Psicologia-Genética

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INTRODUÇÃO A GÉNESE DA PSICOLOGIA

Psicologia deriva de psiquê + logos, significando etimologicamente o estudo da alma ou mente .

O método socrático de investigação dos conceitos universais (ironia/ maiêutica), tinha por base a máxima “conhece-te a ti mesmo”, que alguns consideram a raiz do método introspectivo.

Durante séculos a Psicologia foi entendida como o estudo da alma e fazia parte, como outras disciplinas, do tronco comum da Filosofia. A alma foi objecto de estudo por parte de diversos investigadores da Antiguidade, nomeadamente Platão e Aristóteles. O De Anima aristotélico ainda hoje é considerado um autêntico tratado de psicologia filosófica.

Só nos finais do século XIX a psicologia se emancipa da tutela da Filosofia, quando elege outro objecto de estudo e recorre à observação e ao controlo experimental.

Atualmente a psicologia define-se como a ciência que estuda os comportamentos e os processos mentais. Comportamento   Tudo o que o organismo faz e que é observável. Ex.: comer, andar, dormir, falar, andar, escrever, rir, chorar, etc.   Processos mentais   As experiências internas, não diretamente observáveis, que são inferidas a partir do comportamento. Podem ser conscientes ou inconscientes. Ocorrem durante toda a vida. Dependem de factores hereditários e socioculturais.  

A GENÉTICA ANTES DE MIM

É através dos cromossomas que a informação biológica passa dos progenitores para os filhos. A transmissão genética dá-se através de uma célula da mãe -o óvulo -e uma célula do pai -o espermatozoide -cada uma com 23 cromossomas . Juntas asseguram os 46 cromossomas característicos da espécie humana. Os pares de cromossomas com informação para o mesmo grupo de características são os cromossomas homólogos.

O cariótipo é a carta cromossómica de uma célula, considerada como característica de um indivíduo ou de uma espécie. Ela indica o número de cromossomas, a sua dimensão, forma e disposição. O exame do cariótipo permite descobrir anomalias cromossómicas (cariótipo masculino normal: 46, XY; cariótipo feminino normal: 46, XX).

Os cromossomas são constituídos por genes que contêm a informação biológica que vai permitir o desenvolvimento de determinadas características do indivíduo. Os cromossomas possuem milhares de genes, o que explica a diversidade humana. Os genes são constituídos por moléculas de ADN (ácido desoxirribonucleico).

Os genes existentes, em cada cromossoma, que informam para a mesma característica são designados por genes alelos. Estes estão situados no mesmo local relativo dos cromossomas homólogos. Cada gene possui uma informação específica, que ocupa um lugar exato e determinará a expressão do traço que lhe corresponde. O facto de termos esta ou outra maneira de ser ou o cabelo louro ou castanho depende das ordens precisas de um determinado gene, pois eles elaboram as proteínas, que são os elementos constitutivos dos seres vivos.

A cor dos olhos ou da pele dependerá da ação de uma ou várias proteínas. Os especialistas nesta disciplina dizem que o gene codifica uma proteína, daí o termo «código genético». O código genético é a sequência de genes existentes nos cromossomas e que caracterizam uma determinada espécie.

Os genes não estão codificados da mesma forma: uns são mais fortes - chamados dominantes –e outros mais débeis recessivos . Estes últimos, segundo os especialistas, são subjugados pelos dominantes e, portanto, não conseguem transmitir a sua essência genética.

Alguns caracteres dominantes são as pestanas longas, o cabelo e os olhos escuros, as orelhas grandes, o nariz largo e as sardas, entre muitas outras possibilidades. Exemplos de genes recessivos são os olhos oblíquos, os cabelos louros e a miopia.

Xadrez Mendliano

O genoma humano constitui o resumo codificado da informação necessária à criação de um ser. A sua descodificação tem vindo a descobrir características hereditárias, bem como a reconhecer doenças, de modo a poder­-se, no futuro, preveni-las. Os genes de desenvolvimento ou genes arquitetos constroem o indivíduo; são decisivos na construção do cérebro e responsáveis pelas mutações evolutivas. Controlam a divisão e a morte de células e intervêm na prevenção de certas doenças, como por exemplo, o cancro.  

HEREDITARIEDADE A Hereditariedade é um processo biológico que se caracteriza pela transmissão de informações genéticas de geração em geração.

HEREDITARIEDADE Hereditariedade específica Informação genética responsável pelas características comuns a todos os indivíduos da mesma espécie, determinando a constituição física e alguns comportamentos. É a hereditariedade específica que permite que haja distinção entre as diferentes espécies animais. Hereditariedade Individual Informação genética responsável pelas características fisiológicas individuais. É a hereditariedade individual que distingue o indivíduo de todos os outros membros da sua espécie e que o torna único.

A influência da hereditariedade e do meio O papel da hereditariedade e do meio na determinação de características físicas e psicológicas é uma das questões que mais debate e polémica têm suscitado. Efetivamente, o indivíduo é dotado de um património genético aquando da sua concepção ( genótipo ), que vai sofrer a influência do meio em que vive, desenvolvendo um conjunto de características físicas e psicológicas observáveis de um indivíduo que resultam da componente genética e ambiental ( fenótipo ).

GENÓTIPO E FENÓTIPO Genótipo Conjunto de características que uma pessoa recebe por transmissão genética. Informação genética de cada indivíduo presente no ovo. Fenótipo Conjunto de características físicas e psicológicas que uma pessoa apresenta. Resulta da combinação da herança genética (genótipo) e da influência do meio (ambiente).

Embora sejam estas as leis genéticas que determinam, categoricamente, os traços físicos e psicológicos do bebé, existem outros factores, que intervêm de forma igualmente decisiva, na formação da personalidade da criança, como a influência do meio ambiente. Embora a ação do meio ambiente seja muito limitada, é certo que se produz alguma interação.

O facto de o bebé ser mais gordo do que o normal pode ser uma questão puramente hereditária. Mas o seu peso dependerá, também, da sua alimentação, nos primeiros anos de vida. Do mesmo modo, estudos realizados nos Estados Unidos demonstraram que os descendentes de japoneses que ali vivem possuem uma estatura muito superior à dos seus avós, devido, fundamentalmente, ao seu novo modo de vida e à alimentação.

É inegável a influência da hereditariedade concretamente nas características físicas dos indivíduos: a cor dos olhos, do cabelo, da pele... Até a altura e o peso têm uma importante componente hereditária. Já não se poderá estabelecer uma relação tão próxima entre herança genética e competências de índole cognitiva ou características da personalidade. Contudo, a hereditariedade tem uma grande influência ao nível da constituição do sistema nervoso e endócrino, bem como de outras estruturas orgânicas. Estes sistemas assumem um papel decisivo no comportamento humano. Daí podermos afirmar que a hereditariedade é um factor a ter em conta quando se pretende explicar o modo de atuar dos seres humanos.

PREFORMISMO E EPIGÉNESE O preformismo (Charles Bonnet , séc. XVIII) apresenta-se como uma perspectiva determinista em que o desenvolvimento do indivíduo é igual à amplificação de estruturas preexistentes. O desenvolvimento indivíduo limita-se ao aumento do tamanho do ser em miniatura (homúnculo), á amplificação das estruturas preexistentes.

PREFORMISMO E EPIGÉNESE No final do séc. XVII chegaram-se a formar 2 grupos de cientistas que defendiam 2 orientações distintas: uns consideravam que o futuro ser já se encontrava em miniatura no espermatozoide; outros, que o novo ser existia preformado no óvulo.

EPIGÉNESE Em 1759, o preformismo é negado por Caspar Friedrich Wolff , que apresenta uma nova concepção: o ovo é uma estrutura desorganizada, e a diferenciação do embrião dá-se pelo efeito de forças exteriores. Esta concepção – teoria da epigénese ou epigenetismo – nega a existência de estruturas preformadas no ovo e que se desenvolvem mais tarde. O desenvolvimento é o resultado de um processo gradual de crescimento, diferenciação e modificação. A epigénese supõe uma visão construtivista em que o desenvolvimento é igual a um processo de construção do organismo, a partir da informação genética presente no ovo por interação com a informação ambiental.

VARIAÇÃO GENÉTICA A s pessoas que adquirem surdez por viverem em ambientes barulhentos não transmitem esta anomalia aos seus descendentes. Todas as doenças contraídas por contágio ou todas as malformações provocadas por acidente, e todos os benefícios que os indivíduos retiram da prática de educação física, ou de fazerem uma dieta equilibrada, respeitam apenas aos indivíduos, não sendo transmissíveis à descendência.   São alterações provocadas pelo meio – modificações processadas a nível do fenótipo, não afectando o código genético.

MUTAÇÃO GENÉTICA O s resíduos radioativos são exemplos de factores mutagenéticos . A sua existência próxima dos seres vivos é capaz de lhes alterar o código genético, determinando malformações consideráveis nos descendentes.   São alterações do património hereditário que se transmitem às gerações futuras – mutações processas a nível do genótipo.

FILOGÉNESE E ONTOGÉNESE A Filogénese corresponde à origem e evolução das espécies, desde as formas mais elementares da vida até ao aparecimento dos seres mais complexos. Representa o conjunto de transformações biológicas que, ao longo do tempo, tornam possível que uma espécie surja e se diferencie das outras

FILOGÉNESE E ONTOGÉNESE A Ontogénese desenvolvimento do indivíduo ao longo da vida, com início na formação do embrião até à morte.

LEI DA RECAPITULAÇÃO Segundo a lei da recapitulação (Ernst Haeckel – 1866) a ontogénese é uma espécie de reprodução da filogénese. A história da evolução dos peixes até ao homem, ocorrida ao longo de milénios, era recapitulada na ontogénese de cada ser humano.

LEI DA REAPITULAÇÃO As fases do desenvolvimento do embrião humano assemelhavam-se às fases percorridas pelos organismos inferiores na escala filogenética. Considera, entre outros aspectos, que as guelras existentes nos fetos humanos, corresponderiam às guelras dos peixes, nossos antepassados de espécie.

LEI DA RECAPITULAÇÃO

LEI DA RECAPITULAÇÃO Um dos investigadores que mais contribuiu para alterar esta teoria foi Stephan Jay Gold, que propôs a inversão da lei da recapitulação: não é a filogénese que que determina a ontogénese, mas, antes, a ontogénese que determina a filogénese. Esta é o resultado de diversas adaptações que cada ser humano tem de fazer para garantir a sobrevivência. Apesar de ter sido rejeitada, a lei da recapitulação teve o mérito de ter posto em evidência alguns paralelismos entre filogénese e desenvolvimento embrionário.

PREMATURIDADE E NEOTENIA Todos os animais nascem quando a sua maturação morfológica e fisiológica está praticamente concluída. Por outras palavras, nascem assim que estão suficientemente desenvolvidos para se adaptarem ao meio com alguma facilidade e para se tornarem independentes da progenitora. Os patrimónios genéticos dos animais proporcionam os elementos necessários para que os comportamentos destes seres vivos sejam orientados, de forma eficaz, em direção à sobrevivência e à adaptação ao meio ambiente dos mesmos.

PREMATURIDADE E NEOTENIA Ao contrário dos animais, o ser humano nasce prematuro , visto que não apresenta capacidades desenvolvidas que permitam assegurar a sua sobrevivência, necessitando por isso de proteção por parte de adultos.

PREMATURIDADE E NEOTENIA O Homem, ao nascer, apresenta um inacabamento biológico que se denomina por neotenia . Esta consiste num atraso no desenvolvimento que leva a que o indivíduo se desenvolva mais lentamente, ficando deste modo dependente dos adultos durante mais tempo.

PREMATURIADE E NEOTENIA O processo de desenvolvimento do cérebro, que se designa por cerebralização , está relacionado com o retardamento ontogenético, ou seja, com o prolongamento do período da infância e da adolescência. Os genes de desenvolvimento são os responsáveis pelo ser humano constituir um ser neoténico.

PREMATORIDADE E NEOTENIA O prolongamento da infância e da adolescência, provocado pelo inacabamento biológico do ser humano e pela sua prematuridade, constitui a condição necessária para o seu processo de adaptação ao meio e desenvolvimento. O inacabamento do ser humano tem que ser encarado de forma positiva, já que o disponibiliza para múltiplas e infindáveis aprendizagens que leva a cabo ao longo da vida.

PREMATURIDADE E NEOTENIA O carácter inacabado do homem subtrai-o, assim, à fixidez instintiva e torna - o capaz de desenvolver uma multiplicidade e diversidade de comportamentos, possibilitando-lhe a adaptação a um amplo espectro de situações. Foi esta plasticidade comportamental que possibilitou a sobrevivência da espécie, tendo sabido ultrapassar com sucesso uma gama de vicissitudes ao longo da filogénese. O carácter inacabado do homem é a razão da sua força.