Psicogênese da Língua Escrita - Emilia Ferreiro

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About This Presentation

Resumo do Cap 4 e 6 do livro


Slide Content

a psicogênese da
lingua escrita
emilia ferreiro e ana teberoski

Emília Beatriz María Ferreiro Schavi, nasceu em Buenos Aires
no dia 5 de maio de 1936. Formou-se em psicologia pela
Universidade de Buenos Aires e dedicou sua vida estudando
o desenvolvimento da escrita, sob a orientação de Jean
Piaget.
A partir de 1974, na Universidade de Buenos Aires,
desenvolveu vários experimentos com crianças, estudos que
lhe garantiram resultados suficientes para suas conclusões
que deram origem à sua obra mais importante: “Psicogênese
da Língua Escrita”, publicado no ano de 1979 e escrito em
parceria com a pedagoga espanhola Ana Teberosky. A obra
não é considerada um método pedagógico, mas apresenta
detalhes sobre os processos de aprendizado das crianças,
chegando a conclusões que puseram em questão os métodos
tradicionais de ensino da leitura e da escrita utilizados na
época.
Emília Ferreiro tornou-se referência para o ensino brasileiro
e seu nome passou a ser ligado ao construtivismo, proposto
por Jean Piaget, já que a pesquisadora nos ensina que as
crianças têm um papel ativo na própria aprendizagem,
inclusive na aquisição da leitura e da escrita .
emilia ferreiro

Segundo Emília Ferreiro, a construção do conhecimento da leitura e da escrita
tem uma lógica individual, na escola ou fora dela. No processo de aprendizagem,
toda criança passa por etapas com avanços e recuos, até dominar o código
linguístico nativo. No entanto, o tempo para o aluno transpor cada uma das
etapas é bem variado e depende de muitos fatores, dentre os quais, podemos
citar: a qualidade da estimulação e da linguagem.
Quando falamos sobre a alfabetização, sabemos que o contato com a leitura e a
escrita é um dos maiores marcos de aprendizagem para as crianças. Com base
nisso, a psicogênese da língua surgiu para que o processo de aprender a ler e a
escrever seja visto muito além do convencional.
Em outras palavras, as autoras dessa teoria, a psicóloga Emília Ferreiro e a
psicopedagoga Ana Teberosky, descobriram que havia uma falha de rendimento
nas crianças em fase de alfabetização. Chegaram, então, à conclusão que, antes
de os alunos desenvolverem e compreenderem o alfabeto, eles construíam
diversas hipóteses sobre a escrita.
Conforme as autoras, as crianças são leitoras do seu mundo, antes mesmo de se
alfabetizarem. Por essa razão, a aprendizagem da leitura e da escrita não pode
ser feita de maneira mecânica.
a psicogênese da Língua escrita

Em sua pesquisa, Emilia Ferreiro constatou
que na apropriação da escrita a criança
elabora hipóteses do baseadas em seus
conhecimentos prévios, assimilações e
generalizações, dependendo de suas
interações sociais e dos usos e funções da
escrita e da leitura em seu contexto
cultural. Tais hipóteses oferecem
informações relevantes sobre níveis ou
etapas psicogenéticas no processo de
alfabetização.
Essas etapas são dividas em 4 fases:
as hipóteses da
escrita
01.
02.
03.
pré-silábica: a criança ainda
não consegue relacionar as
letras com os sons da língua
falada;
hipótese silábica – a criança percebe os
sons das sílabas como segmentos da
palavra a ser escrita, mas supõe que
apenas uma letra pode representá-las
graficamente, podendo ou não ter o
valor sonoro convencional
hipótese silábico-alfabética – o
aprendiz se encontra em transição
entre níveis psicogenéticos e tanto
pode representar sílabas completas
como representações parciais da
sílaba por uma só letra:
04.
hipótese alfabética – o aprendiz
compreende o princípio alfabético,
percebendo unidades menores do que as
sílabas, os fonemas, e gradualmente
domina suas correspondências com os
grafemas.

Emília Ferreiro critica a alfabetização tradicional e
completa afirmando que o processo deve acontecer no
período oportuno, quando a criança já desenvolveu
habilidades psicomotoras específicas e ainda aquelas
relacionadas à consciência fonológica, então estará
disponível para exercitar e se concentrar nos processos
relacionados à aquisição da leitura e da escrita.
Uma das principais consequências dos ensinamentos
trazidos pela obra de Emília Ferreiro na alfabetização é
a recusa ao uso das cartilhas. Segundo ela, a
compreensão da função social da escrita deve ser
estimulada com o uso de textos de atualidade, livros,
histórias, jornais, revistas. Para ela, as cartilhas, ao
contrário, oferecem um universo artificial e
desinteressante. Em compensação, se considerarmos as
propostas construtivistas de ensino, a sala de aula
deveria ser transformada totalmente, criando-se o que
chamamos de “ambiente alfabetizador”, ou seja,
criando possibilidades variadas para a estimulação
cognitiva infantil.
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