REFERÊNCIAS AYRES, A. J. (1972). Sensory integration and learning disorders . Western Psychological Services. BRONFENBRENNER, U. (1979). The ecology of human development . Harvard University Press. CHAVES, Raquel Nichele. Variabilidade na coordenação motora: uma abordagem centrada no delineamento gemelar e no aperfeiçoamento da coordenação motora. Disponível em: https:// www.scielo.br/pdf/rbefe/v26n2/12.pdf KAPLAN, S. (1995). The restorative benefits of nature : Toward an integrative framework. Journal of environmental psychology , 15(3), 1 169-182. PIAGET, J. (1970). Psicologia e epistemologia. Editora Artmed. VYGOTSKY, L. S. (1984). A formação social da mente. Martins Fontes. BRONFENBRENNER, U. (1979). The ecology of human development . Harvard University Press. MONTESSORI, M. (1967). The absorbent mind . Dell Publishing Co . GARDNER, H. (1983). Frames of mind : The theory of multiple intelligences . Basic Books. SINCLAIR, H. (1991). Language and thought in the young child . Oxford University Press