Protese ocular e cavidades anoftálmicas apresentaçao
rafaelacostamed
6 views
80 slides
Oct 27, 2025
Slide 1 of 80
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79
80
About This Presentation
Protese ocular e cavidades anoftálmicas aula sobre
Size: 13.74 MB
Language: pt
Added: Oct 27, 2025
Slides: 80 pages
Slide Content
HOSPITAL OFTALMOLÓGICO DE BRASÍLIA PLÁSTICA OCULAR Cavidades anoftálmicas : Como tratar ? Próteses oculares Rafaela Costa de Aranda Lima – R1 Nathalie Sena Ferreira – R2
CAVIDADE ORBITAL CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS - Duas cavidades ósseas simetricamente dispostas, uma em cada lado da face, que acomodam e protegem os olhos - Compostas por partes dos ossos frontal, maxilar, zigomático , esfenóide , etmóide , lacrimal e palatino
Camada ou túnica fibrosa (externa): – córnea – esclera Camada ou túnica vascular ( média ): – íris – corpo ciliar: processos ciliares músculos ciliares – coróide Camada ou túnica nervosa (interna): – retina CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS
esclera Camada mais espessa e externa; Superfície branco-amarelada; Função protetora e manutenção da forma do olho; Recoberta por conjuntiva; Fundo de saco ou fórnice: elemento anatômico delimitador das estruturas a serem moldadas. CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS
CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS • CÓRNEA - Calota transparente situada na porção anterior do olho; - Fortemente recurvada; - Adapta-se à esclera como um “vidro de relógio”; - Superfície de maior poder de refração do olho: formação da imagem nítida na retina; - Contorno circular e espessura uniforme; - Superfície lubrificada pela lágrima - Recobre a íris
CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS Ír is É a parte colorida do olho; Fica atrás da córnea e é vista porque a córnea é transparente ; Possui em seu centro um orifício chamado pupila ;
- CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS Í ris Contém fibras musculares circulares e radiais : esfíncter pupilar e dilatador pupilar ;
CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS - Ambientes escuros (ação simpática): aumento do diâmetro pupilar -> permite maior entrada de luz - Ambientes claros (ação parassimpática): diminuição do diâmetro pupilar -> permite menor entrada de luz Pupila
CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS CORÓIDE Situada abaixo da esclerótica; - Consituída por plexo venoso: influencia cor da esclera visível - Responsável por parte da nutrição da retina; - Intensamente pigmentada
CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS RETINA - Membrana muito fina, flexível e delicada que reveste a superfície interna da parte posterior do globo ocular - abaixo da coróide; - Receptores fotossensíveis: transformam a imagem luminosa do exterior em impulsos elétricos que, através do nervo ótico, são enviados para área do cérebro em que se processa a visão; - Formada por várias camadas celulares sensíveis à luz : os cones e basto netes
CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS CRIST ALINO: - L ente intra-ocular biconvexa, elástica , transparente, avascular e indolor - P oder dióptrico de ± 19 dioptrias - Localizado atrás da pupila - Função: orientar passagem de luz até a retina
1. 2. CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS CRISTALIN O: - Divide o interior do olho em dois compartimentos: Câmara anterior : humor aquoso – fluido aquoso localizado entre a córnea e o cristalino Câmara posterior: humor vítreo – fluido viscoso e gelatinoso situado entre o cristalino e a retina
ESTRUTURAS ACESSÓRIAS OU ANEXAS: PÁLPEBRAS CILIOS SOBRANCELHAS GLÂNDULAS LACRIMAIS CÁPSULA DE TENNON MUSCULATURA CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS
- a) b) c) CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS 1. PÁLPEBRAS: Cobrem e protegem o globo ocular Revestimento externo: pele Camada muscular: músculos orbicular das pálpebras; palpebrais superior e inferior Revestimento interno: mucosa - conjuntiva
CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS PÁLPEBRAS: - Olho fechado : pele da pálpebra superior apresenta sulco óculo-palpebral Deve ser fielmente reproduzido quando da restauração protética das pálpebras
- - CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS 2. CÍLIOS: Impedem a entrada de poeira nos olhos Impedem a entrada de excesso de luz 3. SOBRANCELHAS: - Impedem a entrada de suor nos olhos
CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS 4. SISTEMA LACRIMAL: Glândulas lacrimais + vias de drenagem da lágrima para o nariz.
- Secreção lacrimal : continuamente produzida e encaminhada para as carúnculas lacrimais CARÚNCULA LACRIMAL Saliência avermelhada no canto medial do olho Função : - canalizar as lágrimas até o 'saco lacrimal’ - bombear a lágrima para fora do duto lacrimal e para dentro da cavidade nasal mantendo-a umedecida - determinar qual o olho está sendo retratado num quadro, por exemplo.
http://www.teliga.net https://partedeconfirmacion.blogspot.com.b w ww.saudeocular.com.b
CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS 5. CÁPSULA DE TENON OU FÁSCIA DO B ULBO - fina membrana que envolve o globo ocular separando - o da gordura orbital - IMPORTANTE : INSERÇÃO DOS IMPLANTES DESTINADOS AO SUPORTE DO OLHO ARTIFICIAL
- - - CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS 5. MÚSCULOS DO OLHO: Movem o globo ocular Situados na loja posterior da órbita Se inserem direto na esclera
CONSIDERAÇÕES ANATÔMICAS 5. MÚSCULOS DO OLHO: Após a enucleação ou evisceração do globo ocular músculos imprimem às pálpebras da cavidade remanescente, certos movimentos que permitem dar à prótese ocular, movimentos que se aproximam dos naturais .
TECIDOS SUBSTITUÍDOS PELA PRÓTESE OCU LAR E SCLERA ÍR IS
ETIOLOGIA DA AUSÊNCIA DO GLOBO OCULAR CONG ÊNITA - Criptoftalmia Ausência do(s) globo(s) ocular(es) - Microftalmia Bulbo ou globo ocular atrofiado ou escondido - Não há necessidade de remover o bulbo ; - Condição ideal para recebimento de prótese; - Crianças: prótese com 3 anos
ETIOLOGIA DA AUSÊNCIA DO GLOBO OCULAR ADQUIRIDA - Patológica - Tumores: - Retinoblastoma - Melanoma - Neuroblastoma - Doenças corneanas: - Tracoma: inflamação crônica e recidivante, que afeta a córnea e a conjuntiva, provocada pela bactéria Chlamydia trachomatis - Glaucoma: aumento da pressão intraocular, que provoca o endurecimento do globo e determina uma compressão do nervo óptico tendo como efeito diminuir a acuidade visual. - Panoftalmia: inflamação intraocular
ETIOLOGIA DA AUSÊNCIA DO GLOBO OCULAR ADQUIRIDA - Acidental - Industriais - Acidentes de tráfego - Diversos: objetos perfurantes, disparo de arma, eventos domésticos; fogos de artifício - Lesões de guerra
MODALIDADES CIRÚRGICAS 1°) EVISCERAÇÃO Esvaziamento do bulbo ocular com a conservação da esclera e com a retirada ou não da córnea INDI CAÇÕES Ferimentos penetrantes profundos; - Vantagem: manutenção de coto muscular mais favorável à prótese ocular
Pine et al. Clinical Ocular Prosthetics. DOI 10.1007/978-3-319-19057-0, 2015.
MODALIDADES CIRÚRGICAS 2°) ENUCLEAÇÃO Remoção total do bulbo, com manutenção da cápsula de Tennon e dos músculos óculo-motores INDI CAÇÕES - Perda de visão, olhos deformados ou dolorosos; - Grandes ferimentos penetrantes; - Tumores malignos intra-oculares (retinossarcoma, retinoblastoma, etc)
Pine et al. Clinical Ocular Prosthetics. DOI 10.1007/978-3-319-19057-0, 2015.
MODALIDADES CIRÚRGICAS 3°) EXENTERAÇÃO Remoção de todo conteúdo da cavidade orbital, inclusive pálpebras superiores e inferiores INDI CAÇÕES - Tratamento de neoplasias malignas OBS: 1. Frequentemente seguida pelo revestimento da cavidade com enxerto epidérmico; 2. Lesão reparada por prótese óculo-palpebral
PRÓTESE OCULAR
OB JETIVOS 1. RECONSTRUIR A ESTÉTICA FACIAL; 2. PREVENIR O COLAPSO E A DEFORMAÇÃO DAS PÁLPEBRAS; 3. RESTABELECER OS MOVIMENTOS PALPEBRAIS; 4. DIRIGIR O LACRIMEJAMENTO AO SEU DUCTO FISIOLÓGICO; 5. IMPEDIR O EMPASTAMENTO DOS CÍLIOS; 6. EVITAR ATRESIA DAS PÁLPEBRAS POR FALTA DE FUNÇÃO; 7. PROTEGER MUCOSA CAVITÁRIA DE DETRITOS E POEIRAS.
TIPOS DE PRÓTESE OCULAR 1°) Pré-fabricada em vidro ou cristal 2°) Pré-fabricada em resina acrílica 3°) Individualizada em resina acrílica
TIPOS DE PRÓTESES 2°) Pré-fabricada em resina acrílica - Grande variedade de cor e tipo; - Possibilidade de ajustes e modificações: fresas e lixas
TIPOS DE PRÓTESES 3°) Individualizada em resina acrílica - Exige cópia fiel de todas as estruturas da cavidade; - Forma das estruturas devem orientar e determinar a forma exata do olho artificial Vantagem da prótese individual - Cooperação do tecido muscular na maior ou menor movimentação do olho artificial Movimentos laterais Movimentos verticais Movimentos oblíquos
Confecção da prótese ocular
EXAME DO PACIENTE ANOFTÁLMICO PRIMEIRA SESSÃO: Exame físico e documentação do c aso - Se necessário : carta de encaminhamento do serviço cirúrgico (público) ou do médico oftalmologista (pa rticular) Informações quanto à etiologia da lesão Importante para elaboração do prontuário
EXAME DO PACIENTE ANOFTÁLMICO 1. EXAME FÍSICO: Inspeção da cavidade anoftálmica - Solicitar ao paciente que olhe para medial, lateral, para baixo e para cima: constatação do grau de mobilidade ou de excursão do coto muscular
EXAME DO PACIENTE ANOFTÁLMICO 1. EXAME FÍSICO: Cirurgias recentes : verificar o grau de cicatrização da cavidade : relacionar ao tempo decorrido da intervenção cirúrgica Em média : início do tratamento protético: 15 ou 20 dias após a cirurgia
EXAME DO PACIENTE ANOFTÁLMICO 1. EXAME FÍSICO: 1. Retenção 2. Recobrimento mucoso: atapetada ou cruenta 3. Presença de cicatrizes e bridas 4. Remanescente do bulbo
EXAME DO PACIENTE ANOFTÁLMICO 1. EXAME FÍSICO: 5. Presença e/ou complicações com implantes e ou enxertos: - Extrusão; - migração; - descentralização; - infecção
Medpor® (implante sintético de polietileno poroso
Implante de hidroxiapatita Pine et al. Clinical Ocular Prosthetics. DOI 10.1007/978-3-319-19057-0, 2015. Pine et al. Clinical Ocular Prosthetics. DOI 10.1007/978-3-319-19057-0, 2015.
Implante de silicone Pine et al. Clinical Ocular Prosthetics. DOI 10.1007/978-3-319-19057-0, 2015.
EXAME DO PACIENTE ANOFTÁLMICO 1. EXAME FÍSICO: 6 . Características da pálpebra: - Entrópia : pálpebra se vira sobre si mesma contra o globo ocular. - Ectrópia: pálpebra se vira para fora - Normal
EXAME DO PACIENTE ANOFTÁLMICO 1. EXAME FÍSICO: 7. Empastamento dos cílios 8. Alteração do fluxo lacrimal 9. Presença de secreção e higienização FORP - USP
- - - EXAME DO PACIENTE ANOFTÁLMICO ESTADO PSÍQUICO DO PACIENTE: Melhoria de suas condições morais Expressões de otimismo quanto ao resultado do tratamento a ser empregado Apresentação de fotografias de casos anteriormente tratados COLABORAÇÃO NO TRATAMENTO
EXAME DO PACIENTE ANOFTÁLMICO 2. DOCUMENTAÇÃO: 2.1. Anmese e ficha clínica 2.2 Fotográfica - Anteriormente à confecção da prótese - Posteriormente à confecção da prótese
PRÓTESE INDIVIDUAL OU MANUFATURADA 3. Moldagem 1º Passo: Orientação do paciente - Procedimento indolor - Sensação de frio local - Olhar fixo em ponto : 3m de distância - Não mexer o olho e/ou a cabeça 2º Passo: Posicionamento do paciente - Paciente sentado: tronco e cabeça em relação axial normal e verticalmente dis postos - Cadeira operatória em inclinação de 30º
PRÓTESE INDIVIDUAL OU MANUFATURADA 3. Moldagem 3º Passo: Preparo da seringa
PRÓTESE INDIVIDUAL OU MANUFATURADA 3. Moldagem 4º Passo: Anestesia da cavidade anoftálmica - Facultativa : estado emocional e sensibilidade do paci ente - Colírio anestésico (oftalmológico) - Gotas ou algodão embebido intracavitário
PRÓTESE INDIVIDUAL OU MANUFATURADA 3. Moldagem 5º Passo: Manipulação do material - Proporção água/pó: indicada pelo fabricante - Carregamento da seringa 6º Passo: Moldagem propriamente dita
4. Inclusão do molde:
Prova da esclera em cera 1. Avaliar suporte palpebral 2. Avaliar volume 3. Avaliar abertura e fechamento das pálpebras 4. Avaliar movimentação da esclera: superior, inferior, medial, la teral
Prova da esclera e Demarcação do ponto pupilar
PRÓTESE INDIVIDUAL OU MANUFATURADA Preparo da esclera para posicionamento da íris
PRÓTESE INDIVIDUAL OU MANUFATURADA Confecção e pintura da íris • Utilizar papel preto espesso de textura e qualidade adequadas ou calota em resina acrílica ; • Diâmetros: 11, 12 e 13mm; C.D. Mônica Consuelo Arantes Rosa • Pintar as calotas com tinta acrílica e pincéis finos de pelo de marta ; • Observar a íris remanescente e escala de cor
PRÓTESE INDIVIDUAL OU MANUFATURADA Cuidados pré-instalação • Manter as próteses imersas em água por 72 horas; • Desinfetar em clorexidina a , 12 % por 10 minutos e enxaguar abundantemente com água destilada.
PRÓTESE INDIVIDUAL OU MANUFATURADA Instalação no paciente • Verificar: 1. Adaptação 2. Retenção 3. Estética
PRÓTESE INDIVIDUAL OU MANUFATURADA Recomendação ao paciente • Lavar bem as mãos antes de manipular a prótese; • Higienizar a cavidade anoftálmica diariamente com água corrente; • Lavar a prótese diariamente com água e sabão neutro • Usar colírio somente com recomendação do oftalmologista; • Procurar o protesista frente a qualquer traumatismo causado pela prótese ; • Desinfetar a prótese a cada 15 dias ou frente a contaminação: clorexidina a 2% por 10 minutos; • Trocar as próteses após 18 ou 24 meses
PRÓTESE OCULAR • Valores de uma prótese ocular • Tabela SUS – CID:Z97.0 • R$ 458,31 – da tasus.gov.br • Serviços particulares • R$ 1.000,00 a 3.000,00