Pévogenee da Lingua Erin 285
Desta énfase na predigin (predigao inteligente, linguisticamente controla-
da, que näo deve ser confundida con um simples “adivinhar” sexu disecño) sur-
gem uma série de propostas pedagógicas novas. F. Smith o diz enfaticamente “a
Sportunidade para desenvolver € empregar à predigio deve ser uma parte Even
“al da aprendizagem da leitura”. Na Franca, recentemente, surgiram as vozes de
pedagogos cinno J. Foucambert (1976) e Jean Hebrard (1977) para defender essa
pedagógica.
wig que mal podem desenvolver-se as amtecipacóes inteligentes sobre
oxagées ais como "má mama me mima” (minlia mamäe me mima), “Susi asa us sesos
san” (Susi assa seus miolos insossos), ou similares, “frases para destravar a líb-
ua”, clásicos da linguagem ritual que permite ~ tradicionalmente falando — 0
Acesso ao santudrio da lingua escrita
Assinalemos que essas oragöes se reencontiam em todo os lugares. Assim,
as ertancas inglesas conhecem “te fat cat sat om the mat”, as crianças francesas
Comecanı com “bébé a ba, héhé ave” ou com, "Riri a ri Lilia lu”, para se jutroxtuci
Togo em “La poule rousse core sur son petit mid de mouse” (o que, sem divide algue
ma, € um avanco em relacio ao que deviam ler, no século XIX, as crianças da
primeira serie: “Hugues subjugue ses juges par la fügue qu'il compara à Brunes
Como destaca J. Hébrard, “hoje em dia, as eriancas aprende a ler o francés
como se se tratasse de latim". E isto é válido para o espanhol também.
‘Com cícito, a armadilha de tais oragóes é dupla: por um lado, sam a aparén-
cia de verdadeiras oragöes e, entretanto, näo correspondent nenhuma lingua
gem real (nem ao dinleto do docente nem ao das criancas); por outro lado. se
propdem oralmente como cuunciados reais, sendo que wo transmiten, nenhu-
Huformacáo e toda intengio comunicativa Nies € alheia. Uma vez mais, trata-
se aqui de que a crianga esquega tudo o que ela sabe
para ascender à leitura, como se a Jíngua escrita e a 2
alheias ao fancionamento real da linguagem.
‘Nao se trata, aqui, de pretender, contra toda a evidencia, que a lingua escri-
ta é uma simples transcrigio da lingua oral, Muito pelo contrátio, há marcantes
diférenças entre mua e outra (sem falar dos múltiplos “estilos” de lingua oral € de
lingua escrita). A lingua escrita tem termos que Ihe sáo próprios, expressdes come
plexas, um uso particular dos tempos do verbo, um ritmo e uma continuidade
Préprios. Todos sabemos quio dic € ler a transcrigio de uma conversa grav
La, conversa que. entretanto, recobra sua transparéncia quando à escutamos; to
dos sabemos quäo difícil € escutar uma conferencia lida em vor alta.
Tia se, entäo, náo de confundir lingua oral com lingua escrita, mas de
permitir que o aprendiz de leitor se aproxime desta com aquilo que € imprescin-
divel para ambos: sua competéncia linguística.
Na análise dle nossos resultados, vimos a diferenca notável entre as criangas
em curso de escolavidade, introduvitlos na leitura através do estreito corredor do
Gecifrado, € as que tinhiam organizado seu próprio método de aprendizagern.
fora de toda a sistematizagao escolar. Os primeiros mostravam dois tipos de con-
durs que nunca encontramos nos segundos: por una lado, a confianga cega no
sidade de ler estivessem